Se eu fosse você escrita por Adri M


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que estou meio em falta com minhas fics, mas prometo não abandonar nenhuma. Agora, boa leitura.



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Felicity andava de um lado para o outro no covil, seus pensamentos estavam em Oliver. Tinha perdido o contato com ele e recebeu uma ligação de John, pedindo que ela ficasse calma, porque Oliver estava ferido. Mas, o problema é que manter a calma nunca foi à coisa mais fácil a fazer quando se trata de Oliver.

Ele sempre coloca a vida de todos na frente. Ele sempre tenta proteger todos antes de se proteger, e por mais que Felicity ache isso heroico, ela tem medo de que um dia ele não volte.

Ela ficou imóvel quando escutou o barulho da porta de metal do covil se abrindo, em seguida John e o arsenal entraram no covil carregando Oliver que estava desacordado e com um ferimento na lateral da barriga.

- Ó meu Deus. – Felicity correu até os três. – O que aconteceu? – tentava verificar o ferimento de Oliver, mas Dig a mantéu afastada. Até que os dois colocassem o corpo inerte de Oliver sobre a mesa de metal.

- Ele está bem Felicity, apenas levou um tiro. – murmurou Roy.

- Ele está bem Felicity, apenas levou um tiro. – imitou Roy. Dig e Roy não conseguiram se manter sérios nessa hora, e ambos soltaram uma gargalhada, quando Felicity olhou de um para outro eles ficaram em silencio. – Ele não está bem Roy, está sangrando.

- Felicity, ele vai ficar bem. – foi Diggle que falou, com a voz serena e tranquilizadora de sempre, que deixou Felicity um pouco mais calma. – Pode pegar o kit de primeiros socorros para mim? – assentiu e foi até onde guardavam o kit, rapidamente entregou uma caixa branca para Diggle.

Diggle abriu a jaqueta que Oliver sempre usa para combater o crime e deixar sua identidade em segredo. O ferimento era superficial, nada grave apenas um tiro de raspão. Mas, Oliver tinha desmaiado quando caiu e bateu a cabeça, e essa mistura de sangue e desmaio fizeram Felicity sentir náuseas acompanhadas de medo.

- Foi apenas um tiro de raspão. – disse Dig, olhando para Felicity, tentando amenizar o problema.

- Deixa que eu limpo a ferida. – pegou o tubo de antisséptico e um esparadrapo, molhou o tecido no liquido e começou a limpar o sangue que havia escorrido do ferimento. Quando terminou de limpar a região machucada, com cuidado fez um curativo. Depois disso voltou a sentar-se em sua cadeira na frente dos computadores.

- Vou encontrar Thea no verdant. – comentou Roy ao pé da escada. Dig e Felicity assentiram e ele saiu do covil. Oliver ainda não havia acordado. Felicity levantou e parou ao lado da mesa. Segurou a mão de Oliver por impulso.

- Ele vai ficar bem, Felicity. – disse John. Ele estava sempre acalmando Felicity quando Oliver chegava ferido ou algo do tipo. Mas, hoje, Felicity só vai ficar calma quando escutar uma explicação de Oliver. Ficaria no covil até ele acordar.

- Por que Oliver está sempre arriscando a vida? – indaga.

- Porque eu preciso salvar as pessoas. – ele responde ainda com os olhos fechados.

- Há quanto tempo está acordado?

- O suficiente. – senta-se na mesa de metal. Continua segurando a mão de Felicity, ela o olhava com atenção, fitando os olhos azuis intensos de Oliver. Ele notou que ela não estava nenhum pouco feliz e sabia por quê. Ele prometeu a si mesmo nunca chegar machucado ao covil, odiava deixar Felicity do jeito que ela estava agora. Mas, hoje foi inevitável.

- Será que pode me explicar o que aconteceu? – ela olhava para Oliver com fúria nos olhos e a voz embarcada pela raiva.

- Eu precisava recuperar a carga de armas... – começou.

- E para isso se meteu na frente de uma bala? – replicou Felicity.

- Posso continuar? – assentiu. – Entramos no galpão, e estava infestado de homens armados até os dentes. Nós não conseguimos dar conta de todos, e enquanto lutávamos contra eles, outros bandidos colocavam a carga de armas em um caminhão. Eu precisava me aproximar deles.

- Mas, não a ponto de correr risco de vida. Você sempre está tentando se suicidar Oliver. – ralhou Felicity.

- Eu precisava recuperar as armas, elas são perigosas. E aqueles bandidos são ainda mais. – retrucou Oliver.

- Eu entendo, mas eu conseguiria rastrear o caminhão novamente e você não levaria um tiro. – Oliver respirou fundo. Essas conversas sempre geravam uma grande e desgastante discussão entre os dois. Felicity tentava se manter calma, sabe que Oliver sempre faz o possível para deixar a cidade livre de ameaças , inclusive colocar a própria vida na linha de fogo. Os dois se encarraram.

- Não dá para falar com você... Você nunca me escuta... Se eu fosse você.

Os dois falaram cada silaba juntos, e no final se olharam por longos segundos. O celular de Felicity tocou e ela o pegou sobre a mesa.

