CINQUENTA TONS DE AMOR escrita por Aline Damascena


Capítulo 9
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Gente como estão?
Então, fiquei sem net e não tive como postar, mas, hoje deu por que a net voltou kk.
Curtem ele.
Uhuu
Leiam as notas finais!! ;)



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CAPITULO 10 ;)

Depois do trágico encontro com o Grey tive que poupar esforços para não contar nada desse tal contrato com Mia, já que a mesma ficou com raiva de mim por não ter tirado uma casquinha daquele gostoso.

— Hoje você vai se encontrar com ele de novo? — Pergunta-me ela.

— Sim, mas vai ser diferente! — È o que espero.

— Ok! — Mia estava partindo para o aeroporto, uma viagem de negócios a faria ficar fora por uns cinco meses.

— Vou sentir sua falta, como se um pedaço do meu coração estivesse me deixando! — Fiz beiçinho.

Ela me olha com lagrimas e me abraça.

— Eu te amo e tambem sentirei saudades, cuida da nossa filha ela precisa de toda atenção.

— Claro. — Digo.

— Hum... Então é isso. – Ela para e me encara. — Você esta uma gata com essa roupa.

— Obrigada. Tenha cuidado em, não quero ter outro filho! – Mia solta uma gargalhada.

— Só que não Lou. Tchau te amo!

— Ai tchau, cuida-se tambem te amo! – Ela sai fecho a porta atrás de mim e suspiro.

— Droga agora vai ser eu e o Grey. — Vou até o sofá, pego minha bolsa e saio para a garagem.

...

Tenho que tirar os sapatos para conduzir. Sonata, meu carro foi desenhado para ser conduzido por mulheres com saltos, mas com esses saltos isso será impossível.

Estacionei em frente ao Heathman as sete, faltando dois minutos exatamente, dando as chaves ao manobrista, percebo que ele olha para meu carro com cara de bobo, eu o ignoro. Respiro fundo, me preparo mentalmente para a batalha e me dirijo à porta principal.

Christian está inclinado sobre o balcão, bebendo um copo de vinho branco. Ele está vestido com a habitual camisa branca de linho, jeans preto, gravata preta e jaqueta preta. Tem os cabelos tão alvoroçados como sempre.

Suspiro.

Fico alguns segundos parada na entrada do bar, observando, admirando a vista. Ele lança um olhar, acredito que nervoso, para a porta se esticando e fica imóvel. Pestaneja um par de vezes e depois esboça lentamente um sorriso indolente e sexy que me deixa sem palavras e isso me derrete por dentro. Avanço para ele fazendo um enorme esforço para não morder meus lábios, consciente de que eu, Louise Daher Clark, estou de saltos.

Ele caminha graciosamente par me encontrar.

— Você está linda, — ele murmura, inclinando-se para me beijar rapidamente na bochecha. — Lindo vestido, senhorita Louise. Parece-me muito bem. — Agarra minha mão, e me leva a uma mesa reservada e faz um gesto ao garçom.

— O que quer tomar?

Esboço um ligeiro sorriso enquanto me sento-me à mesa. Bem, ao menos pergunta-me.

— Tomarei o Sylvaner, obrigado. — Viu? Sei fazer meu papel e me comportar.

Divertido, pede outro copo do mesmo e se senta em frente a mim.

— Têm uma adega excelente aqui, — me diz, inclinando a cabeça para um lado. – E você tem um belo aprecio pelos vinhos.

Ele apoia os cotovelos na mesa e junta os dedos de ambas as mãos à altura da boca.

— Está nervosa? — Ele pergunta amavelmente.

— Não exatamente. – Eu paro e o olho. – Sim. Sim estou nervosa.

Ele inclina-se para frente.

— Eu também, — ele sussurra com cumplicidade. Mantenho meus olhos nos seus.

Ah que legal.

Eu pestanejo e ele me dá seu precioso sorriso meio de lado. Chega o garçom com meu vinho, um pratinho com frutas secas e outro com azeitonas.

— Então, como faremos isso? — Eu pergunto. — Revisamos meus pontos um a um?

— Sempre tão impaciente senhorita Clark.

— Bem, eu poderia perguntar o que você achou do tempo hoje? - Digo ironicamente.

Só pode ele querer isso. Não vim para bater papo, se vamos “foder” como ele diz vamos fazer do meu jeito.

Ele sorriu e pegou uma azeitona com seus longos dedos. Ele botou na boca e meus olhos se fixam na sua boca, que esteve sobre a minha...

