Soluço arregalou os olhos, e lentamente um sorriso surgiu em seu rosto.

–Eu tenho uma mãe... – Sussurrou ele.

–Isso mesmo. – Disse Stoico também sorrindo. De repente seu rosto ficou sério e ele se levantou. - Tenho que encontra-la! – Anunciou alegre. Stoico rapidamente correu para a porta, e quando abriu ela se deparou com uma adolescente de braços cruzados e com roupas diferentes.

–Quem é você? –Perguntou Stoico.

–Eu sou Heloise. Mas pode me chamar de Helo. – Disse o empurrando para dentro e fechando a porta atrás de mim.

–Então foi você que nos fez assistir a esse filme? – Perguntou Stoico.

–Foi sim.

–Certo, ótimo. Obrigado por mostrar que Valka está viva. Mas me de licença que eu tenho que encontra-la.

–Você não pode. – Respondi.

–Por que não? – Perguntou com raiva. – Quem é você pra me dizer o que não posso fazer?

–Você não pode porque se for, estará mudando o futuro, e isso é muito perigoso. – Respondi novamente. - Por favor volte a sua cadeira para podermos continuar o filme.

Stoico não se mexeu. Eu suspirei e estralei os dedos, e Stoico foi encontrado sentado em sua cadeira, muito confuso e eu desapareci. Os vikings se olharam assustados.

–Agora por favor, voltem para o filme!

–Teimoso, igual a mãe dele - Stoico falou voando em seu dragão Quebra-Miolos - Ela também não conseguia ficar quieta.

Soluço sorriu, feliz em saber que havia puxado alguém.

–Ele só tem 20 anos, e é viking, existe combinação pior que essa? - Pergunta Bocão em seu dragão - Eu me lembro como você era teimoso e insensato na idade dele. Na verdade, não mudou muita coisa - Resmunga e Stoico suspira:

–Isso é verdade. – Concordou Gosmento.

–Você sabe como ele é, ele não vai desistir, Bocão. Se ele encontrar Drago antes de nós o encontrarmos.

–Ninguém pode machucar o Soluço com aquele Fúria da Noite com ele. É um Fúria da Noite - Exclama Bocão. Até o Líder de Berk olha para baixo e vê o capacete de Soluço flutuando, Stoico pega-o e Bocão olha apreensivo.

–Isso vai dar uma confusão... – Comentou Astrid a Soluço que assentiu.

–Encontre-os, Quebra-Miolos, encontre-os- Stoico para para seu dragão e aproxima o capacete para perto de seu focinho, já que o mesmo era da Classe Rastreadora e o mesmo rugi começando sua procura.

***

–Não! Pera aí! A gente precisa... - Soluço fala mas é interrompido por sua mãe o chamando.

–Por aqui - E ele segue ela por um caminho feito de pedras.

–Volta aqui!

–Venha! - Ela continua a chamar.

–Ótimo, ela também não escuta... – Murmurou Soluço, e Astrid deu mais um aperto em sua mão.

–Você não pode simplesmente falar uma coisa dessa e fugir! Você é minha mãe? E o quê que... Você se tocou de como isso parece loucura? - Ele tenta falar mas continua sendo ignorado.

–Anda, rápido!

–O que será que ele quer tanto mostrar? – Perguntou Stoico.

–Eu tenho perguntas! - Ele grita e tenta pular uma pedra sem sucesso - Onde você esteve esse tempo todo? - Banguela o ajuda o levantando empurrando-o pra cima.

Os vikings soltaram uma risadas e Soluço corou.

– O que tem feito? Me disseram que você tinha morrido! Todo mundo acha que você foi comida por um... - Mas ele não termina a frase e admira o que está diante dos seus olhos, um lugar cheio de dragões de espécies variadas e idades diferentes, bebês e adultos. Uma linda paisagem.

–Uau! – Exclama Soluço maravilhado.

Banguela chama a atenção de Soluço e aponta com a cabeça aonde sua mãe estava pendurada com o dragão de quatro asas.

–Foi aqui onde você viver nos últimos vinte anos? - Soluço pergunta e Valka assente - Você tem resgatado eles - Afirma e Valka assente mais uma vez - Inacreditável!

–Você acaba de encontrar sua mãe e é isso que tem a dizer? – Perguntou Perna-de-Peixe. Soluço deu de ombros.

–Não está chateado? - Pergunta com cautela.

– O que? Não! Quer dizer, sei lá. É muita coisa para absorver, para ser franco, sabe? Não é todo dia que a gente descobre que sua mãe é uma mulher dragão louca, selvagem e justiceira - Brinca e Valka desse com ajuda do dragão.

–Você é impossível... – Comentou Astrid.

–Pelo menos eu não sou chata, não é?

–É, esse adjetivo você realmente não tem - Fala fazendo carinho em um dragão.

–Você gostou? - Pergunta.

–E-e-eu não tenho palavras.

Stoico sorriu pelo entendimento de sua esposa e seu filho.

Alguns dragões chegam perto de Banguela e começam a mexer com ele o que faz com que ele se irrite um pouco.

–Eu posso? - Sua mãe pergunta se referindo se podia tocar em Banguela e ele assente como se dissesse para seguir em frente - Oh, ele é lindo - Estendendo a mão para acaricia-lo e quando chega perto do dragão negro, ele encosta sua cabeça na dela - Incrível! E até pode ser o último da espécie - Fala enquanto Banguela fica ao redor dela - Ele tem a sua idade! Por isso se dão tão bem.

–Uou! Sabia disso amigão? – Perguntou Soluço. Banguela apenas sorriu banguela. (Isso ficou estranho de escrever...)

