Infinity escrita por SatonePink


Capítulo 13
Capítulo XIII - Naberrie


Notas iniciais do capítulo

WOOOOOOW, VOLTEI, antes de tudo, quero falar que agora irei escrever uma nota final, para conversar com vocês após lerem o cap, não é mesmo?

Vamos para o cap, e eu agora apresento o maior cap que Infinity já teve, com 4.763 palavras. Agora, todos os caps vão ter no minimo 3.000 palavras e no máximo 6.000 (raramente, pode até não acontecer), acho que não estou desenvolvendo as coisas direito com 2.000 e também da a impressão de um cap preguiçoso, espero que não se irritem com isso!

E também quero anunciar algo bom ou ruim, já decidi a quantidade de caps que a fanfic irá ter, serão 30 caps, 28 normais, 1 epilogo e um cap extra, tem muita coisa para desenvolver. Esse cap parece ser até meeeeeio parado, mas ele é um dos mais importantes de toda a fanfic, vocês irão ver o porque ;)

Agora momento do leitor: Quero agradecer a leitora Maria Tapioqueira Má, que deixou uma recomendação super linda em Infinity! Me surpreendeu bastante também! Na verdade, não esperava mais recomendações, vocês estão superando as expectativas xD, quero agradecer a todos que leem Infinity, sem vocês, a fanfic não seria nada! Espero que vocês continuem gostando da fanfic e que no final acabem gritando, surtando, chorando ou até mesmo sorrindo por terem adorado, eu vou gritar com vocês

Aproveitando, quero anunciar um novo projeto de Star Wars aqui no Nyah, eu, O Legado das sagas, ThaisMedeiros e Victor estamos escrevendo uma coletânea de one shots de star wars aqui no site! Se tiver interesse, pode procurar no meu perfil ou nos dos outros autores, o nome é "Across the Stars" e tenho certeza que vocês vão se apaixonar!

Vou calar a boca e deixar vocês lerem o cap 13 de Infinity, afinal, é isso que vocês querem, não é?

Até o final o/




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Padmé preparava a sua capa enquanto seu marido dirigia a nave até seu planeta natal, uma capa que se misturava bem com todos os outros habitantes de Naboo, a capa era um pouco mais escura que a roupa em si, o tecido também era diferente, era algo mais grosso, um tecido comum usado em capas para disfarces. O planeta verde estava cada vez mais perto, e quanto mais perto ele estava, mais Amidala ficava nervosa, se descobrirem que ela deixou Coruscant, ela estaria em apuros.

Com cuidado, Anakin procurava um lugar bom para pousar, já estava decidido que pousaria em frente a sua casa, que ficava a poucos quilômetros de Theed, iriam de barco até lá, barcos não chamam tanta atenção em Naboo e também seria o jeito mais seguro de chegar até a capital do planeta.

Ao pousar, ambos nem pararam para apreciar a beleza da casa, estavam com pressa, qualquer atraso poderia decidir o destino da republica galáctica, andaram metros até chegar no rio mais próximo, aquele que daria em Theed. Com a ajuda de Anakin, Padmé entrou no barco, 3PO tremia um pouco, se ele cair naquela água, já era, entrou com cuidado, enquanto R2 usou o seu foguete para poder entrar no transporte.

O barco não era grande, era bem pequeno e não tão potente, apenas um motorzinho que poderia ser considerado como mixuruca, mas era o que eles tinham para o momento, Skywalker ligou o motor e o veículo começou a andar em uma velocidade agradável, tudo que eles poderiam fazer a partir de lá era esperar.

A viajem durou em média uns 45 minutos, já estavam em um dos primeiros portos de Theed, Amidala conseguiu parar o veículo, era o melhor lugar para se parar, não teria tantos guardas e movimento naquele local, com cuidado, o casal e os droids saíram do barco, deixando-o estacionado naquele porto, a chanceler deu um suspiro:

— A casa de Pooja não é tão longe daqui, nunca gostou de coisas muito agitadas — explicou — Mesmo assim se tornou a senadora de Naboo

Os dois conversavam pelo caminho, tentando acabar com qualquer suspeita criada por qualquer cidadão da cidade, os droids também conversavam entre si, estava mais para uma briga do que para uma conversa, porém, aquilo já era o suficiente para enganar qualquer um. O casal fingia ser velhos amantes de Naboo, conversando de coisas mais descontraídas, ambos estavam adorando aquilo, já havia muito tempo que eles não tinham uma conversa solta como a daquele dia.

