The Stupid, The Proud. escrita por carolina


Capítulo 7
How To Save a Life.


Notas iniciais do capítulo

oi migass!! esse cap foi bem especial pra mim, em partes porque eu me baseei numa das músicas mais importantes na minha vida, que é How To Save a Life do The Fray. quem quiser ouvir (recomendo), está aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=Dddrq61sq4U



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Steve P.O.V.

Onde que eu errei? Eu perdi um amigo.

Palavras martelam na minha cabeça. Não consigo me mover. Não consigo respirar. O que devo fazer agora? Por que deixei isso acontecer?

Peggy está morta.

O grande amor de minha vida está morta.

Não consigo pensar em vê-la petrificada em seu sono profundo, porque era pra eu estar com ela. Era para nós termos dançado.

– Steve, você está pronto? - uma voz fala, mas me permaneço de olhos fechados na frente do espelho.

Natasha quem fala com uma voz doce e triste. Abro os olhos e olho pro espelho. Ela está com um vestido preto justo.

– O que está fazendo? - pergunto.

– Só achei que iria precisar de um amigo. - olha pra baixo.

– Tudo bem. - digo, fechando meus olhos.

– Desculpe-me. - ela diz depois de um tempo. - Por ter tratado você daquela maneira.

– Tudo bem. - ouço suspirar.

– Temos que ir.

– Tudo bem. - abro os olhos e me viro.

– Você fica bem de terno. Peggy iria adorar. - ela dá um sorriso torto.

– Nós nunca dançamos. - falo de repente, com os olhos marejados olhando para seus olhos verdes assustados.

– Ah, Steve... - ela coloca a mão no meu ombro.

Eu faço uma coisa que nunca achei que faria. Pego seu ombro e a abraço bem forte, pondo-me a chorar de leve.

– Ela teve uma vida boa. Isso me deixa feliz. Mas eu queria ter feito parte de sua felicidade. - digo.

– Eu sei, eu sei... - Natasha fala dando tapinhas em minhas costas. - Temos que ir, Steve. - diz de novo.

Sem nenhuma palavra, desfaço o abraço e viro pro espelho. Olho pra ela e vou andando até a saída. Natasha me segue, colocando seus óculos escuros.

[...]

Chegamos no lugar do enterro. Há várias pessoas no lugar e avisto de longe um caixão com uma bandeira britânica, e logo em seguida uma foto de Peggy. Respiro fundo.

Natasha fica me olhando o tempo inteiro. Certamente pra ter certeza que não sairei fugindo e me atirarei em uma ponte.

– Senhoras e senhores, estamos aqui hoje por causa da trágica perda de uma amiga querida... Margaret, ou simplesmente "Peggy", Carter. - um homem começa a falar bem na frente, perto do caixão.

Peggy morreu por conta de uma pneumonia. Ou pelo menos foi isso que me disseram.

Olho para todos os cantos e consigo ver Sharon Carter sentada com seus olhos tristes e marejados. Ela era sobrinha de Peggy. Não sei por quanto tempo a fiquei observando, mas sinto Natasha me cutucando quando vejo todos olhando para mim. Inclusive Sharon.

– Vá lá na frente. - sussurra Natasha.

– O que? - antes que pudesse impedir, ela me belisca, fazendo-me levantar de uma vez.

Olho para ela que me olha com um sorriso cativante. O que me faz dá um meio sorriso. Vou caminhando até a frente, com todos me olhando.

– Ah, oi. - digo sem graça. - Sou um velho amigo de Peggy. - dou ênfase na palavra velho. – Ela foi uma grande mulher. Eu tenho certeza disso. E ela... Sempre me ajudou e foi uma tremenda companheira. Trabalhamos juntos por um tempo, até que tive que partir. Ela, então, deixou-me ir. O que me conforta é que ela teve uma boa vida. - suspiro e olho para Natasha, que escutava atentamente. - Peggy sempre será meu talvez. O meu primeiro primeiro talvez. E o meu último talvez. Sempre irei me lembrar de sua força e determinação. Ela sempre estará no meu coração e na minha memória. Fique bem, minha garota.

