Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

OIOI GENTE!
Olhem quem resolveu dar o ar de sua graça pelo Nyah...
Pois é, eu mesma.
Ai meus deuses!
EU AMEI OS REVIEWS DE VOCÊS DO ÚLTIMO CAPITULO!
Sério, fiquei/estou muito in love por eles. Eu não terminei de responder ainda porque minha internet deu uns problemas tecnicos de leitura do modem no notebook, mas agora eu resolvi,e , assim que postar o capítulo de hoje, irei responder TODOS. Não me matem, a culpa é do modem, pessoal.
Quero também expressar meu amor eterno pela Bia (Amoeba) diva gata louca maravilhosa *-* que RECOMENDOU essa humilde fic.
BIA, EU TE AMO! SUA LINDA! ME ABRACE!! ESSE CAPÍTULO É DEDICADO ESPECIALMENTE À VOCÊ!
~Pronto,agora chega né Tha~
Seguinte, postei uma one, e vou deixar o link lá nas notas finais para caso alguem quiser ler (PODEM LER VIU, LITTLES?)
Ow, vou dar boas vindas também pro pessoal novo que está acompanhando a fic:
OI GENTE!
Agora vou agradecer às pessoas divas que comentaram divamente capítulo passado:
Ana Uchiha di Angelo, Thalia Salvatore, Lua Stoll,Cassie Jackson, mulher bionica 123, percabeth, Uma Garota de Papel, mary chase delacour potter,arielfl15, Maia, Isaah, Lana Grace, LauraCK, Ana Beatriz, Anônima, The Girl, Amoeba, vitorhmc,Serial Killer, Biancaamacedo e Karina. Vlw pessoal! Vocês são os melhores!
Obrigada também ao pessoal que favoritou a fic! Seus lindos! Podem favoritar mais que eu vou amar!
Esse capítulo não tá dando pra colocar musica, mas se alguém quiser ouvir Green Day, eu aconselho (propagando modo on) eu escrevi o capitulo ouvindo "X-Kid", "Stay the Night" e "Lazy Bones", não sei se vale de alguma coisa, mas eu gosto dessas musicas. Na verdade, eu amo qualquer musica do Green Day, então tanto faz '-'
BOA LEITURA!



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"Yeah, you so sick and tired of feeling so alone

Well, I don't understand the point if you have to go home

[...]

Say you'll stay the night

Because we're running out of time

So stay the night

Well I don't wanna say goodbye"

As sapatilhas de Annabeth batiam de forma constante e ritmada contra o piso de mármore escuro enquanto ela aguardava a demora inexplicável de Percy para atender a porta.

Annabeth realmente estava se perguntando o que estava acontecendo dentro daquele apartamento, porque tudo o que ela conseguia ouvir eram gritos e risadas que, não eram de outro canto senão dali, já que só havia mais outra porta naquele andar, e por trás dela não tinha um ruído sequer.

Por um momento, ela quis simplesmente dar meia volta em direção ao elevador, entrar em seu carro, chegar em casa e desabar em cima de sua cama macia e confortável para dormir tranquilamente por toda a tarde ao invés de perder seu precioso tempo ali, parada e precisando de um notável descanso.

Ela pensou em bater mais uma vez na porta perfeitamente branca a sua frente, mas odiava parecer insistente, por isso apenas suspirou e se virou, pronta para ir embora e dormir. Mas, como se estivesse tendo todos os seus movimentos observados, no exato momento em que desferiu tal movimento, o som do destrave da tranca e da maçaneta girando invadiram sua audição, forçando-a a parar.

Percy abriu a porta e sua aparência não era das melhores, para falar a verdade, Annabeth nunca o tinha visto tão desarrumado como na ocasião; os fios negros pareciam um trilhão de vezes mais bagunçados que o normal, despontando para direções possíveis e impossíveis, as pálpebras de seus olhos estavam caídas,as sobrancelhas franzidas e as bochechas rosadas. Isso sem contar suas roupas, que não eram as quais Annabeth estava acostumada a vê-lo usar; camiseta preta de mangas curtas e calça de moletom cinza.

