Infinity escrita por SatonePink


Capítulo 14
Capítulo XIV - A força é forte em sua família


Notas iniciais do capítulo

Sim, acho que todos vocês querem atirar pedras em mim, desapareci por mais tempo que Luke Skywalker. Mas, aqui estou eu, com um novo cap de Infinity, bom, acho que devo umas explicações para todos vocês. Em Novembro (a última vez que atualizei foi em Outubro, eu acho) tive as últimas provas do ano, não estava me lascando pra conseguir ponto, mas também não queria ficar com média lá em baixo, então, estudei bastante, sem falar que tive muitos eventos em finais de semana e até durante a semana, também tive um bloqueio criativo miserável. Em dezembro eu também viajei muito, não tive tempo pra muita coisa, e o bloqueio ainda lá, mas felizmente, O despertar da força me ajudou a ganhar inspiração, estou escrevendo muitas one shots com a sequel, espero posta-las em breve.

Falando da fanfic agora, é um cap MUITO importante, acho que vocês podem imaginar o porque, não é? Estou bastante orgulhosa deste cap também, estava bem desanimada para continuar a escrever, estava relendo alguns caps e achei eles tão porcos, novamente, não estou falando isso pra ganhar atenção e comments tipo "Queee nadaaa você escreve bem", gosto de me abrir com os leitores. Mas não se preocupem, não vou parar de postar por causa disso.

Also, madruguei para terminar esse cap, já que vou viajar novamente dia 13 e só volto dia 24 xD

OFF TOPIC: Perceberam que o Nyah explodiu com fanfic Kylo Ren x Rey? Fanfics de Star Wars no geral, isso me deixa bem feliz, era uma categoria relativamente vazia, espero que isso não seja só Hype do filme, espero que as pessoas continuem a postar Star Wars :)

Chega de papo, vamos ao que interessa
Beijos e boa leitura!



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Os sóis quentes de Tatooine esquentavam a cabeça de Luke, ele encarava aquela casa típica do planeta com um pouco de medo, agora ele tinha 20 anos de idade, via alguns droids cuidando de coisas que ele costumava cuidar com 7 anos de idade, fechou sua mão e engoliu a seco, correu até a ponta do grande buraco e observou, esperando encontrar alguém, e encontrou.

Uma mulher de olhos claros e roupas femininas e bem cobertas estava ao lado de um droid, ambos penduravam algumas roupas em um varal, Luke reconheceu a expressão tranquila da mulher, era aquela que ele acreditava ser sua mãe, Beru Whitesun Lars, deixou seu medo de lado, após soltar todo ar em seu pulmão, a chamou, com os olhos brilhando:

— Mãe? — chamou, um pouco inseguro

A mulher não reconheceu a voz de primeira, mas logo que ouviu alguém, olhou para cima, e lá estava o belo homem, cabelos mel e olhos azuis e um olhar maduro na cara, após encara-lo por alguns segundos, logo o reconheceu:

— Luke?! — não segurou, gritou o nome do garoto, surpresa, era realmente — Owen? Owen venha cá!

O homem meio gordo e com uma aparência acabada correu ao ouvir sua esposa gritar, preocupado, depois de tantos anos juntos, ele ainda a amava com todas as forças, chegou até ela, esperando algum perigo, mas quando viu a sombra daquele homem, percebeu que não Beru não estava em perigo, aquele rosto, Owen reconheceria em qualquer lugar.

Sem mais receios, Luke desceu para ver aqueles que o criaram em sua infância, parou em frente aos dois, um silêncio tomou conta do lugar, só era possível ouvir o vento quente do deserto batendo na areia, o loiro sorriu e abraçou sua família, que ficaram meio surpresos com a ação carinhosa do garoto.

Lars acabou notando o sabre de luz no cinto coberto do rapaz, parece que o "bem escondido" de Luke não era tão escondido assim, Owen logo percebeu que o menino realmente havia realizado o seu sonho de infância, havia se tornado um cavaleiro jedi, o homem sentiu um calafrio, se ele havia se tornado um jedi, obviamente já havia se encontrado com Anakin Skywalker na vida, o fazendeiro só agradeceu o fato do jedi não ter ido buscar a cabeça dele.

