Ruin escrita por Cabbie


Capítulo 9
Eight


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, tive de correr para postar o capítulo. Então, desculpem-me qualquer erro. Não sei se conseguirei postar o capítulo na próxima semana, por isso, não prometo nada.
Boa leitura, gente!



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Capítulo Oito

Aquelas roupas não combinavam comigo. Estavam tão apertadas, que eu já havia questionado uma ou duas vezes o porquê de tê-las mostrado para Christina. Para ela, é claro, aquilo era pura diversão, mesmo que eu estivesse me sentindo totalmente desconfortável.

– Você está muito sexy – ela me elogiou e retirou o excesso de rímel dos olhos – É sério. Estou orgulhosa da minha obra de arte.

Me equilibrei em meu salto alto e respirei fundo. Eu estava usando uma calça jeans toda rasgada e uma blusa que cobria apenas um pouco mais dos seios para baixo. Considerando o quanto eu era baixinha, fiquei com uma altura boa.

– Quero que você se divirta muito essa noite – avisou Christina, fazendo-me pôr uma camada extra de maquiagem.

– Essa mania sua de me arrastar para os lugares está se tornando cansativa – eu suspirei, passando um batom vermelho nos lábios.

Christina franziu a testa.

– Isso é por causa do Tobias?

Fiz-me de indiferente. Aquilo não era por causa dele, e eu tinha certeza disso. Eu só não queria ficar bêbada o suficiente para beijar qualquer cara bonitinho que eu pudesse encontrar naquela festa. Tobias Eaton não tinha absolutamente nada a ver com isso.

– Não, Christina – eu dei uma última conferida em meu reflexo no espelho, observando se tudo estava certo – Tobias não é o meu namorado. Eu posso muito bem ficar com quem eu quiser.

Christina riu.

– Nossa! – E me abraçou pelos ombros – Qual é o motivo de tanto estresse? Achei que você tinha concordado com isso.

Me senti desconfortável. Não era algo que eu gostaria de falar agora.

– Então... – eu disse, sentindo minha boca subitamente seca -, vamos?

– Isso era tudo o que eu precisava ouvir.

Caminhei até o carro de Christina. Esses últimos dois dias, eu havia dormido na casa dela, já que, aparentemente, ela se recusava a acreditar que eu já estava mais do que bem com o episódio anterior da cafeteria. Não totalmente bem, mas eu já estava bem o suficiente para forçar minha mente a esquecer de tudo aquilo.

Ela olhou seu reflexo no espelho retrovisor e o ajeitou. Meu cabelo ficou rapidamente bagunçado por conta do vento que vinha da janela aberta. Em menos de quinze minutos, estávamos na casa de Uriah, onde eu já conseguia escutar a música alta por todo o lugar.

– Ai, meu Deus! – Exclamou Christina e desceu do carro, após tê-lo estacionado – Teremos sorte se não chamarem a droga da polícia. Tris?

Levantei a cabeça para ela, escutando-a. Ela balançou as sobrancelhas sugestivamente.

– Dá para ver que você está totalmente caída por ele. Se quer saber minha opinião, acho que você e Tobias deveriam namorar.

Franzi a testa, recusando-me a ficar irritada logo no início da noite. Mas no fundo eu sabia que algo nas palavras dela me deixaram inquieta. Com um suspiro, empurrei aqueles pensamentos para o fundo de minha mente.

Christina, como sempre, entrou primeiro. Vi toda aquela segurança dela dissipar-se no momento em que ela pôs os olhos em Will, que sorria discretamente para ela. Mas, tão rápido quanto ocorreu a cena, Christina ignorou e voltou a sorrir para mim, como se os últimos segundos nunca tivessem acontecido.

– Acho que seria melhor se você falasse com ele – sugeri, meio desconfortável.

– Falar com....? – Christina fez-se de desentendida, colocando as mãos na cintura fina.

– Nada – desconversei. Estava óbvio que ela não queria falar sobre o assunto.

Haviam inúmeras pessoas que eu não conhecia. Me senti infinitamente pequena no meio de tantas pessoas. Os corpos suados espremiam-se em volta da pista principal. Todos balançavam ao som do ritmo da música.

– Se você ficar fazendo essa cara – advertiu Christina – vou ficar furiosa com você. Achei que tinha prometido que ia se divertir.

– Eu disse em tentar me divertir. Não faço promessas.

– Você é tão sem graça!

Sorri e puxei-a pela mão até onde todos estavam. Ao mesmo tempo, senti meus ombros serem rodeados por Uriah assim que chegamos.

– Olha só – seu tom era de brincadeira -, não sabia que a miss certinha apareceria.

