Só o amor libertará - Dramione escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 4
Capítulo quatro




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Alguns meses se passaram desde a transformação de Draco. Foi difícil convencer Narcisa do que tinha acontecido, mas Draco contou algo que só os dois sabiam e então ela acreditou. Quando foram contar a Lucius e ele viu no que o Draco se transformou, ficou furioso com a garota que tinha feito isso e jurou fazer ela pagar. Ninguém mexe com os Malfoy!

Ele acreditou de cara, pois sabia de feitiços como esse, já tinha visto porque mexia com magia negra.

Como não queria que ninguém soubesse o que aconteceu, mandou seu filho para uma mansão bem distante de tudo e de todos. Ninguém poderia saber sobre isso, principalmente os amigos “feiticeiros”.

Draco ficava sozinho o dia inteiro. As paredes da casa estavam com o papel de parede todo rasgado dele arranhar com sua fúria. Não aguentava mais ficar naquele lugar confinado. Tinha muita raiva de Pansy e do mundo.

Seu pai nunca o visitou depois de sua transformação. Sua mãe no início ia, mas depois as visitas foram diminuindo e agora ela quase não o visitava. Draco não sabia, mas ela estava doente e não podia ficar viajando tanto.

— Isso está fora de questão!

— Eu não ligo! Se não fizer, vou sair na rua e contar para todo mundo que você tem um filho que é uma fera! – fala com raiva. Discutia com o pai pelo telefone.

— Se fizer isso vão te matar! Você é uma aberração!

— Podem até me matar, mas com certeza seus amiguinhos saberão de toda a verdade.

Lucius fica em silêncio do outro lado da linha e Draco sorri de lado.

— O que mais você quer?

— O que eu disse.

— Qualquer pessoa serve?

— Quero uma bem simples.

— Vou ver— fala por entre os dentes.

— Obrigado, pai – desliga.

Lucius coloca o telefone no gancho com fúria. Draco estava exigindo que ele colocasse alguém para ficar com ele na mansão, uma garota de preferência. E que ela fosse ciente do que ele era e estava passando.

E agora?  Onde ia arrumar isso?

*********

Nesse tempo que passou, as pessoas achavam que Draco tinha mudado de país e foi estudar por lá. Os únicos que sabiam a verdade eram Pansy e Blásio.

Hermione estava namorando o Rony. Depois de um tempo do baile, eles se aproximaram bastante e o ruivo fez o pedido. Eles se davam bem, mas brigavam bastante também.

Faltava pouco tempo para eles se formarem no ensino médio.

— Espero que não tenha outro baile – diz Pansy.

— Eu acredito que não tenha.

— Espero que não.

— Não se preocupa, Pansy, se tiver, você vai com alguém legal.

— Não sei. Prefiro não arriscar.

— O que será que aconteceu de verdade com o Malfoy?

— Como assim?

— Eu não acredito que ele tenha resolvido mudar de escola assim do nada.

— Ele é um idiota mimado! Deve ter enjoado de ficar aqui e foi embora.

— Acho que não.

— O que você pensa?

— Acredito que tenha tido problemas com a família e teve que ir embora.

Pansy fica em silêncio olhando Hermione.

— Por que estamos falando dele mesmo?

— Desculpa... Eu só lembrei porque falamos do baile e ele me fez algumas perguntas.

— Sobre o que?

— O amor.

Pansy olha para o lado e sorri sem ela perceber.

— E o que você disse?

— Expliquei o que sei e percebi que ele é daquele jeito porque nunca foi amado.

Pansy fica em silêncio.

— Sei... Mas vamos mudar de assunto, não é? Ele se foi e não voltará mais.

As duas não falaram mais dele depois disso. Após a aula, Hermione voltou para casa, depois que começou a namorar o Rony, ele ficou sabendo que ela era afilhada de Sirius, mas não contou para ninguém. Ele e Gina frequentavam a casa da menina.

A ruiva estava até de chamego com o Harry... Coisa que Hermione não perdia a oportunidade em sacanear os dois.

Quando chegou deu de cara com Sirius andando de um lado para o outro.

— Que foi?

