Mais um dia se passa em Konoha já eram oito horas da manhã em um sábado. Sarada não tinha que ir a academia ninja, então ela se levantou tomou um banho rápido se vestiu e colocou seus óculos, e então desceu rápido para tomar café.

A Sakura já havia montado a mesa e finalmente viu sua filha se sentando a mesa para tomar café:

– Bom dia filha – Falou ela. – Dormiu bem?

– Sim mamãe, mas... – Disse a pequena Uchiha com a cabeça baixa.

Sakura estranhou e franziu a testa, ela ficou olhando para a Sarada e logo perguntou:

– O que foi Sarada? Algo está te incomodando? – Perguntou Sakura.

A pequena Uchiha ficou em silencio estava claramente com um ar de pensativa e então, Sarada ajeitou seu óculos e desembuchou:

– Não é nada mamãe é só que... – Ela fez uma pausa e então, prosseguiu. – É que eu tive outro sonho com o meu pai e mais uma vez eu vi sangue saindo de seus olhos e percebi um espirito, ou melhor, uma energia obscura ao redor dele.

Sakura ficou preocupada não era a primeira vez que a Sarada sofria com esses sonhos e sempre que isso acontecia ela fazia muitas perguntas sobre seu pai.

– Porque mamãe? Porque eu tenho esses sonhos estranhos sobre meu pai?! – Gritou à pequena Uchiha. Ela ficava confusa com esses sonhos e ela queria uma resposta.

Sakura abaixou a cabeça não parecia que iria falar. Sakura nunca contou sobre o passado de seu pai, ela achava que era o melhor para a sua filha, ela não queria que a Sarada soubesse que seu pai já havia sido um criminoso Rank A.

– Eu não sei querida – Começou a dizer a Sakura. – Não sei por que você é perseguida com esses pesadelos monstruosos sobre seu pai, ele é uma boa pessoa que não teve uma vida fácil.

Sarada não gostou muito e resmungou:

– Humpf. Você sempre diz a mesma coisa mamãe e eu nem sei mais se devo confiar nisso.

– Acredite queria só mais um pouco. Confie em mim eu tenho certeza que em breve seu pai voltará da missão nele e você verá que tudo que eu falei a você é verdade – Falou a Sakura consolando a sua filha.

Sarada se levantou e foi até a porta, a abriu, mas antes de sair disse a sua mãe:

– Eu espero que isso seja verdade mamãe, porque eu não quero que meu pai seja uma pessoa ruim.

Então a Sarada saiu, Sakura ficou preocupa ela não gosta de enganar a filha, mas sabe que diferente de antes Sasuke agora é uma boa pessoa.

Sarada estava andando, então ela encontrou a Chouchou pelo caminho. Chouchou estava saindo de uma loja de doces ela viu a Sarada andando e foi até ela.

– Sarada! Sarada! – Gritou Chouchou.

Sarada parou e viu a Chouchou se aproximando e acenou para ela:

– Oi Chouchou bom dia! – Cumprimentou a pequena Uchiha.

– Bom dia Sarada, para onde você esta indo?

– Para o portão da vila como sempre.

Sarada sempre vai para o portão da vila. Em dias de aula ela vai durante a tarde e nos fins de semana ela vai de manhã bem cedinho. Sarada faz isso já há mais de 1 ano, ela quer ser a primeira a ver seu pai chegar.

– Bem então eu vou com você – Disse Chouchou.

– Não precisa se incomodar Chouchou – Falou a pequena Uchiha, ela realmente não queria incomodar a amiga.

– Não é incomoda algum, eu posso fazer companhia a você e podemos conversar enquanto comemos uns doces.

Sarada sorriu, e então as duas foram até o portão da vila. Sarada fazia diariamente, mas seria a primeira vez que ela esperaria seu pai ao lado de uma amiga.

Boruto tinha saído de uma loja que vendia mascaras AMBU e observou a Sarada indo mais uma vez até o portão da vila. Não era a primeira vez que ela ia até lá e ele ficou desconfiado dela.

Boruto chegou em casa e viu seu pai brincando com a Himawari, mas claro não era seu pai de verdade, era apenas um Kage Bushin.

Boruto se aproximou de seu pai e perguntou:

– Pai porque a Sarada vai todo dia até o portão da vila?

– Porque quer saber filho?

– Eu estou desconfiado de que ela esteja tramando alguma – Boruto falou com uma expressão de desconfiança.

Naruto começou a rir e o Boruto estranhou, e o Naruto se levantou colocou sua mão em cima da cabeça de seu filho e falou:

– Não é nada disso Boruto. A Sarada só vai lá porque ela fica esperando o pai dela voltar.

– Hã, então o pai dela vai voltar logo? – Perguntou o Boruto.

– Eu não sei, mas ela não perde a esperança.

Boruto entendeu agora o motivo, afinal ela nunca conheceu o pai dela. Boruto ficou mais curioso ainda e decidiu perguntar ao seu pai:

– Pai, o pai da Sarada é forte?

– Sim ele é o forte meu filho, ele me ajudou a trazer paz ao mundo Shinobi na ultima guerra.

– Então porque ele partiu e não ficou na vila?

– Boruto não devemos interferir nas coisas dele, se ele saiu da vila foi pelos motivos dele. Um dia você o conhecerá e verá o quão forte ele é.

Boruto não entendeu direito, mas respeitou o que seu pai disse. Ele estava curioso em saber como é o pai da Sarada e queria conhecer a força dele também.

