Should Have Asked For Directions escrita por whosirmesir


Capítulo 5
Capítulo 4: Maio - Colegial, segundo ano


Notas iniciais do capítulo

Hey, desculpa a demora (:



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Apenas abaixe as janelas e sorria

“É minha vez, é a minha vez!” Rachel guinchou, arrancou a revista das mãos de Quinn e se deitou de volta na grama macia. Quinn riu e estendeu sua cabeça para a direita, deixando-a descansar sobre a de Rachel. Seu cabelo loiro se acumulou contra a bochecha de Rachel e a morena, por reflexo, o enrolou em seu dedo.

O céu brilhava em um perfeito azul aquela tarde. As aulas tinham acabado ontem para as férias de verão e as garotas não conseguiam esperar para iniciar a comemoração. Elas se amontoaram no quadriciclo de Quinn e arrancaram até o parque onde elas atualmente se jogaram na grama, olhos observando as nuvens e corações acelerados.

Eles sempre estavam acelerados. Eles estavam acelerados há dois meses desde o quarto de Quinn. Seu primeiro beijo se fundiu com o seu segundo, terceiro, quarto, sexagésimo. Elas beijavam por horas. O que tinha começado contra a parede inevitavelmente avançou para as duas cadeiras de Quinn, e então para uma cadeira, e então para o chão e finalmente a cama. Suas mãos permaneceram inocentemente agarradas aos ombros, braços, quadris, cinturas, exatamente como seus lábios permaneceram uns nos outros.

Era uma perfeita tarde de pura inocência. E a maioria das tardes depois disso continuaram da mesma maneira. Elas roubavam beijos na escola quando podiam em banheiros, salas vazias, atrás de lixeiras, em volta de banheiros químicos, debaixo das arquibancadas. Elas mal conseguiam se separar para realmente assistir aula.

Era torturante. E agora tinha acabado.

Os dedos da mão direita de Rachel traçaram distraidamente os da mão esquerda de Quinn na grama entre elas. Cada cócega enviava arrepios pelo braço da loira até sua clavícula. Isso a forçou a sorrir mais com cada toque distraído porque significava que Rachel não conseguia evitar.

Quinn não conseguia se lembrar de outra época onde ela estava feliz daquele jeito. Ela virou a cabeça de lado para olhar para a garota culpada por isso. O vento fez sua franja dançar enquanto ela lia alegremente a próxima questão no Cosmo quizz. Sua voz escapava à Quinn.

Ela não conseguia tirar seus olhos cor de avelã da garota, aquelas bochechas levemente coradas e leves covinhas a destruindo cada vez que ela olhava. Quando ela tinha ficado tão sortuda? Mas ali estava ela, livre para amar a única garota que ela alguma vez quis amar. Era como se você assistisse uma hora perfeita de televisão e nunca mais fosse querer ligar ela de novo.

Ela se perguntou como a vida poderia ir além disso enquanto analisava cada curva e detalhe do rosto de Rachel. Seus pequenos brincos fofos de borboletas vermelhas brilhavam na luz do sol. E sua linda voz flutuava no vento para voar com os pássaros. Ela soltou uma risada com a questão que tinha acabado de ler, mas Quinn ainda estava perdida em sua bolha enevoada de afeição. Aquela risada enviou suas próprias pequenas borboletas voando enlouquecidas no estômago de Quinn. Ela pegou seu celular, o mirou para o norte e tirou uma foto dela.

Depois, ela enrolou seus dedos em Rachel e rolou para o seu lado, seu braço esquerdo caindo sobre a cintura da garota e seu rosto se acomodando no pescoço de Rachel, suas mãos agarradas se arrepiavam forte entre elas. Rachel gaguejou com o movimento e eventualmente parou de ler quando os lábios de Quinn se pressionaram suavemente em sua bochecha. Rachel girou sua cabeça para trás e para a esquerda, finalmente deitando seu olhar em Quinn.

“Não quer mais fazer o quizz?”

Quinn simplesmente se inclinou e colocou um pequeno beijo no pescoço de Rachel antes de se afastar para olhá-la diretamente nos olhos, um pequeno sorriso aparecendo lentamente em seus lábios.

