Dilemma escrita por Han Eun Seom


Capítulo 33
Menina do nome estranho


Notas iniciais do capítulo

C - I - N - C - O

CINCO RECOMENDAÇÃO AI MEU DEUS EU AMO TANTO VOCÊS PQP SÉRIO. GENTE OBRIGADA. ♥
+100 LEITORES,
+200 REVIEWS
***E***
5 RECOMENDAÇÕES

HARU ESTÁ MORTA



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O dia seguinte não era para ter grupo, mas todos se reuniram na quadra para decidirmos de vez como as coisas ficariam. Nuno não estava lá e quando perguntei por ele para Osvaldo, ele me avisou que estava com mais duas garotas do teatro no laboratório de informática vendo os móveis para as cenas iniciais.

E então eu a vi chegando.

Ravena praticamente era o meu contrário. Alta, cintura fina, quadril e busto cheios, cabelos longos escuros e parece que até o uniforme da escola foi feito para acentuar suas curvas. Minhas sobrancelhas formaram arcos e Sara acenou para mim, mas não andou em minha direção.

O propósito daquela reunião era decidir pontos para a peça e não ficar confraternizando, certo? Certo.

Eu estava decidida a não me importar com aquilo, mas Ravena estava com suas mãos por muito tempo em Sara e falava muito perto dela. Meu estômago revirou quando ela riu e seu corpo se inclinou ainda mais para cima dela.

Contendo a estúpida vontade de correr para tirar satisfações com aquela garota, me juntei às pessoas que eu deveria trabalhar. O tempo se arrastou e eu não conseguia conter umas olhadelas para onde Sara estava. Repreendi a mim mesma várias vezes por pensar que ela estava muito feliz conversando com aquela garota. Ravena tinha, além do nome, um jeito muito estranho. Para ajudar alguém não é preciso ficar tocando a pessoa toda hora.

Eu não estou exagerando.

– Roxy, certo? – Escutei uma voz masculina atrás de mim e levantei meu rosto para encontrar um rapaz alto de pele escura e cabeça raspada. – Sou João Marcos, vou ajudar vocês.

Apenas assenti e guardei para mim o pensamento de que não preciso saber o nome de ninguém para desempenhar meu trabalho.

– Então... É amiga de Sara?

Para que ficar puxando assunto comigo? Eu definitivamente não estava com bom humor e nem vontade de papear coisas inúteis com ele. Quanto mais cedo terminarmos tudo, melhor seria.

– Sim. O que temos que fazer?

Meu tom indicava impaciência e eu não me arrependo disso. Ele percebeu meu humor e fechou a expressão. A partir daí as coisas correram como eu queria. Completamente objetivas e sem paradas desnecessárias, perdi na verdade até a noção do tempo e levei um susto quando senti dois toques no meu ombro.

– Parece bem concentrada.

Virei-me e dei de cara com Nuno. Não sei a expressão que fiz, mas ele riu.

– Desculpe decepcioná-la, mas sua namoradinha continua ali.

– Não estou decepcionada e, pela última vez, Sara não é minha namorada.

– E você não está toda irritadinha por motivo nenhum. – Arqueou a sobrancelha e eu revirei meus olhos. João Marcos e as meninas nos olharam de canto de olho e eu decidida a ignorá-los cobrei de Nuno algum motivo para estar ali. – Bom, nós terminamos as coisas lá e vamos pegar um carro para ir buscar as coisas hoje mesmo. Vim perguntar se está com vontade de ir.

– O que? Para onde vocês vão?

– Vamos numa marcenaria a uns vinte minutos daqui. Parece que o pessoal lá tem praticamente tudo que precisamos.

Olhei para a direção de Sara e para meu pequeno grupo e decidi que qualquer coisa era melhor do que aquilo.

– Claro.

Levantei da cadeira e deixei os papéis em ordem antes de pegar minha mochila e acompanhar Nuno. Enquanto andávamos, seu celular tocou e sua testa franziu. Achei aquilo um pouco estranhei, mas não perguntei nada quando ele desligou a chamada.

– Vamos. Acho que voltamos logo.

Voltamos logo mesmo. Levou menos de uma hora para ir, colocar as madeiras – que iríamos apenas montar – e voltar para o colégio. Ajudei Nuno carregar alguns e os mais pesados ficaram para os professores que foram com a gente. Fomos direto para a quadra onde o pessoal já havia montado um palco até que alto.

Colocamos as madeiras no chão e o celular dele tocou de novo.

– Você deveria atender isso.