Ninguém sabia o que falar, a situação era bem constrangedora, Luke havia fugido de casa aos 7 anos de idade, sumiu da vista dos Lars, e agora estava de volta, 13 anos depois:

— Vão sentar, eu vou buscar alguma coisa para a gente comer — pediu Beru, indo em direção a cozinha

Luke e Owen não trocavam uma palavra se quer, Owen era bem severo com Luke em sua infância, o Lars ainda lembrava da raiva que sentiu ao ver o garoto fugindo em seu speeder, um delinquente, já Luke ainda lembrava da sensação de liberdade ao fugir de casa, sentaram-se, um em frente ao outro:

— Então Luke, finalmente virou um cavaleiro jedi — comentou — Foi para isso que fugiu, não é?

— Como sabe? — perguntou, preocupado

— Eu vi o seu sabre, sabre de luz

— Achei que ele estava bem escondido — afirmou, procurando a arma em seu bolso, e de fato, ele não havia a escondido tão bem quanto imaginava — Espero que ninguém tenha notado

— Suas roupas não são de jedi também, não pelo meu conhecimento — Owen já estava provocando

— Não acha que eu virei um jedi? — perguntou, já meio irritado, Owen realmente parecia estar duvidando do garoto

— Um pouco, é meio improvável, não acha? Um garoto de Tatooine fugir de casa e pronto, virou um jedi

Beru voltou, trazendo lanches típicos do planeta, os espalhou pela mesa, logo depois se sentou ao lado de seu marido, Luke respirou fundo, pegando alguns lanchinhos da bandeja, estava morrendo de fome, Owen encarou o garoto:

— Beru, Luke virou um cavaleiro jedi — revelou, a Whitesun se surpreendeu — Conseguiu o que ele queria

— Luke... — suspirou, dando uma longa pausa — Quem te treinou?

— Anakin Skywalker — respondeu com um olhar sério estampado no rosto — Meu herói de infância

O casal trocou olhares preocupados, imaginaram a reação do jedi ao reencontrar o menino, teria sido de felicidade ou raiva extrema? Só de pensar nisso, tinham arrepios. Beru levou sua mão até o coração, então Luke ainda não sabia a verdade sobre sua família e origem.

Owen se aproximou do loiro, botando a mão em seu ombro, soltou um suspiro:

— Aproveitando que está aqui, filho — mudou bruscamente de assunto — Você ainda é bom em consertar coisas?

Luke sorriu, como se respondesse "sim" para o velho Lars.

* * *

O sereno planeta de Kashyyyk dava uma cor verde para o preto do espaço, era um planeta que chamava a sua atenção de cara, suas cores azul e verde mostravam que havia muita vida naquele local, Obi-Wan entretanto, não estava interessado na flora do local, apenas na fauna, uma parte dela, pensava em como iria convencer os wookies a ajuda-lo, ter o Chewbacca ao seu lado seria o suficiente?

Desta vez Chewie não era o co-piloto, como conhecia melhor a rota para o seu planeta, ele que comandava, Obi-Wan que assumiu o papel, o wookie grunhia alegremente, iria rever muitos de seus amigos, era com isso que estava mais animado.

Conforme a nave se aproximava de Kashyyyk, uma grande força se aproximava, Kenobi a sentiu de cara, uma presença bem familiar na verdade, queria se concentrar mais, porém, o barulho que o piloto fazia o impedia de ouvir seus próprios pensamentos.

Enfim, pousaram no chão de Kashyyyk, ao sair, o mestre jedi ficou procurando as casas dos wookies, não lembra da última vez que esteve em Kashyyyk, não se lembra nem se realmente chegou a visitar o planeta alguma vez em sua longa vida, Chewbacca cutucou o seu ombro, logo depois apontou para cima, a cidade wookie "perdida" foi achada:

— Ah, então as cidades ficam em cima das árvores — comentou — Agora como a gente sobe?

Sem paciência, o wookie pegou o jedi nas costas e começou a pular nas árvores, Obi-Wan se assustou, prendendo-se no corpo de Chewie, não conseguiu piscar, já estava lá em cima, um wookie estava lá para recebe-los, ele parecia conhecer Chewbacca.

