Now What? escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 7
Capitulo 6 - Beijo


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, MEUS AMORES
Ai, meu Deus! Há quanto tempo não escrevo nada aqui. Uooou! Sentiram saudades? Não vou tentar justificar dessa vez, sinceramente. Tudo que quero dizer é que estou providenciando que em 2016 - vulgo, daqui 4 horas e 22 minutos -, as coisas saiam melhores, e os capítulos sejam mais frequentes.
Só queria desejar FELIZ ANO NOVO a vocês. E que esse ano seja melhor, não o ano. Mas, as pessoas, que corramos - tá certo isso, produção? - atrás do que desejamos e que a felicidade, seja plena. Sei que a vida não é uma montanha russa que só vai para cima, mas eu desejo que ela seja o melhor possivel para todos nós. Muita saude, amor, felicidade, e que o crush note - quem tem crush, o que n é meu caso. :p
Espero que aproveitem ele.
PS: Perdão pelos erros.
AMO VOCÊS, Obrigada por terem estado ao meu lado esse ano, espero que permaneçam no ano que está por vir.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/622877/chapter/7

Você é apenas a estátua do menino que eu conhecia
Você é apenas uma tatuagem das palavras que falou uma vez
Você é o rio seco, onde o amor costuma fluir
Mas ele ainda corre através de mim, porque você tinha que ir
— escuto a adorável voz de Katniss cantarolar assim que entro em casa.

Largo minha mochila no sofá e caminho até o quarto no fim do corredor de onde a voz vem. Chego ao quarto, tendo a doce visão de Katniss cantando e balançando um preguiçoso Arthur em seus braços. E, devo confirmar, não há visão tão bela quanto essa, adoro quando chego em casa e vejo algo assim. Desde que descobrimos que ouvir Katniss cantar o acalma, toda noite ela cantarola para que ele adormeça.

Mas se você levar isso de volta
Eu estarei esperando por você, venha vivo
Se você virar as costas
Eu estarei esperando para voar
Mas você é como as folhas que caem
Embora eu ainda sou o carvalho
— Quando ela começa mais um verso, eu bato uma foto que sai ainda mais bela do que eu previa. Essa vai pro álbum de um ano, sem dúvidas.

Com a sensação de estar sendo observada ou com o barulho da câmera, Kat percebe minha presença e ainda sem parar de cantar, olha para mim. Observa-me levemente, mas logo volta a olhar para Arthur que parece adormecido em seus braços finos.

Porque você é o único a sair
Agora eu estou caindo no sono
Você é como as chaves quebradas
Enquanto eu sou apenas uma casa quebrada
Porque quando eu respiro fundo
Você está olhando para mim como uma estátua
Do menino que eu conhecia
— Kat termina a música logo após colocar Arthie no berço. Termina com tom de lástima, olhando pra mim, sem nem um sorriso nem nada. Será que sou eu a estátua de garoto que ela costumava conhecer? Será que fui eu quem mudou tanto?

— Peeta, está tudo bem? — questiona, olhando-me com uma cara cansada que demonstra que essa não é a primeira vez que me chama.

— Sim, sim. Apenas um pouco cansado. — respondo, contando meia verdade. O que não é uma mentira, certo? Sextas são sempre piores, nada tão bom quanto a sensação de saber que amanhã posso acordar tarde e passar o dia com meu filho. — E você?

— O dia foi bom — Dá de ombros. — Eu e Arthur passeamos bastante, levei-o na minha mãe, encontrei com Annie, tiramos um monte de fotos. Na maioria, sinto vontade de morde-lo, mas até agora consegui resistir à vontade. - conta com tom de riso, olho para cara dela e sem me conter, começo a gargalhar, fazendo-a me olhar estranho. — Por que você tá rindo?

— Você não mudou nada. — respondo entre risadas. — Lembro de quando éramos pequenos que você mordia tudo que achava fofo.

— Para, Peeta, eu era bem novinha, tinha uns 5 anos. — reclama, com as bochechas coradas.

— Teve uma vez que... — começo a gargalhar com a memória, sem nem terminar a frase.

— Ria da minha cara fora do quarto do Arthie, Peeta, você vai acorda-lo com essa risada exagerada. — Balança a cabeça, tentando parecer séria, mas posso ver o rastro de sorriso em seu rosto enquanto me puxa para fora do quarto.

— Tudo bem. — Respiro fundo, tentando parar de rir. — Eu parei, juro que parei. — garanto, caminhando para a cozinha. — O que acha de terminar a noite com um bom vinho?

— Desde que, se o Arthur acordar de madrugada, você levante para cuidar dele, me parece ótimo. — Acena com a cabeça, se jogando no sofá.

— Seus termos são duros, mas eu os aceito. — respondo, pegando o vinho e duas taças. Sentando-me no sofá, ao lado de Kat.

Coloco as taças sob a mesa de centro, e tento abrir a garrafa, com muito custo, o que faz Katniss rir.

— Consegui. — exclamo, erguendo a garrafa aberta, fazendo Kat rir enquanto estende sua taça para que eu encha, logo após enchendo a minha, também. — É estranho não ter assunto com você. — comento, levando a taça até minha boca.

— Só se for pelo seu lado, porque eu estou cheia de assuntos, como sempre. Aliás, você sabia que a Annie e o Finn tão saindo? — questiona, fazendo-me, praticamente, cuspir o liquido que estava na minha boca.

