Capitulo 1

É claro que meu dia não foi dos melhores. Quando se tem pais divinos, sua vida é mais que complicada.

Deixe eu me apresentar, meu nome é Night, sim Night que por acaso é “noite” em inglês. Minha mãe me deu esse nome porque meus cabelos são pretos como a noite, e também porque combina com o nome dela, Nix. Meus olhos são de um azul elétrico muito claro.

Não se espante, até um primordial da noite pode sair do Tártaro algumas vezes e se apaixonar por um deus, né?

Onde eu moro? Olimpo. Isso o palácio dos deuses, meu pai insistiu que eu ficasse aqui, sabe como é, ele é muito ocupado com sua função de rei dos deuses e essas coisas. Eu simplesmente odeio a esposa dele, Hera. Ela simplesmente quer que eu deixe de existir, mais eu sou imortal fazer oque?

Ah, eu sou uma semiprimordial e deusa menor. Deusa da Lua cheia, posso controlar tudo na noite, já que Ártemis meio que fica ocupada com suas caçadoras e deixa esse cargo parcialmente meu. Sendo filha de Zeus posso voar e controlar tempestades como os semideuses filho dele, que por a caso são dois: Thalia e Jason Grace, os dois são irmãos, mais ela é mais velha e grega, já Jason é romano, mas nunca os conheci.

Bom, enfim hoje resolvi fugir do Olimpo com a ajuda de Apolo. Me escondi em sua carruagem do sol enquanto ele ia fazer seu trabalho, ele me deixou no Central Park, e disse que vinha me buscar mais tarde, isso se Zeus já não fizesse isso.

Eu nunca saio do Olimpo, os únicos lugares que fui antes de lá é o próprio Tártaro, no Castelo da Noite, onde eu nasci com meus muitos e muitos irmãos monstros! Isso é que era família unida. Mas Zeus me tirou de lá com medo de eu me tornar má como os monstros. Fazer o que.

Pra minha sorte nas primeiras horas do dia, não vi nenhum senhor dos deuses furioso descendo dos céus e me levando junto a ele pro Olimpo.

Eu estava deitada na grama aproveitando o sol, quando uma sombra tampou o meu rosto. Abri um olho e espiei, tinha um homem debruçado sobre mim, de olhos azuis e loiro que podia ter mais ou menos uns 17 anos. Mais eu não me enganava, eu sabia por experiência que ele tinha mais de 3 mil anos. Levantei da grama e me sentei batendo no chão ao meu lado para ele se sentar.

– E então, a que honra eu tenho de vê-lo a essa hora?

Apolo sorriu, um sorriso fabuloso. Minhas mãos estavam suando.

– E aí Night? Como está aproveitando seu dia fora do Olimpo?

– Muito bem, obrigada! Melhor com você aqui!

Ele fez uma profunda reverencia.

– Me sinto honrado, lady.

Eu sorri pra ele, ele sempre me faz sentir tão bem, e um pouco quente, mas quem não fica assim perto do deus-sol?

– E seu trabalho, mocinho?

Seu sorriso parecia brilhar, meu coração deu um pulo.

– Sou mais velho que você, garota. Mas respondendo a sua pergunta, deixei minha carruagem em piloto automático.

Sorri maliciosamente pra ele.

– Podemos aprontar, então?

– Você disse “aprontar”? – ele riu

Levantei e puxei ele junto fazendo o rosto dele ficar perto do meu, seu sorriso era perfeito, e eu podia sentir sua respiração. Sorri nervosa, e fechei os olhos, desejei aparecer do lado de fora da loja de conveniência do posto mais próximo. Coisa de deuses, pense como um tipo de teletransporte.

Sussurrei no ouvido de Apolo:

– Não sou nenhum Hermes, mas aprendi a roubar muito bem.

Apolo riu, e cochichou:

– Estou contigo, deusa.

– Vamos nessa. – ri pra ele

Entrei na loja, com Apolo logo atrás, e sorri pro segurança, dei a ele meu melhor olhar inocente, e ele pareceu gostar, pois sorriu de volta.