Sarada estava sentada em uma árvore ao lado da Chouchou perto do portão da vila. Sarada pegou seu celular e já era 12:20, ela já teria que ir embora para almoçar. Ela deu mais uma observada para o portão da vila, mas ninguém apareceu.

– Sarada eu acho que já vou indo – Falou a Chouchou. – Eu vou embora para almoçar.

– Tudo bem Chouchou, obrigada por ter ficado aqui comigo – Sorriu e agradeceu à pequena Uchiha.

– Até depois Sarada.

– Até – Se despediu da amiga.

Passaram-se 10 minutos desde que a Chouchou foi embora e ninguém apareceu. Sarada se levantou para ir embora e ao olhar para trás ela viu sua mãe se aproximando.

– Tudo bem Sarada? – Perguntou a Sakura.

– Sim mamãe? – Falou desapontada a pequena.

– Não quer ir embora para almoçar?

– Sim, vamos então.

Sakura não gostava de ver a Sarada triste, então tentou anima-la:

– Não se preocupe querida sei que logo seu pai voltará, só precisa de paciência.

Sarada se virou para sua mãe e começou a chorar:

– Eu te amo mamãe, eu acredito em você – Sarada limpou suas lagrimas e continuou. – Mas é que meu pai não esteve presente na minha infância, no meu nascimento e nem no meu crescimento. Não tive um pai para brincar comigo e nem para me dar carinho e isso é frustrante.

Sakura teve vontade de chorar, não era isso que ela queria para sua filha, porém é a realidade. Sakura abraçou Sarada e falou em seu ouvido.

– Eu minha querida, sei que está decepcionada e acredite quando seu pai aparecer farei com que ele faça tudo que não fez com você quando pequena.

Sarada olhou para sua mãe e pode ver em seus olhos que ela estava triste, mas sorrindo afinal elas tem uma a outra.

– Eu te amo mamãe – Disse a pequena.

– Amo você também querida e tenho certeza que seu pai te ama também.

Apesar de triste Sarada sempre se sente bem ao lado de sua mãe. As duas foram embora, Sakura estava com sua mão no ombro da Sarada, e a mesma se sentia segura com ela.

Não tão longe dali Boruto observou toda a cena ele abaixou a cabeça, pois nunca imaginou o quanto a Sarada sofria por não estar ao lado de seu pai.

– “Eu acho que fui muito injusto com ela” – Pensou o Boruto.

E então Boruto se lembrou de 4 anos atrás deles brincando no parquinho e daquela promessa que eles fizeram “Sarada seremos sempre amigos não é? Nunca deixaremos que nada corte nossos laços”.

Boruto se sentiu mal, afinal ele era o melhor amigo da Sarada como um irmão que ela não tem.

– “Droga eu mesmo cortei o nosso laço” – Pensou novamente o Boruto. – “Mas não é tarde, eu posso me tornar amigo dela de novo” – Boruto sorriu neste pensamento.

Boruto então olhou para o céu e notou que ele estava ficando escuro, iria chover então ele saiu dali e foi embora para casa.

Casa do Clã Uchiha

Sarada estava em casa comendo o almoço de sua mão, estava muito quieto e aquele silencio incomodava as duas, mas nenhuma delas sabia o que falar.

Após o almoço Sarada ficou em seu quarto em silencio, estava pensativa, então Sakura deu leves batidas na porta e disse:

– Desculpe querida, mas posso entrar?

– Claro mãe – Respondeu Sarada levantando sua cabeça que estava baixa.

Sakura entrou e sentou na cama da filha que por algum motivo ela estava sentada no chão encolhida com os joelhos para cima segurando sua perna.

Enquanto Sakura observava sua filha sentada em silencio começou a chover. Estava tudo escuro com certeza iria ser uma chuva longa e forte.

– Filha porque não nos distraímos enquanto chove?

– Por quê? – Perguntou a pequena Uchiha com uma expressão facial de indiferente.

– Porque não há nada para fazer, então podemos nos distrair com uma brincadeira.

Sarada olhou para sua mãe e sentou em cima da cama e aceitou fazendo um sinal de positivo com a cabeça:

– Do que vamos brincar? – Perguntou a Sarada.

– Eu vou te fazer uma pergunta e você responde, é bem simples – Falou a Sakura.

– Está bem então – Disse a Sarada.

– Me diga o nome do garoto que você gosta? – Perguntou a Sakura abrindo um leve sorriso.

Sarada ficou corada e abriu um sorriso meio que de mau jeito:

– M-mamãe! Isso é lá coisa para se perguntar – Respondeu gaguejando a pequena.

A Sakura riu e falou:

– Vamos filha é só dizer o nome do garoto que você gosta:

Sarada ficou mais corada ainda, então ela virou a cabeça de lado e disse sem jeito:

– E-eu não gosto de garoto nenhum – Continuou gaguejando a pequena.

Sakura teve um ataque de riso e a Sarada no fim acabou rindo junto com a sua mãe. Elas riram tanto que nem dava para ouvir mais o forte som da chuva.

– Viu Sarada você pode se divertir comigo – Disse a Sakura ao parar de rir.

– Eu sei mamãe – Falou a pequena.

Então as duas se abraçaram bem forte e Sarada estava sorrindo. Sua mãe podia ser brava e pode até esconder coisas sobre seu pai, mas com certeza sua mãe é como uma boa amiga, Sarada pode sempre contar com ela.

Continua