O homem leva susto quando ela fala. Nem tinha visto que estava ali.

— Nada.

— Sei... Por isso está andando de um lado pro outro a ponto de furar o chão – fala irônica.

— É coisa minha.

Hermione fecha a cara. Quando ele falava isso era problema.

— O que foi agora?

— Coisa minha, já disse!

— Você jogou de novo?

Ele não responde e continua andando de um lado para o outro.

— Você prometeu não jogar mais...

— Eu sei que prometi, mas... Eu não consegui resistir.

— E por que está nervoso assim?

— Estou devendo a alguém grande...

— Quem?

— Malfoy.

Hermione suspira e coloca suas coisas em cima da mesa.

— Quanto?

— Mais do que esse apartamento vale.

A menina arregala os olhos.

— Malfoy não é de perdoar dívidas... Pelo contrário, cobra com juros se possível.

— Não tem como a gente conversar com ele?

— Não acho que vá ouvir.

— Podemos tentar...

— Eu não sei.

— Vou fazer o seguinte... Vou ligar pra secretária dele e tentar marcar um encontro. Ai se ele nos receber, vou com você e tentamos resolver.

— Tudo bem.

A menina ligou e falou com a secretária de Lucius que queria conversar com ele. A mulher perguntou quem era e pediu para esperar um pouco. Depois de uns minutos voltou ao telefone e disse que o Lucius os receberia em uma hora.

— Como conseguiu isso?

— Como assim?

— Ninguém nunca consegue marcar um horário com aquele homem.

— Às vezes alguém desistiu e ela nos encaixou – dá de ombros.

— Pode ser.

Os dois seguiram para o escritório de Lucius, era na própria casa dele. Quando chegaram, trocaram olhares, a casa era imensa. Deveria ter uns 20 quartos.

Os empregados os receberam e mandaram entrar. Quando lá dentro, Hermione reparou tudo, tinha quadros pendurados na parede com fotos da família. Tinha foto de vários homens e no final a de Lucius. Como se fosse árvore genealógica em ordem.

Não viu fotos da família unida em lugar nenhum.

Esperaram sentados em uma sala Lucius aparecer. Ele demorou muito e fez os dois acharem que perderam a viagem. Só que Lucius apareceu e sentou à mesa em frente as cadeiras deles. Tinha o rosto sério e encarava Hermione.

— Er... Eu queria conversa com você sobre...

— O que me deve suponho – responde sem tirar os olhos dela.

Hermione desvia o olhar dele.

— Sim. Eu queria pedir ao senhor que adiasse o prazo para o pagamento, pois não tenho como pagar aquela quantidade...

— E eu com isso? – pergunta frio. – Você que jogou até apostar a própria vida!

— Por favor, senhor... Reconsidere... Ele tem vicio em jogos – fala Hermione.

Lucius apoia a mão no rosto e o cotovelo no braço da cadeira a olhando.

— Você é a afilhada dele, certo?

Os dois trocam olhares.

— Sim.

— Hum...Sabe fazer tarefas de casa?

— Senhor a dívida é minha...

— Cale a boca. Sabe ou não?

— Sei.

— Ótimo! Tenho uma proposta.

— Que proposta? – os dois perguntam juntos.

— Você vem trabalhar pra mim e a dívida fica paga.

— Ela não deve pagar pelo meu erro, senhor!

— Não estou falando com você! – lança um olhar mortal a Sirius. - A escolha é sua – diz olhando Hermione.

— Vou trabalhar por quanto tempo?

— O tempo que for necessário.

— Hermione...

— Mas então ele e o Harry vão ficar no apartamento?

— Sim. Não vou tirar nada dele.

Hermione olha Sirius, que acena em negação.

— Eu aceito.

Lucius sorri de lado.

— Ótimo! Quero que assine algumas coisas.

— Eu não vou deixar você fazer isso!

— Você já é maior, garota?

— Amanhã serei.

— Então venha aqui amanhã e assine comigo.

— Tudo bem.

— Agora saiam daqui.

Os dois levantam e saem da casa dele. Pela rua vão discutindo o que Hermione queria fazer.

— Eu não posso deixar você perder o apartamento e mesmo assim ficar endividado!