Ele gritou como se estivesse reclamando da maneira que Chewie havia subido na cidade, Chewbacca rugiu, provavelmente irritado com a reclamação, ambos conversavam, Kenobi, infelizmente, não tinha o poder de entender o que estavam falando:

— Chewbacca, algum wookie aqui sabe falar a língua padrão da galáxia? — sussurrou — Sei que a maioria dos wookies não conseguem falar por conta de suas cordas vocais, mas já li sobre alguns diferenciados, existe algum desses aqui?

Para a sorte do jedi, aquele wookie com quem Chewbacca estava se comunicando era uma dessas exceções, Chewbacca pediu para o wookie usar a língua com Kenobi:

— Sou Anowba — falava meio lento, mas era possível compreender — Sou um wookie diferenciado, no que posso ajudar?

— Prazer Anowba, sou Obi-Wan Kenobi, mestre jedi — se apresentou, inclinando-se levemente — Creio que esteja ciente da situação dos jedi e da republica

— Ah sim! Um veeelho amigo me contou a respeito — ele falava devagar e com pausas — Estão em uma situação problemática

— Sim, eu gostaria de conversar com um wookie chefe — pediu, educadamente — Sabe algum que eu possa falar?

— Eu sou um dos chefes, acho que posso ajudar você — revelou, olhando pra chewbacca, que os seguia sem nada para fazer

— Isso é ótimo, preciso discutir algumas coisas — Kenobi conversava pacientemente, sabia que precisaria ser bem convincente e educado para convencer os wookies a ajudar a república

— Acho que vocês humanos gostam de ir para um lugar mais reservado para conversar sobre coisas desse tipo, não é mesmo? — Anowba estava sendo bem educado, não era esperado um comportamento tão atencioso de um wookie — Eu sei de um lugar perfeito para irmos, siga-me

Sem falar mais uma palavra, o mestre jedi seguiu o habitante enquanto observava a bela paisagem tropical de Kashyyyk, era de fato um belo planeta, alguns wookies observavam os dois com curiosidade, outros nem ligavam, só continuavam com a sua atividade normal, não pareciam incomodados com a presença do humano na vila.

"Obi-Wan, uma inteligente escolha fez"

Algo o chamou, o ruivo parou repentinamente, olhando para os lados tentando desvendar quem o teria chamado, ao olhar para Chewbacca e Anowba, percebeu que ele havia sido o único a escutar o chamado, mas, sem sucesso em identificar a voz, voltou a andar em um ritmo normal, não demorou muito para seus braços começarem a pesar um pouco, sem nem esperar, sentiu uma forte presença da força na vila, algo mais forte que o normal, algo familiar. A presença só ficava cada vez mais forte conforme andava, sua mente foi clareando aos poucos.

"Sinta, Obi-Wan"

— Yoda — soltou, assustando um pouco ambos wookies — Yoda está aqui

— Fala de Mestre Yoda? — perguntou, curioso — Ele é um grande amigo dos wookies, ele está aqui, conosco

E mais perguntas eram formadas em sua cabeça:

— Ele sobreviveu? — soltou, mesmo sabendo a resposta — Me desculpe, Anowba, mas antes de conversarmos, posso me encontrar com ele?

— Claro — respondeu — Siga esse caminho

* * *

Era nostálgico para Han Solo e Leia voltarem para a cantina onde o destino da garota foi traçado, ela não havia mudado nada, continuava um lugar cheio de gente não muito simpática e com cheiro de bebida e fumaça de armas por todo lugar. Han, preocupado com a morena, segurou a sua mão, a cantina não era muito recomendada para mulheres, mesmo sendo jedi, Leia poderia ser alvo de olhares maliciosos de outros homens naquele local.

Conhecendo o seu amigo, Lando, sabia que ele estaria jogando com canalhas qualquer e de preferencia apostando alto, e acertou, lá estava o homem rindo e se divertindo com um caçador de recompensas, podia ver muito bem o porque, parecia estar levando todo o dinheiro com ele, cansado de assistir o jogo, Han Solo, ainda segurando a mão de Leia, entrou no meio, já chamando o rapaz:

— Lando Calrissian — chamou, com um sorriso travesso no rosto — A quanto tempo, parceiro

— Hah! Esse ai é o Solo — o homem negro o cumprimentou com um abraço — Já faz um bom tempo desde a última vez que eu te vi, e o que te trás aqui?