– Bobo – eu o abracei.

Basicamente, Uriah era um dos meus melhores amigos. Depois de Christina, ele era uma das pessoas que eu mais confiava. Éramos amigos desde a infância e mantemos a amizade intacta até então. Era quase impossível ficar menos de um minuto na presença dele sem rir.

– Onde está Marlene? – Perguntei – Ela concordou com você dar uma festa com tantas garotas em volta?

Ele riu.

– Sei que sou maravilhoso, mas, se tem algo que eu aprendi, é nunca, nunca irritar a Marlene – e me abraçou de novo, inclinando-me levemente para o lado – Tento ser o mais fiel possível.

Christina pigarreou, chamando nossa atenção.

– Quer parar de tentar roubar minha melhor amiga, Uriah? – E deu um encontrão nele de brincadeira.

– Ah, então agora você quer brigar? – E encarou ela ferozmente, apenas na atuação.

– Cai dentro, trouxa.

Dei uma alta risada. Eu gostava daquela atmosfera alegre que os dois construíram para mim apenas para que eu não ficasse desconfortável. Ambos sabiam o quão estranha em ficava em festas daquele tipo. Me senti sortuda por meu melhor amigo ser o responsável pela festa acontecendo.

– Queria saber como se pais não te matam por causa dessas festas – Comecei, parando para pensar no assunto pela primeira vez – Não deve ser muito legal chegar em casa e ver o vaso preferido deles dentro da privada, por exemplo.

– Ah, essa é a vantagem de ter pais que trabalham com vendas – e sorriu maliciosamente – Eles quase nunca estão em casa. Até chegarem, eu obrigo Zeke a limpar toda essa merda.

– Fugindo das tarefas por ser o irmão caçula? – Caçoou Christina.

– Interprete como quiser.

Como a música era uma das minhas preferidas, começamos a dançar loucamente ao som dela. Christina pulava e balançava os quadris para qualquer garoto que estivesse à vista. Seguindo o exemplo dela, eu jogava o cabelo de um lado ao outro, escutando as gargalhadas infantis de Uriah.

Quando senti meus pés doerem por causa do salto alto que eu usava, fiquei tentada em tirá-los. Eu sabia que amanhã eu teria bolhas em lugares em que eu nem imaginava que existissem.

– Você pode deixar no meu quarto, se você quiser – gritou Uriah para que eu o ouvisse, já que a música estava super alta – Você sabe onde fica.

Obrigada mesmo, Uriah! – Falei, abraçando-o rapidamente e me esgueirando para sair do lugar mais tumultuado da festa.

Enquanto tentava manter o equilíbrio, dei uma olhada geral nas pessoas da festa, sentindo uma expectativa mínima de ver se Tobias estava entre elas.

E eu o realmente o encontrei.

Ele estava em um canto escuro debaixo da escada, conversando com alguém. Mesmo sabendo da decepção que havia começado a acumular em meu peito, fiquei na ponta dos pés para observar a cena melhor. E, de fato, eu não estava enganada sobre o fato de me decepcionar.

Reconheci a garota como Nita. Ela fazia aulas de inglês comigo e sentava sempre no fundo da sala. Até então, ela nunca havia chamado minha atenção. Agora, por conta de uma parte ciumenta que eu nem sabia que existia, minha única opinião por ela chegou ao desgosto. E eu podia ser muitas coisas, mas não era ingênua. Quando alguém chamava uma garota para o canto mais afastado, era bem provável o que aconteceria logo em seguida, e eu não estava nem um pouco ansiosa para testemunhar aquela cena.

Tobias reconheceu o meu rosto em meio à escuridão. Fiquei impassível, orgulhosa de mim mesma por ocultar as emoções que estavam, até um tempo atrás, tão evidentes em meu rosto.

Vi ele se levantar e andar em minha direção, mas fui pelo caminho oposto. Subi tão rápido as escadas... que quase caí no processo. Na realidade, eu nem tinha motivos para ficar tão irritada.

Tobias não é seu namorado, sua estúpida! Ele pode beijar quem ele quiser, lembrei a mim mesma, embora a sensação estranha em meu estômago tivesse permanecido.

Assim que joguei meus sapatos de salto alto no quarto de Uriah, fiquei imaginando se não seria melhor eu ficar deitada em sua cama o resto da festa inteira. Provavelmente, eu tinha perdido todos os resquícios de animação que ainda haviam restado em mim, e isso era tudo culpa de Tobias.

Mas algo em mim, talvez o orgulho, não permitiu que eu ficasse para baixo. Com a cabeça erguida, decidi seguir o mesmo exemplo que Tobias, até porque... não estávamos em um relacionamento. E eu poderia beijar quem eu quisesse, também.