Ruborizo.

— Acredito que o tempo hoje não teve nada de especial, — Ele riu. Idiota. Lindo.

— Está rindo de mim, Grey?

— Sim, senhorita Clark. – Arg. Mas que droga.

— Se você continuar a chamar-me de senhorita. - Eu paro. – Pego meu carro e me mando! – Ele me encara aterrorizado.

— Desculpe-me, não é minha intenção aborrecê-la! – Ele diz. Desvio-me de seu olhar, e encaro o papel que esta na minha frente.

— Sabe que esse contrato não tem nenhum valor legal.

— Sou perfeitamente consciente disso, Louise.

— Pensou em me dizer isso, em algum momento?

Ele franze o cenho.

— Você acredita que estou te coagindo para que faça algo que não quer fazer, e que, além disso, pretendo ter algum direito legal sobre você?

— Bem, eu nunca faria algo que não quisesse. – Há nunca.

— Não tem um bom conceito de mim, não é verdade?

— Não respondeu a minha pergunta.

— Louise, não importa se é legal ou não. É um acordo que eu gostaria de ter contigo... O que eu gostaria de ter de você e o que você pode esperar de mim. Se você não gostar, não assine. Se o assinar e depois decidir que você não gosta, há suficientes cláusulas que lhe permitirão deixá-lo. Mesmo se você for legalmente vinculada, acredita que levaria você a julgamento se decidisse partir?

Tomo um comprido gole de vinho. Meu subconsciente me dá um golpe no ombro. Tem que estar atenta. Não beba muito.

— As relações deste tipo se apoiam na sinceridade e na confiança, — Seguiu me dizendo. — Se não confiar em mim... Tem que confiar em mim para que saiba em que medida estou te afetando, até onde posso ir contigo, até onde posso te levar... Se não puder ser sincera comigo, então, realmente, não podemos fazer isso.

O que quer dizer?

— É muito simples, Louise. Confia em mim ou não? — Ele perguntou com os olhos ardentes.

— Você manteve este tipo de conversa com... Bem, com as suas submissas?

— Não.

— Por que não?

— Porque elas já eram submissas. Sabiam o que queriam da relação comigo, e em geral, o que eu esperava. Com isso, era uma simples questão de afinar os limites possíveis, esses tipos de detalhes.

— Você as procura em alguma loja? Com o nome “Nós somos Submissas”? – Eu zombo.

Ele ri.

— Não exatamente.

— Então como? – Pergunto curiosa.

— É disso que quer falar? Ou passamos ao melhor da questão? Às objeções, como você diz.

Engulo em seco. Droga confio nele? É nisso que se resume tudo, à confiança? Eu só quero transar, mas, tem essa droga que vem junto com ele.

— Você está com fome? — Ele pergunta, e me distrai de meus pensamentos.

— Não. – Cuspo lembrando, do mandão que ele é.

— Você comeu hoje? — Eu olho para ele.

Honestamente...

— Sim. — respondo em voz baixa.

Ele me olhou com expressão muito séria.

— Tem que comer Louise. Podemos jantar aqui ou em minha suíte. O que você prefere?

— Acredito que é melhor ficamos em terreno neutro.

Ele sorriu com ar zombador.

— Crê que isso me deteria? — pergunta em voz baixa, como uma sensual advertência.

Arregalo os olhos e volto a engolir a saliva.

— Eu espero. – Digo sorrindo.

— Vamos, reservei um jantar privado. — Ele sorriu enigmaticamente saiu da mesa me estendendo a mão.

— Traga o seu vinho — murmura.

Agarro a sua mão, levanto e paro a seu lado. Solta a minha mão, põe no braço, cruzamos o bar e subimos uma grande escada até a sobreloja. Um rapaz com uniforme do Heathman se aproxima de nós.

— Senhor Grey, por aqui, por favor.

Nós o seguimos por uma luxuosa sala de sofás, até um refeitório privado, com uma só mesa.

Sob um candelabro cintilante, a mesa está coberta por linho engomado, taças de cristal, talheres de prata e um ramo com uma rosa branca. Um encanto antigo e sofisticado impregnava a sala, forrada com painéis de madeira. O garçom retira a cadeira e me sento. Eu coloco o guardanapo no colo. Ele coloca as taças na mesa. Christian se senta em frente a mim. Eu fico olhando para ele.

— Não morda o lábio, — ele sussurra.

Eu franzo o cenho. Caramba. Nem sequer me dei conta de que estava fazendo isso.

