Caminhos do Destino escrita por Sr Byron


Capítulo 28
Dois clãs. Um unico fim


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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POV Esme

 

A luta tinha recomeçado, agora só iria parar quando um dos dois clãs encontrasse seu fim. Eu sabia que tinha que ser feito, e que meus filhos faziam a coisa certa, mas é horrível vê-los lutando e se machucando, era obvio que os Volturis não eram simples vampiros, até mesmo as esposas moviam-se de forma letal, rápidas e  ágeis.

Todos estavam conseguindo manter a luta, mas a que preço, Edward era o que parecia em melhor estado, seu dom o ajudava muito, mesmo sem as presas, "ler" os movimentos do seu oponente o dava uma grande vantagem, mas mesmo com seus poderes Caius o tinha machucado. Alice com suas visões estava se saindo bem, mas  sua oponente era mortal, tão rápida, tão ágil que a tinha ferido, Athenodora não estava em melhor estado também estava repleta de mordidas, mas reconheço que se não fosse seu dom Alice talvez já estaria em pedaços. Jasper e Bella, esses dois eram simplesmente algo de outro mundo, mas seus oponentes se equiparavam sem sombra de duvida, ambos tinham sofridos machucados muito sérios, mas tinham deixado seus oponentes em um estado semelhante. Mas o pior era Emmet, tão confiante na sua força não media conseqüências atacava sem pensar, e Marcus não era um oponente onde isso iria funcionar sempre, no entanto quando Emmet conseguia acertar um golpe este era devastador, os poucos golpes que Emmet acertou, machucaram muito seu oponente.

 

 

POV Alice

 

Saber a história dos Volturis  realmente  foi algo que eu não tinha previsto, a história deles era baseada em vidas que  foram  destruídas. Hoje éramos nós que  estávamos querendo destruir. Ainda sim nós somente reagíamos às atitudes deles.  Lutaríamos porque eles tentaram destruir nossa família.

Athenodora avançou eu prevendo isso me desviei para o lado e pulei em sua direção tentando pegá-la pelo lado direito, mas  ela em um giro desviou-se  fazendo com que eu cruzasse por ela, ela pulou em minha direção  aproveitando que eu ainda estava de costas. Sabendo que ela faria isso, me movi para evitar seu ataque. Eu a vi em minhas visões vindo pelo ar para me acertar, voei em sua direção, mas mantendo as costas para baixo cruzando rente a ela, ela surpresa pelo meu movimento não pode se defender quando a empurrei com toda força que tinha quando ela passava exatamente acima de mim. Empurrei com força e ela chocou-se violentamente no teto, fazendo com que rachasse e pequenos escombros caíssem, fiquei em pé enquanto ela caia no chão, mas prontamente  levantando para novamente começar a luta. Saltamos agora  juntas  uma na outra,  e essa foi a primeira vez que ele me atingiu,  entre troca de golpes ela conseguiu escorregar para trás de mim  me prender pela cintura me  jogando contra  uma das paredes laterais.  Recompus-me rapidamente, e voltamos a duelar, já fazia  20 minutos que a luta acontecia e nenhuma das duas tinha atingido a outra com graves ferimentos, mordidas leves  foram distribuídas nada preocupante, mas eu percebia. Ela estava levando vantagem, nos últimos 5 minutos eu não conseguia mais mordê-la e ela tinha me dado algumas mordidas bem doloridas se continuasse nesse ritmo logo ela me venceria. Então fiz a única coisa que poderia me salvar, liberei minhas presas e rosnei as mostrando para minha oponente. Ela não conseguiu evitar a surpresa, chegou até dar um passo para trás, mas foi só isso, ela focou-se na luta novamente, mas agora eu estava mais rápida e mais forte a vantagem começou a pender para mim, mas a experiência dela a fazia ainda perigosa. O confronto agora mais parelho começou novamente a se alongar, até que o próximo ataque eficiente e capaz de machucar seriamente e talvez definir a luta aconteceu.

Infelizmente ou felizmente ambas conseguiram infringir ferimentos graves praticamente ao mesmo tempo, mas eu faria tudo para sair vitoriosa, e eu não estava brincando quando pensei isso.