Quem era aquele e o que tinha feito com seu namorado impecável?

– Oi – ele murmurou sem ânimo, mas ainda assim sorrindo fracamente.

– Você está bem? – foi a primeira coisa que Annabeth conseguiu proferir.

– Estou, eu só ... – ele começou , logo sendo interrompido por mais gritos, então tentou continuar mas algo – não, algo não, alguém – se agarrou em suas pernas.

Annabeth arregalou os olhos, totalmente surpresa. Definitivamente, não estava esperando aquilo.

– Tio Percy! Me salve! – uma garotinha disse de forma meio sôfrega, respirando rápido, o cabelo castanho e liso extremamente bagunçado e os olhinhos azuis agitados.

– Ah meu Deus! Venha cá – ele estendeu os braços, pegando a garotinha no colo –Não se machucou não, né?

– Não.- ela confirmou, passando os braços ao redor do pescoço do rapaz.

Annabeth ainda estava estagnada. De onde aquela criança tinha surgido?

– Entre Annabeth. – Percy se afastou da porta, de forma a dar uma abertura para que a loira entrasse.

– Como...? Onde...? – ela balbuciou perdidamente, indicando o dedo na direção da garotinha.

– Vou te explicar – ele balançou a cabeça para cima e para baixo – Mas entre logo.

Ela obedeceu, mas assim que fechou a porta por detrás de si, achou ter entrado no apartamento errado.

Brinquedos estavam espalhados por todos os cantos da sala, trilhando até a cozinha assim como no corredor. Eram bonecas, carrinhos, peçinhas de Lego, cartas de jogos... uma variedade.

– Percy – Annabeth chamou – Onde você arranjou todas essas coisas que estão espalhadas? Onde você arranjou uma criança? Por que você arranjou uma criança?

– Olha, Annabeth – ele começou de novo, e mais uma vez foi interrompido:

– Tio Percy!

Annabeth sentia que ia desmaiar.

Outra. Outra criança por ali. Um menino dessa vez, idêntico à menina.

– Você resolveu abrir uma creche por aqui? É isso? – ela arqueou as sobrancelhas.

– Uma creche não. Mas estou de babá.

– Quem é você? – o menininho uniu as sobrancelhas, direcionando os olhos azuis na direção de Annabeth.

– Ahn – ela coçou o cabelo e se agachou, apoiando as mãos nos joelhos numa tentativa de se igualar a altura do garoto – Eu sou a Annabeth.

– Annabell? – ele perguntou meio confuso.

– Não, não. Annabeth.

– Nunca vi ninguém com esse nome.

– É meio estranho mesmo – a loira concordou – E você? Qual seu nome?

O garoto olhou para trás, como se perguntando à Percy se devia mesmo se identificar, ele assentiu com a cabeça, o incentivando.

– Charlie.

– E eu sou a Sophie – a menina também se apresentou, descansando a cabeça no ombro de Percy – Ela é sua namorada, Tio Percy?

– É sim.

– Onde você arranjou essas crianças, Percy? – Annabeth repetiu.

– Os pais deles são meus vizinhos, do apartamento da frente e, bem, tinham uma reunião à trabalho só que a babá que eles haviam contratado decidiu de ultima hora que não viria ficar com as crianças, então... O Charles me pediu pra cuidar dos dois por hoje, e como ele é meu amigo, eu não pude negar.

– Ah – ela murmurou, dando um sorriso logo depois – Então tá. Eu já vou indo. Nos falamos depois. Tchau, Charlie.Tchau, Sophie.

– Como assim? Onde você está indo, Annabeth? – Percy pareceu chocado ao vê-la acenando em despedida, já com uma das mãos na maçaneta da porta.

– Eu estou indo embora para a minha casa – Annabeth disse – Não é obvio?

– Mas você não pode. Quer dizer, não pode ir embora agora.

– Eu volto depois, Percy. Não quero atrapalhar seu dia de babá.

– Você não está entendendo – ele a fitou, sério – Quando o porteiro interfonou pedindo autorização para a sua subida, eu vi uma chama de esperança ao longe, quer dizer, você é mulher, naturalmente sabe mais como lidar com crianças. Tem que ficar aqui e me ajudar, Annabeth. Por favor!