Quando termino, todos permanecem quietos. Natasha sorri e volto para meu lugar.

Chega a hora de levar seu caixão. Perguntam-me se quero ajudar e Natasha logo responde por mim.

– É claro que ele quer. - ela diz.

Vou em direção do caixão e o pego com mais outras cinco pessoas. Olho para ele e fecho os olhos. Mantenho-me firme e o levo para a cova. Fico observando pessoas chegarem até que vejo Natasha vindo. E com ela, mais pessoas.

– A filha de Peggy convidou os próximos de sua mãe até sua casa. Quer dizer, depois daqui. – ela fala, colocando seus óculos escuros. – Ela convidou você, Steve. Você vai?

– Você vem comigo?

– Se quiser...

– Eu quero.

– Tudo bem, então. – diz, por fim.

[...]

A cerimônia foi rápida. Já estávamos na casa da filha de Peggy. Ela se chama Angie, um nome bonito que Peggy escolhera.

Angie é simpática e bem parecida com sua mãe. Ela me contou que Peggy falava muito sobre mim e que me admirava bastante. Falei que também admirava sua mãe, mas ela apenas deu um sorriso triste.

– Tudo bem, Rogers? – Natasha fala atrás de mim.

Fico parado, olhando para o nada do lado de fora da casa. Coloco as mãos no bolso e suspiro.

– Sim.

– Sharon está procurando por você. – olha pra baixo.

– Sério? – pergunto olhando para ela.

– Sim. Ela está triste.

– O que acha que devo fazer?

– O que você acha que deve fazer? – cruza os braços.

– Não sei.

Permanecemos calados e Natasha fica inquieta.

– Ela é legal. – fala depois de um minuto. – Devia ir procurar por ela. Vocês dois compartilham da mesma perda.

– Não tenho certeza...

– QUAL É, STEVE?! Você precisa seguir com sua vida! Peggy foi seu primeiro amor. Eu entendo isso. E eu sei que se você pudesse trocar sua vida pela a dela, você o faria. Eu sei também que você queria salvar ela, mas você não pode. – suspira e pega o meu rosto, fazendo olha-la nos olhos verdes e brilhantes. – Nós temos que seguir em frente. Nós precisamos seguir em frente. Converse com ela e pergunte como está. Vá logo.

Caminho de volta a casa e procuro pela loira, sem nenhum sucesso.

– Steve? – uma voz doce e feminina me chama.

– Olá, Sharon. – sorri. – Como está?

– Ah, Steve! Que bom ver você. – me abraça. – Eu estou mais ou menos. E você? Está bem?

– Estou sim.

– Que bom. – dá um sorriso torto.

Ela está com os olhos vermelhos e o cabelo um pouco bagunçado. Seu vestido é preto de alças e é até o joelho.

– Sinto muito. – digo.

– Eu também. – diz triste. – Tia Peggy era maravilhosa.

– Sim, ela era. – dou um sorriso nostálgico.

– Tenho que preparar umas coisas. Vemos-nos depois? – fala, sorrindo.

– Claro, claro. – digo. – Até mais, Sharon.

– Tchau. – diz e sai.

Vou até a porta da frente, onde Natasha me espera pronta pra ir embora.

– Não foi tão ruim, foi? – passo por ela.

– Não. – falo, enquanto Natasha se posiciona ao meu lado.

– Ainda bem. Estava com medo de ter que levar você desmaiado para a Torre. – arqueia a sobrancelha.

– Hilária. – digo e entramos no carro.


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Notas finais do capítulo

gostaram?? me deixem sabendo :)
eu não sei o nome dos filhos da Peggy, então eu coloquei Angie mesmo hahaha