Passei por alguns corredores, e peguei o saquinho de donuts, e uma lata de feijão. Fui até o micro-ondas da loja e coloquei a lata la dentro, enquanto Apolo conversava distraidamente com o guarda, liguei e puis 3 minutos.

Fui passando pelos corredores e escondendo algumas coisas que eu gostava na minha jaqueta, quando de repente um enorme BUM! E o micro-ondas explodiu, sai correndo e arranquei a câmera de segurança, passei pelo caixa enquanto o segurança que estava tentando apagar o fogo e não conseguia, graças ao meu querido Apolo que fazia magicamente surgir mais fogo.

– Ei! – gritou o segurança pra mim enquanto eu saia correndo na rua e rindo feito uma doida.

Quando dobrei a esquina desejei aparecer novamente no Central Park, ainda rindo.

– Isso foi incrível! Onde aprendeu a fazer isso? – perguntou Apolo rindo e me abraçando.

– Me solta...agora...Apolo! – gaguejei tentando respirar.

Ele me soltou e sentou na grama do parque. Sentei ao lado dele rindo.

– Sou uma deusa! E quando se vive com Hermes diariamente você aprende alguma coisa! – eu disse.

– Bom e o que você pegou, deusa? Espero que aquele papo chato com o segurança tenha valido apena.

Ri e comecei a tirar as coisas da jaqueta.

– Hummm, deixe me ver, um band-aid para tapar a boca da Hera, uma lixa de unha pra Afrodite, chave de fenda para Hefesto, a câmera de segurança, ah, e esse colar de lua crescente pra você.

O solhos de Apolo brilhavam enquanto ele ria, e depois ele parou e pegou o colar da minha mão.

– Você é demais Night! Ah, é muito bonito o colar, obrigado, eu vou usar.

– Acho melhor guardar, vai ficar estranho o deus-sol usando um colar de lua.

– Então eu vou guardar- disse ele sorrindo pra mim.

Um trovão ribombou no céu, e um raio caiu a quase 2 metros da onde a gente estava.

– Ah, droga...- murmurei me levantando junto com Apolo, já sabendo o que ia acontecer.

– Night! Apolo! – ribombou uma voz trovejante que fazia o chão tremer.

Olhei pra Apolo e fiz um “Oops” silêncioso. Ele concordou. Sua carruagem apareceu e nós subimos nela. Indo direto para o Olimpo.

Respirei fundo três veses antes de entrar na sala do Conselho dos Deuses.

– Sim, pai? – digo em voz alta e me ajoelhando na frente do trono de Zeus, junto a Apolo.

– Você me desobeceu, filha! Não deveria ter saído do Olimpo sem minha permissão! – disparou Zeus.

– Sinto muito pai! – comecei a chorar - estava ficando chato e eu quis sair pra conhecer o mundo mortal! Então Apolo me ajudou e...

– VOCÊ! – imterronpeu Zeus apontando para Apolo – concordou com isso?!

– Faria qualquer coisa que ela me pedisse, pai– disse Apolo, se eu não estivesse chorando tinha lançado um raio nele naquele instante.

– Está dispensado, converso com você depois! – disse Zeus, extremamente furioso, e fez um gesto com a mão na direção de Apolo, que sumiu em uma poeira dourada.

– Se levante, filha. – disse o rei dos deuses para mim.

O obedeci e me levantei tremendo de medo, e funguei.

– Não me de mais esse susto! Quando quiser sair pessa para mim Night! – disse Zeus em um tom mais calmo, e me abraçou.

O reis dos deuses me abraçou! Descoberta do ano! Enterrei o rosto no ombro dele e chorei.

– De-desculpa papai...- disse gaguejando, ele me afastou carinhosamente.

– Só não fassa mais isso!!! – falou ele sério novamente.

– Pode deixar! – sorri. – estou dispensada?

– Sim.

Eu já estava na porta quando ele me chamou de novo.

– Night?

– Sim? – perguntei

– Guarde isso entre nós.

Sorri pra ele.

– Claro, pai.