Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 5
04 - Internet: A Melhor Amiga Do Ser Humano


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior!



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Após eu perguntar para o meu tio se eu podia fazer um estágio na delegacia, ele me olhou entusiasmado e disse para eu trazer meu currículo amanhã. Ele me deu a chave da caminhonete e disse para eu ir embora, já que só voltaria amanhã de madrugada. Fiquei meio chateada com todo o trabalho que eu teria para mandar meu currículo, o currículo que eu não tinha. Nunca havia trabalhado, nem sabia o que era isso, e agora teria de enfrentar isso só pra descobrir coisas dessa cidade, e claro, descobrir sobre essa tal de Kate que o xerife e seus acompanhantes falaram mais cedo.

Cheguei em casa e verifiquei todas as trancas antes de subir para o meu quarto, eu não gostava muito de ficar sozinha, e quando eu ficava, certificava que eu estava devidamente segura, me prevenindo de sequestros e assaltos. E agora meu medo era ainda maior, já que meu tio era um caçador, meus pais eram também, e provavelmente são rodeados de inimigos lobisomens, e o pior que eu nem sei enfrentar um. E pior ainda, eu poderia ser um alvo.

Peguei várias porcarias cheias de açúcar que haviam pela casa, botei-os num prato e subi as escadas, colocando o prato de guloseimas na escrivaninha, em cima do outro que eu havia levado para lá mais cedo. Procurei por todo o meu quarto uma bolsa velha e encardida, achei e me aproximei, pegando nela o meu notebook velho, hoje seria a noite da pesquisa.

Werejaguar, pesquisar.

No meu amigo Google apareceram vários resultados, muitos eu nem sabia identificar o que era, mas então um me chamou atenção: “Werejaguar, o parente do lobisomem”. Cliquei ali mesmo e abriu uma página com um texto imenso.

Pelo o que li, werejaguar era realmente “um parente do lobisomem”, quando eu vi a palavra “lobisomem” no meio, já me espantei. Mas isso era só um grande mito, não acho que Kate realmente é uma, eles talvez nem existam! Talvez seja apenas um apelido que deram à ela pela ferocidade, o perigo. Então não me preocupei tanto.

Eu estava meio inquieta depois dessa pesquisa, e então queria me distrair, procurar coisas na internet e rir de piadas bobas sobre lobisomens, a internet possuía coisas bem estúpidas. Mas então digitei aleatoriamente: Beacon Hills.

Apareceu como resultado principal a página que falava sobre a cidade, mas então li mais abaixo e possuía uma página do Jornal de Beacon Hills, eu nem sabia que aqui tinha essas modernidades. Abri.

“Incidente no Hospital Beacon Hills Memorial.”

Meu Deus, cheguei na cidade há pouco tempo e ela continua me surpreendendo. Li o pequeno texto que noticiava o ocorrido, e nele estavam os envolvidos: Melissa McCall, Scott McCall, e Liam Dunbar. Uma ideia me atingiu, eu queria mais informações. Eu não iria tentar arrancar mais dessa Melissa McCall para dar de cara com Scott, e também por isso não iria tentar algo com ele. Mas Liam, ao contrário...

Como era aproximadamente seis horas da tarde, eu peguei a minha mochila surrada, fechei a casa e entrei na caminhonete velha do meu tio.

Eu iria bancar a jornalista.

Liguei o motor direcionei-me até o endereço desse tal de Liam - o endereço que a amada internet me proporcionou -, o caminho não era tão longo como eu esperava, olhei a casa branca ao meu lado e estacionei na sua frente. Eu estava na frente da casa, parada ao lado da caminhonete, paralisei. Eu havia descoberto uma coisa bem interessante, um dos casos que essa cidade teve, e consegui tudo isso com a internet. Só não conseguia avançar, não sabia o porquê. Mas tirei de algum lugar do meu corpo coragem, suspirei e avancei em direção à casa.

Encarei a porta branca como a casa, encarei-a por mais algum tempo e depois olhei para a campainha, não sabia se batia na porta ou se apertava a maldita campainha. Provavelmente eu não sabia o que fazer só para ganhar tempo de sair correndo e entrar na caminhonete para ir direto para casa. Mas eu era forte, iria conseguir passar por esse pequeno obstáculo de descobrir uma parte da verdade dessa cidade.

Bati na porta.

Ela se abriu.