“Você está bem?” Rachel perguntou. “Você parece toda… sonhadora. E estamos tentando descobrir se somos Abertas ou Misteriosas aqui, Quinn. Isso é uma parada cósmica séria! Só estamos no número dois. Vou ler de novo. Preste atenção. ‘Em um dia normal, quantas vezes você conversa com seu namorado- er, namorada?’ Eles realmente deveriam deixar esses pronomes neutros em relação a gêneros.”

“Em primeiro lugar, essa é uma revista para mulheres héteros. Segundo, nós já sabemos que eu sou misteriosa e você é que é a aberta. Terceiro, sonhadora, huh?” Quinn arqueou as sobrancelhas e Rachel debochou.

“Eu não vou dignar uma resposta para nada do que você disse, mas sim. Sonhadora. Tipo…” Rachel começou antes de parar.

“Tipo o quê, Rach?”

“Tipo como se você estivesse bêbada de felicidade ou algo assim,” ela riu. “Até seus olhos estão meio fechados. Talvez você esteja chapada? Você está chapada, Quinn?” ela sorriu.

“Não, chapada não. Já bêbada de felicidade…” ela ronronou e colocou outro beijo no pescoço de Rachel.

“Acabamos com o quizz,” ela respondeu, sem nem mesmo se incomodar de colocar um x na questão enquanto a revista caía na grama ao lado delas.

“Sim, Rach, acabamos com o quizz,” ela respondeu e apertou seu abraço na cintura da garota, puxando Rachel um pouco para o seu lado. Rachel se perdeu naqueles olhos ancoradores mais uma vez e o mundo desapareceu.

Rachel soltou um suspiro contente, deixou seus olhos se fecharem e pressionou seus lábios nos de Quinn. O vento e calor de verão se agitou em volta delas. Árvores se balançavam com a brisa, pássaros cantavam e cães latiam de brincadeira no lago em volta do campo. Rachel até mesmo encontrou felicidade na abelha sobrevoando seu joelho. Seus lábios dançaram e se arrastaram nos de Quinn, de forma casta e doce.

Quando elas se separaram, a cabeça de Rachel se acomodou na grama, que fazia cócegas em seus ouvidos e bochechas. Quinn tremeu sob o mesmo sentimento e elas compartilharam uma risada, uma respiração, e um sorriso. Rachel se aproximou um centímetro e colocou um beijo no nariz da garota antes de voltar a se deitar, seus olhos fechando e a perfeição serena caindo sobre ela.

Quinn olhou o rosto deslumbrante à sua frente. Rachel não poderia parecer mais contente nem que tentasse. Ela se inclinou e colocou um leve beijo em sua testa e deitou exatamente como a outra garota tinha deitado, seus olhos se fechando também.

Ela podia escutar cada respiração que Rachel dava, o ar se misturando entre elas. Fazia dois meses desde que aquilo tinha começado. Dois meses e elas conseguiram encontrar sua utopia uma com a outra. Rachel faria dezesseis em dois dias. Ela seria oficialmente permitida a namorar, de acordo com as leis da vida dos homens Berry.

Por uma semana, Quinn quis falar sobre o assunto. Tecnicamente, elas já estavam namorando. Elas se beijavam, elas jantavam, elas seguravam a mão uma da outra- mas tudo escondido. Não que Quinn quisesse as assumir, isso viria mais tarde e sua mãe seria a primeira a saber, mas ela queria que aquilo fosse oficial. Ela precisava que fosse oficial.

Sua mente estava a uma deslizada de proferir as três palavras que ela estava muito assustada para colocar na mesma frase sem que as coisas virassem oficiais. De alguma forma, oficial significava proteção na mente de Quinn. Como se Quinn pudesse expressar aquelas três palavras quando elas fossem algo oficial e não sob os mesmos riscos enquanto elas não fossem.

Sem levar em conta a linha de pensamento escrota, ela precisava de segurança e ela queria um futuro. Ela queria Rachel, pra sempre. Enquanto elas deitavam nos braços uma da outra no meio do campo, o mundo gritando sua própria felicidade de volta para elas, ela não conseguia pensar em uma oportunidade melhor. Ela faria aquilo. Ela pediria Rachel agora. Ela iria tomar coragem e-

“Quinn?” a garota em seus braços intercedeu suavemente, jogando a linha de pensamento de Quinn no espaço. A loira abriu seus olhos para olhar nos de Rachel, mas os encontrou ainda fechados. Ela deixou os dela voltarem a se fechar e puxou Rachel para mais perto. Suas pernas se entrelaçaram e ela podia sentir Rachel sorrir contra a sua bochecha. A proximidade era deliciosa.

