CINQUENTA TONS DE AMOR escrita por Aline Damascena


Capítulo 13
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eita que esse esta bom. Haha


Leiam as notas finais pessoal. XX



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614059/chapter/13

CAPITULO 14

Engasgo-me com o chá e o olho para ele, com os olhos arregalados. Ele me dá tapinhas nas costas e me aproxima o suco de laranja.

Puta merda.

— Isto é, se você quiser ficar, — ele acrescenta. Olho para ele tentando recuperar o equilíbrio. Sua expressão é impenetrável. É muito frustrante.

— O caso não é se eu quiser ficar, mas tenho programas com Ana hoje.

E Amanhã tenho que trabalhar.

— A que hora tem que estar no trabalho?

— Às sete.

Franzo o cenho. Quer que eu fique outra noite?

— Tenho que voltar para casa.

— O que acontece? — pergunta-me.

— Nada. – Só que sentirei saudades.

Ele aperta a boca em uma linha dura.

— Ok. — ele aceita. — Agora acabe o café da manhã.

Minha cabeça e meu estômago dão voltas. Meu apetite sumiu.

Contemplo a metade de meu café da manhã, que segue no prato. Já não tenho fome.

— Coma, Louise. Ontem à noite não jantou.

— Não tenho fome, de verdade, não fique me forçando a comer quando não quero. Isso é um saco. — sussurro.

Ele aperta os olhos.

— Eu gostaria muito que terminasse o seu café da manhã.

— Qual o seu problema com a comida? — Eu deixo escapar nervosa. Ele franze a testa.

— Já te disse que não suporto desperdiçar comida.

Droga. O que é tudo isto? Pego o garfo e como devagar, tentando mastigar.

Se for ser sempre tão estranho com a comida, terei que lembrar para não encher tanto o prato. Observo-o retirar seu prato. Espera a que eu termine e retira

O meu também.

— Você cozinhou, eu limpo.

— Muito democrático.

— Sim. — diz-me, franzindo o cenho. — Não é meu estilo habitual. Assim que acabar, tomaremos um banho.

— Oh, ok. — Eu preferiria uma ducha. O som de meu telefone me tira do devaneio. É Mia.

— Olá. — Afasto-me dele e me dirijo para as portas de vidro da varanda, na minha frente.

— Lou, por que não me mandou uma mensagem ontem à noite? — Ela está zangada.

— Desculpe-me. Eu fui superada pelos acontecimentos.

— Você está bem?

— Sim, perfeitamente.

— Você fez? — Ela tenta conseguir a informação. Eu rolo meus olhos com a expectativa em sua voz.

— Mia, eu não quero comentar isso por telefone. — Christian eleva os olhos para mim.

— Você fez... Eu posso dizer. Não acredito. Quero tudo detalhado e... Caramba você dormiu com o Grey. Irmã você deve ganhar um premio por isso. — Oh Mia, eu não posso falar sobre isso. Eu assinei um maldito acordo. Tenho que mudar de assunto.

— Sua boba, preciso desligar. Em instantes estarei com Ana.

— È bom mesmo, ela me ligou desesperada perguntando de você. Tive que mentir. — Oh droga. Amo-te até mais. – Digo desligando o celular. Tinha que ligar pra Ana e dizer que esta tudo bem, mas logo estarei com ela.

— Aconteceu algo? – Grey pergunta. Acho que ele percebeu minha cara de preocupação.

— Nada. Vamos para o banho?

— O acordo de confidencialidade abrange tudo? — pergunto-lhe indecisa.

— Por quê? — Ele se vira e me olha, enquanto guarda a caixa de chá.

Ruborizo-me.

— Bom, tenho algumas duvidas, já sabe... Sobre sexo. Por esse seu tipo estranho de fazer... Ah eu não sei é complicado entende. — Falo com ele, olhando os dedos. — E eu gostaria de conversar com Mia.

— Você pode falar comigo.

— Grey, com todo o respeito... — Olho de cara feia. — Eu não posso falar com você.

Quero uma opinião imparcial. É apenas sobre a mecânica. Não vou mencionar o Quarto Vermelho da Dor.

Ele levanta as sobrancelhas.

— Quarto Vermelho da Dor? Trata-se, sobretudo, de prazer, Louise. Acredite-me. — Ele diz.

— Sua família sabe algo sobre as suas... Preferências?

— Não. Não é assunto deles. — ele aproxima-se de mim.

— O que quer saber? — pergunta-me, ele desliza os dedos gentilmente pela minha bochecha até o queixo, depois o levanta para me olhar diretamente nos olhos. Estremeço por dentro. Não posso mentir.

— No momento, nada de concreto, — sussurro.