Ela conta e começa a brincar com Banguela que para ficar ainda mais adorável esconde os dentes e mostra seu sorriso sem dentes - Como você conseguiu?

– Eu encontrei ele na floresta. Ele foi derrubado e ferido - Fala emitindo a parte que foi ele que derrubou e Valka levanta.

–Esse Dente Afiado perdeu a perna numa das armadilhas de metal de Drago SangueBravo - Mostra - Aquele Corta Chuva teve a asa cortada por uma rede com lâminas e... Pobre Roncador, foi cegado por uma rede e deixado para morrer sozinho e com medo. E isso aqui? Foi o Drago ou os caçadores dele que fizeram? - Pergunta e Soluço dá uma risada nervosa.

–Pois é... É... Na verdade meio que foi eu que derrubei ele - Fala fazendo carinho na cabeça de seu dragão - Mas ta tudo bem, ele ja me deu o troco - Se vira para o Banguela- Você não conseguiu me salvar por inteiro, você tinha de descontar. E então... Perna de pau! - O dragão faz com que seu cavaleiro suba em cima dele e o mesmo faz carinho nele.

–Bela maneira de explicar o que aconteceu para sua mãe. – Disse Melequento.

–Hã... E o que o seu pai acha do seu amigo Fúria da Noite?

–Ele não encarou muito bem não... Mas ele mudou! Todos mudaram. Em breve todo mundo lá na ilha vai ter seu próprio dragão.

–Como se isso fosse possível...

–Não, é sério!

–Acredite em mim, eu também tentei, mas alguns de nós não são capazes de mudar, Soluço.

–Por que ela não acredita?

"Berk era uma terra onde se matava ou morria, mas eu acreditava que a paz era possível"

A aldeia estava cercada por fogo. Um viking aparece correndo com um marchado um mãos prestes a arrancar a cabeça de um dragão caído mas Valka o impede:

–Não! Você só vai piorar as coisas!

"Era uma opnião nada popular"

–Soluço - Lembra quando vê um dragão entrando pelo telhado.

"Então um dragão entrou na nossa casa e viu você no berço"

Todos ficaram em silencio intrigados pela cena.

Valka pega a espada com intenção de matar o dragão, mas vê o réptil brincando com seu filho e o mesmo ria alegremente.

"Eu corri para proteger você, mas o que eu vi era uma prova de tudo o que eu acreditava"

Quando ele percebe a presença da mulher ele sem querer arranha o rosto do bebê e vira-se para ela.

"Não era uma besta feroz, mas sim uma criatura gentil e inteligente. Cuja a alma, refletia a minha"

–Onde será que eu ouvi isso? – Brincou Astrid fazendo Soluço sorrir.

Stoico atira um marchado e por pouco não acerta o dragão.

–Valka, corra! - O dragão começou a cuspir fogo.

–Não - Valka pede chamando a atenção do dragão que se vira novamente para ela.

–Espera! - Grita Stoico e pula entre as chamas para salvar o filho.

– Não, Stoico! - Grita sendo velada pelo atual PulaNuvem.

–Valka!

–Stoico!

–Valka - Sussura.

Stoico olhou triste para a tela lembrando do dia.

"Você e seu pai quase morreram naquela noite, e tudo porque eu não consegui matar um dragão"

–Deve ser coisa de família. – Disse Soluço.

–Então é coisa de família- Fala Soluço.

–Partiu meu coração ficar longe de você, mas eu achei que você ficaria mais seguro sem mim- Afima Valka.

–Como sobreviveu? - Pergunta.

–Ah, o PulaNuvem nunca quis me machucar. Talvez ele achou que meu lugar era ali, o lar da grande Besta Implacável! A espécie alfa, um dos poucos que ainda existem. Todo o ninho tem sua rainha, mas esse é o rei de todos os dragões. Com seu sopro de gelo, esse gigante gracioso construiu o nosso ninho, um santuário para dragões de todas as espécies.

–Vejo que sua teoria sobre os ninhos e suas rainhas estava certa. – Comentou Soluço para Astrid que sorriu triunfante.

–Ele é o cuspidor de gelo? Ele é o responsável por todas aquelas destruições?

–Ele nos protege. Todos vivemos sobre seus cuidados e seu comendo - Ela se vira e vê os bebês indo irritar o Banguela mas PulaNuvem rosna assustando-os - Todos, menos os bebês, é claro. Que não obedecem a ninguém.

–É! Que nem a gente! – Exclamou Cabeça-Dura.

O alfa levanta, e Valka se ajoelha fazendo uma reverência enquanto Soluço fica em pé estático.

–Eu vivo com ele há vinte anos, Soluço, descobrindo seus segredos - A Besta Implacável sopra um pouco de gelo congelando cabelo e sobrancelha de Soluço que bagunça tirando os vestígios de gelo.

–Até que ficou bonitinho... – Comentou Astrid em voz baixa para Soluço que corou.

–Como é Astrid? – Perguntou Cabeça-Dura.

–Você achou que o Soluço ficou bonitinho com um topete de gelo? – Completou Cabeça-Quente alto e em bom som, causando risinhos dos vikings. Astrid corou e se encolheu no assento apertando mais forte a mão de Soluço que sorriu ainda corado.

–Nossa! -Exclama.

–Você deve estar com fome - Fala Valka.

–É... Bateu uma fome.

–Ótimo, é a hora da refeição -Informa.

Banguela se esconde debaixo da asa de PulaNuvem que a afasta e anda na direção onde Soluço e Valka foram.

Alguns riem das travessuras do Banguela. Melequento olha para Soluço e Astrid e percebe algo.

–Olhem! – Exclamou ele apontando para os dois. Os gêmeos sorriram maliciosamente.

–Eles estão de mãos dadas!