Caminhos do Destino escrita por Sr Byron


Capítulo 16
Trahald e Doriathrin


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Faziam três dias que estávamos cuidando de Alice, escorríamos sangue animal para sua boca em intervalos de tempo. Jasper estava sem duvida nenhum sofrendo, sua tristeza era palpável, ele já não saia mais do lado de Alice. Esme, essa sim estava desolada, olhar dois de seus filhos naquele estado e não poder fazer nada estava a matando. Mais um dia de cuidados ineficazes se passou, agora já eram 4 dias que alimentávamos Alice e não víamos nenhuma melhora.

 

- Volto logo. Eu falei e sai correndo não dando chance para alguma pergunta, uma idéia tinha passado em minha cabeça, e se eu queria ajudar Alice eu tinha que simplesmente fazer, se parasse para pensar eu desistiria.

 

Corria a uns 30 minutos em uma grande floresta, até que cheguei a uma cidade qualquer, caminhava pelas ruas solitárias a noite procurando o que vim buscar. Meia hora se passou  então vi um carro vindo em minha direção, olhei para dentro e lá estava  um homem, ele quando me viu encostou o carro me chamando.

 

- Ola, procurando companhia? Poço pagar o que quiser.

 

Aquele cretino estava querendo me comprar.  Eu estava indignada, mas ele  ofereceu o preço que eu quizer, então será que ele teria coragem de pagar?

 

- Quero companhia sim. Pode sair do carro um momento.


- Claro, quanto você cobra pra ser minha hoje?

 

- Como pagamento aceito seu sangue. Voei na direção dele segurando ele onde estava – Mas eu nunca serei sua. No momento seguindo ele tinha desmaiado com o empurrão que dei nele jogando ele  com brusquidão contra a lateral do carro.  Escondi seu carro em uma rua escura, o peguei no colo e o levei para Alice. Surgi entre as arvores com aquele humano no braços. Esme parecia que tinha os olhos fora da orbita, seu desejo aumentando, mas ela tentava se controlar. Jasper me olhava com um misto de surpresa e desejo pelo sangue que corria nas veias daquele humano. Ele então levanto e já vinha caminhando em minha direção, com rosnados dentro do peito.

 

Não Jasper. Eu rosnei, meus instintos agiam como se tivesse protegendo a minha presa, me concentrei no meu objetivo. – O sangue é para Alice!

 

- É loucura Bella, Alice não aceitaria isso. Esme foi taxativa. Mas parecia entender minha atitude.

 

- Eu sei mãe, eu também não estou feliz com isso, eu sei que é errado, mas eu prefiro a vida da Alice do que deste homem. Falei para Esme, que pareceu concordar o que eu dizia. Então virei para Jasper. – Você aceita Jasper? Você sabe que o sangue humano é mais forte do que o sangue animal.

           

Ele apenas assentiu, não expôs nenhuma palavra. Me aproximei de Alice com aquele humano asqueroso que tentou me comprar. Com a unha fiz um corte no pulso do humano, nem mesmo eu seria capaz de me controlar se mordesse o homem para tirar o sangue. Abri a boca de Alice e escorri o sangue para dentro, deixava o sangue escorrer todo e então cortava outra parte de seu corpo, primeiro os pulso, o pescoço, as pernas, parei somente quando nenhuma gota mais saia.

 

- Desculpe Alice. Pedi desculpas para minha irmã sabia que ela nunca concordaria com aquilo. – Agora esperamos pra ver se ela reage. Falei para Esme e Jasper.

 

Escondemos o corpo daquele homem e fomos zelar por Alice. Uma semana tinha se passado, Capturamos outro humano para dar a Alice mas também não tinha surtido efeito.

 

- O que vamos fazer? Esme falara já com tom de desespero, perder sua filha com certeza acabaria com ela, acabaria com todos os Cullens, nem comentaria de Jasper, este já estava praticamente acabado, ele não se movia mais ficava com Alice em seus braços a olhando como se pudesse quebrar a qualquer momento, para falar a verdade ela realmente parecia que ia quebrar a qualquer momento, sua pele estava mais clara do que o normal, nem o sol a fazia brilhar como antes, seus cabelos não tinha mais brilho e vida. “O que posso fazer por você minha irmã” Eu pensava em todos os livros sobre vampiros que li na biblioteca de Carlisle e não me lembrava de nada que pudesse ajudar minha irmã preferida. Até que... [/ se eu acabasse o capitulo aqui eu com certeza seria um homem morto.]

 

            - Será possível? Eu me perguntei em voz alta.

            - O que Bella? Esme perguntou, havia tristeza em sua voz, mas senti uma ponta de esperança quando ela pensou que eu tivesse uma idéia para ajudar Alice.

 

F. Back On

 

            - Ola criança.

            - Eu por acaso pareço uma criança? Perguntei viperinamente, definitivamente tinha perdido o senso de sociabilidade.

            - Para nós, tudo e todos nesse mundo, não passam de crianças. Falou  vampiro macho, com uma voz calma.

            - Posso saber o porque? Perguntei indiferente.