— Bem, podemos começar perguntando como foi para você ontem à noite? — A curiosidade ardia nos seus olhos. Estava impaciente para saber.

Uau.

— Bom, - eu murmuro.

Esboça um ligeiro sorriso.

— Para mim também, — ele murmura. — Eu nunca fiz sexo baunilha antes. Há muito a ser dito sobre ele. Mas, então, talvez seja porque é com você. — Desliza o polegar por meu lábio inferior.

Eu inalo fortemente. Sexo baunilha? Que porra é essa?

— Venha, vamos tomar um banho. — Ele se inclina e me beija.

A banheira é branca, profunda e ovalada, muito designer. Christian se inclina e abre a torneira da parede ladrilhada. Bota na água um óleo de banho que parece muito caro. À medida que a banheira vai enchendo formando uma espuma, um doce e sedutor aroma de jasmim invade o banheiro. Christian me olha com olhos impenetráveis, tira a camiseta e a joga no chão.

— Senhorita Clark. — diz-me, estendendo a mão.

Aproximo-me admirando furtivamente seu corpo. Agarro-lhe a mão que me estende, enquanto entro na banheira, ainda com sua camisa posta. Faço o que me diz. Vou ter que me acostumar, se acabar aceitando sua escandalosa oferta... Se! A água quente é tentadora.

— Você pode se sentar agora. — ele me diz, interrompendo meus pensamentos erráticos, agacho-me e me meto na agradável água quente.

— Por que não toma um banho comigo? — atrevo-me a lhe perguntar, embora com voz rouca.

— Eu acho que vou. Mova-se para frente, — ordena-me.

Ele tira as calças do pijama e se mete na banheira atrás de mim. A água sobe de nível quando se senta e me puxa para que me apoie em seu peito. Coloca suas longas pernas em cima das minhas, com os joelhos flexionados e os tornozelos à mesma altura dos meus, e me abre as pernas com os pés. Fico boquiaberta. Coloca o nariz entre meus cabelos e inala profundamente.

— Você cheira bem, Louise.

Agarra um frasco de gel da prateleira junto à banheira e joga um pouco na mão. Esfrega as mãos para fazer uma ligeira quantidade de espuma, coloca-me isso ao redor do pescoço e começa a me estender o sabão pela nuca e os ombros, massageando-os com força com seus compridos e fortes dedos. Eu gemo. Eu adoro sentir suas mãos.

— Você gosta? — Quase posso ouvir seu sorriso.

— Mmm.

Afasta-se um pouco, coloca as mãos em ambos os lados do meu rosto, e me olha nos olhos. Parece perdido.

— Diga que sim, — ele sussurra fervorosamente.

Franzo o cenho, porque não o entendo.

— Para o quê?

— Sim, para o nosso acordo. Para ser minha. Por favor, Lou — sussurra suplicante meu nome. Volta a me beijar com paixão, e logo se afasta e me olha piscando. Agarra-me pela mão e me conduz de volta ao quarto, cambaleando um pouco, eu o sigo mansamente.

Aturdida. Ele realmente quer isso.

Já no quarto, procuro meu vestido.

— Não quero que vá. — Ele diz me parecendo triste.

— Grey eu realmente preciso ir. — O observo, ele vai até o criado e pega um bocado de folhas.

— Este é o contrato. Leia e o comentaremos no fim de semana que vem. Sugiro que pesquise um pouco, para que saiba do que estamos falando. — Bom, se aceitar e espero realmente que aceite. — acrescenta em tom mais suave, nervoso.

— Pesquisar?

— Você pode ficar surpresa com o que pode encontrar na internet — ele murmura.

— Hãm ok — digo querendo sair o mais rápido dali.

— O que acontece? — pergunta-me inclinando a cabeça.

— Tenho que fazer uma ligação, — eu murmuro. Só quero ouvir a voz de Ana. Ele franze o cenho.

— Para? — Suas mandíbulas se apertam e os olhos ardem.

Eu pisco para ele.

— Eu não gosto de compartilhar, senhorita Clark. – Arg.

— Caro Sr Grey, falarei com Ana e saiba que ela é minha prioridade. Lembre-se disso. — Pisco pego meu celular e disco o numero de minha bebe.

— Perfeitamente Louise— Seu tom de voz calmo.

Mamãe atende a ligação.

— Oi amor.

— Mãe, Oi. Cadê Ana? – Pergunto entusiasmada.

— Ana esta no quarto. Você esta bem? – Ótima. Sinto um peso em sua voz.

— Ah claro. Avisa á ela que vou passar ai para pega La.

Caramba. Eu só queria ouvir a vós de Ana.

Mamãe demora pra responder.