— Mas você não pode trabalhar pra ele! Vai ser como uma escravidão! Viu como ele nos tratou?

— Eu sei que vai ser difícil, mas eu prefiro assim.

— Não posso deixar!

— Como ele disse, amanhã farei 18 e eu que decido se faço ou não.

Sirius respira fundo. Quando Hermione colocava algo na cabeça era difícil de tirar!

Depois desse ocorrido foi encontrar o Rony. Eles iriam passear um pouco e relaxar.

— Você não pode fazer isso!

— É o melhor a ser feito. Sirius não tem dinheiro e nem eu e o Harry.

— Eu tenho o dinheiro!

— Não posso aceitar.

— Por quê?

— Não vamos poder pagar de qualquer forma, Rony. Só iríamos transferir a dívida pra você.

— Mas vocês não precisam me pagar.

— É muito dinheiro.

— Não importa, Hermione.

— Obrigada, mas eu não posso aceitar.

— Deixa de ser orgulhosa!

— Não sou orgulhosa! Só não acho justo isso.

— Não é justo você virar escrava dele!

— Não serei escrava e sim pagarei a dívida. Quando terminar estará tudo bem.

— Eu não acho isso uma boa ideia, Hermione.

— Vou conversar com ele amanhã e verei o que fazer.

— Aceita minha ajuda, por favor.

— Vou pensar, ok?

— Tudo bem.

No dia seguinte acordou cedo e foi até a casa dos Malfoy resolver logo tudo. Acordou antes de todos para que ninguém tentasse a impedir.

A empregada a recebeu e pediu que esperasse na sala. Obedeceu.

Em pouco tempo Lucius apareceu com seu semblante sério e frio.

— Desculpe por vir cedo.

— Não importa. Melhor assim, quanto antes assinar melhor.

— Sim.

— Tenho algumas coisas a dizer e antes de assinar que vai trabalhar pra mim, quero que assine isso aqui alegando que nunca contará nada a ninguém, se contar você morre. Entendeu?

Hermione engole em seco e acena com a cabeça.

— Leia e assine se concordar.

A garota leu todo o papel. Ali dizia que se quebrasse o contrato e contasse a alguém haveria sérias consequências, consequências essas que Lucius deixou bem claro quais seriam...

Assinou o papel e entregou a ele.

— Ótimo. Quero você para trabalhar na casa de um amigo meu, não é nessa cidade. Preciso que cuide da casa e das tarefas. Você disse que sabia.

— Sim.

— Certo. E o que você não deve contar... – se aproxima a encarando bem perto. Hermione fica rígida. – É que ele está amaldiçoado.

— Como assim?

— Vai entender quando ver... Se alguém souber disso você já sabe o que acontece.

— Mas se ele está assim... Pode me fazer alguma coisa?

— Eu espero que sim – a olha de cima para baixo.

A menina desvia o olhar.

— Não vai questionar sobre a maldição?

— Eu posso?

Lucius sorri de lado.

— Até que eu gostei de você. É uma boa criada. Você não tem que saber o que causou e como ele ficou daquele jeito. Só precisa fazer o que falei.

— Tudo bem.

— Vai assinar o contrato que paga a dívida?

— Sim.

— Perfeito.

Hermione assinou tudo que ele pediu e quando terminou esperou ele ler.

— Quero você aqui hoje as 19 horas com suas malas. Te levarei até a mansão.

— Poderei fazer ligações?

— Pra onde vai os telefones não funcionam.

— Tudo bem.

— Pode ir.

A menina vai embora enquanto Lucius continua olhando o papel. Ele pega o telefone e disca um número.

— Consegui a garota que pediu.

Quem é?

— Saberá quando chegar ai – desliga.

Draco coloca o telefone no gancho. Quem será que ele arrumou? Será que sua ideia daria certo? Ao mesmo tempo que tinha esperança em voltar ao normal, temia que a pessoa tivesse medo dele. Só que também tinha um plano para isso. Se a garota não gostasse dele a mandaria embora e pediria outra, até encontrar a certa.

Hermione voltou para casa e ao chegar lá encontrou quatro pares de olhos sobre ela. Entrou e esperou a bronca.