— Ei?! Não vamos continuar o jogo? — o outro reclamando, obviamente perdendo a paciência

— Cala a boca, não está vendo que isso é um reencontro? — Lando reclamou, com seu jeito canalha

O caçador não aceitou a resposta grosseira de Calrissian muito bem, sacou sua arma, pronto para tirar a vida do homem, quase apertando o gatilho, ele caiu, com um enorme buraco em seu peito, quando o casal de irmãos olharam para o lado, viram a blaster na mão do Calrissian, com um sorriso maroto em seu rosto, assoprou a sua arma e a guardou novamente em seu bolço, levantou-se, para cumprimentar melhor o amigo.

Ao se levantar, seu olhar logo encontrou Leia, ele deu um sorriso, sempre fora atraído por mulheres, principalmente por aquelas lindas como a morena. Sem vergonha alguma, pegou a mão delicada da jedi, dando um beijo leve em seu topo:

— Sou Lando Calrissian, acho que ainda não fomos apresentados — tentou se fazer de cavalheiro, as mulheres amavam isso — E quem seria você?

— Sou Leia — a morena respondeu, puxando sua mão da do homem, segurando firme o braço de Han — É um prazer

Lando deu um sorriso, levando em consideração a reação da garota, assumiu que ela já estava comprometida com outro homem:

— Nossa Han, conseguiu uma gata para suas viagens, não é? — riu, provocando

— O que? — Leia perguntou, meio irritada

— Não — Solo riu — Ela é minha irmã, Leia

— Poxa, então acho que o caminho está livre para mim — Calrissian decidiu avançar em cima da garota de novo, que recuou, com receio

— Não para você, colega — Han se atirou na frente da morena, protegendo-a do mulherengo — Olha, não vamos mudar de assunto, eu quero falar com você

— Então fale meu amigo — respondeu, um pouco mais sério

Han Solo checou mais uma vez o local onde estavam, para ver se era realmente seguro falar sobre as bombas lá, afinal, a fabricação dessas bombas são proibidas, mesmo sendo para ajudar a republica, se alguém soubesse e denunciasse, estariam ferrados, aquilo não era de conhecimento público:

— Você ainda produz aquelas bombas especiais? — perguntou sussurrando — Aquelas que destroem o Tictum

— Precisamos delas urgentemente — Leia se intrometeu, reforçando o pedido de Han

A expressão na cara de Lando não foi uma das mais agradáveis, só de olhar em seus olhos, os Solos sabiam que a resposta que estava por vir não era uma das melhores:

— Ah Han, você sabe que isso é ilegal — falou — Achou mesmo que eu conseguiria manter isso? Já faz muito tempo

— Está dizendo que não produz mais as bombas? — perguntou, aborrecido

— Acabei com a fábrica — foi direto — Muitas denuncias de gente que eu chateei, se me pegassem, estaria lascado

Leia bateu a mão na mesa, irritada, aquela poderia ser a única chance de derrotar aqueles droids e os sith, com aquele exercito, os jedi não poderiam lutar, seria arriscado e obviamente não valeria nada.

Ela encarou Solo, nervosa, o que iriam fazer agora? O plano deles tinha ido por água baixo:

— Então acho que você não pode nos aju... — Han falou em um tom decepcionado, mas logo foi cortado pela morena

— Não! — Leia gritou, chamando a atenção de pessoas próximas, mas quando notaram que não era nada do interesse deles, voltaram a ignorar — Lando, você tem que ter algumas sobrando, por favor, apenas uma ajuda bastante

— Desculpa princesa, mas não sobrou nada — Calrissian sentiu o desespero de Leia — E aquelas bombas que você tinha, Han?

— Usei — respondeu, levantando a mão e a abaixando logo em seguida — Estou sem nenhuma

— Então não existe mais nenhuma na galáxia, bom, não conheço mais nenhuma — foi sincero

Leia ficou bem nervosa, esse inesperado problema havia acabado com tudo que eles estavam planejando, eles ainda poderiam vencer, mas obviamente, seria bem mais complicado, a mão dela estava fechada, Han apenas observava o desespero de sua irmã, ele não gostava de vê-la assim:

— O que vocês querem com essas bombas? — Lando não conseguiu segurar a sua curiosidade — Se vocês me contarem, eu posso ver se eu posso ajudar, você é meu parceiro, vou tentar te ajudar