Anakin e Padmé chegaram em frente a uma casa em um bairro fechado porém bem bonito, era a maior casa da rua, e a mais bonita também, a flora local de Naboo caracterizava o local e o deixava bem mais bonito, Amidala não conseguiu se segurar, soltou um sorriso escapar de sua boca:

— É aqui — avisou — Essa é a casa de Pooja

— Bonita... — Anakin falou, explorando o local com os olhos

— Vamos entrando, aposto que Pooja está lá dentro — ao virar e ir em direção ás escadas, que davam acesso a casa, Padmé tomou um susto ao esbarrar em um homem alto com o uniforme dos guardas de Naboo, ele a olhava com uma cara séria, em um instinto, o Skywalker ficou na frente de sua esposa

— Desculpa, quem seriam vocês? — o homem perguntou em uma tentativa de ser educado, mas todos sabiam que ele não queria vê-los lá — A senadora Naberrie está em uma reunião de família, não quer ser incomodada

— Somos parentes da senadora Naberrie, poderíamos entrar? — o jedi perguntou, mantendo o mesmo tom "educado" do guarda

— Desculpe, mas de acordo com ela, todos seus parentes já chegaram, não está esperando mais ninguém — explicou, pronto para manda-los sair

— Falamos para ela que não viramos, por isso ela acha que todo mundo entrou — Skywalker era o melhor em inventar desculpas — Então, por favor, nos deixe entrar

— Me falem os seus nomes! — ordenou, perdendo a paciência, enquanto o casal perdia a esperança

— Não se preocupe, eles são meus convidados — uma voz feminina familiar, a atenção dos três se voltou para a porta da residência Naberrie, uma mulher jovem de cabelos castanhos descia as escadas, indo de encontro com eles, ela usava um belo vestido dourado bem leve, o vestido não tinha mangas, um decote em forma de losango no peito, o vestido tinha o pescoço tipo turtleneck mais justo, o vestido ia até os seus pés, também usava luvas sem dedos que iam até seu cotovelo, seus cabelo liso estava solto. Padmé deu um sorriso ao ver a bela mulher que sua sobrinha havia se tornado — Capitão Typho, eu disse que não precisava ficar aqui

— Desculpe senadora, mas depois do ataque no templo jedi, não me sinto seguro em deixa-la sozinha — Anakin engoliu a seco ao ouvir aquilo, odiava acreditar que aquilo aconteceu mesmo

— Eu não fiz nada para os Sith, também quero ficar sozinha com a minha família, você deveria fazer o mesmo — Pooja pediu delicadamente

— Sim senhora... — o soldado de Naboo parecia meio irritado com a decisão de Naberrie, mas, no final, acabou cedendo e deixando a entrada da casa, Pooja esperou o homem sumir de vista para finalmente ir entrar em sua casa

Padmé ainda mantinha o capuz em sua cabeça, cobrindo a sua identidade, as duas Naberrie andavam lado a lado, enquanto Skywalker acompanhava por trás, ele ouvia a conversa das dois, algo tão formal e tão sério, nem pareciam ser próximas.

Pooja finalmente entrou em casa e fechou a porta, só assim a chanceler abaixou o capuz, revelando o seu belo rosto, a aparência de Amidala continuava impecável, parecia que não havia envelhecido, também com todos os mimos que ganha ao ser a chanceler, impossível parecer velha.

Anakin tomou um susto quando a sua esposa abraçou a sobrinha, as duas, que pareciam tão sérias e distantes no caminho para a entrada, agora sorriam e riam:

— Não acredito que conseguiu! — Pooja afirmou sorrindo — Você não tem jeito né?

