Solaria II escrita por itsbenhe
Eu não sabia o que estava acontecendo. Me senti tão perdida quanto no momento em que acordei naquele quarto de hospital. Finalmente achei Clint e Sam. Eles pareceram intrigados com minha expressão.
– O que houve? – Clint estava parado a minha frente, me estudando.
– Nada... Eu só... – minha voz estava tremula. Parei um instante pra respirar – Estava andando pela SHIELD atrás de vocês. – e abri um sorriso forçado.
– Certo... – ele continuava me analisando – Sam, acho que já vamos indo. Nos falamos mais tarde.
Seguimos em silencio até o estacionamento. Eu sabia que poderia confiar em Clint, mas tinha medo. E não sabia porque sentia tanto medo.
– Pode começar a falar. – ele falou de repente, ao pararmos no meio do congestionamento em uma avenida.
– O que é Lysstyrke? – perguntei, o observando. Ele parece preocupado por um instante.
– Eu não sei. De onde tirou isso? – ele encarava o carro da frente, coçando sua nuca. Ele estava incomodado.
– Não sei. Pensei que pudesse me ajudar... – voltei a atenção para o lado de fora do carro – Por que todos me chamaram de Solaria assim que acordei? – falei minutos depois, pegando-o de surpresa.
Um silencio desconfortável se instalou no carro. Senti que ele sabia as respostas para minhas perguntas, mas não estava disposto a falar. Cruzei os braços, pensando em alguma maneira de descobrir sozinha.
– De onde está tirando isso agora, Jay? – ele falou assim que conseguimos sair do congestionamento, certo tempo depois.
– Não sei. – me limitei a falar.
Chegamos a minha casa e me despedi distraidamente. Subi e fui direto ao laboratório de Tony.
– Boa tarde, Jennifer. – Jarvis disse assim que entrei no elevador – Devo avisar o senhor Stark que está a caminho?
– Por favor, Jarvis. – disse, encarando as portas, que se abriram logo.
– Jay, querida. – ele falou de um canto do laboratório – Venha até aqui, veja isso.
Caminhei até ele e o vi movimentando uma mão robótica com a ajuda de Jarvis. Ele estava construindo um grupo de robôs para ajudar os Vingadores a manter o mundo a salvo.
– Isso é impressionante. – falei ao cutucar a mão metálica.
– Então, como foi seu dia? – ele disse sem me olhar, com a cara nas telas transparentes de seu moderno computador.
– Confuso. – falei, olhando para seus movimentos mecanizados.
– Nada muito diferente do normal, então. – ele foi irônico, se assustando quando eu aparecera em frente a ele, atrás da tela.
– Preciso de respostas. – ele fez menção para que eu prosseguisse – O que é Lysstyrke?
– Um cetro alienígena. – Tony falou como se tivesse ensaiado. Saiu andando pelo laboratório, aparentando estar nervoso.
– Porque eu sei o nome de um cetro alienígena? – perguntei novamente, indo atrás dele. Seu celular tocou e ele me pediu licença.
Fui para casa e me joguei na cama. Se eu quisesse respostas, teria que busca-las eu mesma. Esperei Tony dormir (tarde da madrugada) e acessei meu notebook, que era interligado a rede Stark. Abri a rede de buscas dentro no banco de dados integrado.
– Jennifer, temo que não seja possível seu acesso ao banco de dados. – a voz de Jarvis surgiu de meu computador.
– Certo, me desculpe. – falei entredentes.
Fui ao laboratório de Tony e acessei de lá rapidamente os arquivos alienígenas. Escrevi “Lysstyrke” na barra de busca e vi a imagem do cetro e suas especificações.
Lysstyrke: cetro de origem asgardiana com um mineral desconhecido.
Poder: desconhecidos. RETIFICADO: brilho e calor intensos.
Asgardiana. A imagem de um reino me veio à mente. Vi uma mulher loira com cabelos cacheados que se parecia muito comigo. Senti um calor estranho e então ouvi Tony gritando.
– Que droga você está fazendo aqui, Jennifer? – ele estava atrás de mim e viu minha busca – Você sabe que não deve mexer no laboratório!
– Você não quis me dar informações, eu mesma vim buscar. – disse com calma, não entendendo o motivo do nervosismo.
– Deveria ter falado comigo! – ele estava bravo e parecia perdido.
– De que adianta falar com você ou Clint? Nenhum de vocês irá me dizer o que quero saber! – gritei, assim como ele estava fazendo.
– Nós só fazemos o melhor para você, Jennifer... – ele não tinha mais argumentos e isso era visível.
– Quem é Solaria? – pronunciei cada palavra com a mesma intensidade. Seu silencio foi a resposta que eu precisava – Viu!?
Fui para meu quarto. Tinha certeza que Nat poderia me ajudar com isso, então teria que esperar até o dia seguinte para procurarmos as respostas necessárias na base da SHIELD.
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