Ouvi Stiles buzinar do lado de fora e me apressei, me despedindo de minha mãe. Estaquei na porta, sentido meu coração acelerar como nunca. Stiles estava parado em frente a porta do passageiro do Jipe. Me olhando com um sorriso encantado, estava usando as roupas que eu separei. A calça jeans preta e a camisa de mangas cumpridas xadrez azul escuro com preto. Os cabelos estavam perfeitamente penteados, parecendo ainda um pouco molhados. O sorriso brilhoso em seu rosto fez minhas pernas ficarem bambas e tive certeza de que eu estava com um sorriso igualmente brilhoso em meu rosto.

–Olá, Srta.Martin.

–Olá, Sr.Stiinski.

Seu sorriso aumentou mais ainda e ele abriu a porta do jipe.

–Você esta linda Lyds.

Olhei em seus olhos, sentindo algo em meu estomago gelar, meus olhos percorreram seus lábios e os meu formigaram, ansiando por um contato. Será que ficaria muito estranho se eu lhe desse um selinho como fazíamos as vezes? Não sei se eu conseguiria parar apenas no selinho.

Para minha surpresa foi Stiles que se aproximou, Stiles estava tomando uma atitude? Ele iria... Não viaja Martin, ele provavelmente vai fazer o que você pensou em fazer, dar um selinho como faziam. Fechei os olhos ao sentir os lábios macios encostarem nos meus. Meu coração acelerou ainda mais e um misto de desapontamento por saber que ele logo se afastaria, como um selinho tem que ser.

Eu não queria, não queria que ele se afastasse, queria sentir mais, provar mais de seu gosto. Me aproximei mais e com minha mão que estava em seu ombro o aproximei também, pressionando mais nossos lábios um no outro.

E finalmente aquilo deixara de ser um selinho comum, não houve línguas como ambos realmente queriam, um com medo da reação do outro e do que aquilo faria com a amizade dos dois, então os lábios apenas se pressionaram mais do que o normal, por mais tempo, em uma meia brincadeira de emoções, uma brincadeira deles, uma brincadeira quase infantil, mas que estava fazendo um rebuliço dentro do coração de ambos. Então Lydia ousou tirar a ponta da língua de dentro da própria boca e passar levemente nos lábios fechados do garoto e assim se afastaram levemente. Sorriso nos lábios e os olhos brilhando.

–Vamos. –Sussurrei, entrando no carro para logo em seguida a porta se fechar.

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Pov Stiles

A festa estava ali, rolando animada no momento com a musica agitada.

–Oh, cara, você penteou o cabelo. –Disse Scott, também todo arrumado, com um copo na mão.

–Pois é, eu quase fui ameaçado a fazer isso.

–Lydia, você está demais. –Elogiou.

–Obrigada, onde está Kira?

–Ah, ela esta... –Ele olhou em volta a procurando. -Acho que no jardim, conversando com Liam, foi onde eu a deixei.

Caminhamos até o jardim atrás da aniversariante, cumprimentando algumas pessoas no caminho. Chegamos no jardim e ele estava demais, luzes bonitas por todos os lados, a grama bem feita e algumas partes da decoração que faziam o lugar ficar realmente bonito. Achamos Kira e lhe demos os parabéns. Não demorou muito e ela disse que iria pegar algo para beber. Scott e Liam a acompanharam. Olhei Lydia e me lembrei do que Malia tinha dito a mim. Ouvimos a musica do lado de dentro mudar, para uma lenta. Okay, acho que estava com sorte. Tentando afastar o nervosismo, sorri para Lydia e estendi a minha mão.

–Quer dançar, Martin?

Lydia sorriu e aceitou minha mão.

–É bom que você não pise nos meus pés, Stilinski. –Brincou.

Sorri.

–Não vai acontecer.

Caminhei com ela até um aparte mais aberta do jardim, afastado das pessoas, mas ainda dando para escutar a musica. Posicionei minhas mãos em sua cintura e Lydia envolveu meu pescoço e nós começamos a nos balançar calmamente no ritmo gostoso da musica.

Não somos, nós não somos amigos, e nunca fomos

Nós só tentamos manter esse segredo em nossas vidas

E se eles descobrirem, será que vai dar tudo errado?

