Pov. Jazmyn

Hoje completou três dias desde que eu vi James. Eu estava ansiosa para saber o que ele faria em seguida. Eu não tinha a menor ideia do que iria acontecer agora. Hoje decidi expulsar Tate daqui de casa também. Eu realmente não queria que os pais dele me odiassem, então, mesmo com o moreno reclamando muito, eu o mandei embora.

Se eu estava com medo? Um pouco, sim. Mas o fato de eu saber que a qualquer momento James poderia entrar pela porta me tranquilizava. Eu só espero que ele chegue logo, pois não gostaria nada de dormir sozinha nessa casa enorme.

E parece que Deus me ouviu direitinho, pois logo a campainha se pôs a tocar. Arrumei meu pijama e fui até a mesma. Abrindo-a, vejo James parado com um buque de lírios. Meus olhos se arregalaram rapidamente e o loiro abre um sorriso de lado. Como ele sabia?

– Acertei dessa vez? – ele pergunta, erguendo uma sobrancelha.

– Sorte de principiante. – eu murmuro o olhando.

– Não, sorte de eu ter um telefone. – ele responde rindo.

Ah, claro. Ele deve ter ligado para Abby ou Ally. Eu ia matar uma delas quando as visse. Eu queria que ele descobrisse alguma coisa sozinho!

– Abby ou Ally? – pergunto sorrindo de lado.

– Sua mãe. – ele responde calmamente.

– Minha o que? – porque diabos ele ligaria para minha mãe?

– Ela me acha adorável. E eu não menti para ela, apenas disse que iria fazer uma surpresa, e isso é verdade. – ele comenta divertido. – E eu deveria ter imaginado, seu buque no casamento era de lírios.

– Como se você lembrasse-se de alguma coisa. – resmungo revirando os olhos.

Minha atuação era tão boa que eu queria bater palmas para mim mesma. Fingir não estar derretida é algo realmente difícil quando se trata de James Materazzi.

– Eu me lembro muito bem. – ele responde sério.

– Ah, por favor. Você me odiou desde o primeiro momento. – comento revirando os olhos. – E é por isso que eu não queria me casar.

– Eu nunca te odiei. Não vou ser hipócrita e falar que te amei desde o primeiro momento, mas eu definitivamente não te odiei. – ele fala dando de ombros. – E você vai me deixar entrar, ou nós vamos discutir aqui fora mesmo?

Dei um passo para o lado e o loiro entrou na casa. Ele já se dirigiu à sala, largando o buque em uma mesinha. Internamente eu estava rindo muito. Segui James até encontrar o mesmo parado na frente do sofá. É, digamos que eu estava hibernando lá antes.

– E é por isso que eu não queria me casar. – comento dramaticamente.

– Posso saber o porquê? – ele pergunta me desafiando.

– Porque nós não nos conhecemos! Você não sabe nada sobre mim. – eu falo, e essa parte era, na verdade, real.

Eu não conhecia muito sobre ele, e ele também não me conhecia.

– Seu nome de nascimento é Jazmyn Dorcas Karen da Dinamarca. Sua mãe colocou Karen, porque significa inocente. Bom, isso não funcionou muito bem. Suas cores favoritas são branco e vermelho. Seu animal preferido são cavalos. Você já usou aparelho. Seu filme preferido é Harry Potter. Você odeia sua irmã Dominique, mas ao mesmo tempo ama Katherine mais que tudo. Você, mesmo amando muito sua mãe, não se dá bem com ela. Seus olhos ficam verdes quando você chora. Seu cabelo é ruivo natural e você nunca o cortaria curto ou pintaria de outra cor. Você ama ler, e quando precisa de espaço, está em um canto com algum livro. Você nunca viu neve, e acha simplesmente lindo nos filmes. Você pode parecer uma garota ''radical'', seu cabelo ruivo te faz parecer rebelde, mas na verdade você é delicada e precisa de cuidados. E eu me voluntario para te cuidar.

Na metade de suas palavras eu já estava chorando. Eu simplesmente não conseguia acreditar que ele soubesse tantas coisas sobre mim. Nós nos conhecemos há seis meses, e ele conseguiu ver detalhes que nem meus pais sabem sobre mim. James me olhava sorrindo de lado, e eu abri um sorriso para ele.

– Jay. – sussurro esticando meus braços em sua direção.

No mesmo instante, o loiro me pega no colo e me abraça. Seu corpo estava quente, e eu conseguia sentir seu sorriso no meu ombro. Devagar, afastei meu rosto de seu pescoço e o olhei.

– Acho que é minha vez. – falo rindo e ele me acompanha. – Você é muito chato... ‘Ok, brincadeira. Mas, sério agora: seu nome de nascimento é James Isaac Taylor Frederick da Nova Zelândia, e isso me diz que você vai governar seu país muito bem, pois Frederick é um nome dinamarquês que significa governador pacífico. Você tem diferentes tipos de sorrisos: tem o sorriso feliz, e o safado, o irônico e também o divertido, enfim, você tem vários sorrisos. Eu sei que você gosta de olhar romances quando acha que ninguém está vendo. Que você sempre quis ter um irmão. Que você é, na realidade, muito mais louco do que parece. E eu sei que eu sou péssima em declarações, mas eu te amo.

– Você é ótima em declarações. – ele fala sorrindo antes e me beijar.

Nosso beijo foi esquentando, e quando eu vejo, James está subindo as escadas em direção ao seu quarto. Suas mãos apertavam minhas coxas de forma satisfatória e eu brincava com aquele topete em sua cabeça. De algum jeito, ele conseguiu abrir a porta e me deitou na cama. Seus beijos foram descendo em direção ao meu pescoço, eu puxo sua camiseta para cima e James se afasta para tirar ela. Logo eu estava olhando para aquele torso definido e aqueles braços tatuados com que eu sonhava.

Devagar, James levanta meu moletom e eu o ajudo a passar pela minha cabeça. Eu estava usando ele como pijama, e eu não durmo de sutiã então...

– Oh, Deus. – James murmura, encarando-me. – Você é tão linda.

– Eu sei. – respondo em um gemido. Ego alto? Eu? Não, imagina.

Seus beijos desceram mais e eu comecei a respirar com certa dificuldade. Então é isso que chamam de excitação, interessante. Ally sempre comentou o quão bom sexo era, mas eu não imaginava que seria tão bom assim. De repente, James para e me olha. Sua boca estava vermelha e inchada, enquanto seu rosto estava rubro e seus cabelos em diferentes direções. Ele me olhava com cuidado, e parecia ter feito um esforço enorme para parar de me beijar.

– Você tem certeza? – ele pergunta me olhando.

– Eu te amo. – sussurro próximo de sua boca, e então ele me beija novamente.

E eu tinha certeza. Aquela foi a melhor noite da minha vida.