— Annie Cresta, sua melhor amiga, e Finnick Odair, meu melhor amigo? — pergunto, sem acreditar.

— Você conhece outros? —Nego com a cabeça, mesmo sabendo que foi sarcasmo.

— Mas, eles não se detestavam? — questiono, novamente, sentindo-me perdido. O que mais eu perdi na vida? Aconteceu a Terceira Guerra Mundial enquanto eu trabalhava?

— Não é assim, Eta. Nem eles lembravam mais porque tinham uma rixinha, acho que sou a única que se lembra que é por causa da boneca de Annie que Finnick arrancou a cabeça. Só acontece que o Finn chamou a Annie para uma ‘saída’ para se informarem sobre a vida um do outro, acontece que a saída rendeu, e hoje eles tão no... — Conta nos dedos. — Sexto encontro.

— Como Finnick não me contou sobre isso? — exclamo, achando estranho. Eu e Finnick sempre fomos do tipo de contar tudo um pro outro, talvez isso pareça meio gay, mas, enfim, ele é mais meu irmão que Cato, até.

— Deve que ele anda te achando sobrecarregado, quer dizer, não que ele tenha usado essas palavras. — Kat comenta, tentando não envolver Finnick.

— O que ele falou?

— Você não percebeu, Eta? Não sei como as coisas eram antes de eu vir morar aqui, mas, pelo menos, nos últimos dois meses, ele quase nunca aparece aqui.

— Eu não tinha parado para pensar nisso. Você sabe o porquê? — pergunto, analisando sua afirmação.

— Ele não quer te sobrecarregar, ou algo assim, sei lá. Entendo de crianças, não homens. — Dá de ombros. — Ele acha que se ‘roubar’ algum momento seu, vai atrapalhar em algo, já que agora você tem de se dedicar mais ao Arthie.

— Então, eu tenho que falar com ele sobre isso qualquer hora. Estou me sentindo um péssimo amigo, agora.

— Você está sendo um ótimo amigo, agora. Já foi pior. — comenta, risonha.

— Como assim? — murmuro, não me lembro de ser um mal amigo, nunca.

— Eu lembro. Foi o nosso baile de formatura, eu fui com você. — começa a contar, e as memorias da noite me vêm à mente. Katniss estava linda, e nós gargalhávamos por tudo, igual os idiotas que éramos. — Estávamos dançando, você falou que ia ao banheiro e eu falei que ia te esperar perto da mesa de ponche. Fiquei te esperando até quando estava todo mundo indo embora e eu tive que pegar carona com Thresh e a Rue, quando fui perguntar para as pessoas se tinham te visto, fiquei sabendo que você tinha ido embora com a Glimmer. Eu senti tanta raiva.

— Mas, no dia seguinte, você falou normalmente comigo. — retruco.

— Claro, você era meu melhor amigo, e se eu não agisse normalmente, hoje você não estaria vivo, tamanha era minha raiva. — Revira os olhos.

— É tarde demais para pedir desculpas?

— Sim, é. Eu lembro que Yesterday ia tocar, e eu estava esperando para dançar com você, mas você nunca mais apareceu para a gente dançar. Até hoje, eu sinto raiva quando escuto ela. Você estragou a música, Mellark. — acusa.

— Agora, eu me sinto realmente arrependido. Estragar Yesterday é um crime, eu tenho que dar meu jeito de resolver isso. — tento pensar em uma forma de remissão. — Nós ainda podemos dançar?

— Como? — questiona sem acreditar.

— Me daria a honra, Everdeen? — Estendo a mão convidando-a para dançar, deixando nossas taças sob a mesa e meu celular para tocar uma das minhas músicas favoritas dos Beatles.

Mesmo que essa música não fique tão bem para essa dança, passo meus braços em volta de sua cintura, enquanto os braços dela circundam meu pescoço. Nos balançamos lentamente, durante o tempo da música, apenas de um lado para o outro, juntos um ao outro. Nos vendo de perto, com os olhos praticamente ligados.

Oh, I believe in yesterday... — cantarolo o último verso, olhando para Katniss. E, mesmo com medo de errar, me deixo levar. — Foi por isso que fugi na nossa formatura.

— Pelo quê? — pergunta, com os olhos reluzindo confusão.

— Por medo de fazer isso... — respondo apenas, deixando-me ser levado pelos instintos e beijando-a.

Beijando-a como quis beijar naquela noite de céu estrelado, sentindo o gosto de sua boca, como tive medo de sentir aquele dia. Beijando-a com tudo de mim, percebo que isso é ainda mais incrível que eu imaginava. O beijo de Katniss é indescritível, posso sentir o gosto do vinho recém saboreado, mas, principalmente, há essa coisa indefinida e incrível que, se não fosse estranho chamar assim, a chamaria de ‘gosto de Katniss’. Mas, não importa. Na realidade, coisas como essas são para se aproveitar, não para se definir. E com esses lábios juntos aos meus, quem se importa com o amanhã?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, agradou? Valeu a espera? Espero que sim. Comentem suas opiniões, por favor.
Aliás, sortuda é a Katniss que tá passando a virada do ano - só a nossa, claro. Porque na fic não é virada do ano ainda. - beijando o Mellark. Ai, que sonho!
Novamente, obrigada por esse ano, gente.
Entrem no grupo face, para noticias e spoilers: https://www.facebook.com/groups/655117534634266/
FELIZ ANO NOVO!
Amo vocês.
Beijos,
Manu Schreave