Solo encarou os olhos castanhos da jedi, a operação deles era bem secreta, um sinal positivo com a cabeça deu a resposta:

— Os Sith atacaram o templo jedi, e agora ameaçam destruir a republica — respondeu, Lando riu, parecia um livro — Os sith usaram droids feitos de Tictum, eles mataram mais de 90% dos jedi, temos que destrui-los

Leia sentiu o envolvimento de Han com tudo aquilo, ele queria que tudo se resolvesse tanto quanto ela, isso a deixava feliz:

— Espera, eu tenho um pouco de conhecimento sobre droids — revelou — Uma coisa que sei é que droids de batalha sempre estão conectados a uma central de controle, se essa central for destruída, acabou

— Isso é sério? — perguntou Han, ambos não tinham muito conhecimento sobre droids, A guerra havia acabado a 20 anos atrás, desde então, droids de batalha estão aposentados. Os clones eram aliados de Palpatine, e devido a queda do Chanceler, eles acabaram deixando a republica de vez, morrendo pouco tempo depois, já que o processo de envelhecimento deles era bem mais rápido — Eles vieram a partir de uma nave, não é?

— Sim, mestres jedi foram para até o planeta que você disse, mas todos morreram assassinados pelos droids — lembrou, falando um pouco mais baixo

— Então a central de controle deve estar lá! — concluiu, animado

— Sim! Com a ajuda de nave um exercito podemos conseguir entrar lá! — Leia ficou ainda mais animada

Sorrisos brotaram em seus rostos, sorrisos sinceros, sorrisos que não surgiam na cara deles a muito tempo, a chance de vencer os sith estava lá, queriam voltar para Hoth agora mesmo, para começarem a planejar o ataque, mas uma lembrança os impediu de fazer isso.

Luke ainda estava fazendo o que tinha que fazer, isso era um mistério para eles, seja lá o que ele esteja fazendo, não podiam ir embora sem ele, ao notarem uma pequena iluminação na entrada da cantina, perceberam que em breve o sol estaria se pondo, logo optaram por dormir em Tatooine naquela noite:

— Acho melhor irmos, Lando — ele fez uma de suas caretas — Obrigado pela ajuda

— Boa sorte Han — desejou — Qualquer coisa, estou aqui, para te ajudar, você é uma das poucas pessoas que confio no universo

Sorrisos, existia uma grande amizade entre eles:

— Obrigada Lando — era a vez de Leia agradecer, logo depois, ela partiu, Han a seguiu

A morena olhou para o céu que aos poucos ficava laranja, ela deu um pequeno sorriso. Pegou o seu coque e o soltou, deixando seu belo cabelo cair, as tranças continuaram, deixando um look ainda mais feminino para a jedi, Han riu, admirando a bela mulher que sua irmã havia virado.

Leia virou, olhou para seu irmão, sorriu mais uma vez, lembrou da felicidade que sentiu ao se reencontrar com ele, o sentimento tinha sido ofuscado pela tristeza e raiva, já que ela acreditava que ele era realmente aliado aos sith, não teve nem a chance de falar que era bom revelo, pensando nisso, correu até seus braços, o abraçando, Solo ficou meio surpreso, mas logo retribuiu o abraço:

— Ainda não tive a chance de falar "Senti a sua falta" — comentou — Senti a sua falta.

— O que é isso, você vai me fazer chorar assim — falou no seu tom simpático e brincalhão — Por que não disse isso antes?

— Estava irritada demais — explicou — Quando você capturou Padmé, eu achava que você estava aliado aos sith, meu coração se partiu.

Han Solo alisou os seus cabelos castanhos, dando um encantador sorriso:

— Sou gente boa, e você sabe disso — brincou novamente.

— Não sei não, viu? — era a vez de Leia o irritar, como nos velhos tempos.

— Essa magoou — reclamando, fazendo Leia cair na gargalhada.

* * *

— Então... Você quer que eu conserte esse droid aqui? — perguntou Luke, se abaixando para analisar melhor o droid, era uma unidade R2 amarela, provavelmente roubada, muito boa para guardar documentos e outras coisas — Nunca pensei que você teria uma dessas.