“Sim?”

“Você acha que a vida pode ser sempre assim?” ela exalou contra a pele de porcelana. “Eu sei que somos jovens e não temos problemas ou responsabilidades, mas, mas você acha que se duas pessoas tiverem o que temos isso pode simplificar a vida?”

“Você quer dizer como os Beatles disseram?” Quinn sorriu e Rachel se juntou a ela.

“Tudo o que você precisa é de amor,” elas suspiraram juntas. Ela sentiu Rachel suspirar dentro dela e seu braço direito se colocou no quadril de Quinn, puxando-a para mais perto.

“Eu poderia, sabe,” Rachel mal sussurrou e isso dançou contra sua bochecha.

“Poderia o quê, Rach?” ela murmurou. Ela sentiu a cabeça de Rachel se afastar. Quinn abriu seus olhos pela perda de contato e a deixou cair sobre a de Rachel, pesada e carregada.

“Te amar,” ela declarou, firme e certa. Era o melhor que Rachel conseguia fazer. Dizer o “Eu te amo” era um passo muito difícil. Quinn engoliu em seco, engolindo aquelas três palavras que estavam na ponta de sua língua. Era muito cedo, era demais, era muito assustador. Rachel a leu, novamente, como se Quinn fosse seu livro favorito, e se inclinou para pressionar um beijo tranquilizador em seus lábios. Era exatamente o que Quinn precisava: uma razão para não falar.

Quando Rachel se afastou, Quinn se se impulsionou para a frente, capturando seus lábios novamente. Ela derramou aquelas três palavras no beijo, de novo e de novo, porque se ela parasse, ela as diria em voz alta.

E ela não podia dizer em voz alta

Rachel quebrou o beijo novamente e Quinn começou outra vez. Ela se empurrou para a frente, rolando para cima da morena brilhante à sua frente. Rachel soltou uma risada adorável e tirou seus braços de Quinn para envolvê-los completamente no pescoço que começou a amar. Quinn encontrou os quadris de Rachel e os apertou forte contra os seus próprios.

Ela a beijou, de novo e de novo. Ela não conseguia parar. Ela explodiria em confissões se parasse e Rachel estava muito satisfeita para continuar. Suas bocas se abriram e suas línguas deslizaram uma contra a outra, Quinn dizendo suas três palavras de outra forma. Ela acariciou a língua maravilhosa de sua garota, quase a reverenciando. Ela não conseguia provar o suficiente e eventualmente isso deixava Rachel engasgando por ar e se desviando da loira.

“Baby…” Rachel chiou, pela primeira vez na vida. Isso acalmou Quinn em seu âmago e seus tremores então acalmaram Rachel.

Seus olhos se encontraram. Seus peitos ofegaram. Seus lábios estavam inchados. O batom levemente vermelho de Rachel manchando com uma cor fraca toda a pele em volta da boca. Rachel perfurou os olhos agora escuros de Quinn, sentindo-os a ancorarem ainda mais do que o tom normal cor de avelã.

Suas mãos encontraram o rosto de Quinn, polegares traçando suas maçãs do rosto, seu maxilar, e seus lábios. Ela nunca tinha dito baby antes. Ela não sabia o que dizer depois. Ela não sabia o que isso significava. Ela não sabia se era o que tinha feito aqueles olhos maravilhosos ficarem escuros. Deus, ela não sabia mais de nada.

E isso era maravilhoso.

O sorriso símbolo, gigante de Rachel Berry agraciou seus lábios e o coração de Quinn se partiu em dois enquanto sua boca se abria, pronta para lançar aquelas três palavras lindas para a garota embaixo dela.

Mas então Rachel se inclinou para cima, o sorriso enorme intacto, e capturou Quinn em outro beijo. Ela o controlou dessa vez. Ela tomou a boca de Quinn de todas as formas que podia e então mais, puxando a garota mais para cima de si no meio tempo. Seus quadris deslizaram juntos deliciosamente, seus peitos apertados forte um contra o outro e seus braços envoltos em seus pescoços. Quinn deslizou o seu por debaixo da cabeça de Rachel para voltar para a grama enquanto a diva a tomava.

Completamente.