— Mãe esta tudo bem?

— Filha seu pai esta em apuros. O assassino de Will acabara de ligar e pediu recompensas.

Oh não. Meu Deus.

— Mãe ele esta aqui?

— Quem? – Ela pergunta nervosa.

— O assassino de Will.

— Creio que não filha. Seu pai esta louco no escritório, no momento esta falando com o pessoal da FBI. ­Lou eu preciso de você aqui, José saiu antes disso acontecer e não consigo falar com ele. Estou com medo filha.

Porra. Seu tom de medo acabou comigo. Nunca pensei que minha mãe fosse dizer alguma vez a mim que estaria com medo.

Preciso voltar.

— Eu... Eu já estou a Caminho, fica calma e não deixe Ana muito menos Mia saber disso. Eu te amo.

— Cuidado filha te amo.

Droga. Droga. Droga. Oh não posso com isso.

Não consigo pensar e nem respirar. Meu Deus o que ele quer? Será que matar o pai de Ana já não foi o suficiente pra abalar nossa família e ainda vem esse desgraçado pedir dinheiro, ou seja, La o que for.

Preciso me apressar, mas não posso deixar Christian me ver nesta situação. Seco minhas lagrimas com a palma de minhas mãos. Respiro fundo e volto pra ele.

— Pronta? — Christian me pergunta junto à porta dupla do vestíbulo.

Eu concordo incerta. Ele recuperou seu tom distante, educado e convencional. Voltou a colocar a máscara. Leva uma bolsa de couro sobre o ombro. Para que necessita? Talvez ele fique em Portland. Então recordo a entrega dos diplomas. Sim, claro... Estará em Portland na quinta-feira.

Está vestindo uma jaqueta negra de couro. Vestido assim, sem dúvida não parece um multi milionário. Parece um menino extraviado, possivelmente uma rebelde estrela de rock ou um modelo de passarela.

É tão tranquilo e controlado... Franzo o cenho ao recordar seu arrebatamento com a ligação de Mamãe... Droga.

Taylor está esperando ao fundo.

— Foi um prazer passar á noite com você Grey. — Dou lhe uma piscada.

— Amanhã, então, — ele diz.

— Sim. Adeus.

— Adeus.

O encaro pela ultima vez. Sigo para meu carro apressadamente. Quando entro sinto um alivio em poder deixar minha mente vagar. Preciso ver meu pai, saber o que esta acontecendo.

Assusto-me quando Christian buzina atrás de mim.

— Vá com calma Senhorita Clark! — Diz alegremente.

— Sempre! — Retribuo o sorriso.

Mas não era com minha calma que estava preocupada. Saio rasgando pinel da garagem, seguindo pelas ruas de Seattle.

Lembro-me de ligar para José. Aquele idiota.

Chama, chama e ninguém atende.

— Mas que porra José. – Tento outra vez. — Vamos lá irmão, atende essa droga.

— Lou?

— Que merda, por que você não atende isso? ­— Falo nervosa.

— Eu que te pergunto. Acabei de falar com mamãe. Já estou a caminho de casa. – Oh graças a Deus. Não seguro minhas lagrimas.

— Zé o que esse homem quer?

— Deve ser dinheiro Lou, só isso. – Ele diz tentando me tranquilizar.

Por um minuto esqueço que estou no transito e quase bato no carro da frente.

— Oh meu Deus – Digo assustada.

— O que foi isso?

— Nada, chego daqui 20 minutos.- Digo acelerando.

— Cuidado irmã. E não se preocupe. – Oh não, nenhum pouco.

Sigo velozmente.

...

Chego à casa dos meus pais com aflição, estacionando o carro vejo vários carros do FBI parados em frente.

Ana deve estar confusa, a casa esta muito movimentada.

— Oi Gail, - Digo a governanta da casa – onde esta minha mãe?

Ela parece assustada pelo meu jeito de falar.

— Ela esta no escritório com seu pai querida.

— Obrigada. – Sigo apressadamente para o escritório e me deparo com papai gritando com os oficiais.

— SE NÃO O ENCONTRARMOS ELE VAI FAZER COISA PIOR – Diz grosseiramente.

Ele para quando entro. Sua expressão é de dar arrepios não tenho algo melhor em mente a não ser correr para seus braços.

— Oh graças a Deus você ta aqui. – Ele diz entre soluços.

Fiquei por um tempo sugando seu aperto e o consolando com meu abraço.

Por um momento me toco. Pra que todo esse escândalo se o bandido pediu dinheiro.

Percebendo que ele esta mais calmo, afasto-me.

— Por favor, me diz o que ta acontecendo. – Peço.