            - Nós existimos a mais tempo do que podemos contar.

 

            Que eles pareciam ser vampiros muito antigos isso ficava evidente. Mas  ouvir aquilo me chocou.

 

            - Quantos anos vocês tem? Perguntei agora realmente curiosa.

            - Não sabemos ao certo, alguns séculos a mais alguns a menos, mas já  vimos vinte mil floresceres das orquídeas. Dei uma passo para traz em espanto, sabia que orquídeas florescem na primavera, o que significava que esses vampiros tinham presenciado vinte milênios em primaveras.

            - Como se chama criança?

            - Izabela Swan. E como devo chamá-los?

            - Eu sou Trahald. Falou o macho. – E essa é minha esposa Doriathrin.

            - Devo considerar vocês inimigos? Perguntei já preocupada, eles poderiam ser bonzinhos, mas eu não confiaria assim de cara.

            - Oh claro que não, por que a pergunta menina Bella. Trahald perguntou, como se estive se divertindo.

 

            Eu tirei o casaco ficando apenas com a regata que era justa ao corpo.

 

            - Vejo que é uma vampira do tempo das guerras criança?

            - Não senhor. Por algum motivo eu não conseguia não ser respeitosa com aquele casal de vampiros. – Sou vampira há três anos, mas não tive muita sorte com encontros com os da nossa espécie.

            - Milhares de anos, e parece que nossa raça não evolui, não é mesmo menina Bela? Trahald falou sorrindo.

            - Parece que tenho que concordar.

            - Interessante seus olhos, vejo que se alimenta de animais?

            - Sim, como você sabe? Perguntei a Trahald, que até agora foi o único que se pronunciou.

            - Em mais de vinte mil anos, acredito que já tenhamos visto de tudo. Mas admito que fazia alguns milênios que não via esses olhos dourados.

            - Certamente, somos raros os que deixaram o sangue humano para trás.

            - Mas vamos conversar de maneira mais confortável, estamos logo ali naqueles rochedo. Você sabe, somos idosos, cansamos rapidamente. Falou o macho.

            - Não de importância a meu marido, ele adora essas piadinhas sobre idades. Falou a vampira pela primeira vez, sua voz era simpática e vivaz.

 

            F. Back Off

 

            Eu contei sobre esse encontro para Jasper e Esme que me ouviam, então continuei a história.

 

            - Fomos até os rochedos e conversamos sobre muitas coisas, eles me falaram sobre os tempos antigos, falaram que a mais de três mil anos não apareciam para vampiro algum, só apareceram para mim porque um pássaro tinha falado para Doriathrin que uma vampira se aproximava e que eles deveriam me ensinar uma coisa a muito esquecida.

            - Espera. Jasper me interrompeu. – Você está dizendo que um pássaro falou para ela?

            - Isso, esse é o dom dela. Uma comunicação direta com animais. O macho é capaz de voar e fazer coisas voarem, uma forma de telecinese. Aprendi muito com eles. Os poderes com o passar dos séculos evoluem.  O poder de Doriathrin começou como se fosse um instinto que a guiava de acordo com o desejo dela.  Foram os animais que a levaram até Trahald, ela desejava alguém para dividir a eternidade, então ela seguiu aquilo que ela achava que era instinto e encontrou Trahald, com o passar dos anos ela percebeu que não era um simples instinto eram  os animais que se comunicavam com ela, no inicio tinha limitações, ela tinha que estar próxima, só alguns animais ela podia ouvir, hoje não tem limites. Ela ouve e fala com eles, eles obedecem seja qual for o pedido. O macho também teve seus poderes evoluídos  com o tempo. Ele levitava por alguns segundos no inicio, hoje é capaz de voar pelo tempo que quiser a velocidade de um vampiro, ele levita qualquer coisa até mesmo outro vampiro. Jasper com o passar dos anos, você talvez consiga não só controlar emoções como também a vontade os desejos de alguém.

 

            - Eu compreendo Bella, tudo é fascinante, mas como isso pode ajudar Alice? Jasper perguntou, eu via que havia interesse em seus olhos, mas a preocupação com Alice era maior que tudo nesse mundo.

            - Nessa mesma conversa sobre os poderes eu descobri outra coisa.

 

            F. Back On

 

            - Então você tem uma barreira mental, interessante, com o passar dos séculos  a evolução de seus poderes  pode ser incrível. Doriathrin falou interessada.

            - Como assim? Eu perguntei sem entender o que ela quis dizer com evolução.

            - Pode deixar de ser somente mental para tornar-se também uma barreira  física. As possibilidades de evolução são infinitas Bella.

            - E o poder de vocês? Vocês têm algum?

            - Certamente, Trahald pode voar e também tem a capacidade de telecinese, e eu me comunico com animais e claro o poder de todos os vampiros, força, sentidos aguçados, velocidade e sangue curativo.

            - Sangue curativo? Do que você está falando?

            - Não fale assim querido, você sabe que muito sobre nós se perdeu com o tempo. Ela falou para o esposo e depois virou-se para mim. – Veja bem querida, o sangue dos vampiros pode curar praticamente tudo.