— Pois é, tenho desde quando você tinha uns 2 anos de idade — revelou, olhando para o droid— Uso para guardar documentos importantes, por isso nunca deixei você tocar nela, mas agora é diferente, ela deu um defeito estranho, não está conseguindo ligar, então gostaria que você me ajudasse. As ferramentas estão ali;

Luke se levantou, pegando as ferramentas que ele havia falado, logo depois, o velho Owen Lars saiu, deixando o garoto a sós com o droid. O loiro começou a fazer o que sabia, consertar coisas, mexia em alguns fios, mexia em peças do lado exterior, mas logo achou a origem do problema todo, falta de manutenção, após limpar toda a unidade R2, o robô lançou um holograma, um homem conversando com Lars sobre uma venda que ele queria fazer.

O jedi ficou curioso, o que poderia estar dentro daquele R2? Foi passando hologramas aos poucos, a maioria deles era de conversas de negócios, documentos ou simplesmente momentos que o R2 gravou sem motivos, era bastante interessante para Luke assistir aquilo.

Todos os hologramas pareciam os mesmos, até que um chamou a atenção, ele começava com Beru chamando o seu marido, preocupada, Owen sentava em uma cadeira, irritado. Luke ficou intrigado, qual teria sido o motivo de tanta irritação?

Que droga! O Homem reclamava, Beru passava as mãos em seus cabelos, Owen ainda estava com uma aparência mais jovial

Não foi a sua culpa, querido Whitesun tentou acalma-lo, sem sucesso

Por que esse garoto tinha que ser que nem o pai dele? Atrevido e persistente? Os olhos azuis de Luke se arregalaram, "que nem o pai dele", o que Owen quis dizer com isso? O coração do jovem jedi batia em uma velocidade extrema, o que era aquele holograma?

Ele não é seu filho, Owen, ele é filho de um jedi, esperava que ele aceitasse a vida de fazendeiro? Luke caiu não conseguiu ficar agachado, ficou sem chão, caiu, mas sem tirar os olhos do holograma, aos poucos, foi sentindo seus olhos se encherem de lágrimas, tudo que ele acreditou era uma farsa;

Luke quer ser um jedi, então ele vai para o templo jedi, e lá ele vai encontrar Anakin, e então Anakin vai acabar comigo, ele confiou a vida do filho dele a mim, Beru, ele não vai deixar barato O loiro, já sem chão, deixou a primeira lágrima cair ao ouvir o nome de seu mestre, aquele que, esse tempo todo, foi seu pai.

Jedis não procuram vingança, querido, jedis não cultivam isso... O holograma foi interrompido, a parte de cima do R2 caia devagar após ser cortado , quando caiu, fez um barulho alto; As lágrimas de Luke caiam no chão, ele as enxugava com a mão esquerda, enquanto segurava seu sabre com a outra.

Traição, raiva e nervoso, sentimentos que jedi nunca poderiam ter, Luke não podia se culpar, tudo que ele acreditava era mentira, sem pensar em mais nada, ele atingia tudo que conseguia com seu sabre, destruía toda a garagem onde cresceu, sem dó nem piedade enquanto gritava de raiva; Lágrimas voltaram a cair, respirando profundamente, Luke conseguiu voltar a si, a garagem estava detonada.

Os Lars entraram no cômodo em pânico, tomaram um susto maior ainda quando viram marcas de sabre de luz por todo lugar, Whitesun levou a mão até a boca ao ver o sabre azul ligado nas mãos daquele que ela cuidou como filho. A expressão facial de Owen também não era uma das melhores:

— Luke, o que é isso?! — Beru não segurou o seu medo, estava assustada com a atitude do loiro

— Vocês mentiram para mim! — gritou, revelando o motivo de sua revolta para o casal Lars — Minha vida foi toda uma mentira!

— Não foi nossa escolha, Luke, seu pai, Anakin Skywalker, pediu para que a gente te protegesse dos Sith, se eles soubessem que você existe, iriam te matar

— Foi isso? Achou que era melhor eu viver uma mentira? — perguntou, ainda mais indignado

— Ele tem medo de te perder — Beru ainda tentava argumentar com o loiro, mas parecia inútil no momento, estava abalado, muito abalado

Luke não se sentiu confortável em continuar naquele local, lentamente, guardou o seu sabre e saiu da garagem, os Lars não falaram mais nada, não queriam piorar a situação, tinha que ver o lado de Luke, ele realmente estava abalado.