- Ray. – Oliver olhou para Diggle que só estava assistindo os dois, nunca se metia na discussão, sabia muito bem o que ambos sentiam um pelo outro. Apenas eles que não percebiam. – Okay, estou indo para ai. – pegou a bolsa e saiu pisando duro, sem falar mais nada.

- Sabe que ela está certa não é? – Oliver ficou em silencio. – Você sempre está tentando se matar e se isso acontecer, não vai mais poder manter a cidade e todos que você ama a salvo.

- Mais alguma coisa? – olhou serio para Diggle que maneou a cabeça.

- Apenas descanse, Oliver. – depois disso John saiu do covil. Oliver sentou-se na cadeira de Felicity. Não tinha escolhas, a cidade e a vida de quem ele amava, sempre viriam na frente da sua.

Tirou a roupa do arqueiro e se vestiu como Oliver Queen. Estava morando com Thea em um apartamento que Malcom havia dado para ela. Quando chegou em casa, estava tudo vazio e em um silencio absoluto. Thea ainda estava na boate. Oliver foi direto para seu quarto. Sentia-se cansado, exausto. Tudo que precisava era de uma boa noite de sono.

+++

Depois de resolver um pequeno problema na Palmer tecnologias, e rejeitar o convite de Palmer para um jantar, alegando que estava exausta e morrendo de dor de cabeça Felicity foi para sua casa. Ela e Ray Palmer estavam em um relacionamento há dois meses já, e ela sabia que estava com ele para preencher o vazio no peito, mas isso não estava surgindo efeito.

Ray sempre foi um homem de 1001 qualidades, sempre a tratou bem e não tem medo de se envolver amorosamente com ela. Ele é perfeito, um ótimo corpo, ótima inteligência, e tem um ótimo senso de humor, ele é Ótimo com “Ó” maiúsculo. Às vezes parece um filhinho de papai metido a herói, mas é um bom homem. Essas coisas fizeram Felicity lhe dar uma chance.

E acredite ou não, ele até que a faz feliz. Porém, todavia, entretanto, Felicity sabe que ele nunca a tornara completa, não da forma que ela deseja.

Já em casa, Felicity preparou um pratico e rápido jantar, tomou banho e vestiu seu pijama confortável. Deitou em sua cama e pegou o livro que está lendo, entretanto mal conseguia manter os olhos abertos, acabou caindo em um sono pesado e profundo.

+++

Quando acordou Oliver se sentiu diferente, mas leve. Sentou-se na cama e esfregou os olhos, ainda enxergava tudo embasado. Quando sentiu a palma da mão em seu rosto notou que havia algo diferente, muito diferente, suas mãos eram mais pálidas. Virou as mãos e notou o esmalte vermelho nas unhas e seus dedos eram bem mais finos que o normal.

Não fazia ideia do que estava acontecendo, quando olhou ao redor notou que aquele quarto não era o dele. Levantou-se bruscamente da cama, notou a foto de Felicity sobre a cômoda. Tudo que passava na cabeça dele era que ele havia cometido uma grande idiotice.

Olhou para a cama e Felicity não estava ali. Fechou os olhos e lembrou-se da noite anterior, da sua discussão com ela. Não tinha como os dois terem dormido juntos. Ele foi para casa, dormiu na sua cama. Como amanheceu na cama de Felicity? Não tinha logica.

Escutou o barulho no corredor e saiu do quarto, poderia ser Felicity. Mas, era apenas um gato. Abriu a porta que dava acesso ao banheiro e entrou nele. Olhou seu reflexo no espelho. Só podia estar sonhando o sonho mais louco da sua vida.

+++

Felicity abriu os olhos, fitou o teto por longos minutos, até receber a informação de que aquele quarto não era o dela. Olhou para as cobertas que a cobria, nada, exatamente nada ali era dela. Pulou para fora da cama. Seu corpo parecia ter carregado toneladas na noite anterior.

Suas pernas estavam pesadas, se sentia com se tivesse corrido uma grande maratona. Começou a raciocinar e lembrar-se da noite anterior, a última lembrança era dela em sua cama, pronta para dormir.

Aquilo piorou ainda mais quando ela abriu o closet. Os ternos bem aninhados, ajeitados em cabides. O perfume, ela conhecia aquele cheiro, era o perfume de Oliver. Se permitiu fechar os olhos e inalar aquele cheiro maravilhosa que impregnava o local.

- Ó meu Deus! – exclamou quando se deu conta do que poderia ter acontecido entre os dois. – Oliver. – saiu correndo e quando abriu a porta do quarto deu de cara com Thea. – Onde está o Oliver?

- Que bebida você tomou, Ollie? – questionou a garota.

- O que? – ela procurou por um espelho e a única coisa que encontrou foi à tela da televisão, que mesmo escura refletia bem seu rosto e aquele rosto com plena certeza não era o dela.

- Ollie, está tudo bem? – Thea tocou no ombro dela, na verdade no ombro do Oliver.

- Não, não está nada bem. Aconteceu algo catastrófico! – exclamou.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar. Não é uma exigência, mas isso me ajuda muito. Espero que tenham gostado, é apenas o inicio HAUSHAUSH. Muitas coisas virão. Bjoos