E só Deus sabe, ninguém quer que isso aconteça

Sorri, não conseguindo desviar meus olhos nos dela, era como se estivéssemos sozinhos, não escutávamos nada além da musica, sentia minha mão quente em sua cintura e nossos olhos queimavam vidrados um no outro. E pensei em nosso meio beijo trocado mais cedo, ainda podia sentir o gosto doce de sua língua passar provocantemente em meus lábios. Malia tinha razão, nós não precisávamos complicar tudo, talvez eu não devesse desistir afinal, talvez Lydia estava... Gostando de mim, só talvez, e... Talvez eu tivesse uma chance. Talvez, eu devesse tentar, mesmo correndo o risco de dar errado e sabe se la Deus o que mais acontecer. Eu não podia desistir, eu tinha que tentar, pois afinal. Eu não quero ser apenas amigo de Lydia, quero ser mais do que isso.

Eu poderia escolher um caminho mais fácil

Mas os seus olhos me guiam direto para casa

E se você me conhece, como eu te conheço

Você deveria me amar, deveria saber

Amigos dormem em camas separadas

E amigos não me tratam como você me trata

Bem, eu sei que há um limite para tudo

Mas meus amigos não me amam como você

Não, meus amigos não me amam como você

Eu não tinha desencanado dela afinal, como eu havia pensado. Não tinha como, eu não podia controlar meu coração, por exemplo, que batia descontrolado enquanto eu estava ali, tão perto dela. Eu não podia controlar, pois eu a amo, e pensar novamente em ser só amigo dela doi. Como eu conseguiria? Como eu conseguiria dividir nossos momentos novamente, dormir com ela, sem pensar em algo a mais que aquilo, beijar seus lábios docemente e obrigar minha mente a pensar que nunca seriamos mais do que amigos. De duas coisas eu tenho certeza. Eu amo Lydia Martin e não consigo ser apenas amigo dela.

Não somos amigos, nós poderíamos ser qualquer coisa

Se tentássemos manter esses segredos a salvo

Ninguém descobriria se tudo desse errado

Eles jamais saberão de nada do que passamos

Eu poderia escolher um caminho mais fácil

Mas os seus olhos me guiam direto para casa

E se você me conhece, como eu te conheço

Você deveria me amar, deveria saber

Lydia tinha que saber que eu não estava mais disposto a ser apenas seu amigo, ela tinha que saber que eu quero mais do que isso, precisa saber o quanto eu a amo. Aproximei mais nossos corpos, não desviando meus olhos do dela. Mas Lydia quebrou o contato brevemente e seu olhar percorreu minha boca e os meus fizeram o mesmo. Lydia passou a língua nos lábios para umedecê-los. Um convite para mim. Parecíamos imãs, sendo atraídos levemente, um em direção ao outro até que se grude definitivamente. E foi o que aconteceu.

Juntos quebramos a distancia que nos separava e grudamos nossos lábios um no outro Meu coração parecia que sairia pela boca, o beijo foi diferente do trocado mais cedo. Nossos lábios se abriram e receberam a língua de ambos, se explorando e se provando. Provava o gosto e a sensação mais única da minha vida. Eu só queria ficar ali, para sempre, beijando Lydia. Minha Lydia.

Amigos dormem em camas separadas

E amigos não me tratam como você me trata

Bem, eu sei que há um limite para tudo

Mas meus amigos não me amam como você

Não, meus amigos não me amam como você

Mas então, nós não somos amigos

Pode ser que outra pessoa também te ame

E aí então, se não somos amigos

Não há nada que eu possa fazer

Senti os dedos de Lydia passaram pelos cabelos nos alto da minha nuca e a apertei mais contra mim, sentindo o ar faltar, mas não querendo quebrar o contato.

E é por isso que amigos devem dormir em camas separadas

E amigos não deveriam me beijar como você me beija

E eu sei que há um limite para tudo

Mas meus amigos não me amam como você

Enquanto nossos lábios se separavam pela falta de ar já insuportável, eu repeti seu gesto de mais cedo e com a ponta da língua, percorri seus lábios saborosos ainda levemente pressionados nos meus.

Não, meus amigos não me amam como você me ama

Oh, meus amigos nunca me amarão como você