Assim que saí do quarto de Uriah, dei um encontrão em alguém. Reconheci esse alguém como Zeke, só que menos sóbrio.

– Olá, Tris Prior! – Fiquei assustada quando ele me abraçou, como se fôssemos velhos amigos – Como você está?

E começou a rir. Aparentemente, qualquer coisa era engraçada para alguém que estava bêbado.

– Estou bem – respondi, meio sufocada por conta do abraço – Zeke, ei! Zeke, me solta, seu louco.

Zeke me pegou no colo. Quase chutei sua cara, mas deixei aquela vez passar. Ele me colocou no chão e fez um biquinho, como se eu fosse algum tipo de vilã por ter estragado sua diversão.

– Você já foi mais divertida! – Reclamou. Ele começou a procurar alguém pelos cantos – Onde está Tobias? Achei que vocês estariam no quarto do Uriah fazendo sabe-se lá o quê.

– Seu amigo é um idiota – cruzei os braços, irritada – Estou brava com ele.

– Por quê? – Seu tom de voz continuava engraçado – Você nãaao pode fazer isso com ele, Tris! Não, não pode.

– Fazer o quê, Zeke? – Perguntei, ainda mais confusa do que antes.

– Ficar brava com ele – Zeke cambaleou para trás, tonto – Ele vai ficar chateado. Sim, chateado ficar.

Franzi a testa. Zeke não estava mesmo em seu melhor estado. As palavras estavam se perdendo em sua boca. E, assim que ele percebeu o próprio erro, começou a rir. Ou melhor, gargalhar.

– Quero dizer, ficar chateado – e me abraçou de novo, sacudindo-me de um lado ao outro – Acho que ele gosta de você, sabe? E quando você gosta de uma pessoa, você acaba fazendo tudo por ela. Por isso, não fique brava com ele.

– Zeke, acho melhor você deitar aqui – e levei-o para o quarto de Uriah, ajudando-o a deitar na cama.

– Você é uma pessoa tãaao boaaa, Tris – e, antes que eu pudesse respondê-lo, ele caiu no sono.

Fechei a porta bem devagar, embora soubesse que, no estado em que Zeke estava, aquela seria a menor das preocupações dele. Relutantemente, voltei à festa, ainda com as palavras de Zeke frescas em minha mente.

Ele gosta de você.

Peguei um copo de bebida e o virei todo em minha boca. Eu sabia que me arrependeria muito no dia seguinte, mas minhas outras opções não eram lá muito boas. Deixei que a queimação em minha garganta passasse e virei mais um copo, e mais um.

Quando julguei que havia tomado – aproximadamente - cinco copos, caminhei de volta para a pista de dança. Eu estava meio tonta, mas não chegava a ser pior de como Zeke estava.

Assim que a bebida começou a fazer efeito, comecei a rir descontroladamente. Eu sentia braços em volta de minha cintura e uma respiração quente atrás de meu pescoço. Eu sabia que não era Tobias, porque eu reconheceria seu toque em qualquer lugar.

Julgando pelo fato de que a pessoa também ria como um louco, imaginei que estivesse bêbada. Virei-me para a ela e coloquei minhas mãos em seu pescoço. Seu rosto era uma mancha em minha cabeça, como se eu realmente não me importava com quem fosse.

Deixei com que a pessoa colasse seus lábios em meu pescoço. Ele respirou meu cheiro, dando-me uma leve lambida na mesma região. Eu me senti tão subitamente tensa. Eu gostava mais quando era Tobias quem fazia todas aquelas coisas.

Eu estava prestes a beijar a pessoa e a mandar os pensamentos sobre Tobias para um lugar nem um pouco agradável, mas escutei um comentário que fez todas as partes do meu corpo se retesarem.

– Não disse, Al? – Mesmo um pouco bêbada, reconheci a voz como sendo a de Peter – Tris Prior é mesmo uma vadia. A garota fica mesmo com qualquer um em uma festa. Não quero nem imaginar com quantos caras essa garota já transou.

Peter estava ao fundo. Al estava ao seu lado, olhando-me com uma cara de desaprovação. Deixei com que as mãos do desconhecido caíssem de minha cintura e desprendi-me dele o mais rápido possível. Eu estava prestes a socar tanto Al quanto Peter na cara, mas alguém já tinha feito isso por mim. E muito bem, devo admitir.

– Não diga nem mais uma palavra – grunhiu Tobias, enquanto Peter segurava seu queixo, gemendo – Nem mais a porra de uma palavra!

O nariz de Peter sangrava e ele parecia ridículo. Al ficou surpreso, mas nada disse. O olhar que Tobias o lançou foi o suficiente para que ele mantivesse a boca fechada.

