Sim, Ele é Um Mistério escrita por gi_wentz


Capítulo 8
08- Evie Blake ice cream


Notas iniciais do capítulo

Sério gente, comentem, façam uma autora feliz LOL



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Demoramos cerca de 40 minutos até cegar no museu, eu e Gabriel não trocamos mais nenhuma palavra. Antes de sairmos do ônibus a professora de historia falou:

- Queridos alunos – MUITO irônica – espero que vocês curtam o passei no museu da história. Vou dar-lhes uma folha com várias perguntas sobre os monumentos e obras de artes do museu, vocês podem fazer em duplas. – ela deu uma pequena pausa em quanto todos os alunos do ônibus se alegravam e falavam loucamente. – UM PORÉM. – ela falou alto chamando toda atenção para si. – A dupla de vocês, é o seu parceiro do ônibus. Ou seja, é aquele aluno que está sentado do seu lado e o pessoal do fundo do ônibus dividam-se em dois, já que são 4 assentos. – ela sorriu olhando a cara de desespero de uns alunos, tipo a minha, e começou a andar pelo corredorzinho do ônibus entregando uma folha para cada aluno.

- É amorzinho, parece que vamos ficar juntos o dia todo, vai ser bem legal. – Gabriel disse sorrindo, oh my god é hoje que eu me jogo na frente de um carro ou dou com meu Chuck Taylor azul na cara dele (sorriso).

- Não vá nem achando isso legal, por que eu não vou deixar ser legal. – disse para ele e me levantei indo para a saída do ônibus.

- Sabe – ele falou alto, andado rápido atrás de mim até começar a andar do meu lado. – Eu acho que vai ser muito legal, podemos nos conhecer melhor e você pode perceber, finalmente, que você também gosta de mim. Evi pense positivo.

- Pra mim, o que você falou é o lado negativo. – disse entrando no museu e começando a ler a folha.

Comecei a andar em direção a primeira estatua, que na verdade era um grupo índios Cherokees juntos, eles eram “naturais” da Carolina do norte, era até que interessante a paisagem e as roupas, cheias de penas, machadinhos e lobos. Comecei a ler papelzinho com a explicação.

Gabriel estava do meu lado, e estava horrivelmente concentrado na explicação, talvez se eu saísse correndo sem fazer barulho ele nem reparasse. Haha. Mais acho melhor não. Ele colocou a folha dele em cima do vidro da explicação e começou a escrever. Tudo bem que a letra dele era redondinha e bem mais fofa que a minha.

- Evi, eu acho que a resposta é essa, lê... - ele me entregou a folha e ficou me olhando em quanto mordia sua linda boca. Eu li a resposta e tinha ficado até que boa.

- É, acho que ta bom isso aqui. – falei escrevendo alguma coisa parecida na minha folha.

Terminei de escrever e coloquei minha caneta no bolso. Ele pegou minha mão e me puxando para a próxima obra, era um quadro de uma paisagem. Ficamos olhando o quadro de mãos dadas, ele ficava apertando minha mão de vez em quando, ou ficava brincando com meus dedos, sua mão era bem quente e bem grande, minha mão era metade da dele.

- O que você achou desse quadro? – ele me perguntou em quanto lia a pergunta da folha.

- Eu acho... – olhei de novo para o quadro – Na verdade eu o acho muito bonito, ele retrata de forma trágica a morte dos índios com a chegada dos “caras paliadas”, essa cena de guerra é ao mesmo tempo horripilante e sentimental. Faz sentido?

- Faz sim, eu também acho isso. – ele disse sorrindo e me puxando até a explicação do quadro. Escrevemos o que eu falei.

Isso continuou até a hora do almoço, todos tinham marcado de se encontrar na lanchonete principal, era uma filial da Dairy Queen (a que ficava do lado de fora) as 13:30. Fomos andando calmamente até lá, May, Kat, Chels, Anita, uma garota ruiva, e um menino baixinho e gordinho já estavam lá. Fui ao balcão com Gabriel, pedimos nossos lanches e fomos ate a mesa dos meus amigos. 

- Oi gente – disse me sentando do lado de May e Chels.

- Oi Evi, como estão indo com as perguntas? – Kat perguntou eufórica em quanto comia batatinhas com litros de molho.

- A, agente ta até que indo bem. – falei sorrindo dando um enorme gole na minha Pepsi geladinha. – E vocês?

- Estamos péssimas, somos horríveis em história e tudo isso é muito entediante. – a garota ruiva falou, ela fazia dupla com a Chels.

- A gente ta indo mais ou menos. – disse May comendo o seu super-hambúguer-gigantesco.

- Ai, fala sério, isso é muito chato. – disse Anita, depois ela olhou para nós e falou só mexendo a boca: “Esse menino gordinho fica dando em cima de mim e não para de olhar meus peitos”. Todo mundo rui, menos o menino gordinho que não estava entendendo nada.