— Já pedi a comida. Espero que não se importe.

A verdade é que me parece um alívio. Não estou segura de que possa tomar mais decisões.

— Não, está tudo bem, — eu respondo.

— Eu gosto de saber que pode ser dócil. Agora, onde estávamos?

— No x da questão. — Dou outro longo gole de vinho. Está muito bom.

Até que eu conheço os vinhos bons.

— Sim, suas objeções. — Põe a mão no bolso interno da jaqueta e tira uma folha de papel.

Meu e-mail.

— Cláusula 2. De acordo. É em benefício dos dois. Voltarei a redigi-lo.

Pestanejo. Caramba... Vamos passar por cada um destes pontos, um de cada vez. Não me sinto tão valente estando com ele. Ele parece tão sério.

Reforço-me com outro gole de vinho. Christian continua.

— Minha saúde sexual. Bem, todas as minhas companheiras anteriores fizeram análise de sangue, e eu faço exames a cada seis meses, de todos estes riscos que existam. Meus últimos exames estavam perfeitos. Nunca usei drogas. Na realidade, sou totalmente contra as drogas, e minha empresa leva uma política antidrogas muito a sério. Insisto em que se façam exames aleatórios e de surpresa nos meus empregados para detectar qualquer possível consumo de drogas.

Uau... A obsessão controladora leva à loucura. Eu o encaro perplexa.

— Nunca fiz uma transfusão. Isso responde a sua pergunta?

— È, responde.

— Seu ponto seguinte eu já comentei antes. Você pode sair a qualquer momento, Louise. Não vou te deter. Mas se for... Acaba tudo. Quero que saiba.

Ele esta me ameaçando. Mas claro, eu o quero tanto.

— Ok, — eu respondo em voz baixa. Se eu for, acabou. A ideia me parece inesperadamente dolorosa.

O garçom chega com o primeiro prato. Como vou comer? Caramba... Ele pediu ostras em uma cama de gelo.

Mamãe sempre amou ostras, mas eu nunca provei.

— Espero que você goste das ostras, — Christian diz em tom amável.

— Nunca as provei. — Nunca mesmo.

Seus olhos brilham divertidos. Parece muito jovem. Eu aperto os lábios, e sua expressão muda instantaneamente. Ele me olha muito sério. Estico o braço e pego a primeira ostra. Ok... Isto não vai sair bem. Jogo suco de limão e a coloco na boca. Ela desliza por minha garganta, todo o mar, sal, e a forte acidez do limão e sua textura carnuda... Oooh.

Lambo os lábios, e ele me olha fixamente, com olhos impenetráveis.

— É bom?

— Comerei outra e lhe responderei.

— Boa garota, — me diz orgulhoso.

— Você pediu ostras de propósito? Não dizem que são afrodisíacas?

— Não, é só o primeiro prato do menu. Não necessito de afrodisíacos contigo.

Acredito que sabe, e acredito que é assim contigo também, — ele diz tranquilamente.

— Onde estávamos? — Ele dá uma olhada no meu e-mail, enquanto pego outra ostra.

— Obedecer-me em tudo. Sim, quero que faça. Necessito que o faça.

Considera um papel difícil, Louise?

— De fato, eu nunca tive que obedecer meus pais. E agora vou ter que obedecer a você. Mas me preocupa que me faça mal.

— Que te faça mal como?

— Fisicamente. — E emocionalmente.

— De verdade acredita que te faria mal? Que transpassaria os limites, ao ponto de não poder aguentar?

— Você disse que tinha feito mal a alguém antes, mas...

— Sim, mas foi há muito tempo.

— O que aconteceu?

— Pendurei-a no teto do quarto de jogos. De fato, é um dos seus pontos.

Suspensão... Para isso são os mosquetões. Com cordas. E apertei muito uma corda.

Levanto uma mão pedindo que pare.

— Não preciso saber mais. Então, você que me suspender?

— Não, se realmente não quiser. Pode tirar da lista dos limites rígidos.

— Ah concerteza.

— Bom, crê que poderá me obedecer?

Lança-me um olhar intenso. Passam os segundos.

— Poderia tentar, — eu sussurro.

— Bom. — Ele sorri. — Novo termo. Um mês não é nada, especialmente se quiser um fim de semana livre de cada mês. Não acredito que eu possa aguentar ficar longe de ti tanto tempo. Mal o consigo agora. — Ele pausa.

Não pode ficar longe de mim? O que?