— Eu tenho os meus truques — ela riu, olhando para a porta — Aquele era algum parente de Panaka e Typho? Digo, tinha o mesmo sobrenome do guarda que me protegia durante a guerra dos clones

— Filho dele — explicou

Padmé estava tão feliz ao rever a sobrinha que esqueceu completamente de apresentar o seu marido para ela, Amidala saiu do caminho para que a morena tivesse uma visão melhor do jedi que apenas esperava parado e calado:

— Pooja, este é Anakin Skywalker, um mestre jedi — apresentou, apontando para o homem

— é um prazer revelo — Pooja apertou a mão de Anakin, que também a recebeu com um sorriso no rosto — Eu só tinha 4 aninhos quando eu te conheci, o tempo passa rápido

— Pois é —ele a respondeu educadamente — Também é muito bom revela

Pooja respondeu o jedi com um sorriso, logo pegou a mão de sua tia, puxando-a para a sala principal da casa, Skywalker as seguiu calmamente. Ao entrarem no cômodo, mulheres de diversas idades e um homem se encontravam lá, Amidala não deixou de sorrir, correu em direção a mulher mais velha.

Um abraço caloroso e uma lágrima no rosto da senhora, Padmé não via sua mãe Jobal há mais ou menos 2 anos, esteve tão ocupada nos últimos anos como Chanceler que mal pode visitar seus pais. Jobal já era uma idosa, porém ainda tinha uma saúde impecável, seus cabelos grisalhos e roupas largas revelavam a sua idade:

— Padmé — ela abraçava a sua filha caçula com força — Que saudades...

— Eu também estava com saudades — a mulher logo correu em direção ao seu pai, com cuidado, ele mostrava ter algum problema na coluna, sempre trabalhou muito — Pai...

— Minha filha... — Ruwee, com dificuldade, se levantou e deu um abraço ainda mais apertado, desta vez, foi Padmé que deixou uma lágrima escapar de seu olho. com cuidado, ela o ajudou a sentar novamente.

Com uma velocidade maior, Amidala correu até a a sua irmã Sola, que estava com um sorriso duro no rosto. Sola vem ajudado Padmé durante esses 20 anos, a aposentada ficou um mês no cargo de senadora de Naboo quando sua irmã se tornou chanceler, foi logo substituída por Jar Jar Binks quando ele voltou de uma missão.

O olhar da Naberrie se voltou para o jedi, lembrava muito bem dele, aquele que ela acreditou ser o primeiro namorado que sua irmãzinha havia apresentado para os pais, ela estava surpresa pelo fato dele estar lá com Amidala, eram tão amigos assim?

Por fim, Padmé cumprimentou Ryoo, sua primeira sobrinha, devido ao cargo de Pooja na republica galáctica, a chanceler não tinha tanta intimidade com ela, porém, ela a amava de qualquer jeito, a menina tinha cabelos mais escuros que o de sua irmã e mais longos também.

Ela não via o seu cunhado, provavelmente estava trabalhando, ele é um homem bem dedicado:

— Eu senti muita saudade de vocês — Padmé levou seus dedos até os lábios, alegre

— Não chore, irmãzinha — Sola brincou — Vai fazer todos aqui chorarem também, vai ser uma confusão

— Já que ela finalmente chegou, podemos servir o almoço — Pooja anunciou, chamando toda sua família, inclusive Anakin, para a grande e bela mesa na sala de jantar — Nos acompanhe também, Anakin, você merece

Todos a seguiram, a mesa era enorme e cabia perfeitamente todos presentes naquele momento, Padmé sentou-se ao lado de seu marido, enquanto Sola sentava em sua esquerda, Ryoo e seus avós sentaram do outro lado, a cadeira de Pooja ficava na ponta.

