A filha de Além Mar escrita por Daily Poison


Capítulo 18
Capítulo 17 - Mudança de planos


Notas iniciais do capítulo

Olá narnianos, como vão?

Mais um capítulo da minha, da nossa querida fic. Espero que vocês gostem e deixem seus comentários, não sejam acanhados, eu não mordo, a não ser que vocês queiram é claro!

Falando nisso, Pedro e Astride tão um pouco safadexnhos porque andei vendo muito gif do William gato sedusaum Moseley na serie The Royals esses dias, então me inspirei e saiu isso, então ignorem essa minha fase.

Sem mais a dizer, boa leitura.

Um beijo e um queijo da tia Daily.



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Mary andava de um lado para o outro do seu quarto a procura de seus pertences. Estava arrumando a mala para partir de Cair Paravel. Havia conversado com Pedro, seu ex-noivo há poucos minutos, e agora que estava tudo esclarecido entre eles, e o noivado havia acabado, ela iria voltar para a Arquelândia o mais rápido possível, para os braços de seu verdadeiro amor, William.

Ainda era madrugada, mas como resolveu partir pela manhã, Mary começou a se organizar para não demorar no dia seguinte, não se aguentava mais de ansiedade e saudade. No centro do quarto, um enorme baú já estava pela metade de vestidos, sapatos, joias e livros. A princesa havia trazido muita coisa, pois pensou que a estadia seria longa, e estava longe de terminar de arrumar tudo.

—Mas onde raios foi que eu deixei aquele colar?- resmungou ela enquanto procurava pelo colar que seu pai lhe dera quando completou 16 anos. –Tenho certeza que o havia deixado aqui em cima, mas parece que sumiu!- continuou ela a procurar em cima da penteadeira onde o deixou poucas horas antes, quando foi dormir.

—Está procurando isso querida?- sussurrou uma voz feminina da escuridão no quanto do quarto.  –Você devia ter mais cuidado com o que lhe pertence, em vez de deixar jogado por ai ou dar pra uma desconhecida!- continuou a voz.

—Quem ta aí?- Mary estava assustada. A voz vinha de dentro do quarto, mas pra todos os lados que procurou, a princesa não achou ninguém. –Quem ta aí? Apareça!- voltou a perguntar.

—Tenho que admitir que fiquei chateada...- era a voz novamente, e agora, longe da escuridão, a figura de uma mulher de pele pálida e cabelos loiros compridos enfeitados com uma coroa, era nítida. –Não faz tanto tempo assim que nos encontramos pela primeira vez, pensei que iria se lembrar de mim querida!-

Era a feiticeira. Irritada com a falta de competência de seus lacaios corvos, Lilith havia espionado pessoalmente tudo que estava acontecendo, e  inconformada com o rumo que as coisas estavam levando, ela resolveu por seu dedo no meio e acabar com qualquer resquício de felicidade que encontrasse. E o alvo da vez era Pedro e Astride.

—O que você quer? Vamos diga logo, não tenho medo de você! E devolva meu colar agora!- disse Mary ao olha-la nos olhos e por mais que tentasse se mostrar corajosa, estava morrendo de medo de que algo ruim acontecesse como da última vez. Ainda se lembrava do que passou quando a maldição foi lançada, o medo que sentiu no meio de tudo aquilo e o que ainda sentia.

—Nossa, que falta de educação, pensei que seus pais lhe tivessem ensinado a como se portar diante de uma rainha...- começou a feiticeira.

—Você não é a rainha, nunca foi, nem nunca será!- retrucou Mary rapidamente.

—Princesinha tola, vai se arrepender disso!- disse Lilith com ódio fulminando nos olhos. Com um aceno rápido de mão, ela lançou um feitiço em Mary, que caiu instantaneamente, desacordada. –Coitadinha, caiu feito uma pedra, não vai se lembrar de nada do que aconteceu!- continuou a feiticeira com um risinho de mau gosto.

E então, Lilith segurou o colar de Mary com mais firmeza e o colocou  em frente do rosto, e com a voz baixa, quase num sussurro, ela proferiu outro feitiço:

—Você irá agir como se aquela conversa com Pedro nunca tivesse existido, como se vocês dois ainda fossem noivos e você o amasse, e se ele insistir, negue tudo, faça da vida dos dois um inferno! Não desista de Pedro! - disse a feiticeira para o colar que antes tinha um pequeno diamante como pingente, mas depois de enfeitiçado, passou a ser negro como a escuridão. E com delicadeza, Lilith pois o colar no pescoço de Mary, e o mesmo brilhou ao entrar em contato com sua pele bronzeada.

—Pronto, agora aqueles dois não vão ficar mais juntos e não vão atrapalhar meus planos novamente.- disse ela para se mesma com malicia na voz e depois sumiu num turbilhão de corvos.

—Temos que levantar... o sol já nasceu Pedro!- disse Astride ao acordar com os ainda leves raios de sol tocando seu rosto, enquanto tentava fazer o mesmo com Pedro, que dormia ao seu lado.