A voz era suave e tinha algo nela que me irritava profundamente. Tanto Nuno como eu viramos para ver quem era e vimos Ravena em pé com um tecido longo na mão. Percebi a mudança de postura dele na hora.

Não conversamos no caminho e ele não estava irritado nem nada, mas assim que viu quem era fechou a cara. Deu para perceber que segurou um suspiro enquanto limpava as mãos na calça jeans. Ravena olhou para mim e me deu um sorriso.

– Você deve ser a famosa Roxy! Fico surpresa que é amiga de alguém como ele, Sara falou para mim que é um pouco... Geniosa... Se bem que na verdade isso é perfeito.

Sério? Geniosa? Quem diabos usa essa palavra?! Minha mão se fechou em um punho e eu simplesmente não conseguia acreditar que Sara tinha falado aquilo para ela. Entretanto, eu podia estar irritada, mas isso não se comparava a expressão de raiva de Nuno.

– Alguém como eu?

Ela apenas sorriu e eu só pude fazer um comentário sobre ela. Que puta.

– Também não entendi – indaguei com a testa franzida.

– Ah você sabe... Depois da apresentação dele no grupo de Artes no começo do ano, eu fico surpresa que alguém tenha entrado! Imagina se tornar sua amiga. Parece que você mudou Nuno... O que foi? Cansou de ficar sozinho?

– E você? Cansou de dar para todo mundo? - A cara dela foi impagável. Ele suspirou e continuou: - Quer saber? Apenas some da minha frente.

Ele deu as costas para ela e eu não pude conter um sorriso. Seu rosto estava corado e eu fiz uma nota mental de perguntar a Nuno qual era o problema entre os dois. Satisfeita por saber que essa garota não era boa coisa, dei alguns passos em sua direção.

– Eu não sei qual é o problema ente vocês dois, mas...

– Mas o que? – Seu tom estava completamente sério e tinha em seu olhar puro sarcasmo. – Você é o que dele para fazer qualquer coisa?

– Eu sou amiga dele. Por acaso você sabe o que é isso? – Desculpe, Sara. Não consigo me conter. – E eu espero que você mantenha distância dele – Desculpe mesmo. – e também espero que mantenha essa boca bem longe de Sara, não quero o seu veneno escorrendo nela.

Ah que ótimo. Conheço a garota nem faz quinze minutos e já arrumo briga. Ignorando o olhar provavelmente mortal dela, me dirijo para onde Sara está.

– Ei Rexy. Onde você estava?

– Fui com Nuno e um pessoal buscar o material. – Apontei para tudo e ela assentiu.

– Vi que conheceu Ravena. – Sorriu e eu quis dizer tudo o que tinha acabado de acontecer. – O que achou dela?

Puta. Atirada. Falsa.

– Não sei, não falei muito. – Dei de ombros e ela sorriu. – Então... Já, já bate o sinal. Nicolas vem nos pegar?

– Sim. Pensamos de ir ao cinema depois daqui. – Suspirou e parou o que estava fazendo limpando as mãos na calça. – O que acha?

– Legal. Quero mesmo assistir um filme.

O sinal bateu e eu acenei para Nuno antes de sair, mas fiquei preocupada com o olhar no rosto dele. Era algo além de cansaço. Fomos para a entrada e Nicolas não demorou a aparecer. Fomos para um shopping próximo e passamos mais tempo procurando vaga do que comprando os ingressos.

Nicolas e eu fomos primeiro, por que Sara queria ir ao banheiro.

– Por aqui.

Eu o segui e fiquei feliz que tínhamos conseguido ótimos lugares no cinema. Sentei de forma que fiquei no meio e ri quando vi que ele não conseguia tirar o sorriso da cara.

– Do que está rindo? – Perguntou cutucando meu braço de leve.

– Apenas da sua cara de idiota.

O sorriso que ele deu não foi aquele que eu esperava. Era pequeno e seus olhos prenderam-se nos meus fazendo com que minha risada fosse levemente sumindo.

– Não me importo de parecer um idiota aqui.

Seu tom de voz era baixo mesmo sem nem os trailers terem começado. As luzes diminuíram lentamente e seus olhos brilharam de uma forma diferente quando a tela se acendeu e começou a passar os avisos. Seu sorriso não diminui nem por um segundo e eu não consegui desviar meus olhos.

– Trouxe pipoca!

Levei um susto quando Sara apareceu. Ajeitei-me na cadeira e sorri para ela passando um dos sacos de pipoca para Nicolas. Percebi uma troca de olhares dos dois, mas não achei que fosse importante.