— Onde você estava?

— Na mansão.

— Você assinou o contrato? – Harry pergunta.

— Sim.

—  E quanto a nós? Nem conversamos sobre isso! – Rony diz irritado.

— Conversamos ontem.

— Mas você disse que íamos falar mais hoje!

— Só que eu decidi fazer o melhor para todos.

— E quanto a você? – Gina se aproxima. – O que é melhor pra você?

— Saber que estão todos bem e com casa para morar. Isso é o melhor pra mim.

Rony passa a mão no rosto com raiva.

— Eu disse que daria o dinheiro, Hermione! Sirius aceitou. Podemos tentar reverter isso.

— Não. Eu já assinei!

— E daí? Vamos lá, damos o dinheiro e pronto! O contrato está desfeito.

 - Não!

— Por quê?

— Eu já assinei.

— Se temos o dinheiro, isso vai ser quebrado.

— Sinto muito, mas já está tudo planejado. Eles precisam de alguém para trabalhar e esse alguém sou eu.

— Você não pode estar falando sério, Hermione! A gente se vira depois para pagar o Rony!

— Não, Harry! Eu disse que não quero que ele gaste dinheiro assim. É uma quantia muito alta.

— E você não deveria pagar ela sozinha. A culpa é minha, eu é quem devo ir trabalhar pra eles... – diz Sirius.

— Só que eles só querem mulheres.

— Por quê?

— Eu não sei. Por favor, isso vai passar rápido. Assim que a dívida for paga eu vou voltar pra cá e tudo voltará ao normal.

— E quanto a escola? – questiona Gina.

Hermione fica em silêncio, não tinha pensado nisso.

— Vamos tentar negociar.

— Por favor, não... – estava ficando nervosa, sabia do outro contrato da tal maldição, mas não podia falar nada.

— Isso não vai ser discutido com você! – Sirius fala sério e segue para seu quarto.

Hermione engole o choro que queria sair.

— Vamos, Harry... Eles precisam conversar... – pega a mão do moreno e o leva do apartamento.

Rony estava parado em frente a ela a olhando sério. Hermione usava todas as suas forças no momento para não derramar lágrimas.

— Por que você é tão teimosa?

— É o meu jeitinho... – sussurra.

Rony tenta continuar sério, mas não tem muito sucesso.

— Você precisa aprender a ouvir as pessoas.

— Eu escuto as pessoas.

— E deveria parar de ser orgulhosa – se aproxima dela.

— Não é orgulho! Eu só acho que... – não termina a frase, pois o ruivo rouba um beijo.

— Não quero perder você – sussurra.

Hermione respira fundo.

— Não vai perder. Eu vou voltar.

— Mas você vai trabalhar na mansão deles, não é?

Ela demora a responder.

— Ele vai te mandar para outro lugar? – pergunta alto.

— Precisam de ajudante em uma mansão em outra cidade e ele vai me levar pra lá.

Rony se afasta dela e passa a mão no rosto com nervosismo.

— Você não pode ir!

— Por favor, Rony eu já assinei...

— Ele te ameaçou com alguma coisa?

— Não.

— Tem certeza?

— É claro.

O ruivo a olha desconfiado. Vindo daquele homem ele esperava de tudo.

— Bom, pelo menos o Sirius vai tentar reverter a situação.

Hermione suspira.

— Ele vai ficar bravo.

— Por que ficaria?

— Porque eu fechei negócio com ele por não ter como pagar e de repente o dinheiro aparece... Vai achar que somos caloteiros.

— Melhor isso do que te levar pra longe.

— Seja o que Deus quiser...

*********

Sirius e Rony foram até a casa dos Malfoy mesmo sem marcar horário. Depois de discutir com a empregada, entraram e ficaram esperando na sala.

Lucius entrou batendo a porta depois de um tempo.

— O que vocês querem?

— Falar sobre minha dívida – responde Sirius.

— Já está tudo resolvido, podem ir.

— Não, não está! Você não pode fazer ela de escrava! – diz Rony.

— Não estou fazendo ninguém de escravo, ela assinou um contrato que paga a dívida que um vagabundo fez.