– Não vou ajudar em nada, porque também não sei como cuidar de crianças.

– Mas, Annabeth...

– Percy, você não irá me convencer.

_______________________________________________________

Francamente, passar o sábado sentada em um sofá, com uma garotinha em seu colo enquanto assistia um filme infantil de um dos inúmeros canais da TV a cabo e comia pipoca, não era o que Annabeth desejava para si.

Queria matar Percy por metê-la nessa enrascada de babá em conjunto. Pelo o que ela sabia, namorados não eram obrigados a cumprir com as responsabilidades uns dos outros. Mais tarde, teria que conversar seriamente com ele sobre isso.

Tudo bem que, no fundo, Annabeth até que estava gostando dos gêmeos, afinal, apesar dos pesares eles eram tranqüilos para a faixa etária de cinco anos de idade.

A garotinha –Sophie- tinha desenvolvido uma afeição e um amor instantâneo por Annabeth, o que acabou por ser correspondido. Charlie também tinha demonstrado seu contentamento, embora, diferentemente da irmã, preferisse apenas se sentar no tapete e brincar com seu carrinho.

– Tia Annabeth – ele chamou, deixando o brinquedo de lado e olhando para cima, na direção de Annabeth.

– Sim?

– Cadê o Tio Percy?

– Ele foi ao banheiro. Não se preocupe, ele não vai demorar.

Sophie se aconchegou ao colo de Annabeth e passou suas mãos pequeninas e delicadas pelo cabelo da loira.

– Ele ‘tá fazendo xixi? – semicerrou os olhos azuis.

– Ou cocô... – acrescentou Charlie de forma pensativa.

Annabeth teve que rir:

– Não sei o que ele está fazendo, e prefiro continuar sem saber.

– O que você prefere continuar sem saber, Annabeth? – Percy surgiu de repente na sala.

– Nada. – ela disse simplesmente, era melhor não entrar em detalhes.

Ele não respondeu, apenas se sentou ao lado dela, olhando vagamente para os desenhos animados que passavam na TV. Havia tanto tempo que Annabeth não via um programa infantil, que sequer conseguia identificar os nomes deles.

Sophie perdeu o interesse na TV, maneando a cabeça de Percy para Annabeth e de Annabeth para Percy uma centena de vezes, até que, por fim, resolveu falar:

– Vocês namoram de verdade?

Instantaneamente, Percy voltou o olhar para ela.

– Namoramos – ele estreitou os olhos verdes e franziu o cenho, estranhando a pergunta.

– Então por que vocês não beijam? – ela questionou mais uma vez.

Annabeth deu um mínimo riso de nervoso.

– Porque não.

– Por quê?

– Eu não sei. – Annabeth olhou para Percy, buscando algum tipo de ajuda - Por que, Percy?

Ele bem que queria saber também, sabia que tanto ele quanto Annabeth eram meio secos para esse tipo de coisa, mas realmente não sabia por quê.

– Porque... Eu não escovei os dentes. – ele inventou qualquer coisa para pôr fim naquele assunto.

– Por que vocês não têm um bebê?

Annabeth quase engasgou com a pipoca que havia acabado de colocar na boca.

Percy se manteve neutro e cruzou os braços sobre o peito, pensando a respeito do assunto.

– Acho que é porque dá bastante trabalho. – ele respondeu coçando uma parte do cabelo.

– Se você tivesse uma bebezinha aqui eu ia ‘vim’ todos os dias para brincar com ela, Tio Percy – Sophie assegurou.

– Eu não – Charlie parou de emitir “Vrum” enquanto passava o carro azul de brinquedo sobre o tapete – Só ia ‘vim’ se fosse um menino, Tio.

– Podem ficar tranqüilos – Percy mordeu o lábio inferior, escondendo o sorriso – Aqui não terá um bebê tão cedo.

– Como faz pra ter um bebê? – Sophie insistiu.

“Droga de fase irritante cheia de curiosidades” pensou Percy.