— Que tal, um dia de um fim de semana por mês só para você. Mas ficará comigo uma noite no meio da semana.

— De acordo.

— E, por favor, tentamos por três meses. Se você não gostar, pode partir a qualquer momento.

— Três meses? — Sinto-me pressionada.

— E quero que saiba que, assim que cruzar a porta de minha casa, você é minha por inteiro, farei contigo o que me der vontade. Terá que aceitar de boa vontade. Por isso tem que confiar em mim.

— Espera, você esta me sufocado. Primeiro se esqueceu de que tenho Ana? Não posso e não vou me desfazer de minha filha só pra ter mil e um momentos de prazer com você.

— Por isso que a quero nos finais de semana, para que nos outros dias você fique com ela, vou foder você, quando quiser, como quiser e onde quiser. Vou disciplinar você, por que você vai estragar tudo. Adestrarei você para que me agrade.

— Me sinto como uma cadela sendo adestrada – Olho pra ele com uma carranca. Digo já impaciente. — Continue.

Ele se irrita.

— De inicio iremos com calma, e eu te ajudarei. Nós vamos atuar em vários cenários. Quero que confie em mim, mas sei que tenho que ganhar sua confiança, e o farei. O "em qualquer outro âmbito"... De novo, é para ajudar você a se colocar em uma situação. Significa que tudo está permitido.

Ele se mostra apaixonado, cativante. Está claro que é sua obsessão, sua maneira de ser, e isso me incomoda. Mas eu quero-o de verdade.

Ele para de falar e me olha.

— Continua comigo? — pergunta em um sussurro, com voz intensa. Ele toma um gole de vinho sem tirar seus penetrantes olhos de mim.

O garçom se aproxima da porta, e Christian assente ligeiramente para lhe indicar que pode retirar os pratos.

— Quer mais vinho? – Balanço a cabeça.

— Tenho que dirigir.

— Água, então?

Eu concordo.

— Normal ou com gás?

— Com normal, por favor.

O garçom parte.

— Está muito pensativa, — sussurra Christian.

— Você está muito falador.

Ele sorri.

— Disciplina. A linha que separa o prazer da dor é muito fina, Louise. São as duas caras de uma mesma moeda. E uma não existe sem a outra. Posso lhe ensinar quão prazerosa pode ser a dor. Agora não me acreditas, mas a isso me refiro quando falo de confiança. Haverá dor, mas nada que não possa suportar. Voltamos para o tema da confiança. Confia em mim, Lou?

Lou? È Lou as coisas estão se complicando.

— Sim, confio em você, — respondo espontaneamente, sem pensar... Por que La no fundo é verdade... Eu confio nele ou eu quero confiar. Algo do tipo.

— De acordo, — ele diz aliviado. — O resto, são apenas detalhes.

— Detalhes importantes.

— Ok, vamos falar sobre eles.

Minha cabeça dá voltas com tantas palavras. Devia ter trazido o gravador da Kate para poder voltar a ouvir depois o que ele disse. Muita informação, muitas coisas para processar. O garçom volta a aparecer com o segundo prato: bacalhau, aspargos e purê de batatas com molho holandês.

— Espero que você goste de pescado, — Christian diz em tom amável.

Tudo veio do mar hoje.

Olho minha comida e bebo um longo gole de água. Eu veementemente gostaria que fosse vinho.

— A normas. Falemos das normas. Rompe o contrato pela comida?

— Sim.

— Posso mudar e dizer que comerá no mínimo três vezes ao dia?

— Não, vou comer a hora que me der vontade. Próximo — Eu não vou ceder neste tema. Ninguém vai dizer-me o que tenho que comer.

Como foder, sim, mas comer... Não, de jeito nenhum.

Ele aperta os lábios.

— Por que não posso te olhar?

— Isso é uma coisa de Dominante e Submissa. Você vai se acostumar com isso. — Merda.

Eu vou?

— Por que não posso te tocar?

— Porque não. — Como eu vou transar sem tocar? Isso é terrível.

Ele aperta os lábios.

Oh... Mas eu sim, tenho que aceitar. Faço cara feia. Merda.

— Tem haver com seu passado?

— Não.

— Então não tem nada que ver com isso...

— Não. E tampouco quero que se toque.

O que? Ah, sim, a cláusula de que não posso me masturbar.

— Só por curiosidade... Por quê?

— Porque quero todo o seu prazer para mim, — diz em tom determinado.