Fiquei paralisada por um momento mas depois tentei abrir um sorriso simpático, e observei o garoto que estava na minha frente, tinha cabelos acobreados e os olhos bem azuis, aparentemente a minha idade. Senti um calor subir pelo meu pescoço chegando até a minha bochecha, provavelmente estava ficando vermelha nesse momento. Eu não tinha alguma experiência com garotos, mas já tinha visto muitos deles, e certamente alguns eram extremamente bonitos. Não sei o porquê de ter ruborizado justo por ter visto esse. Ignorei todas essas coisas e continuei olhando para ele ainda sorrindo, esperando ele fazer alguma pergunta ou me cumprimentar. O que era difícil, por que na verdade eu que teria que fazer alguma pergunta, afinal eu deveria “entrevista-lo”. Eu apenas não sei o motivo de estar pensando nisso, eu só quero ignorar o fogo nas minhas bochechas.

— Sim? — Disse ele, finalmente.

— Você é Liam, certo? — Perguntei já sem o sorriso no rosto.

— Isso. Algo errado?

— Não, eu só queria perguntar algumas coisas — comecei. — Você estava no incidente que houve no hospital no começo do ano letivo? — Inquiri olhando para ele atentamente. Eu queria estar pronta para qualquer mentira, mesmo que ele não tivesse motivo. Eu acho.

— Sim — disse Liam simplesmente.

— Por que?

— Estava machucado, um acidente no lacrosse.

Assenti com a cabeça, lacrosse era um jogo típico da Beacon Hills High School, era possível sofrer acidentes, tudo nos eixos. Eu não sabia o que procurar.

— E aconteceu alguma coisa estranha por lá? — Interroguei.

— Não, tudo perfeitamente normal — falou ele, mas depois olhou para mim de outro jeito, provavelmente entendendo qual é a minha, ele sabia que eu procurava algo de errado só pelas minhas perguntas. — O que você é, afinal? — Ele disse já com um pouco de raiva no tom de voz, estremeci, não sabia se ele estava perguntando o que eu faria com aquelas perguntas, ou perguntando o que eu realmente era.

— Ãhm... — cocei a garganta. — Uma... hm... — Eu não sabia o que falar, estava tentando ganhar tempo esperando que ele comentasse mais alguma coisa, mas ele fechou a porta em um estrondo e aproximou-se de mim.

— Saia — ele disse lentamente, fazendo o meu subconsciente desmaiar por dentro, me deixando completamente sozinha. — Saia! — Gritou ele já chegando mais perto, eu me afastei um pouco mas logo depois parei, estava completamente desesperada, precisava saber mais uma coisa. Ignorei todo o medo que se apoderava entre minhas entranhas e perguntei:

— Você conhece alguma Kate?

O semblante raivoso sumiu por um momento, e uma faceta meio perdida tomou o lugar, ele coçou a sua nuca e olhou para mim perdido, mas durou apenas alguns segundos.

— Não — ele sussurrou, parecia envergonhado de algum jeito. Olhei a sua expressão e depois olhei diretamente nos seus olhos, que abaixaram-se. Ai meu Deus, ele estava mentindo. Franzi o cenho e olhei para seus olhos azuis de novo, cretino, ele estava mentindo bem na minha cara. Tudo bem que ele nem me conhecia, mas bem que poderia falar a verdade. Ou talvez... talvez essa tal de Kate fosse perigosa, então eu estava certa, werejaguar era um apelido para representar a agressividade da mulher. Eu sou uma gênia.

— Saia! — Gritou ele de novo, fazendo eu me assustar. Ele não esperou eu sair, apenas entrou na sua casa e fechou sua porta bruscamente, fazendo eu encara-la.

Direcionei-me até o carro e abri um sorriso, entrei nele e relaxei no banco do motorista. O garoto havia mentido e ainda me dado mais certeza para o quão perigosa essa Kate era, e a delegacia apenas escondia isso. Ou o xerife, eu não sabia.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui! Gente, eu nem sei em que ano da escola o Scott e os outros estão, é muito confuso sjad Então se o acidente no hospital não tiver acontecido no começo do ano letivo me avisem, ok?
E agora uma coisa meio chata, mas necessária.
A fanfic tem +20 pessoas acompanhando (obrigada por isso), mas menos que a metade comenta, e isso é muito, muito desanimador.
Então se você não quer uma autora triste, comente esse capítulo (assim como nos outros), fale o que achou, se quer que ela continue, eu vou agradecer imensamente, mesmo que não responda o seu comentário.
Obrigada pessoal, até a próxima atualização.