As rezas, regadas ao sangue
As Deusas, jorrando dos imundos seios o mais vil desejo
Sacerdotes, extasiados, suas adagas carvando corpos nus, virgens.
Exaltado, me dirijo ao altar de lama
Me entrego como cão ao desejo profundo
Iluminado, faço questão de fechar os olhos
A verdade é cega
A mentira é viva
A cegueira conduz
A luz distrai
A vida é apenas o rodeio
A morte é o estádio
nós
Nos somos apenas pó.

EU ME PERGUNTAVA
Gritei
ANTES
Mais alto
O QUE É A LOUCURA?
Desejei a dor, e a mim veio
MEU PUNHAL SERRILHADO
Estava cego.
MINHA BRASA ARDENTE
Engoli.
MINHA MORTE
Vivi.