— Pode ficar tranquilo quanto a isso. — Faço uma carranca. — Me masturbar? Isso é nojento.

— Não Clark, é uma forma de sentir um intenso prazer. – Eu fico calada.

— Terá muitas coisas para pensar, não é verdade?

— Sim. – Digo.

— Quer que passemos já aos limites passíveis?

— Não, depois de comer.

Ele sorriu.

— Delicado?

— Mais ou menos.

— Você não comeu muito.

— Comi o suficiente. Christian, por favor, não estou acostumada a ter conversas deste tipo todos os dias.

— Preciso que esteja sadia e em forma, Louise.

— Eu sei.

— E agora mesmo quero tirar esse vestido de seu corpo.

Engulo a saliva. Tirar o vestido de Mia. Sinto um puxão no mais profundo de meu ventre. Alguns músculos que agora estou mais familiarizada se contraem com suas palavras.

— Não acredito que seja uma boa ideia, — eu murmurei. — Ainda não comemos a sobremesa.

— Quer sobremesa? — ele pergunta baixinho.

— Sim. – Sussurro.

— A sobremesa poderia ser você, — murmura sugestivamente.

— Não estou segura de que seja bastante doce.

— Clark, você é deliciosamente doce. Eu sei.

— Christian, você utiliza o sexo como arma. Não me parece justo, — Sussurro olhando para minhas mãos, e logo o encaro nos olhos. Levanta as sobrancelhas, surpreso, e vejo que esta pesando minhas palavras. Segura o queixo, pensativo.

— Tem razão. Faço isso. Na vida, cada um utiliza o que sabe, Clark. Isso não muda o fato que eu deseje muitíssimo você. Aqui. Agora. - Como é possível que me seduza somente com a voz? Já estou ofegando, com o sangue circulando a todo vapor pelas veias, e os nervos estremecendo.

— Eu gostaria de tentar algo, — ele respira.

Franzo o cenho. Acaba de me dar um montão de ideias que tenho que processar, e agora isto.

— Se você fosse minha sub, você não teria que pensar sobre isso. Seria fácil. — Sua voz é doce e sedutora. — Todas estas decisões... Todo o desgastante processo de pensamento por trás delas. Coisas como, “Ésta é a coisa certa a fazer?”, "Se isso poderia acontecer aqui?", "Poderia acontecer agora?". Não teria que se preocupar com esses detalhes. Seria eu, como seu Dom. E agora mesmo, eu sei que me deseja, Louise.

Franzo o cenho ainda mais. Como ele pode dizer?

— Estou tão seguro por que...

Maldito seja, responde às perguntas que não lhe faço. É também adivinho?

— Seu corpo a delata. Está apertando as coxas, estás mais vermelha e sua respiração mudou.

Oh, sim é demais.

— Como sabe sobre minhas coxas? — pergunto em voz baixa, em tom incrédulo. Elas estão sob a mesa, pelo amor de Deus.

— Eu notei que a toalha se movia, e deduzi, me apoiando em anos de experiência. Estou certo, não é? - Ruborizo-me e encaro minhas mãos. Seu jogo de sedução me põe muito difícil.

Falei a coisa mais idiota que me veio a mente.

— Não terminei o bacalhau.

— Prefere o bacalhau frio a mim?

Levanto a cabeça, de repente, e o encaro. Um desejo imperioso brilha em seus olhos ardentes, como prata fundida, com necessidade imperiosa.

— Pensei que você gostaria que comesse toda a comida do prato.

— Agora mesmo, Clark, importa-me uma merda sua comida. — Ele diz.

Foda-se. Já que ele quer foder vamos foder.

— Certo. – Me levanto de minha cadeira e ele se assusta. — Vou pegar meu carro e irei para seu apartamento agora. Vejo-te, hum... – Paro e dou uma olhada no meu relógio. — Daqui meia hora? – Mulheres tende a sentir poder em momentos como esses.

Ele soltou um sorriso.

— Louise Clark, você não joga limpo, de verdade. – Ele diz enquanto me afasto.

Sinto um alivio ao ver que o que ele disse é totalmente o que eu precisava ouvir.

Dei uma olhada para trás, ele já estava de pé.

Pegando minha bolsa eu me volto a ele.

— Eu sei Grey. Nunca joguei limpo. – Sussurro em seu ouvido.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Espero que sim.
Gente o proximo capitulo vai ser bem Hot (ou seja eles vão desencalhar) Finalmente.
Então até o proximo capitulo!
Obs: Comentem pessoal. XX



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