Ele para e puxa o ar, sentasse em sua cadeira colando as mais na boca.

— Acordei com uma ligação, era um homem dizendo que foi ele que assassinou Will.

Fiquei assustado ele logo o ameacei, mandando-o ficar longe de minha família. Ele se revoltou dizendo que ainda não terminara o trabalho sujo, aquele desgraçado. – Ele para não terminando o assunto e encara mamãe.

— E qual é a conclusão deste trabalho? – Mamãe pergunta incrédula. — Fala Taylor, qual é o segundo plano. – Ela tambem não sabe.

— Ele disse que... Que o próximo passo era sequestrar... – Ai meu Deus. Não pode ser. Não pode ser.

— Quem pai? – Levanto-me da cadeira. — Quem ele vai sequestrar?

Não consigo raciocinar. Ele não quer falar. Mais que merda.

— Diz logo Taylor. – Mamãe pede.

José entra no escritório nervoso. Sem entender o porquê de toda aquela gritaria.

— Ana, — Diz o policial ao lado dele. — Anastásia.

Meu mundo caiu. Minha bebe. Pra que esse homem quer minha bebe?

Escuto José atrás de mim.

— O que tem Ana?

— O homem que matou Will disse que seu próximo passo é sequestrar Ana. – Repete o policial.

Oh não. Despenquei em lagrimas e choro.

Minha filha não. Ana não.

— Por que ela? – José pergunta incrédulo.

— Eu não sei filho. – Diz meu pai.

— Talvez ele queira deixar vocês com o pé atrás, - diz o agente. – Isso sempre acontece em casos como esses. — Ele para e me encara. — Ele pediu muito dinheiro.

— Quanto? – Sussurro.

— Dez milhões de dólares. – Puta que pariu.

— Temos que manter a calma. Descontrole não vai levar agente em lugar algum. – José diz com calma. – Lou você não pode mencionar isso pra Mia até que ela volte e muito menos prá Ana.

— Vamos acha lo Taylor. – Diz o policial.

— Eu sei. – Meu pai diz por fim.

Não quero pensar em mais nada. Preciso de Ana. Quero seu abraço seu beijo, seu toque.

Levanto-me da cadeira.

— Aonde você vai? – José vem atrás de mim.

— Vou ver Ana. – Digo sem fôlego. Eu queria chora e chorar, mas nada saia. Ele balança a cabeça e me deixa ir.

Antes passo no banheiro e lavo o rosto.

Sigo para o quarto com a porta fechada, antes de abri La respiro fundo.

Ana esta segura Clark, nada vai acontecer. Digo a mim mesma.

Abro a porta e a vejo sentada em sua mesa fazendo rabiscos.

— Mamãe – Ela corre pros meus braços. Fazendo-me chorar.

— Que saudade que eu tava de você princesa. – Tão linda.

— Ei, ah não pode parar de chorar. — Ela diz secando minhas lagrimas. Parece tanto com Mia. Seus cabelos ondulados seus olhos e pele. Tudo faz me lembrar dela. — Pronto. Prefiro ver você rindo e não chorando.

Abro um sorriso enorme pra ela.

— Hum, e agora? – Pergunto a fazendo rir. — Você é a pessoa que eu mais amo. Obrigada por existir. – Digo.

— Engraçado. – Ela bufa.

— O que? – Pergunto.

— Eu tambem agradeço todos os dias por existir. Se não fosse eu, quem iria puxar sua orelha? - Não contive a gargalhada.

— Realmente eu não sei.

Rimos juntas por um bom tempo. Tentei não pensar em mais nada que pudesse me prejudicar ou Ana. Já que ali sabia que ela estaria segura. Ali nos meus braços e da minha família.

Fui surpreendida pela sua voz de advertência.

— Onde você passou á noite? – Wow.

— Ham, eu, eu estava hum, fui jantar com Christian Grey e acabei dormindo na casa dele.

— Ta brincando. Você ta namorando ele? – Ela pergunta como se já fosse uma adolescente. Fico confusa.

— Não namorando, estamos nos conhecendo.

— Ah sim. Que legal. — É. Foi muito legal conhecer ele melhor.

Entreolhamos-nos e voltamos a rir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Genteee tive que eescrever uma pequena parte do capitulo ANTERIOR.
É neste, capitulo (14) que Mia liga pra saber como Lou esta. No capitulo ANTERIOR(13) Lou só mandou um sms para Mia dizendo que esta bem.

Me perdoem pelo erro. Rsrsrs
...
Então Galera o ultimo capitulo só teve um comentario :/

Espero que nesse vocês gostem de comentem!

Um abraço e até domingo que vem! XOXO.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "CINQUENTA TONS DE AMOR" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.