– Você tem que comprar, Sophie – para a surpresa de Percy, Annabeth se ofereceu para responder – E é bem caro.

Os olhos azuis de Sophie brilharam, encantados com a ideia.

– Então é só você comprar um e dar pra Tia Annabeth, Tio Percy!

– Compra um menino! – Charlie comentou.

– Acho que está na hora de vocês dois lancharem – Percy se levantou, esperando que sua idéia fosse o suficiente para que aquela conversa se encerrasse logo – Quem quer comer um pedaço de bolo de chocolate?

_______________________________________________________

– Isso! Agora salta! Não! Esquerda! Vira à esquerda! Não! Não pra direita, Charlie! Se concentra! – Percy gritava instruções de comando para o garoto com o console de videogame ao seu lado no tapete.

– Tá bom! Tá bom! ‘Tô concentrado! – os olhos azuis de Charlie estavam vidrados na TV de 50 polegadas presa ao painel de parede.

– Ali! Está vendo a saída? Passa por ela, logo!

– Uhum, Tio Percy. Pode deixar.

Silencio.

– AH! ESSE É MEU GAROTO! ISSO, CHARLIE! PASSAMOS DE NÍVEL! VIU COMO É FÁCIL?– Percy gritou em comemoração, abraçando o garotinho ajoelhado ao seu lado.

Annabeth não pôde se controlar, quando se deu por si, já havia puxado uma das almofadas do sofá e a acertado na direção de Percy.

– Percy, pelo amor de Deus – ela pediu – Se controle e pare de gritar.

– Desculpe – ele olhou para trás, constrangido – Foi muita emoção, não consegui controlar.

Annabeth revirou os olhos e voltou a se concentrar nas mechas castanhas e lisas do cabelo de Sophie sentada de pernas cruzadas como índio entre suas próprias.

– Posso ver agora? – a pequena dobrou a barra do vestido azul escuro, ansiosa.

– Espere mais um minuto, querida. Já estou terminando.

– Eu vou poder fazer no seu cabelo também?

– Ah, claro. – Annabeth respondeu, o cenho franzido em concentração e as mãos se mexendo de forma eficiente ao envolver mecha em mecha, fazendo uma trança lateral tomar forma no cabelo. – Pronto! Pode ir no quarto se olhar no espelho.

Ela nem precisou falar duas vezes, pois num instante a garotinha já tinha dado um salto para fora do sofá, disparando na direção do quarto de Percy, fazendo com a loira a seguisse.

– E então? Você gostou? – ela perguntou, notando a empolgação da menor ao se admirar no espelho.

–Amei, Tia Anne! Acho que quando a mamãe ‘ver, vai querer fazer no cabelo dela também!

– Isso é ótimo! –Annabeth sorriu – Você já sabe como se faz, certo?

– Arram. – Sophie sorriu – Agora é minha vez de mexer no seu cabelo.

– Tudo bem – a mais velha cedeu, sentando-se novamente, mas na cama de casal dessa vez, batendo a mão ao seu lado, indicando o lugar a garotinha – Vem. Sente-se aqui.

Prontamente, Sophie subiu na cama, engatinhando até o lugar indicado e se posicionando.

– Eu queria tanto ter cabelo amarelo como o seu – ela comentou tristemente enquanto passava os dedos pequenos entre os fios de cabelo de Annabeth, que sorriu.

– Não se diz “cabelo amarelo” – ela corrigiu delicadamente – Se diz cabelo loiro. E o seu é lindo, querida.

– Mas o seu cabelo loiro é mais lindo. – Sophie insistiu.

– Então eu vou te contar um segredo- Annabeth se remexeu, virando-se de frente para a garotinha – Eu sempre quis ter o cabelo escuro assim como o seu só que, como daria muito trabalho ficar pintando, eu acabei deixando para lá e me conformando com ele loiro desse jeito.

– Não quero pintar meu cabelo de loiro todo dia.

– Não é mesmo uma boa idéia. Seu cabelo é muito mais bonito castanho porque contrasta com seus olhos azuis.

– O que é “contrasta”?