Quando tentei prender seu rosto com minhas pequenas mãos ela desviou por muito pouco e com um movimento rápido no pescoço mordeu meu pulso, puxei o braço tentando evitar um maior ferimento, mas ela não pensou em soltar, seu corpo veio junto. Vendo que ela não ia soltar até ter terminado com ele, puxei com força o braço para baixo a fazendo baixar seu corpo deixando assim suas costas e nuca desprotegidas, não pensei duas vezes e pulei em suas costas mordendo sua nuca, ela como uma hábil lutadora estava prestes a me tirar de cima utilizando meu braço que ela arrancava a mordidas. Foi nesse momento que eu percebi. Seria tudo ou nada. Se ela se livrasse de mim eu estaria morta, sem um braço para me defender ela iria ganhar a luta, então fiz a única coisa que achei que me daria a vitoria. Com o braço que estava livre abracei-a, segurando o meu braço que estava seriamente machucado ainda dentro da boca de Athenodora, eu sacrifiquei meu braço para poder matá-la, quando ela rompeu meus ossos e músculos senti meu braço desligar de meu corpo, mas já era  tarde, mais uma mordida eu estraçalharia sua colona, não a mataria mas a impediria de controlar  seus movimentos, me deixando livre  para jogá-la na fogueira, e foi isso que  fiz. Agüentei a dor de ter meu braço rompido e aprofundei minha mordida até sentir seus ossos da coluna sendo esmigalhados entre minhas presas. O corpo de Athenodora pareceu travar quando rompi seu elo entre corpo e cérebro. Acabou, tinha acabado eu sai vitoriosa, estava arfante quando a luta tinha acabado. Sentia-me cansada como nunca tinha me sentido, foram mais de meia hora em uma luta entre vampiros, era um tempo inimaginável para um embate onde tudo acontecia tão rápido. Não conseguia me  desligar da dor do meu braço, olhei pela primeira vez como ele tinha ficado.

Quando o vi, não pude evitar o choque, Athenodora não o tinha rompido de uma maneira que eu poderia conectá-lo, meu pequeno e fino braço tinha sido mordido em diferentes áreas em varias extensões com profundidades diferentes, minha mão e uma parte de meu pulso jaziam no chão afastado de mim, mas não seria mais necessários, eu teria que esperar meu corpo regenerar, sentei-me ali mesmo nas pedras frias do castelo, aturdida tentando controlar a dor que vinha de meu braço. Eu tinha saído vitoriosa, mas não era como Jasper ou Bella que conseguiam ignorar a dor desse tipo de ferimento.

 

 

POV  Edward

 

Caius era um bom lutador e tinha um estilo agressivo, ele atacava, atacava e atacava sem dar tempo para revidar, suas mãos moviam-se tão rapidamente tentando me pegar tornando seus movimentos quase difíceis de desviar, mas eu lia seus pensamentos e me antecipava a cada um deles. No entanto Caius não dava tempo para eu poder revidar os ataques, dançávamos nossa dança mortal por quase toda extensão daquela sala. Mesmo não tendo espaço para atacar eu teria que tentar algo se na quisesse ser derrotando, vendo o próximo movimento de Caius, eu me desviei e levei minha mão direto ao seu pescoço, mas Caius não desonrou o nome dos Volturis, impediu que minha mão o alcançasse muito facilmente  mordendo meus dedos consequentemente me arrancando dois deles, como reflexo a  dor sentida, rapidamente  direcionei um soco ao seu rosto para tentar fazê-lo soltar minha mão e novamente  ele moveu-se para impedir, mas desta vez sendo atingido.

Quando ele desprendeu seus dentes de minha mão eu a levei em direção de seus longos cabelos, ignorando a dor prendi fortemente seus cabelos e com a mão que já ia em direção ao seu rosto, comecei a socá-lo, pude acertá-lo quatro socos até ele pular e acertar ambos os pés em meu peito me jogando pra longe, não sem gritar quando tufos de seus cabelos foram arrancados, pois minha mão ainda estava fechada em volta de suas madeixas.

Sorri com o que tinha acontecido, seu outrora cabelo perfeitamente composto agora tinha uma grande falha e estava desgrenhado para todos os lados deixando com uma expressão de fúria. Ele rosnou raivosamente quando olhou para minha mão e eu ainda segurava seus cabelos. Aproveitando o espetáculo que o meu próprio ser selvagem e medonho que estava crescendo dentro de mim queria fazer, somente pelo prazer de ver aqueles olhos furiosos. Elevei minha mão mostrando-lhe seus fios e assoprei.