A Naberrie voltou com diversos pratos, ela havia aprendido a cozinhar com sua irmã e mãe, pratos típicos de Naboo, algo que Padmé sentia saudades, ela pegava um prato cheio de um pouco de tudo, e esquecia totalmente os modos aos experimentar a primeira garfada, suspirou com o sabor delicado:

— É uma surpresa vê-la aqui, Padmé — comentou Jobal, colocando comida em sua boca — Digo, deve estar muito ocupada com a republica

— Não o suficiente para me fazer parar de ver a minha família — explicou — Eu sempre venho para Naboo na verdade, mas nunca vou para Theed, e não como tanto da comida caseira de Naboo também

— Você gostou, Pad? — Pooja chamou sua tia por um apelido carinhoso, Skywalker franziu a testa, achando o apelido meio diferente do que estava acostumado a chama-la

— Está maravilhoso, Pooja — elogiou, dando um gole em sua bebida — Ryoo lhe ensinou bem

— Eu mereço todo o crédito, afinal, eu que ensinei a receita para Ryoo — Sola brincou novamente, sempre provocava nas horas certas — Que ensinou para a irmãzinha mais nova dela

— Meus parabéns também, Sola — ela respondeu a irmã com um tom sarcástico, Padmé se sentia tão livre perto de sua família

— Anakin, não falou nada o almoço inteiro — reclamou Ruwee — Tem algo de errado com você? Está com vergonha ou com dor?

— Não — respondeu com um sorriso bobo na cara — Só quero deixar Padmé curtir ao máximo a sua família

Skywalker ainda não havia entendido o motivo de sua esposa ter ido visitar a sua sobrinha, ela havia ido até lá apenas para jogar papo furado com a sua família? Entendia a sua necessidade de passar um tempo com aqueles que a criaram, porém o templo jedi estava sob controle do lorde Sith, e logo Coruscant também estaria, não era hora para aquilo.

Sola não tirava os olhos do jedi, ela ainda não entendia muito bem o porque dele estar lá com a sua irmã, o mestre percebeu o olhar da mulher em direção a ele, desviou o olhar para Padmé, ela havia contado para sua família que eles eram um casal?

— Padmé, estou meio curiosa — Sola iniciou uma nova conversa — Por que Anakin sempre está com você? Ele é algum tipo de segurança particular?

— Anakin é um ami... — Amidala respondeu imediatamente, mas logo foi cortada por Anakin

— Eu sou o marido de Padmé — os olhos de todos se arregalaram com a revelação, inclusive os da Chanceler — E ela pede desculpa por não contar isso para vocês antes

Eles se encaravam e trocavam mensagens a partir dos olhares, ele ainda não sabia se a família havia aprovado o relacionamento ou não. Uma risada vinda da jovem Ryoo amenizou a situação, mas ele ainda não sabia se aquilo era bom ou não:

— Meu coração está partido — brincou — Lembro bem que eu e Pooja tinhamos uma paixonite pelo Anakin quando o conhecemos

— Ryoo! Não era para falar isso! — o rosto da mais nova ganhou uma coloração vermelha

O casal suspirou, os Naberrie eram uma família bem mais relaxada, e Anakin agradecia isso, ele até diria que sua esposa era a mais tensa daquele circulo, até mais que o velho Ruwee Naberrie.

Eles voltaram a conversar normalmente, um barulho de metal atrapalhou a conversa, uma voz que parecia reclamar e barulhos de beep vinham da sala e se aproximavam cada, a voz logo se tornou familiar, o coração de Padmé bateu forte, não acreditava que havia esquecido dos dois:

— Que casa agradável! — 3PO comentou — É um belo ambiente de fato

— 3PO! R2! — Padmé se levantou e foi em direção aos robôs — Eu me esqueci totalmente de vocês, me desculpem

— Nós te perdoamos, senhora! — 3PO tratava a chanceler com todo o respeito

— Vejo que você está bem também, R2 — ela recebeu um beep como resposta

Padmé passou a mão no metal de R2, logo percebeu um olhar em cima de sua nuca, ao virar, percebeu que quem a observava era sua sobrinha, as duas trocavam olhares suspeitos, enquanto faziam sinais com a cabeça, estava quase na hora.