Terminamos de comer, entre muitos risos e reclamações sobre a folha de perguntas. Depois todas as meninas foram no banheiro, ou ajeitar o cabelo, retocar a maquiagem, escovar os dentes, e bla bla bla.

Saímos do banheiro e fomos de encontro as nossas duplas, Gabe estava conversando com May sobre alguma coisa, ele estava rindo e sorrindo, devo dizer que ele estava muito lindo.

Chamei-o de longe e ele veio correndo, parou do meu lado e ficou ajeitando o cabelo em quanto andávamos. Terminamos a folha de respostas em 2:00. Então já eram 15:40 mais ou menos, e íamos ficar La até as 18:00, ou seja mais algumas horas na adorável companhia de Gabriel.

- Evi, já que terminamos vamos tomar sorvete esse calor ta me matando. – ele disse já me puxando pra barraquinha de sorvete que ficava no pátio do museu, perto da lanchonete.

- Ta, ta não puxa. – disse em quanto esperava ele pedir o sorvete, ele pediu dois.

- Olha, acho que você combina com menta e chocolate. – ele disse sorrindo me entregando uma casquinha com uma bola de sorvete verde com floquinhos de chocolate.

Ele estava com uma casquinha de sorvete azul, acho que era sorvete de chiclete, mais ele estava muito fofo lambendo aquele sorvete, ninguém merece isso. Sentamos em um baquinho, ainda comendo o sorvete, ele sentou bem perto de mim.

- Acertei no sorvete?

- Acertou, obrigada.

- Magina, tudo por você Evi. – ele disse sorrindo, em quando mordia a casquinha, oh good, sexy.

- Hm... – disse também mordendo a casquinha.

Ficamos em silencio por um tempo, até ver o céu escurecer, tipo DO NADA, e umas gotas começarem a cair em cima da gente. Corremos loucamente para dentro do museu, até deixamos nossas casquinhas para trás. Chegamos lá dentro e começamos a rir desesperadamente.

Depois que a crise de risos passou começamos a andar pelo museu, sem rumo, achamos uma portinha.

- Evi, vamos entrar. – ele falou olhando para os lados e abrindo a porta.

- Não, nem ferrando vou entrar em lugares desconhecidos e escuros como esse ai. – disse olhando a escuridão que estava presa atrás da porta.

- Para de ser medrosa. – ele disse rindo.

- Não é ser medrosa, é ser racional. É uma porta, fechada.

- É ser medrosa, vem, eu seguro sua mão. – ele riu de novo, pegou minha mão, me puxou pra dentro da portinha e a fechou.

- Menino, você é louco. – disse em quanto ele me levava escada a cima.

No final da escada tinha uma salinha com varias estátuas velhas e empoeiradas. Eu comecei a andar pela sala e olhar as estátuas, todas muito sujas, mais muito bonitas, cheias de detalhes e cores vivas. Pareciam reais. Tinham alguns animais empalhados nas paredes, e um papel de parede velho e descascando um pouco. O chão era de madeira escura e estava muito sujo. Minha alergia deve ter ido a loucura.

- Sabe, eu sou um pouco alérgica a pó, e devo dizer que aqui tem muito pó. – disse olhando varias poeirinhas voando pelo ar.

- Já vamos embora. – ele falou olhando as estátuas.

- Hm... – estava bem escuro, e ainda estávamos de mãos dadas.

- Vamos embora, aqui é bem chato. – ele falou me puxando, só que eu também o puxei e demos um encontrão, tipo, bem forte.

Ficamos parados um na frente do outro, bem perto um do outro, podia sentir sua respiração se misturando na minha, o calor emanando dele, o cheiro gostoso e doce. Começamos a nos aproximar mais e mais, nossos lábios estavam quase se encontrando, eu estava completamente perdida, estava aérea, estava bem daquele jeito, nem me lembrava mais daquele joguinho idiota que tínhamos. Agora éramos só nos dois em uma salinha escura cheia de pó e estátuas velhas. Meus lábios estavam a milímetros dos deles, quando meu celular começou a gritar no meu bolso.

Foi ai que eu recuperei minha consciência, voltei a ser um ser pensante, ponto para mim.

- GABRIEL. – falei alto empurrando ele. Peguei meu telefone e meio que sai dali correndo.

- Ei, espera. – ele falou correndo atrás de mim.

- Sai menino. – falei entrando no banheiro feminino e atendendo o celular. – Evie.

- Evi? Onde você ta, agente já ta aqui na frente do ônibus.

- A, Chels, já to indo. Agüenta ai. – desliguei o telefone e sai do banheiro, esbarrando com tudo no Gabriel.

- Evi...

- Cala a boca e me segue. – o interrompi e comecei a andar.

Entramos no ônibus e voltamos para a escola, sai do ônibus, entreguei minha folha para a professora de história e fui direto pro meu carro, eu queria voltar para a minha casa.


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Notas finais do capítulo

Bjs.
Gi W.



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