Os sóis estavam se pondo, o céu estava totalmente laranja, mas mesmo com o fim do dia, o clima ainda era quente, Luke continuou andando até chegar em um pequeno morro, seus olhos brilhavam junto com a luz, segurava as lágrimas, seu coração lutava com a verdade, mas ao mesmo tempo, ele dizia o que já sabia: Isso era algo que ele teria que aceitar. Owen então, decidiu ir falar com o garoto, que não tirava os olhos do horizonte:

— Aceitou a verdade, Luke? — perguntou, olhando para a mesma direção

— Eu não sei — foi sincero

— Você não poderia ser um Lars — afirmou, encarando-o, Luke continuava a observar o horizonte — A força é forte em sua família, seu pai a tem, em, você a tem... E a sua irmã a tem

Novamente, os olhos azulados de Luke Skywalker brilharam, ele parou de prestar atenção ao horizonte, agora voltou a olhar o velho homem, então as surpresas não haviam acabado, ele tinha uma irmã:

— Uma irmã?

— Sua irmã gêmea, ela também foi entregada a uma família — explicou — Para um amigo meu, na verdade, eu nunca mais o vi, não sei nem se está vivo, mas se estiver, a sua irmã está voando pelo universo, me perguntou se um dia ela vai descobrir...

— Leia! — Owen foi interrompido, os instintos de Luke gritavam o nome de sua amiga, a força gritava o seu nome — Leia é a minha irmã gêmea

Owen sorriu para o garoto, ele realmente era um Skywalker:

— Eu conheci Leia quando eu fugi, Crison Solo me levou para o templo jedi, a força também era forte com Leia, então os jedi decidiram levar ela também, eu cresci com ela, treinamos juntos, é a pessoa mais maravilhosa que eu conheci em minha vida

Luke respirou fundo, sem falar mais uma palavra, desceu, indo em direção a cidade de onde saiu, A princípio, Owen não entendeu:

— Aonde vai, Luke? — perguntou, meio preocupado

— Vou me encontrar com Leia e Han — respondeu enquanto andava

— Já vai anoitecer, Luke! — gritou Beru — É melhor você dormir aqui hoje! Você também levou um susto, está abalado, sem falar que é perigoso!

— Dormindo eu não vou superar nada, Beru! — gritou — E eu acho que posso cuidar de mim agora! Obrigado por cuidar de mim por tanto tempo e desculpa o trabalho!

Ele continuou, sem olhar para trás, o casal Lars sorriu, o garoto que criaram era um incrível e poderoso jedi agora.

Luke parece muito com seu pai, pensavam.

* * *

Um show particular agitava o temido palácio de Jabba, belas Twi'leks dançavam sensualmente para agradar o gordo hutt, que dançava junto com elas, enquanto isso, vários outros caçadores de recompensas e pessoas poderosas em Tatooine curtiam o show, riam e comiam tudo que escravos traziam.

O ritmo de festa foi acalmado quando um homem de roupas pretas entrou no local, sua presença era assustadora, todos calaram a boca, inclusive as dançarinas, que tinham medo de morrer se não obedecessem o Jabba, sem medo, ele parou em frente ao hutt, que se irritou com a coragem do homem:

— Quem seria você? — perguntou grossamente

— Isso não lhe importa — respondeu diretamente — Quero que faça uma coisa

— Acha que tem poder para...

— Eu senti um distúrbio da força aqui — o interrompeu, sem ligar para os vários caçadores ali que trabalham para Jabba — Quero que ache o jedi

— Você acha que eu...

O homem derrubou um saco de dinheiro na frente do hutt, que se interessou na hora:

— Pago mais se o encontrarem amanhã

— E como é esse jedi? — perguntou, curioso e apenas interessado no dinheiro

— O jedi é humano, loiro, tem olhos azuis, pele branca — falou — Eu sinto a presença de outro, mas não sei identificar quem é, mas se descobrirem quem é, eu pago muito mais

— Hm, entendo — ele esfregou a mão em seu queixo gordo e gelado — E o que devo fazer ao encontra-lo?

— Mate-o


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Notas finais do capítulo

Oi! Obrigada por ler até aqui! Espero você no próximo cap