Enfim, acabou que o filme foi bom, mas não foi nada espetacular. Eles me deixaram de frente ao meu apartamento e eu subi. Quando desço no meu andar, a vizinha da frente sai e me cumprimenta. Digo oi e entro em casa gritando e perguntando se tinha alguém.

– Oi filha. – Meu pai sai da cozinha e sorri. – Como foi o filme?

– Legal pai, mas nem jantamos lá. Tem coisa pra comer ai?

– Então.

Isso significava que tinham comido fora e não tinha nada além de miojo na cozinha. Suspirei e sorri dizendo que estava tudo bem. Minha mãe apareceu depois e disse que tinha arroz na geladeira, mas suspeitei da validade daquilo e fiz um miojo rápido.

Meio que um pleonasmo isso. “Miojo rápido”.

Que seja. Tomei um banho e logo Sara me chamou para conversar. Peguei meu caderno de desenho e enquanto falávamos sobre coisas sem importância, abri o site de arte e entrei no perfil de Nuno mandando uma nota para ele.

“To: Dark-Heaven

S: Você está bem?

Message: slá, eu n sou de fazer isso, mas vc estava muito mal hj com aquela mina lá. Eu queria saber se vc estava bem.... somos amigos né, então...............”

A mensagem estava uma bosta, mas mandei mesmo assim. Desenhei um pouco e ele me demorou um pouco para responder.

“To: SirRexy

S: Re: Você está bem?

Message: LOL vc não precisa se preocupar...... somos amigos sim. mas uh bem, não é só ela, tem muita coisa rolando. nem se preocupa cm isso. a gnt se vê depois.”

Aquilo me deixou um pouco com o pé atrás e decidi tirar isso a limpo na sexta-feira com ele. Escreveu mais uma nota dizendo “até” e minha atenção foi chamada por uma mensagem de Sara. “Você está bem próxima do Nuno”.

Franzi minha testa e mandei uma mensagem dizendo que ele era meu amigo. Sara demorou em me responder e quando mandou, eu fiquei irritada pra caralho. “Desculpe, eu estava falando com Ravena”.

Tentei ignorar o fato de que ela estava falando com aquela garota e mandei mais uma mensagem dizendo que legal aquilo e perguntei se tinha começado a assistir o documentário para o trabalho de história. Ela não me respondeu.

Fiquei um pouco chateada e nisso Nicolas me manda uma mensagem. “Posso te ligar?”. Em vez de esperar sua ligação, eu liguei e fiquei surpresa com o tom animado da voz dele.

– Quer cabular aula amanhã?

– Você sabe que sou eu que vou faltar, certo?

– Claro que sei, mas é que... Adivinha?

– Desculpe, ainda não tenho bola de cristal.

– Caramba, Roxy. Tenta!

– Não faço ideia!

– Time Is Ours vai estar na BMS!

Time Is Ours era a banda que nós dois tínhamos por preferida e a BMS era o maior evento de música da América Latina aonde inúmeras bandas vão para dar autógrafos e lançar novos CDs em primeira mão. Eu nem lembrava que esse ano tinha.

– Ai meu Deus.

Ele gargalhou e eu me peguei sorrindo para aquilo.

– Um amigo meu não vai e ele me deu dois ingresso, mas é para amanhã. O que acha?

Eu mordi meu lábio inferior ponderando isso. Se eu pedisse aos meus pais eles deixariam sem sombra de dúvida. Não está em época de prova e eu mantive minha notas acima da média no bimestre passado. Porém, ele só tinha dois ingressos. Isso significava apenas uma coisa.

– Então Sara não vai.

Ele suspirou e eu pude ver que ele estava pensando nisso também. Sara me mandou uma mensagem e eu disse para ele esperar um pouquinho. “Oi. Desculpa de novo! Me perdi na conversa aqui com ela heh”...

– Ei Nicolas. Vamos sim.

– Tem certeza?

– Você vem me pegar que horas?


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Notas finais do capítulo

BMS na minha cabeça é: Brasil Music Show (sim tirei da BGS), mas infelizmente não existe e eu queria que existisse.
Por favor shippers de Sexy/Sarexy não me matem e não fiquem putos... :D As coisas tem que rolar calmamente, :3

Okay, eu ainda estou surtando e eu estou relendo todos os comentários e recomendações porque sim heuheuehuehuehuehuehueheuhe Espero que tenham gostado deste capítulo e deixem reviews me dizendo o que acharam :DDD

Adoro todos vocês



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