E enquanto os quadris de Rachel balançavam para a frente, foi Quinn quem engasgou por ar desse vez e arqueou. Seus olhos se abriram e encontraram Rachel ofegando de forma sexy embaixo dela. Aquela língua estava brincando com seus lábios e dentes como se simplesmente precisasse continuar tocando alguma coisa.

Quinn virou seu olhar para a direita e a para a esquerda, procurando por qualquer observador no parque que poderia achá-las interessante. Ninguém estava perto o suficiente para ver detalhes e ainda menos pareciam se importar o suficiente para tentar. Ela voltou seu olhar para a garota sorridente abaixo de si e não pôde conter seu sorriso.

“Você vai nos encrencar,” Quinn exalou e voltou a se acomodar em Rachel.

“Você já está encrencada,” ela ronronou e mordiscou o queixo da loira, maxilar e pescoço. Quinn soltou um grunhido e se forçou a rolar de cima de Rachel, deitando com um baque desapontador à sua esquerda. A grama parecia horrível e afiada comparada com a pele macia e sedosa da garota ao seu lado. Rachel virou completamente de lado, apoiou sua cabeça em seu cotovelo e sorriu para Quinn. “Sabe, eu facilmente poderia ficar em cima de você agora para nos colocar exatamente na posição em que estávamos agora mesmo.”

Quinn engoliu em seco e se virou para encontrar o olhar de Rachel.

“Eu vou confiar em você para não fazer isso.”

“Existe um certo tipo de confiança que você pode não querer provocar em mim,” ela riu e se inclinou para a frente para pressionar seus lábios no ouvido de Quinn. “Quando se trata de você e do seu corpo, eu não tenho autocontrole.”

Se Quinn pensava que estava encrencada, ela estava sendo tão ignorante. Aqueles lábios encontraram o lóbulo de sua orelha e então seu maxilar e então foram para a parte de trás de sua orelha onde sua língua se juntou na ação. Isso enviou arrepios diretamente entre as pernas de Quinn.

“Rach?” ela engasgou.

“Baby?”

“Oh Deus,” ela grunhiu e rolou para o lado algumas vezes, efetivamente colocando cerca de dois metros entre elas. Rachel explodiu em uma gargalhada e se levantou para sentar com as pernas cruzadas na grama. Sua postura perfeita e mãos educadamente juntas gritavam refinamento.

“Sério, Q? Vai rolar para longe de mim? Para longe da, como você sempre diz: a estrela mais brilhante que conhece? Com cambalhotas na grama? Por que, posso perguntar?” ela riu.

“Hm, eu-”

“Estou esperando.”

“Você é muito tentadora.”

“O que significa isso exatamente? Está com medo de fazer sexo comigo no meio do parque se não parar? Sério? Vamos lá,” ela riu. Isso quase fez Quinn rir, mesmo que de forma bem-humorada.

“Eu apenas perderia o controle.”

“Novamente, você nunca faria sexo comigo no meio do parque. Não estamos fazendo sexo nem na cama ainda, então o seu argumento é meio que-”

“Das minhas palavras! Eu perderia o controle das minhas palavras, okay?”

A confissão acabou com a crítica de Rachel rapidamente. Sua cabeça se levantou como a de um pug curioso e seus braços se cruzaram sobre o seu peito enquanto um sorriso se espalhava. O que exatamente Quinn poderia ter medo de dizer? Gemer o nome de Rachel? Não. Sua garota era muito descolada para isso. Ela não se importaria. Implorar? Isso não poderia ser, mas mesmo assim, Quinn não imploraria por sexo no meio do parque. Não, era algo mais extremo, Rachel ponderou. Hmm, Rachel se perguntou enquanto a encarava.

Quinn rolou sobre seu estômago e enterrou seu rosto em seus cotovelos. “Pare de olhar para mim assim!”

Rachel soltou outra gargalhada.

“Eu não estou olhando pra você de jeito nenhum, boba! Eu simplesmente estou tentando descobrir o que você tem medo de dizer ou fazer ou o que quer que seja.”

“Yeah, que seja,” ela resmungou amargamente em seus braços. Rachel riu novamente e se arrastou até a loira, deitando-se na metade das costas de Quinn e aninhando seu nariz na curva do pescoço da loira.