A cena a seguir pareciam muito lentamente, os fios de cabelo voavam ao vento e Caius parecia voar  por entre eles vindo na minha direção, já esperava isso a fúria o tinha o cegado, o que não o tornava  menos letal, muito pelo contrario, desviei-me mas ele rapidamente vinha em minha direção agora conseguindo me  acertar, fui pego pela  lateral  Caius tentou me imobilizar mas consegui evitar, porém meu braço tinha sido quebrado no processo. Saltei para longe e agora foi à vez de Caius sorrir, a situação tinha ficado complicada, mas eu tinha a vantagem de ler seus pensamentos, me foquei nos seus pensamentos, e vi o próximo passo, me antecipando eu avancei os planos dele mudaram enquanto eu avançava, desviei de seus braços que tentavam me prender, apoiei meu braço ainda funcional no chão, pego pelo movimento rápido não pode evitar, assim consegui passar uma rasteira em Caius que caiu de borco no chão, prontamente segurei seu braço e pisei em seu peito, puxei com força rompendo sua ligação perto do ombro, o grito de dor foi substituído quando Caius segurou meu tornozelo e me jogou para longe me fazendo rolar pelo chão.

Me coloquei de pé  e Caius já vinha em minha direção, me desviei de seu único braço e chutei sua lateral que não podia ser defendida, ele voava para trás com a força do chute, eu corri o máximo que pude para ficar atrás de Caius, ele colidiu comigo mas era isso mesmo que eu queria, enquanto eu era arrastado para trás com o choque  mordi o pescoço de Caius, ele  mexia-se tentando livrar-se mas não foi possível aos poucos os movimentos tornaram-se pequenos espasmos, e tudo acabou, rompi seu ultimo nervo e sua cabeça já não mais fazia parte do corpo. Ele não se movia mais, seu corpo estava inerte, mas ele insultava a todos prometendo vingança, arrastei seu corpo pelos pés e levava sua cabeça  pelos cabelos. As joguei no fogo, ouvia os gritos de dor até que eles cessaram.

Olhei a volta e vi minha Bella digladiando-se com Aro, era impensável ver Bela lutando daquela forma, um pensamento rápido me passou que ela poderia acabar comigo se quisesse. Balancei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos, e corri na direção dela. Mas a voz forte de minha Bella foi ouvida.

 

- Não ouse interferir Edward. Parei chocado com a fúria que exalava de minha Bella. Ela estava machucada e ainda sim iria lutar sozinha, ela voltou a luta, movendo-se de forma tão selvagem e elegante, desviando-se e atacando de forma brilhante. No meio da luta ela e Aro pareciam ainda dialogar como se não estivessem preocupados.

 

 

 

POV Emmet

 

 

Marcus era um tédio, mas sem duvida sabia como lutar, ainda não tinha nenhum membro arrancado, mas meus braços estavam tão cortados com mordidas que estava sendo difícil movimentá-los, era uma dor quase insuportável, pois eu precisava proteger meu pescoço com meus próprios braços. Pude contar três paredes sendo quebradas com o choque de meu corpo, Marcus acertou um soco com ambas as mãos em meu estomago me lançando contra a primeira parede, no momento que me choquei minha perna foi pega e em um giro fui lançado novamente contra a parede oposta, novamente fui pego, mas  agora meu corpo estava acima da  cabeça de Marcus ele me lançou contra a parede lateral, ele já vinha para me pegar de novo, mas me impulsionei no chão para  fugir de um novo ataque.

Com o impulso pousei em uma das paredes e me agarrava nas pedras escalando pelas laterais desviando de cada ataque de Marcus, agora era uma perseguição que acontecia pelas paredes da sala do trono, ora era perseguido ora perseguia, ambos nos movimentávamos pelas paredes, atacando e revidando. Cada ataque de Marcus era preciso, meu tórax estava muito machucado, Marcus sabia usar as mão para machucar alguém, os cortes eram superficiais, mas ainda sim causavam muita dor,  até que  Marcus me surpreendeu conseguindo passar minha frente e me acertando, fui lançado contra o chão. Um segundo eu já estava de pé novamente, então fiz a única coisa que me restava, eu não seria capaz de ganhar de Marcus sem isso, liberei minhas presas e senti a explosão ser injetada em meu corpo, Marcus pulou da parede que ainda estava, veio em minha direção, se quer pensei em desviar, elevei um dos braços deixando o esticado para cima, quando ele estava ao meu alcance baixei rapidamente acertando a cabeça de Marcus. Um martelo acertando um prego foi assim que pareceu.