A noite passada eles finalmente estavam livres, sem regras ou ninguém para impedi-los de ficarem juntos, e aproveitaram cada segundo que tinham.  Infelizmente, apenas conversaram a noite toda, se conheceram e trocaram segredos, apesar de quererem fazer outro tipo de coisa “Seria inadequado até que oficialize o termino do noivado” como a própria Astride falou.

—Vamos Pedro, logo todos do castelo vão estar acordados!- persistiu ela ao se virar pra ele, se apoiando no cotovelo, e o empurrar algumas vezes.

—Ta bom, ta bom, já acordei!- disse ele ao acordar e levantar uma das mãos em rendição. –Você é pior que as meninas!- brincou ele.

—Engraçadinho, não estou brincando, temos muita coisa pra resolver, tem as reuniões com o conselho, temos que atender ao povo, mais reuniões sobre o que fazer com a feiticeira.... - disse ela ao voltar a se deitar enquanto contava nos dedos tudo que tinha que fazer.

Pedro não aguentou e abriu um sorriso, se virou rapidamente para ela, ficando um pouco sobre seu corpo, coberto apenas pela camisola e o cobertor.

—Você é ainda mais linda pela manhã...- disse ele e então a beijou, voltando a olha-la nos olhos depois. –Não se preocupe, vamos dar um jeito em tudo, juntos!- completou ele fazendo-a sorrir.

—Você tem razão!- concordou ela.

—Mas é claro que eu tenho, sempre tenho razão!-  disse ele ao se levantar da cama e fazer pose todo orgulhoso, mas o modo que se vestia não ajudava muito. Pedro usava apenas uma cueca samba canção branca, e apesar de estar em forma e ser extremamente atraente, aquilo não impediu de Astride cair na gargalhada. –Continue rindo, mocinha!- brincou ele. –Depois a gente conversar!-

—Você não me deu escolha!- disse ela ainda a rir enquanto se levantava da cama e começava a se aprontar para o banho. Pedro fez o mesmo.

Enquanto o Grande rei ajeitava a banheira, Astride aproveitou que ele estava de costas e tirou a camisola, ficando completamente nua, pondo em seguida o roupão fechando superficialmente.  Apesar de brincarem e trocarem olhares maliciosos, tudo aquilo era novidade para Astride, quer dizer, não só pra ela. Ambos tinham muita vergonha de se expor, e toda aquela situação era constrangedora. Dava pra se ver do outro lado de Nárnia as bochechas rosadas de As.

Já Pedro, mesmo que com certa vergonha, estava gostando muito da ideia, na verdade estava bem animado com tudo aquilo. E quando ele se virou pra dizer que estava pronto. Astride tomou a frente e com passos ligeiros entrou na banheira, tirando o roupão conforme ia submergindo na água, deixando a mostrar somente suas costas.

—Mas...- Pedro balbuciou tentando capitar tudo. No fim suspirou em rendição e tirou rapidamente a cueca e entrou na banheira, ficando de frente pra ela.

Pedro a olhava com um sorriso bobo no rosto, prestando atenção em cada detalhe que podia. Aqueles olhares deixaram Astride mais envergonhada do que já estava, fazendo-a encolher os ombros.

—O que foi?- perguntou ela enfim.

Pedro segurou sua mão e a puxou para mais perto de si, Astride por sua vez, sentou em seu colo e ficou a olha-lo curiosa.

—Casa comigo?- perguntou ele com o mesmo sorriso bobo no rosto, enquanto acariciava delicadamente suas costas.

—O que?- Astride havia escutando e entendido a pergunta, mas estava atônita, totalmente paralisada com a surpresa do momento.

—Casa comigo?- perguntou ele novamente fazendo uma carinha de cachorro com fome, tentando faze-la sair do transe do susto e sorrir.

Ele conseguiu.

—Desse jeito eu não resisto, não há como dizer não, você não me da outra escolha a não ser aceitar!- respondeu ela entrando na brincadeira dele.

—Então isso é um sim?- voltou a perguntar. –Só pra ter certeza.-  disse com um risinho.

—Sim, é um sim!- disse ela abrindo mais o sorriso em seguida.

Os dois se olharam por alguns segundos, silenciosos, apenas desfrutando da alegria que era aquele momento para eles. Pedro, ao contrário do que acontecia com Mary, conseguia imaginar um futuro ao lado de Astride, e queria isso mais do que tudo, e ela sentia que finalmente havia encontrado seu lugar no mundo, e esse era ao lado de seu amado rei.

O silêncio foi quebrado por risos. Pedro segurou sua fina cintura e a puxou para mais perto de se, com vontade de nunca mais solta-la, e ela enlaçou os braços no pescoço dele e com uma das mãos ficou a acariciar seus cabelos dourados, e no fim os dois se beijaram, extasiados de alegria e sem preocupações, nem imaginando o que aquele até então despretensioso dia lhes guardava.


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