* * *

Os sóis quentes de Tatooine faziam o metal da Millenium Falcon brilhar como se ela fosse novinha em folha, a temperatura fria dentro da nave aumentava rapidamente e já fazia Han Solo arfar. Leia trocava as suas roupas de jedi por uma vestimenta leve, uma saia que ia até o seu joelho e uma camisa com mangas curtas, uma bota de cano alto que chegava até sua saia, seus longos cabelos morenos foram presos em um coque com pequenas tranças no lado, um penteado feminino e que daria mais frescor para a sua nuca. Toda sua roupa era bege com alguns detalhes mais claros, sua bota era um marrom escuro

Luke fez o mesmo, colocou uma calça bege e uma camisa de mangas largas e soltas brancas, ele guardou o seu sabre de luz em um lugar bem escondido, ambos jedis não queriam ser identificados como tal.

Solo finalmente pousou a nave em uma garagem, ele saiu da cabine de comando com duas blasters pequenas em suas mãos, ele deu uma Lars e outra para a sua irmã, Leia tinha mais experiência com blasters que o loiro, que só pós as mãos em um tipo de arma, o sabre de luz:

— Leia, guarde a sua blaster em uma de suas botas — pediu Solo, apontando para o calçado — Não se preocupe, ela está travada e não vai te machucar, Luke, faça o mesmo

— Prefiro colocar na minha cintura mesmo — protestou, enquanto a outra seguia as ordens do caçador de recompensa

Finalmente puderam sentir os raios quentes na pele, depois de 13 anos, Luke e Leia pisavam em Tatooine, Lars sentiu uma nostalgia forte, mesmo com o sonho de se tornar um jedi, ele vivia feliz naquele humilde planeta.

Eles deixaram a Millenium Falcon e foram para o centro de Mos Eisley, Luke focou seus olhos em uma espécie de Dug que estava ao lado de um transporte, ele carregava um tipo de placa escrito em sua língua "levo pra qualquer lugar por dinheiro", Luke desconhecia esse tipo de serviço, com uma esperança que Han soubesse o que era aquilo:

— Han, o que é aquilo? — perguntou, curioso

— Isso é novo aqui em Mos Espa, são pessoas que estão atrás de dinheiro levando as pessoas para qualquer lugar de Tatooine, o preço varia de acordo com a distancia

— Interessante... Pode me emprestar dinheiro? — os olhos do caçador de recompensas se arregalaram

— Como assim, garoto?! — perguntou, irritado — Eu não estou aqui para dar dinheiro para garoto!

— Eu preciso fazer uma coisa, Han, só terei está oportunidade — estava prestes a se ajoelhar — Por favor!

— Dá logo para ele, Han — Leia se meteu, reclamando com o irmão — Temos trabalho a fazer

Han fez uma careta para o loiro, que encarava o homem alto com uma cara de bicho abandonado, ele tirou do bolso um pouco de dinheiro usado em Tatooine e jogou nas mãos de Luke, que se despediu dos dois e foi direto para o Dug que sorriu ao ver um novo cliente:

— Eu volto amanhã, não se preocupem! — ele sorriu, ao entrar no carro

— Se cuide, Luke! — Leia acenou, voltando a andar com seu irmão, Luke voltou sua atenção para o Dug que estava na cadeira de piloto

— E então garoto, vai para onde? — o ser perguntou, brincando com seus bigodes

— Você conhece a fazenda dos Lars?

* * *

Pooja e Padmé cuidavam dos pratos de comida, diferente de Padmé, a Naberrie não tinha servas que a ajudavam, Amidala foi uma das únicas senadoras a continuar com servas a pedido da rainha Jamillia.

Elas riam enquanto conversavam de diversos assuntos, dos mais sérios até os mais descontraídos, 3PO guardava os pratos enquanto R2 só observava os três fazendo todo o trabalha pesado. A família Naberrie já havia deixado a casa e já estava no final da tarde em Naboo, Anakin estava na sala, ainda pensando qual era o objetivo da visita ao planeta:

— Só falta alguns pratos, se quiser pode descansar, Pad — Pooja pediu, enquanto continuava a limpar um dos três pratos

Amidala não reclamou, deixou o resto trabalho para a senadora e para seu robô dourado, R2 a seguiu, a mulher fez uma cara meio triste ao ver que a expressão de seu marido, ele suspirava enquanto olhava para o nada, ela sentou ao seu lado, e com sua mão, fez carinho no cabelo do homem, aquilo sempre o acalmava:

— Tenha paciência — pediu serenamente

— Eu ainda não entendi o motivo de estarmos aqui, Padmé — revelou com um tom meio irritado em sua voz — Eu sei que queria ver sua família, mas temos que fazer o máximo, em breve os sith estarão controlando Coruscant e todo nosso esforço será desperdiçado

— Desculpa, Ani — ela se desculpou, continuando com o cafune nos cabelos loiros do marido — Em breve você entendera o motivo de estarmos aqui, só espere

— Estou acreditando em você — ele a abraçou, tentando mostrar um pouco mais de tolerância

— Sua espera vai dar resultado — garantiu, deixando o abraço mais apertado

Pooja finalmente chegou com o robô ao seu lado, ela usava a mesma roupa, só que uma capa bege dava um toque mais aventureiro para o look, Padmé colocou o capuz novamente e puxou o seu marido, que se levantou. Eles foram até a porta da frente, 3PO os acompanhou, mas logo foi barrado:

— Desculpa, 3PO, poderia esperar aqui em casa? — Naberrie pediu, já fora de casa — Só precisaremos do R2

— Oh, mas é claro, não tem nenhum problema, mas saiba que eu posso ser bem útil, eu posso falar mais de... — R2 começou a reclamar da insistência de 3PO — Eu não estou com inveja R2, céus!

Sem mais atrasos, deixaram o robô resmungando na casa e foram em direção ao speeder de Pooja, ela sentou no banco do piloto e Padmé sentou ao seu lado, no banco de trás, sentava Anakin, que protegia o pequeno R2

O sol já estava se pondo, eles já estavam no speeder há mais ou menos 1 hora e já tinham deixado a cidade de Theed, o speeder passava por belos bosques de Naboo. O veículo parou em uma passagem grande, ao chegarem mais perto, Anakin percebeu que as plantas que cobriam a passagem escondiam uma porta metalica.

Todos pararam em frente á aquela porta e a encararam, R2-D2 foi o que chegou mais perto, ele chegou na tranca da porta, enquanto ele colocava um código diferente, os três humanos observavam a ação do robô:

— Desculpa por não ter te contado antes, Ani — os olhos continuavam fixos em R2 — Esse é um segredo meu, Pooja e do mestre Yoda

O mistério acabou, a porta finalmente foi aberta, os olhos azuis de Anakin brilhavam de curiosidade, e o que estava dentro daquela porta foi algo que ele nunca conseguiria imaginar, um belo campo verde, mais no fundo, uma bela e extensa casa bronzeada.

Ele percebeu que ele não tinha sido o único que ficou curioso, algumas crianças correram até eles, Anakin ficou surpreso ao ver que aquelas crianças usavam as clássicas roupas de um younglin, ainda não havia entendido o que era tudo aquilo. Os supostos younglins estavam curiosos, eram humanos, um gungan e outras espécies que nem eram de Naboo, isso chamou atenção do mestre jedi.

O grupo continuou a andar em direção á casa, a porta já havia sido fechada. Ao entrarem na casa, viram que algumas crianças com as mesmas roupas passavam por lá, e de vez em quando, aparecia pessoas mais velhas, com as mesmas roupas de um jedi:

— Padmé, pode me explicar o que é tudo isso? — o jedi estava confuso, ainda não entendia o que é isso

— Isso começou há 2 anos atrás, quando Yoda me chamou — ela explicava — Ele disse que estava preocupado com os sith a solta, e o que eles poderiam fazer com os jedi, ele sentia que algo muito ruim poderia acontecer. Então pediu para alguns jedi trenarem alguns younglins aqui em Naboo, já que é um planeta bem pacifico, ele achou que seria uma boa ideia

— Espera, então, se temos os younglins e alguns jedi aqui... Quer dizer que não é o fim dos jedi! — Skywalker não deixou de sorrir, o plano de Darth Castious teria sido estragado? — Yoda sempre sentiu o futuro, é incrível

— Agora entende o porque de eu ter vindo a Naboo? — Amidala deu um sorriso sarcástico, Anakin retribuiu com um sorriso bobo