O corpo de Marcus quicou no chão, mas eu sabia que isso não seria o suficiente para derrotá-lo, quando acertei esse golpe a sensação de selvageria que Bella e Jasper  dividiam se apossou de mim,  eu era capaz de sentir aquela euforia por ter pegado de jeito o Marcus, sem pena chutei a cabeça do Marcus, seu corpo foi rodopiando pelo ar, estava a dois metros da parede quando apareci tão rapidamente ao seu lado que ele nem teve tempo de se mover, juntei as mãos no alto e baixei acertando o estomago de Marcus, senti o arfar dele e ele ir em direção ao chão, novamente me movi rápido para evitar sua colisão com o chão quando ele estava na altura de minha cintura elevei meu joelho acertando agora suas costas, um novo ganido de dor saiu dos lábios de Marcus, eu era forte então  sustentei meu joelho elevado mantendo ali o corpo de Marcus imóvel, ele já estava dando sinal de se recuperar, mas não dei tempo, peguei seu corpo pela cintura deixando sua cabeça para baixo, saltei com força suficiente para alcançar o teto, quando toquei o teto me impulsione novamente  mas  agora com força, a cabeça de Marcus ainda estava para baixo, quando toquei meus pés no chão para amortecer meu impacto soltei Marcus e ele brutalmente  sentiu o choque no chão, seu pescoço estava em um estranho ângulo, tinha acabado.

Marcus tinha sido derrotado, alguns minutos seriam o suficiente para ele voltar a ativa o corpo dele iria se recuperar, mas eu não daria tempo, joguei seu corpo nas chamas. Ele queimaria até virar cinzas.

 

 

POV Jasper

 

 

Sulpicia era definitivamente um demônio, no momento que começamos a lutar eu sabia, dois demônios se enfrentavam, ambos querendo romper a carne do outro de maneira lenta e dolorida, era a esposa perfeita para o Aro, apesar de nunca tê-la ouvido falar podia ver que ela era perfeita para ele, o modo de lutar mostrava isso, era uma luta cheia de peripécias como se lutasse para um publico que apreciava cada coreografia, eu tinha que admitir, cada movimento era belo e se acertasse muito perigoso.

As mãos dela eram como espadas que tentava me perfurar, eu tinha que desviar a todo momento, ela sabia também usar as pernas, de repente  ela em um giro muito rápido elevava a perna e com a parte externa do pé me golpeava, o primeiro chute dela me pegou desprevenido, admito. Quando me atingiu fui arrastando pelo chão até parar, ela rápida como era, já vinha em minha direção, foi o tempo de dar uma cambalhota para trás, quando apoiei minhas mãos no chão me impulsionei para o alto em direção ao teto, quando meus pés tocaram o teto um novo impulso me levou em direção ao chão a onde Sulpicia estava não a atingi por pouco ela desviou com um salto mortal para frente. Tinha que admitir ela era rápida, mais rápida que eu e isso tava tornando as coisas difíceis, sem contar a experiência de lutas dela, que segundo a história dos Volturis era maior, imensamente maior que a minha.

Mas se Sulpicia queria um espetáculo eu o daria para ela. Por um momento de segundo nos encaramos, ela provavelmente se perguntava por que eu sorria e minhas suspeitas foram confirmadas?

 

- Está a ficar louca criança?

- Certamente não madame. Mas queria saber se a velhote ai. Apontei para ela e continuei. - Pode agüentar uma luta de verdade.

- Luta de verdade? Você nem está conseguindo me acompanhando meu rapaz. Eu já te acertei e você nem se quer amarrotou meu vestido.

 

Essa foi à gota d’água para mim, permiti a mim mesmo não tentar mais bloquear aquele instinto que tanto apreciava, mas que havia guardado para viver com minha família. Liberei um animal enjaulado, liberei a morte de Sulpicia. Liberei minhas longas e brancas presas à medida que elas iam crescendo Sulpicia arregalava os olhos. Eu me movi.

 

- Eu não amarroto seu vestido ã?  Eu perguntei, mas agora estava atrás dela com um pedaço de seu vestido em minhas mãos falando em sua orelha. Ela tentou não deixar  transparecer mas eu vi surpresa em seus olhos.

