Sarada estava na academia ninja, como sempre ela estava sentada ao lado da Chouchou. Já estava quase na hora deles irem embora.

A pequena Uchiha estava louca para sair, pois algo dizia que ela iria ver seu pai. Ela estava com um pressentimento positivo que batia aceleradamente seu coração, era uma angustia ter que esperar, mas será uma emoção quando a hora chegar.

Sarada só esperava a hora passar para poder sair da academia. Até o Aburame sensei não estava passando nenhuma atividade, ele também esperava pela saída.

A Sarada estava silenciosa olhando para o relógio então ela começou a ouvir o Boruto conversar com alguns amigos:

– Finalmente ele chegou galera. Eu estava ansioso para que ele retornasse – Falava o Boruto. Mas a Sarada ficou curiosa, de quem será que ele estava falando, seria do pai dela, não ela não quis ter falsa esperança. Então ela ouviu mais. – Faz tempo que ele ficou fora e poderei vê-lo e como ele é um herói ele me deixará mais forte!

Sarada sorriu, algo dizia que era o seu pai, apesar dele não ter falado o nome de quem está retornando, ele mencionou palavras que cabiam ao pai dela como “estar retornando após tanto tempo” e “e dele ser um herói”.

Ainda sim ela quis evitar ter faltas esperanças, mas ela pensou apenas em ser o pai dela. Sarada pensou:

– “O que ele diz deve ser verdade, ele é filho do Hokage e deve estar sabendo de algo” – Pensou sorridente.

E antes de bater o sinal para que eles possam ir embora ela ouviu o Boruto dizer:

– Saindo daqui eu vou para a sala do meu pai, ele estará quando eu chegar.

Ao ouvir aquilo Sarada corou de alegria, pois era só ela ir até a sala do Hokage e pronto, encontraria com seu pai. Esse poderia ser o dia mais feliz da vida dela.

O sinal tocou. E todos saíram.

Sarada viu Boruto sair correndo, ela quis evitar correr para não ficar suada, mas andou rápido já que estava muito ansiosa.

Seu coração palpitava, sua mão suava e suas pernas tremiam. Era uma grande emoção.

Ela já imaginava até o seu pai, ela já imaginava chegando lá abrindo a porta e sua mãe e seu pai esperando ela e seu pai dizendo “Sarada eu te amo, minha filha”. O melhor presente que ela poderia receber por toda a sua vida.

Então ela chegou ao prédio do Hokage, era só subir as escadas e bater na porta e pronto ela entraria e veria seu pai, pela primeira vez.

Sarada subia as escadas, estava muito nervosa, seu coração acelerava. Boruto já estava dentro da sala, pois ele veio correndo até aqui.

Ela chegou até a porta, aproximou sua mão a maçaneta, a emoção era tanto que ela até esqueceu-se de bater na porta antes. A pequena respirou e expirou e com um grande sorriso abriu a porta bem rápido e toda alegre, mas então a realidade veio com uma onda de decepção.

Dentro da sala só estava o Naruto, o Boruto, o Shikamaru, a Shizune e por fim o Jounin Konohamaru.

Sarada corou de vergonha, foi uma grande decepção, todos olhavam para ela e o Naruto perguntou:

– O que foi Sarada?

Sarada tomou coragem e perguntou sem jeito:

– E-eu soube que uma pessoa retornou a vila – Gaguejou ela.

Boruto deu um leve sorriso e falou:

– Sim o Konohamaru sensei. Agora eu posso voltar a treinar.

Sarada entendeu tudo, foi apenas um engano, uma decepção. Sarada saiu correndo e começou a chorar.

Todos tirando o Boruto entenderam porque ela saiu correndo magoada, pois ela tinha esperança que fosse o pai dela, mas não foi o Sasuke que retornou.

Konohamaru esbravejou ao ver a pequena Uchiha saindo correndo da sala do Nanadaime:

– Humpf! Esse cara é um idiota mesmo! – Falou ele.