— Bom, devemos falar com a que controla tudo isso — Pooja interferiu, olhando para os lados — Eu sou a menos familiarizada com isso tudo, não sei quem é que controla isso tudo

— Ah! Eu sei quem é— a chanceler se pronunciou

Quando os três ouviram passos, a conversa das duas foi interrompida, eles viraram de costas e se surpreenderam quando viram a possível líder daquilo tudo, os olhos azuis de Anakin brilhavam e seu coração aumentou o ritmo, a mulher era bem mais alta em comparação a Amidala e Naberrie, e era o esperado, ela era de outra espécie afinal de contas, seu montral branco com manchas azuis era o que a caracterizava como uma Togruta.

Sua pele vermelha e as estampas brancas e únicas em seu rosto era inconfundível, usava uma roupa leve cinza, luvas e dois sabres de luz estavam bem a mostra em sua cintura, ela reconhecia todos de lá, mas não esboçava sentimentos sobre isso, continuava com uma cara neutra:

— Ahsoka Tano, ao seu dispor — a jedi revelou a sua identidade

Ahsoka foi a primeira padawan que Anakin teve, a togruta era bem jovem e ingênua quando conheceu Skywalker, mas foi amadurecendo com um tempo, um ano antes de Palpatine revelar o sua verdadeira identidade, Tano deixou a ordem jedi pelo fato dos mestres não confiarem nela. Ela seguiu um caminho diferente, e ninguém sabia de seu paradeiro.

A ex padawan, que agora é uma cavaleira jedi, notou pelos olhos das garotas que elas queriam conversar a sós, e que aquele movimento todo não ajudaria na discussão, que obviamente, seria algo bem sério.

— Vamos para um lugar mais reservado — pediu, já seguindo em outra direção, o grupo a acompanhou, não que tinham outra escolha

* * *

Uma sala mais escura e com algumas cadeiras, cada um se sentou em uma, R2 ficou na porta, apenas observando-os, Ahsoka cruzou as pernas, levando suas mãos para o queixo, Padmé seria a que falaria da situação, afinal, ela era a mais informada dos 3:

— Ahsoka, Coruscant foi atacada — foi curta e direta

— E o templo jedi foi dominado por droids, praticamente todos os jedi foram mortos friamente — Anakin interrompeu, ele sentiu que o coração de Tano apertando ao ouvir aquilo

Os olhos da Togruta se fecharam para poder pensar melhor, a situação realmente estava preta para todos, Ahsoka já sabia o motivo deles estarem ali, obviamente, queriam ajuda dela e dos jedi que estavam lá, e provavelmente, ajuda para criar uma nova ordem jedi após a vitória:

— Yoda estava certo... — suspirou — Vocês querem ajuda, não é?

Todos concordaram com a cabeça, ela se levantou, ficando de costas, puderam ver muito bem o seu montral desenvolvido:

— Meus parceiros jedi não podem deixar os younglins... — explicou, bufando — Mas eu posso, e devo

Anakin deu um sorriso discreto, aquela era a Ahsoka que ele havia ensinado há 18 anos atrás, uma togruta decidida, talentosa e meio teimosa.

— Anakin e eu iremos embora de Naboo amanhã — explicou

— Tempo o suficiente para colocar uma pessoa no comando — sorriu — Não se preocupe, tudo vai dar certo

— Muito obrigada por nos ouvir, Tano — Pooja agradeceu, mesmo sabendo que não poderia fazer mais nada depois da saída de sua tia

— Bom, fiquem a vontade — pediu, na porta da sala

Ahsoka saiu do local sem se pronunciar, enquanto Pooja e Padmé conversavam sobre algo relacionado a rainha do planeta, Anakin se levantou e seguiu a sua ex-padawan, tentando conversar com ela depois de tanto tempo sem vê-la.