- Parece que a criança cresceu. Ela falou e tentou me atacar, não sendo rápida o suficiente, acertei meu cotovelo do lado e sua face jogando ela para longe. Ela queria o show, eu daria para ela, esperei ela levantar para começarmos novamente. Uma troca rápidas de golpes, sorri enquanto lutávamos, minha velocidade  aumentava com as presas agora podia acompanhar facilmente, nossa luta parecia os filmes de kung fu que Emmet gostava, quando ela resolveu dar o mesmo chute  novamente, mas dessa vez eu não cairia, girei meu corpo e agarrei sua perna que estava próxima a minha cabeça não soltando-a  agora ela estava em uma posição desprivilegiada, seguindo o jeito dela lutar, com um giro acertei o meu pé em seu rosto, novamente  ela  vou até  cair  afastada. Esperei novamente ela se levantar, e começamos novamente, ela estava mais agressiva agora, trocamos golpes, alguns eu acertei, outros ela acertou, me desviei de um golpe dela pulando para trás, no giro apoiei as mãos no chão, e assim eu fiquei, me equilibrando em uma bananeira, levantei uma das mãos a chamando com dedo para a briga, ela não queria um show, agora seria o meu show. Ela vinha brava, com olhos negros de fúria.

Movimentei-me lentamente se comparado a um vampiro até ficar  de pé, na hora  exata avancei querendo já encerrar essa luta, a peguei pelo pescoço que  rosnou numa mescla de dor e  raiva, não se dando por  vencida  em um daqueles chutes magníficos ela acertou minhas costelas, a soltei para me defender do novo chute,  e do outro e do outro e de mais um, ela  maestramente vinha alternando as pernas atingindo meus  braços, de repente  ela não chuta e avança ficando muito próxima de minha face,  Sulpicia acertou a primeira  mordida, uma mordida no canto de minha boca, fazendo um profundo corte em meu rosto,  empurrei ela para longe.  Mas agora ela tinha cansado de ser a palhaça do show atacava sem parar, eu me defendia e atacava na mesma intensidade, até que ela usou um golpe que custou a derrota dela. Na troca de golpes as posições se invertiam rapidamente, estávamos um na frente do outro, logo a seguir  lado a lados no momento seguinte um de costas para o outro, e nesse momento, quando estávamos de costa, que  ela  perdeu a luta, ela virou-se mais rápido e levou as mãos a frente tentando prender meu pescoço, se eu tentasse virar  seria pego, então somente  me  aproximei encostando meu corpo ao dela, suas mãos cruzaram meu rosto, e eu as  agarrei, saltei de costas  contra uma parede, agora ela estava presa entre eu e a parede. Senti seus dentes perfurarem meu pescoço, eu agüentei a dor e forcei os braços dela para longe, até rompê-los. A luta tinha terminado, quando seus braços romperam, o grito de dor dela foi o suficiente para me livrar de sua mordida.

Ela caiu de joelhos no chão, prostrada diante de mim eu segurei sua face delicadamente, e aos poucos para ela sentir o máximo de dor possível, fui puxando seu pescoço até sentir seus ossos e músculos se quebrarem. Acabou, uma olhada ao redor podia ver que somente Bella ainda lutava. Ela e Aro estavam totalmente destruídos, ainda inteiros, mas as mordidas eram tantas. O sangue que as presas permitiam extrair  banhava ambos os corpos.

 

 

POV Bella

 

 

Já fazia 20 minutos que a luta acontecia, e cada um só tinha acertado um golpe no outro, Aro tinha me jogado com tanta violência na parede que fiquei tonta na hora que cai no chão, me levantei com a fúria nos olhos, e corri na direção dele, quando estava próximo mostrei minhas afiadas presas para ele, a surpresa fez com que ele não se defendesse, e agora foi a vez dele de conhecer as pedras de seu castelo.

A experiência e habilidade de Aro eram incríveis, a luta era tão rápida e mortal, que o mínimo movimento errado seria o fim. Saltamos ambos uns no outro trocamos socos por momentos em pleno ar e voltamos ao chão afastados. Aro nesse momento pareceu mudar de tática, passou a lutar mais como um vampiro, utilizando os braços para agarrar e depois morder, eu não pude reclamar, foi assim que aprendi, nada de coreografias e lutas especializadas, agarrar imobilizar e morder, era assim que eu vivi.

Quando a luta tomou esse  rumo, as coisas ficaram melhores ou piores, melhores porque  agora os ferimentos aconteciam e piores porque eu também era ferida.

