Tão frio quanto a Coréia escrita por Garota Errada
Notas iniciais do capítulo
Para um autor, o importante é o reconhecimento de seus leitores.
Assistam o Trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=NwcbfYlir7M&feature=youtu.be
Continuamos em silêncio até o caminho a sua casa. E o frio domina totalmente o meu corpo, as duas blusas e o casaco grosso sobre essas não está cumprindo com seu papel, não me sinto aquecida e o frio parece aumentar a cada nova garota que vejo de saia. Chego a me proibir de olhar pela janela
Estamos num táxi, e o motorista constantemente olha-me pelo retrovisor. Desfio o olhar e finjo não perceber, embora essa atitude me incomode. Não sou uma aberração para ser observada desse modo.
Por isso fico agradecida quando finalmente chegamos. Desço do carro rapidamente e vou para trás desse, para pegar minha bagagem e entrar logo na casa do estranho/meu padrinho.
Sem o taxi e o taxista, com parte da minha bagagem em minhas mãos e a outra na do estranho/ meu padrinho; olho enfim ao redor. É uma rua estreita, onde passa somente um carro por vez, com residência em ambos os lados e diante de nós uma escadaria longa e exaustiva somente por olhar. E como a lei de Murphy ultimamente está a meu favor, é exatamente para a escadaria que temos que ir.
Suspiro frustrada com esse fato e sigo meu (nada) adorável tutor. E como imaginado a subida não é nada fácil e com malas na mão então, a dificuldade dobra. E mais uma vez me vejo aliviada quando finalmente chegamos ao topo, onde despinta uma rua tão estreita quanto a anterior. Onde logo na esquina, emparedada com a escadaria, fica um armazém; a dona do lugar me olha com curiosidade.
Passamos por ela e seguimos até o fim da rua, onde uma banca de fruta e legumes se encontra, encostada a parede de uma residência. E é exatamente para essa que meu tutor segue. Encaro por alguns segundos o portão de madeira escura, e então olho acima do portão e visualizo parte do telhado de arquitetura antiga.
Ele abre o portão e adentramos o local. Não há um quintal, a casa já inicia três passos depois do portão, a porta para esta – também de madeira – cobre boa parte da parede. Na minha mente vem a imagem de uma casa tradicional japonesa, com divisória de papel e porta de igual material, com moldura de madeira. Também me vejo obrigada a deitar no chão para dormir. Fico até tenso só em pensar desse modo.
Quando entro não é nada disso que visualizo. No hall de entrada há um espaço largo na parte do chão, onde se encontra dois pares de sapato e dois de pantufas, ao lado um móvel baixo onde se guarda outros calçados. Vejo meu tutor tirar seu sapato e calçar uma das pantufas, fico parada até que ele pede para fazer o mesmo.
O chão totalmente revestido de madeira e a pantufa em meus pés, criam um som morto. Uma sala de estar, com sofás de estofado florido, preenche o centro do cômodo de entrada. Uma larga mesa de jantar encontrasse logo mais à frente, diante de uma porta dupla de madeira que deixa a vista um jardim florido, por parte dela ter vidro.
Visualizo duas portas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito, assim que me coloco na sala de estar. O lugar está tão morto quando o barulho que meu tutor produz ao caminhar em direção a porta para o jardim. Logo que ele a abre, voltasse para mim.
–Alicthé, Acompanha. – diz ele no seu português arrastado e carregado de sotaque.
Sigo ele para o jardim, onde vejo outra parte da casa. Na verdade ela contorna o local que estamos. O jardim é o centro de tudo.
Continuo a segui-lo até uma varanda na outra exterminada a porta que saímos, parando diante a outra porta, essa diferente da sala de jantar, tem seus vidros vedado por uma cortina interna.
–Seu quarto aqui será. – informa ele.
Concordo, incerta se é isso que devo fazer, e levo a minha mão ao puxador de uma das folhas da porta, a puxando para o lado esquerdo. E outra vez me deparo com algo distinto ao que imaginei. Há uma cama à minha espera. Sob ela uma janela com suas cortinas fechadas; ao lado da cama uma escrivaninha e encostado na parede um simples guarda-roupa de madeira pintado de branco.
Entro cautelosa, como se estivesse invadindo um lugar proibido e devagar deixo as minhas malas ao pé da cama, meu tutor segue-me e deixa as malas que trazia ao lado das outras.
–Descansa, depois vamos comer.
Novamente concordo e o olho se retirar, encostando a porta atrás de si. Volto a observar o quarto. Não é nem metade daquele que deixei para trás. Ainda assim muito melhor que a imagem que veio a minha mente. Ao menos é o suficiente para tirar um pouco do cansaço que tenho no corpo, depois de quase vinte e quatro horas de viagem.
Realmente estou no fim do mundo...
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