“Estou apenas curiosa, é só isso. Aparentemente você é a misteriosa,” ela ronronou e ameaçou levemente a fazer cócegas nos lados de Quinn. Seus dedos dançaram por cima de cada costela, uma por uma de cada lado. “Sabe, minha avó costumava dizer que você poderia aprender muito sobre uma pessoa contando suas costelas,” ela disse enquanto adicionava um pouco de pressão. Quinn respirou fundo com a sensação iminente. Ela não ia ceder, ela não iria ceder.

Rachel aplicou um pouco mais de pressão e se moveu para a próxima costela.

“Hm, duas…” seus dedos da mão direita imitaram o movimento para encontrar outra. “Temos três,” ela ronronou e arrastou seus dedos pela costela. Quinn tremeu e mordeu sua língua.

“Não me faça cócegas.”

“Só estou contando suas costelas,” ela zombou e moveu ambos os dedos para cima em cada lado, enterrando mais fundo e mexendo. Quinn se retorceu levemente e então puxou mais ar para se acalmar. “Mm, sim, temos quatro e cinco. Garota resistente.”

“Rachel. Não. Eu odeio cócegas.”

“Eu odeio quando as pessoas não são abertas,” ela murmurou diretamente no ouvido de Quinn. Seus dedos pularam mais alto para encontrar seis e sete. Os braços de Quinn começaram a sacudir enquanto ela impedia a risada. “Seis e sete parecem um pouco esquisitas. Minha avó diria que isso é normal e não há nada para se preocupar,” ela declarou em sua melhor voz falsa de médica e bateu todos os quatro dedos de cada mão em cada costela. Quinn se sacudiu forte e a gargalhada se derramou para fora dela.

“Para, para, para, para!” ela engasgou entre risadas e Rachel continuou seu ataque, rindo de forma selvagem e cutucando mais forte a garota na grama. Quinn se retorceu e se repuxou até se libertar de Rachel antes de se levantar e se livrar das sensações.

Rachel observou a imagem à sua frente. O cabelo de Quinn estava bagunçado por todo lugar. Pedaços de grama manchavam suas pernas claras e short de líder de torcida. Sua blusa estava toda amarrotada e levantada do lado, o que deixava a parte de cima de seu biquíni cobrir a maior parte de seu corpo. Um chinelo se mantinha aninhado em seu pé esquerdo e o outro estava a quatro metros de distância, jogado longe durante sua escapada giratória. Ela estava respirando pesado e o colar estilo dog tag que ela usava em seu pescoço se levantava e caía com cada engasgada por ar.

Rachel não conseguiu resistir lamber seus lábios. Ela queria se envolver em Quinn e fazer coisas com ela, coisas que ela nunca tinha pensado em fazer antes de Quinn a beijar naquela perfeita tarde de Março. Agora era tudo o que ela pensava.

“Quinn,” ela quase gemeu. O olhar nos olhos de Rachel não estava perdido na loira. Ela abaixou a cabeça para assimilar sua própria aparência, o que fazia Rachel parecer como um gato no cio esticado na grama à sua frente. Quinn olhou para as suas roupas, short e pedaços de grama. E onde- oh, ali estava seu outro chinelo.

Realmente, ela apenas parecia bagunçada.

Mas Rachel, Rachel claramente pensou de outra forma.

“Você pode vir aqui, por favor?” ela perguntou, quebrando os pensamentos de Quinn mais uma vez. Ela levantou um dedo e o dobrou algumas vezes, dando para a loira um pequeno chamado de venha até aqui.

“Por quê?” ela perguntou em resposta, ainda incerta de que não era um segundo ataque de cócegas. Rachel era conhecida por ser maliciosa. Podia ser tudo um truque.

“Porque quando a sua namorada te chama, você vem.”

Quinn perdeu seu fôlego.

Não era apenas a coisa mais sexy que Rachel já tinha dito, mas ela tinha acabado de chamar Quinn de sua namorada. Ali estava ela novamente, roubando outra frase.

“Você está sempre roubando as minhas falas,” ela fez beicinho. Rachel se animou, confusa e sorriu.

“O que quer dizer?”

“Você roubou minha confissão gay. Você roubou eu pedindo para você ser minha namorada. Você rouba as coisas, Berry. Você rouba muitas coisas,” Quinn rosnou e tentou limpar seus joelhos.