No primeiro ataque, nos chocamos e nos imobilizamos mutuamente, eu mordi seu pescoço arrancando uma nesga e ele o mesmo fez, mas não chegou ao meu pescoço, minha clavícula foi quem sofreu o dano. Afastamo-nos, ambos estávamos arfantes, mas ninguém tinha tempo para descansar. Uma nova leva de golpes, mas nessa eu levei a pior, ele conseguiu uma brecha em meus ataques e vinha pronto para  romper minha face  com mordidas, rapidamente  me protegi com meus braços, e  tive ali uma profunda mordida, chutei sei tórax para ele se afastar, ele voou pela sala mais caiu de pé. E assim que caiu voou em minha direção eu me desviei e ataquei seu flanco esquerdo, me prendendo em suas costas, mordi um pouco abaixo de seu ombro, mas ele me jogou para longe, não antes de com minhas unhas arranhar profundamente o rosto. Ele sorriu para mim, com aquele sorriso irônico, enquanto tocava sua face arranhada. E tudo começou novamente.

Tudo naquela sala acontecia rápido, enquanto lutávamos era impossível não perceber corpos lançados, barulhos ensurdecedores, vampiros escalando paredes tão rapidamente em meio a uma luta mortal. Até gritos de vampiros indo ao fogo já pude ouvir, infelizmente não tinha como saber de quem era, Aro não me dava espaço para  qualquer outra coisa se não fosse nossa luta.

Aro não dava trégua, assim como eu não dava espaço nem para ele olhar para o lado. Entre golpes e rosnados, ele conseguiu me jogar novamente no chão, e já ia me atingir novamente quando rolei para o lado, e voltei a ficar de pé avançando nele que tentou me acertar um soco, no entanto consegui segurar seu braço e mordi seu pulso fazendo um bom estrago, mas a outra mão de Aro foi diretamente  nos meus cabelos, ele puxou minha cabeça para trás deixando uma visão clara de meu pescoço,  ele mordeu-me rompendo um boa extensão de meu pescoço, consegui afastá-lo com violência, ele cruzou a grande sala dos tronos e chocou-se com a parede oposta, quando senti um cheiro se aproximando.

 

- Não ouse interferir Edward. Falei com a voz raivosa. Ele ainda achava que eu era alguém que precisava ser defendida, essa mania de querer me proteger me custou mais de dois anos afastada, e ele não aprendeu, mas dessa vez ele parou não quis interferir. No fundo eu também fiquei feliz, se ele estava ali ele tinha vencido e estava bem. Sorri internamente e me dediquei mais ferozmente a luta.

 

Aro já vinha em minha direção pronto para me matar, dançamos novamente um ballet mortal, mas  Aro decidiu que podíamos alem de lutar conversar. ­– É melhor pedir ajuda Isabela.  – Ajuda com você? Não me faça rir Aro. Essa e outras frases eram ditas entre golpes, era um estranho diálogo.

Aro avançou sobre mim, mirando meu pescoço, com minha força e velocidade aumentadas pelas presas me agachei para cruzar entre seus braços, me desviei de seu corpo e com um passo para o lado esquerdo abri uma boa oportunidade de atacar, elevei meu joelho direito que certeiramente atingiu o estomago de Aro, ele sentiu, eu pude ver  seu resmungo de dor, mas Aro não iria fraquejar tão facilmente,  mesmo com dor e com o corpo curvado devido ao ataque que ele sofreu, ele também elevou seu joelho me atingindo no queixo, eu voei contra o teto para logo cair, e ele caiu arfando no chão.

Mal toquei no chão novamente e ele já vinha, ele dava socos  em minha direção eu ia desviando  dando paços para trás até que  percebi a parede a menos de um metro,  pulei e coloquei os pés na parede e impulsionei contra  ele  com muito força conseguindo uma boa velocidade, mas ele desviou e salto atrás de mim, agora eu cortava a sala em pleno ar e Aro fazia o mesmo a poucos metros,  já estava  próxima da parede oposta e fiz o mesmo, um novo impulso agora fez com que eu colidisse com Aro. Eu estava muito mais rápida então nosso choque foi sentido mais por meu adversário. Caímos no chão, ainda juntos rolando e  abocanhando o que fosse possível. Girei para trás e me coloquei de pé no mesmo momento que Aro também fazia o mesmo, pulamos um no outro, e trocamos novamente alguns golpes e mordidas, eu nem sei quantas mordidas levei de Aro, também já tinha perdido a conta de quantas vezes eu o mordi.