– Vem – Tobias arrastou-me pela mão até lá fora. Mesmo ao fundo, ainda pude ouvir Peter nos xingando.

Tobias me observou com o máximo de atenção possível. Por um momento, achei que ele perguntaria se eu estava bem ou se precisava de alguma ajuda, mas a reação dele foi completamente o oposto do que eu imaginava.

– Que merda você está fazendo?! – Ele gritou, seu maxilar tensionado.

– O que eu estou fazendo?! – Eu gritei de volta – O que você está fazendo?

Tobias respirou fundo, parecendo contar até dez.

– Eu tentei falar com você, daí você me ignora e, como se não bastasse, vejo você dando a oportunidade para o Peter fazer comentários de bosta sobre você!

Eu o empurrei, furiosa.

– Pouco me interessa o que ele fala sobre mim! – Revirei os olhos, um pouco mais controlada – E eu faço o que eu quiser da minha vida. Do mesmo jeito que você tem o direito de enfiar a língua na garganta da Nita, eu tenho o direito de beijar quem eu quiser, droga!

Ele ficou estupefato. Cada músculo de seu corpo estava tenso, depois, pelo o que me pareceu uma eternidade, ele começou a rir. Logo, ele estava com lágrimas nos olhos de tanto gargalhar da minha cara.

– Eu não estava indo beijar a Nita, Tris! – E riu mais um pouco. Aparentemente, contei a piada do ano para ele – A garota levou um fora do namorado. Eu só estava lá porque mandaram que eu fosse. Acredite em mim quando eu digo: eu não estava nem um pouco interessado nela.

Tobias controlou seu ataque de riso e me puxou para ele.

– Eu estava com ciúmes, está legal? – E seus lábios foram para minha testa, beijando-a - Eu não gosto de ver você com outros caras, mesmo que você não seja minha namorada. Ao que parece, eu tenho um lado ciumento.

Respirei fundo, deixando-me ficar entorpecida com o seu cheiro.

– Eu também estava com ciúmes – confessei, minha voz extremamente baixa – Eu estava, Tobias. Eu estava com ciúmes e-.

Tobias calou-me com um beijo. Aquela era, de fato, a melhor sensação do mundo. Cada molécula, cada célula do meu corpo gritava pelo toque dele. Deixei com que aquela coisa toda de ciúmes ficasse para lá, porque tudo o que eu queria era Tobias beijando-me. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e eu me inclinei um pouco mais, temendo que as pessoas dentro da casa nos vissem.

Era o beijo mais terno entre nós, e eu fiquei tentada em congelar aquele momento, aquele exato momento. Suas mãos apertavam delicadamente minha cintura. Não apressamos o beijo. Ao contrário disso, pareceu que ficamos horas ali, nos beijando. Eu ri em sua boca e ele seguiu o exemplo, movendo suas mãos até minha nuca. Não encontrei nenhum argumento para estragar aquele momento, e eu nem pretendia. Minhas mãos na gola de sua camisa o impedia de ficar afastado de mim, mesmo que Tobias não estivesse fazendo nenhum esforço para acabar com o beijo.

– Não sabia que você tinha um lado possessivo – comecei, assim que paramos para encarar um ao outro.

– Só quando o assunto é você – e deu um beijo rápido em meus lábios – Não gosto de dividir o que é meu.

Fiz um muxoxo de desaprovação.

– Não sou nada sua, Tobias.

–Talvez, mas o seu corpo diz o contrário – sussurrou em meu ouvido, com a voz ofegante.

– Lembre-se que não somos namorados – eu o avisei, sentindo a estranha necessidade de dizer aquilo.

– Isso não me impede que querer beijar você... ou tocar você.

Seus lábios estavam tão ternos contra os meus. Tudo o que eu queria era que ele me beijasse ferozmente, sem nenhum laço de compromisso nos prendendo. Nos mantendo ocupados, eu não precisaria me preocupar em dar-lhe uma resposta. Eu não precisaria pensar na possibilidade de que não éramos nada um para o outro, a não ser, é claro, dois adolescentes com os hormônios à flor da pele querendo algo casual como beijar às escondidas.

– E eu não me importaria nem um pouco em ter algo mais sério com você – ele falou, tão baixinho que eu tive de me esforçar para ouvir.

Ignorei o que ele disse, mas as palavras de Zeke começaram a fazer sentido em minha cabeça.

Ele gosta de você.

Ele gosta de você.

Ele gosta de você.

Não.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço comentários?
Até depois, gente! (Ainda não sei se poderia postar o capítulo no próximo domingo)
xx~



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