Rachel não conseguiu conter seu sorriso. Ela se levantou da grama e andou até sua namorada, envolvendo seus braços na cintura bagunçada de Quinn. Ela pressionou um leve beijo em seu beicinho e então se afastou com o maior brilho em seus olhos.

“O que mais eu roubei, Fabray?”

Quinn abriu sua boca para responder e não conseguiu encontrar as palavras. Ela se encurralou bem nessa. Ela não tinha palavras, nenhuma. Bem, ela não tinha palavras aceitáveis. Ela tinha três palavras perfeitamente prontas na ponta de sua língua, mas ela não podia. Ela simplesmente não podia.

Então ela beijou Rachel ao invés disso, novamente. Ela a beijou exaustivamente e profundamente, implorando para o paraíso que Rachel entendesse. Quando a morena começou a murmurar entre beijos, ela sabia que estava com problemas e aquilo de fato ela entendia, mas ela não ia deixar Quinn se safar dessa vez. Vai entender.

“Você sabe,” beijo, “que você quer,” beijo, “me dizer,” beijo profundo, suplicante. Quando Quinn se separou para respirar, Rachel fechou o pequeno espaço entre elas, se levantou na ponta dos pés e envolveu seus braços no pescoço da loira, puxando-a para o abraço de urso mais apertado que conseguia dar.

Quinn estremeceu contra ela e amaldiçoou Rachel por remover sua única boa escapada- beijar- abraçando-a daquele jeito. Isso colocava sua boca diretamente ao lado do ouvido de Rachel, sem lugar para ir. Ela sentiu os lábios da morena em seu próprio ouvido, uma respiração firme e estável batendo nela.

“Diga,” ela sussurrou. Quinn respirou fundo e sorriu.

“Eu posso estar mais do que gostando de você.”

Rachel explodiu em risada, a adoração pela loira saindo dela enquanto ela passava seus dedos pelas mechas macias de Quinn.

“Você é demais,” Rachel riu.

“Você é muito gananciosa.”

“Não tem essa quando se trata de você. Eu quero você sempre, todo dia, e você toda. Não há ganância.”
“Então o que é isso?” Quinn atiçou, virando o jogo de Rachel. Seus olhos se arregalaram e ela colocou ambos os lábios entre seus dentes enquanto suas bochechas coravam profundamente. Ela não conseguia fazer aquilo também.

“Que tal eu te dar de volta algo que roubei e em troca nós deixamos pra lá o assunto atual?” ela sorriu. Quinn respondeu com um enorme sorriso e enlaçou suas mãos na cintura de Rachel.

“Okay. Feito. O que vai me devolver?”
“Nesse momento, agora, eu não te considero minha namorada. Na verdade,” ela saiu do aperto de Quinn, “quem é você para me tocar dessa forma? Admiradora no parque? É inapropriado.”

Quinn riu e balançou a cabeça.

“Admiradora?”

“Mhm. Quer dizer, é bem óbvio. Você não consegue tirar os olhos de mim,” ela zombou e sentou na grama ao lado de suas mochilas.

“Alguém pensaria pelo momento na grama dez minutos atrás que é você que não consegue ficar longe de mim.”

“Isso pode ter sido verdade dez minutos atrás porque aquela garota era minha namorada. Não tenho medo de mostrar para a minha namorada o quanto eu a desejo. E quer saber, entre eu e você- não diga isso a ela- eu realmente a desejo. Diariamente. Eu posso sentir isso, sabe, lá embaixo. Ela é ridiculamente sexy se eu me lembro corretamente, o que eu me lembro, porque estou sempre certa.”

Quinn estremeceu e sacudiu a cabeça mais uma vez. Ela desistiu, caiu de joelhos ao lado de Rachel e envolveu uma mão firme em sua nuca. Rachel continuou seu desafio.

“Eu não tenho medo de gritar estupro. Por favor saia de perto de mim nesse instante ou vou fazer minha ex-namorada voltar aqui e bater-”

“Cala a boca.”

“Isso não é muito educado!”
“Cala. A boca,” ela grunhiu e pressionou seus lábios nos de Rachel. A garota lutou com ela no início, pela encenação, e então desistiu. Ela derreteu sob os toques e beijos de Quinn e logo estava ansiando por mais. Quinn quebrou o beijo e encontrou os olhos de Rachel.

“Quer ser minha namorada?”

Rachel sorriu e a beijou de novo.

“Você nunca vai precisar perguntar."


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