Sirius olha para baixo quando ele fala isso o olhando com desprezo.

— Ela vai trabalhar pra mim. Isso não é escravidão.

— É claro que é! Ela vai trabalhar sem receber.

Lucius ri.

— Como ela poderia receber se é para pagar a dívida?

— Mas a dívida não é dela!

— Ela que aceitou pagar no lugar dele. Agora saiam da minha casa! Essa conversa já acabou.

— Não acabou não! Eu tenho aqui o dinheiro que precisa.

Lucius se aproxima de Rony.

— Só que o contrato já foi assinado e não tem mais volta.

— Quem disse que não?

— Eu disse.

— E quem você pensa que é para dizer isso? O dinheiro está aqui!

— Quem você pensa que é para falar assim? Saia da minha casa agora!

— Mas...

— Se não sair, chamo a polícia.

— Vamos, Rony...  – puxa o ruivo pelo braço.

Ao lado de fora da mansão, Rony andava de um lado para o outro.

— Eu não posso acreditar nisso! Esse é o cara mais imbecil que eu já conheci!

— A culpa é toda minha...

— Não fica assim, Sirius. Sabe que a Hermione é teimosa. Ela que quis fazer isso e ninguém pode impedir.

— Mas nada disso estaria acontecendo se eu não tivesse jogado de novo.

— Não se culpe.

— Vamos embora.

Os dois seguem para o apartamento e quando chegam Hermione levanta do sofá.

— Então?

— Parabéns você conseguiu uma passagem de ida para a senzala – Rony responde cínico.

— Ele não aceitou?

— O que você acha?

Sirius se aproxima da menina e segura o rosto dela com as mãos.

— Eu sinto muito. Não quero que sofra por minha causa, Hermione.

— Eu não vou sofrer, só vou trabalhar! Ninguém morreu por trabalhar.

— Você está certa, mas essa dívida é minha.

— Então eu espero verdadeiramente que você se lembre de tudo isso na próxima vez que for jogar.

Os dois ficam em silêncio se olhando até que Sirius a puxa e a abraça forte. Se sentia extremamente culpado pelo que estava acontecendo e agora com o que ela disse, ficou tudo pior.

O homem deixou os dois sozinhos para conversarem.

— Não quero que você vá...

— Mas eu não posso quebrar o contrato.

— Eu sei... – olha o chão. Estava sentado no braço do sofá e Hermione em pé perto da mesa. A menina se aproxima dele.

— Não se preocupa, eu vou voltar e tudo isso vai passar...

Rony a puxa para mais perto e a beija. A porta se abre e os dois se separam.

— E aí, resolveram? - Harry pergunta.

— Não. Ele não aceitou – Rony responde e respira fundo.

— Que dia você vai? – Gina pergunta.

— Hoje.

— O que? – Rony fala alto e aperta a cintura dela.

A menina estava entre as pernas dele e tinhas os braços em volta do seu pescoço.

— Ele disse pra estar na mansão as 19horas com minhas malas.

— Mas já? – a puxa pra mais perto.

— Sim...

—... Bem... Eu não sei nem o que dizer, amiga – mexe na bolsa e tira um embrulho lá de dentro. – Toma. Espero que goste e use ele comigo – estende a caixa a Hermione.

— Gina...

— Cala a boca e aceita!

Hermione pega o pacote.

— Feliz aniversário, amiga!

— Obrigada.

— Abre...

Hermione abre a caixa e vê um smartphone novinho.

— Er... Obrigada mesmo, Gina, mas lá não tem sinal de telefone.

— O que? – Rony fala alto. – Você vai hoje, vai ser escrava sei lá por quanto tempo e ainda não poderei te ligar?

— Eu não queria que fosse assim, mas ele disse que não pega... Deve ser bem afastado da cidade.

— É inacreditável...

Gina se despede deles e vai embora. Harry parabeniza Hermione e sai da sala deixando os dois sozinhos de novo.

— Sinto muito. Se você quiser podemos nos falar pelo modo antigo...

— Que modo?

— Cartas...

Rony suspira.

— Eu não tenho opção mesmo.

— Vai ficar tudo bem.


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