– De quem você está falando Konohamaru? – Perguntou o Naruto com uma expressão confusa no rosto.

Konohamaru se virou para o Naruto e falou:

– Do Sasuke oras – Começou a falar ele. – Como ele pode sair da vila e deixar sua mulher e sua filha por tanto tempo sozinhas.

– Ele tinha um motivo Konohamaru – Disse o Naruto.

Konohamaru esbravejou mais uma vez:

– Ainda assim, nada neste mundo é motivo o suficiente para alguém deixar as pessoas mais importantes da sua vida sozinhos por tanto tempo.

Naruto abaixou a cabeça, ele sabia que os únicos que podiam entender o Sasuke era ele e a Sakura, e mais ninguém. Naruto então ouviu as ultimas palavras do Konohamaru, que já caminhava até a porta da sala para sair:

– Por mim esse cara nem devia mais entrar na vila de novo! – Falou em um tom alto o Konohamaru.

Naruto não gostou do que ele disse então ele respondeu rápido e firme:

– Konohamaru você pode não gostar do Sasuke, mas saiba que assim como eu ele é um herói e ele sempre será bem vindo nesta vila, vila esta que ele salvou na ultima guerra! – Naruto também falou em um tom alto.

Konohamaru ao ouvir o que o Naruto dissera apenas olhou para o chão, e então saiu. Boruto correu atrás do seu sensei e assim o assunto havia se encerrado.

Portão da vila

Sarada mais uma vez estava na frente do portão da vila, estava chorando, mas ainda acreditava que seu pai iria aparecer.

O sol já estava se pondo, ela apenas olhava fixamente para o portão da vila esperando que ele surgisse de repente com seus braços abertos prontos para abraça-la.

Sakura se aproximou da filha, e viu que ela ainda estava triste. Ela já sabia que a filha havia ido à sala do Naruto acreditando que seu pai estivesse lá.

– Sarada, já está tarde, vamos para casa? – Perguntou a Sakura.

– Não mamãe, eu tenho que ver meu pai chegar! – Berrou a pequena Uchiha.

– Filha, talvez hoje não seja o dia do retorno de seu pai, quem sabe amanhã ou depois... – Sakura foi interrompida pela Sarada.

– Ou talvez nunca não é mamãe! – Gritou a pequena com lágrimas nos olhos.

Sakura entendeu a dor da filha, então a deixou lá, esperando por seu pai, Sakura começou a chorar ao sair de perto da filha, não era isso que ela queria para a Sarada, mas era a realidade.

Passaram-se horas, minutos e segundos e nada do Sasuke aparecer. Já estava muito tarde, uma noite de lua crescente e estava uma noite muito fria, a pequena tremia por todo o seu corpo. Mesmo assim ela não desistiu de sair de lá.

Ela já não aguentava mais, estava em seu limite, à pequena se levantou ela havia perdido as esperanças. Ela acreditou, mas parou ai, apenas acreditar não trouxe seu pai de volta.

Sarada estava de pé olhando diretamente para o portão da vila, as lagrimas já escorriam pelo seu rosto, e um olhar zangado surgia em seu olhar. A pequena Uchiha então falou para si mesma.

– Cansei de esperar, se ele não veio hoje então ele nunca virá – Começou a disser ela, limpando as lágrimas de seus olhos. – Nunca mais virei aqui esperar pelo meu pai e esperando que ele nunca volte, pois agora ele é a pessoa que eu mais odeio neste mundo.

O olhar da pequena era cheio de ódio, aquilo não era brincadeira, ela virou para trás e começou a andar, estava indo embora, e então deu suas ultimas palavras ao portão da vila, enquanto começava a chorar de tristeza novamente:

– Eu espero que meu pai nunca volte! Eu espero que ele nunca volte! – Berrou a pequena chorando e voltando para sua casa naquela noite fria e cruel para ela.

Continua