O próximo e ultimo golpe aconteceu, quando de um erro meu, consegui acertar um golpe que encerraria aquela luta.  Eu tentei chutar a face de Aro mas ele desviou-se e esse foi o meu  erro, um chute desse poderia ter  sido uma boa tática, mas contra Aro não, ele desvio-se e ainda conseguiu morder de forma muito problemática  um pouco acima de meu joelho, o problema maior era que Aro conseguiu prender minha perna, eu não tinha como fugir se ele não me solta-se, então fiz o único movimento que me pareceu ser possível, saltei e levei a outra perna contra Aro,  girando meu corpo para poder ficar sentada em seus ombros. Apertei com a maior força que pude e fiz meu corpo despencar para trás.

Apoiei minhas mãos no chão e lancei Aro, Aro atingiu o seu próprio trono, sem dar tempo corri em direção a Aro ele já estava prestes a levantar, mas não dei tempo, saltei atingindo com ambas as mãos o peito de Aro, ele encolheu-se por causa da dor, mas eu não senti pena, chutei seu corpo que foi lançado mais uma vez para trás, ele percorreu os poucos metros que ainda tinha até a parede e chocou-se, novamente não dei tempo para ele levantar, mas agora fiz como um vampiro faz, pulei em cima do corpo dele, prendi  suas mãos contra o chão, e mordi seu pescoço,  mas dessa vez, eu não queria arrancar um pedaço, e sim sugá-lo até a morte, o gosto de um vampiro milenar era muito bom, sugava ele e ele tentava desesperadamente  se soltar mas foi perdendo as  forças, suguei o máximo que podia, pude sentir a força daquele sangue em minhas veias, as mordidas que Aro me dava foram se fechando, deixando apenas  finas marcas para trás.

Liberei seu pescoço e vi sua face, grossas lagrimas de sangue saiam de seus olhos, ele levou a mão aos olhos em um movimento lento e sofrido, ele já não tinha mais forças nem para falar. Mas ele juntou forças de algum lugar e falou em um sussurro quase inaudível.

 

- Lacrime di sangue, un gran finale di mio impero, non penso che la mia preziosa Bella?*

 

- Só acho que você merece tudo por ter feito o que fez com minha família.

 

 Para acabar com Aro, quebrei seu pescoço, e o joguei na fogueira. Levantei-me, apesar de não sentir dor me sentia muito cansada, toda minha família estava bem, uma alivio percorreu meu cansado corpo.

Os olhos de Edward estavam nos meus, curiosidade, alivio, mas acima de tudo desejo. Um desejo tão grande que queimava meu corpo com seu olhar, não cheguei a pensar quando atravessei a sala a passos rápidos, e me choquei em seu corpo tomando seus lábios para mim, meu rosto ainda sujo do sangue de Aro, despertou instintivamente em Edward longas e belas presas. Sua gengiva sendo perfurada pelas presas inundou minha boca de sangue. Era delicioso, não queria mais parar de sentir o sabor de Edward, era o beijo com mais desejo que já tivemos, eu me deliciava com o Sangue de Edward, que jorrava de sua boca, ele eu podia perceber estava apreciando cada momento, um beijo quente, cheio de saudade e desejo banhado ao delicioso sangue de Edward, mas que foi interrompido quando novos vampiros apareceram, simplesmente apareceram. Sua presença e seu cheiro chegaram a nós sem qualquer aviso, uma hora, eles não estavam lá, e na outra eles surgiram na porta.

 

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* Lagrimas de sangue, um grande final para o meu império não acha minha preciosa Bella?


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Notas finais do capítulo

Ola  meninas  lindas... e ai gostaram?  em outro site  esse beijo no final do cap... ganhou um status de muito HOT. Se vcs vão achar eu não sei... mas  admitam que ao menos  foi original... aposto que nunca  viram um beijo como esse...hehehe 
espero que gostem...
o proximo cap... é o ultimo que tenho escrito... mas  vou antecipar... vai ser o unico cap... que realmente  vou colocar um aviso de  restrição... (como se  vcs fossem me dar ouvidos...)
o proximo vai ser 30+(imaginem como vai ser) anos ok? Brincadeira... não entendo das restrições mas provavelmente  vai haver uma boa restrição...
 
Beijos espero que gostem... se  tiver bastante  coments mais do que o maximo que ja tive em um cap... eu posto ainda hje... enfim posto assim que batermos nosso antigo record de 12...