            - Isso eu entendi, mas eu já fui ferida, já tive pedaços arrancados, e nunca vi uma gota de sangue sair de mim.

            - Izabela, me mostre suas presas? O macho falou.

            - Presas? Vampiros não tem presas.

            Agora foi a vez da mulher falar. – O que ensinam pra esses vampiros, hoje em dia.

            - Vampiros tem sim presas. Querida se concentre em minha voz. Imagine sua presas, longos dentes afiados em sua boca, imagine a pele de um vampiro sendo perfurada por suas presas, imagine um sangue com um sabor sem igual, um sangue que nem o humano mais delicioso poderia ter.

 

            Aquela descrição me fazia salivar, sentia o veneno em minha boca, somente imaginar um sangue com um sabor daqueles me deixava sedenta, sangue e lutas, nada mais instintual para um vampiro, até que uma dor lancinante atingiu minha gengiva, senti um liquido escorrer da minha boca. Olhei para minhas mãos que tinha levado a boca na hora da dor, e vi aquele liquido avermelhado.

 

            - Parabéns Bella, você acaba de adquirir suas presas. Como se sente?

            - Eu não sei dizer, me sinto mais forte que o normal.

            - Outro beneficio das presas, elas te deixam um pouco mais forte e mais rapida. Quando quiser usá-las é só se concentrar, com o tempo será fácil.

            - Como que ninguém sabe disso?

            - Há muito tempo, mais de cinco milênios  Bella, esse detalhe sobre nossa raça foi proibido, havia vampiros que  desfilavam com presas entre humanos, estava pondo em risco nosso segredo, a família que governava na época proibiu o uso delas, a menos que fosse pra salvar a vida de outro da nossa espécie, o que raramente acontecia, já que menos vampiros significava mais humanos para os vivos. Então os vampiros daquela época foram sendo mortos e o segredo foi sendo levado embora nas fogueiras.

            - Agora eu entendo, mas porque me contaram se foi proibido?

            - Porque os animais me falaram que eu devia te contar, Os animais sabem muitas vezes mais do que os humanos ou vampiros acreditam.

 

            F. Back Off 

 

            - Vamos dar a ela sangue de vampiro.

            - Bella, isso é besteira, vampiros não tem sangue, se tivéssemos eu saberia, fui mordido mais vezes do que posso dizer.

            - Você acha que eu não fui mordida o suficiente então. Falei indignada.

            - Não quis dizer isso. Me desculpe.

            - Esqueça Jasper, mas acredite em mim, vamos tentar. Talvez seja a ultima chance dela.

            - Jasper, pela Alice vamos tentar.  Esme falou com a voz chorosa.

            - Ainda acho loucura, mas  vou acreditar em você Bella.

            - Então, vamos caçar algum vampiro Jasper, Esme você cuida de Alice.

            - Nunca. Jasper falou rosnando para mim. – Morda a mim mesmo Bella.

            - Mas Jasper, Você ficara muito fraco.

            - Não importa, Alice não terá o sangue de outro vampiro.

            - Ok, eu entendo. Eu achava aquilo loucura, era mais fácil caçar algum vampiro e matá-lo.

 

            Eu me concentrei em minhas presas, logo elas apareceram, Esme e Jasper me olharam surpresos. – Seu pulso Jasper. Eu tinha que admitir, Jasper era corajoso, ele me estendeu sem hesitar, eu mordi  ele rosnou por instinto mas  não tirou o braço de mim.  Eu soltei o braço dele, e lá estava o sangue de vampiro. Jasper levou a boca de Alice, duas gotas, duas gotas foram o suficiente, o corpo de Alice reagiu imediatamente, ela segurou o braço de Jasper e sugou o sangue  que saia dos buracos de minhas presas. Quando a cor antes pálida de mais  voltou por completo ao rosto de Alice, Esme se aproximou tocando seu ombro.

 

            - Querida que bom que você está... Aiii

 

            Alice rosnou e empurrou Esme, Esme foi jogada longe. Eu segurei Alice, percebi que Jasper estava ficando fraco. Alice se debatia e gritava.

 

            - Me solta, eu quero mais. Ela olhava para o pulso de Jasper com olhos fixos.

            - Já chega Alice! Então ela parou, ficou imóvel. Olhei para seu rosto, olhos vidrados, ela estava tendo uma visão.

            - Livorno. Muitos. Então recobrou a consciência e caiu ajoelhada no chão, arfando.


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Notas finais do capítulo

Gente  tenho que admitir que esse captulo nunca foi imaginado por mim... quando postei num outro site o cap "uma irma com problemas", fui quase apedrejado em praça publica, tinha medo que  as leitoras me  torturassem depois cuidassem de mim só para novamente me torturar... por  eu realmente  tinha a intenção de matar a Alice, Sabe como é, vocês ja imaginaram como ia ser Jasper querendo vingança? Ia ser sinistro... Mas então resolvi salvá-la e colocar mais um  mistério para a trama... e espero que gostem... bjus
 
Sr Byron