Tão mais linda escrita por Boleyn


Capítulo 3
O que faremos agora, Companheiro?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Ficamos conversando por horas, e mesmo quando deu a hora de eu ir embora parecia que tinha um milhão de coisas para conversarmos, eu queria ouvi-la, saber o que ela pensava sobre arte, o aumento do dólar, crise da água e aquecimento global. Era coisas bobas e tão diferentes de mim, mas esse lado meu veio à tona quando me sentei a seu lado e a ouvi falar e me explicar sobre teorias e livros e músicas.

Durante aquelas horas descobri várias coisas sobre ela, como por exemplo que ela faz arquitetura, assim como o Frederico. O Francisco e a Valentina são os perdidos e como ela diz “quem não sabe o que quer da vida, faz administração”. Ela tem um senso de humor que invejo, negro e algumas vezes inocente, na dose certa; e descobri que a música que tocava na biblioteca assim que cheguei era de um cantor americano, John Mayer e se chamava Slow Dancing in a Burning Room. Assim que sai da sala coloquei pra baixar, assim como todo o álbum desse cantor, que é um dos que ela adora.

Estava no fim da escada quando uma sombra aparece no último degrau, me puxa e me arrasta até um canto onde não seriamos vistos.

–Fica esperto, eu não conheço você. Não confio em você. Então se você der um passo que eu não goste, se toda essa atenção e vontade de ficar conversando com ela por horas com a Georgiana for só uma brincadeira de mal gosto sua, eu juro por Deus que eu arrasto você até o inferno, eu caço você e te bato tanto que no fim você vai ter virado uma menina. – Frederico me olha no olho para deixar claro que não está brincando e me larga e sai.

Fico parado, estático, sem saber para onde ir e o que pensar ou o que fazer. Vou até o Francisco que está em um grupo de garotas que falta come-lo com os olhos e digo que vou embora. Ele estranha, pois mal tinha chegado e sumi e agora de repente vou embora. Caminho até minha moto, preciso me encontrar de novo, essa mudança repentina somente por causa de uma pessoa não é normal. Vou pra casa e entro na garagem, vejo o carro do meu irmão estacionado, fecho os olhos e bufo entrando em casa.

–Boa Noite – digo subindo as escadas e indo ao meu quarto. Ouso seu comprimento em resposta. Me jogo na cama e passo o resto da noite pensando, fumando e viajando nas minhas ideias.

Sempre pensei que não mudaria só porque conheci alguém ou a fodi de uma maneira incrível. Então por que eu mudaria agora? Ela nem mesmo era do meu mundo, na primeira oportunidade ira me falar o quanto isso vai me destruir e que eu deveria parar. Me daria mil e um motivos para que eu largasse essa vida, me daria bilhares de preceitos morais sobre isso e não pararia até que eu estourasse e a mandasse embora. Era assim com a minha família por que não seria com assim com ela?

Por que com ela parecia que tudo seria diferente?

Com milhões de pensamentos na cabeça, estava me estressando só em pensar naquilo e a maconha parecia piorar ao invés de ajudar. Levantei da cama, peguei a câmera, as chaves da moto e sai para a praia.

Se existia uma coisa que me relaxava era isso, de madrugada poder ouvir os sons das ondas do mar e fotografar ele, a areia e as vezes alguma silhueta, minha ou não. Sempre imaginei como seria fotografar um casal fazendo amor ali, sim fazendo amor, não aquela ferocidade e a busca pelo próprio desejo sem se importar com o do outro. Mas se importando e desejando e querendo aquele corpo e aquela pessoa.

Tirei várias fotos do mar, de ondas se quebrando e da água calma assim que chegava no fim da areia ou batendo nas pedras. Tirei a camiseta e posicionei a câmera, me sentei de frente para o mar e aparecendo um pouco na câmera, dez segundos depois a foto bateu. Conseguia ver o mar com clareza ao longe e uma silhueta visivelmente masculina no canto perto da lente.

Deitei na areia fofa e encaixei os fones no celular, optei por ouvir o álbum de John Mayer, Continuum, ouvi primeiro Gravity. Ele realmente tem uma voz relaxante.

De repente, senti um pequeno vazio em mim e a primeira pessoa em que pensei foi nela e na sua capacidade de fazer isso desaparecer em segundos. Pensei em como seria poder fotografa-la ali na praia comigo, seus cachinhos caindo na frente de seu rosto e um meio sorriso, ou até mesmo descobrir qual a sensação de nós fotografar fazendo amor a praia.

Olhei as horas e cheguei a me assustar em como minha família ainda não tinha ligado ou me enchido de mensagens, eles já devem ter se acostumado. Eram 3:39 da madrugada, será que ela ainda estaria acordada? Eu deveria mandar uma mensagem para ela? E o que falaria? Peguei o celular e digitei, apaguei e digitei de novo, reli e não gostei, digitei uma nova:

De: Gabriel Richter Para: Cachinhos 3:43

Ei Cachinhos, como está a madrugada? Eu ouvi o álbum que você falou, realmente incrível. Salvei Slow Dancing in a Burning Room como seu toque, eu escolho meu toque no seu ;)

Por incrível que pareça essa foi a mensagem menos veada, e que deixava claro meu desespero em falar com ela. Salvei seu número como cachinhos, pois eles me cativaram depois de seus lábios, e quando ela os soltou para prender de novo, eu fiquei fascinado por aqueles cachos escuros caindo em seu rosto. E quando a elogiei, ela arregalou os olhos e corou prendendo de qualquer jeito. Se passou dez minutos e nada, vinte minutos, meia hora e nada. Vesti minha blusa, fui até a moto e me dirigi à festa que um conhecido estava dando.

Chego sendo bem recebido, fumo, cheiro e bebo pra esquecer sua demora e provavelmente estava dormindo, acordou, viu a mensagem e ignorou ou até mesmo me deu o número errado. Conheci Marcela na festa, ela é uma loira, alta com grandes atributos, que me sorriu maliciosa e me beijou. Me levou até um quarto e tirou a blusa me mostrando aqueles lindos seios.

Os beijo, lambo e mordo enquanto ela geme no meu ouvido. A jogo na cama e a beijei. Tiro minha camiseta e jogo no canto, puxo seu short com sua calcinha junto, volto a beija-la e enfio dois dedo fazendo aquele vai e vem que ela provavelmente adora. Tiro minha calça e cueca, e coloco a camisinha olhando pra ela que me sorri safada deitada na cama com as pernas abertas e sussurra sem som um “vem logo, Gabriel”.

Eu a viro de quatro, levanto seu traseiro e a penetro em uma estocada só que deve ter doido pois ela gemeu de dor e prazer, e olha que nem entrei todo. E começo um vai e vem frenético, a fodo com força enquanto ela rebola e geme implorando por mais. Ela dá um grito mais longo e fica rígida e eu sei que ela gozou. Dobro a velocidade e força para poder atingir o meu próprio prazer e ao atingir caio deitado na cama. Mas vejo as marcas em sua bunda e nas coxas interiores que estão vermelhas pelos tapas, velocidade e ferocidade.

Ela vem manhosa abraçando minhas costas e sussurrando algo que não presto atenção. Durmo logo depois sem olhar a tela do celular e muito menos ouso o toque de Georgiana tocar.


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Notas finais do capítulo

Frederico é ciumento e ninguém chega perto de sua irmãzinha. Gabriel é um filho da puta, mas ele ira melhorar mais para frente. Obrigado por ler



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