Ele a parou, ela sorriu ao ver que seu antigo mestre ainda ligava para ela, já havia se passado tanto tempo, nem lembrava mais de suas aventuras:

— Tudo bem, me explique como você voltou assim do nada — pediu, sorrindo e brincando com a "pirralha"

— Digamos que Yoda soube onde me procurar — explicou — Ele buscava uma maneira de pedir desculpas para mim por todo conselho jedi, agora estou aqui

— Entendo — eles continuavam a andar pelo belo local, e quanto mais ele andavam, mais Anakin notava o quão grande era aquele lugar

Algo acabou chamando a sua atenção, ele parou em frente a uma porta, Ahsoka voltou ao seu lado ao perceber que ele tinha parado, curioso, ele entrou naquele lugar iluminado, parecia que poucos younglins tinham interesse naquele lugar, não eram muitos que estavam lá, afinal, era um lugar cheio de livros, e os jovens de atualmente não eram muito chegados a isso.

Skywalker pegou um livro grande e empoeirado da prateleira de cima, ele era bem pesado, até mesmo para um homem do tamanho e força de Anakin, ele o pós na mesa e viu o título, "o guia da força", seus olhos azulados se arregalaram, um dos livros mais importantes de toda historia jedi estava nas mãos de uma "sociedade jedi escondida", o jedi folheava o livro sem problemas:

— Não tem medo que isso caia em mãos erradas? — perguntou, continuando a folhear o livro

— Eles nunca pegam este livro — explicou, com um sorriso no rosto — Você me parece bem interessado nele

— Sei lá, ele parece ter muitos truques bem úteis — explicou, continuando com a ação

Anakin parou de folhear o livro em uma página que chamou a sua atenção, em seu título dizia "Force Coma", ele se focou naquela página, começou a ler em voz alta>

— "Force Coma é uma habilidade poderosa usada por jedis, poderosa e incomum, poucos jedi conseguem praticar tal método, o método consiste em concentrar a força em seu corpo para entrar em coma, os jedi usam isso quando estão com a saúde em extremo risco por conta de ferimentos e até mesmo doenças, ao concentrar a força no corpo, o usuário entra em coma, assim, a força cuida dos danos em seu corpo, ele fica em sono profundo de 6 meses até 1 anos, porém existem riscos nesta habilidade, as vezes, os jedi podem acabar dormindo por até 20 anos" — ele levou a mão até o queixo, estava interessado naquela habilidade

— Não me diga que está querendo aprender está habilidade... — Tano leu seus olhos — É muito complicada, Anakin!

— Quem disse que eu quero aprender? — perguntou, meio irritado — Só me interessei, a força realmente tem vários segredos

Ao olhar para o lado, pode ver a sua esposa e Pooja o encarando do lado de fora daquela enorme biblioteca, o olhar de Padmé dizia tudo, era hora deles irem embora:

— Ani! — chamou — Temos que ir, amanhã irei conversar com a rainha de Naboo

— Estou indo! — ele avisou, pegando o livro no colo — Ahsoka, posso levar o livro? Prometo que não estrago ele

Sem nem mesmo deixar a togruta responder, ele saiu correndo até as duas mulheres, a jedi tentou segura-lo, mas não conseguiu, e quando viu, ele já estava do lado de fora da biblioteca indo em direção, ela fez um sinal negativo com a cabeça enquanto sorria:

— Você realmente não mudou, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Hello There! Muito obrigada por ler até aqui! Gostou do cap? Deixe um review! Tem uma crítica construtiva? Deixe um review! Isso me deixa super feliz! Pois saberei o que acharam de meu trabalho e também terei mais chances de conversar com vocês, leitores.

Agora devem estar se perguntando, por que a Ahsoka? Ela não faz parte dos filmes e etc. Há um tempo atrás, eu não suportava a Ahsoka, dos eps de clone wars que eu vi no cartoon, fiquei com uma imagem de jedi chata na minha mente, mas depois de começar a rever Clone Wars, percebi que ela não era tudo assim, e adorei a personagem!

Outro motivo é: Estava pesquisando e descobri que Clone Wars realmente fazia parte da linha canon de star wars (não tão canon quanto os filmes, obviamente), então porque não englobar mais universos na minha fanfic?

Espero que tenham gostado desta adição! Deixe nos comments o que achou sobre isso!

E em breve estarei postando a fanfic no Spirit ;)