– Contrasta é tipo, destaca. – Annabeth explicou resumidamente e de uma maneira mais compreensível.

“Ahh” – Sophie murmurou sem emitir som.

Annabeth até iria dizer mais alguma coisa, mas paralisou assim que viu um pequeno ser peçonhento passar pela abertura da porta.

– PERCY! PER-CY! PERCY! –ela gritou repetidas vezes, já pondo-se de pé em cima da cama. –PER-CY! ANDA LOGO!

– O quê? O quê foi? – o rapaz atravessou o quarto dentro de meio segundo, dando uma olhada ao redor, alarmado – O que aconteceu?

– ARANHA! MATA! ANDA! MATA LOGO!

– Como assim aranha?

Se Annabeth não estivesse tão apavorada, teria desferido um soco na cabeça dele, para deixar de ser lento.

– ARANHA! AÍ NO CHÃO! AI MEU DEUS! ESTÁ PERTO DE VOCÊ! MATA! MATA!

– Mas, Annabeth...

– SÓ MATA A DROGA DA ARANHA!

A essa altura,Sophie também já tinha entrado em desespero dizendo coisas como “ESSA ‘ALANHA’ VAI ME MATAR” “EU ‘VÔ’ MORRER” “MATA ELA LOGO, TIO PERCY”

– Como eu mato isso?- Percy pareceu desesperado, perseguindo a tal aranha por todas as direções.

– DÊ SEU JEITO, PERCY! SÓ MATA LOGO! AH, NÃO! ELA TÁ FUGINDO, PERCY! ANDA! NÃO PERDE ELA DE VISTA!

Ele correu na direção do banheiro de seu próprio quarto com um sapato qualquer que tinha achado pelo caminho.

– MATEI! – ele saiu de lá de dentro com uma das mãos no cabelo e segurando o sapato aniquilador de aranhas na outra – Podem descer de cima da cama.

– Tem certeza que ela morreu mesmo, Percy? – Annabeth não parecia nada convencida.

– Tenho, Annabeth! Eu matei direitinho. Já está tudo bem.

Ela não se moveu.

– Você quer que eu a leve até a sala no colo? – ele suspirou.

– Não. Claro que não. Eu posso andar.

– Não é o que parece, já que você não desce dessa cama.

Annabeth recuperou a compostura, ajeitando o cabelo e descendo da cama com o nariz empinado e ar de superior, como se nunca tivesse acabado de dar um chilique por causa de uma aranha.

– Vem, Sophie – ela estendeu os braços na direção da menor – Eu te levo até a sala.

Percy achou que seria meio maldoso de sua parte, mas não resistiu a encostar um dedo no pescoço de Annabeth e gritar “Aranha” enquanto ela atravessava a porta. Ele tinha que reconhecer, a reação dela diante daquilo não tinha sido nada sana, muito pelo contrario. Fora hilária.

– O que foi? – Charlie perguntou,ainda concentrado no jogo.

– Uma ‘alanha’ cabeluda lá dentro do quarto do Tio Percy, Charlie! – Sophie explicou ao irmão, que pausou o jogo e a encarou:

– Já matou?

– Arram.

– Que dó.

– DÓ?COMO ASSIM, CHARLIE? ELA ERA HORRÍVEL E NOJENTA! – Sophie disse, indignada com a postura de seu irmão.

– Muito nojenta – Annabeth enfatizou em voz baixa.

– Que exagero, Annabeth – Percy ralhou – Mal posso acreditar que você me fez deixar o jogo para matar uma pobre de uma aranha.

– Não me julgue – ela deu de ombros.

Percy abriu a boca para retrucar, mas duas batidas na porta o interromperam.

Annabeth atravessou os brinquedos espalhados pelo cômodo, que mais se assemelhavam a obstáculos de percurso, e abriu a porta.

Ela não soube exatamente o que falar quando se deparou com um casal desconhecido mas ao mesmo tempo, familiar à sua frente.

– Pois não?

O homem, que devia estar na casa dos 29 ou 30 anos e era um tanto alto e forte, coçou uma parte do seu cabelo castanho de corte militar e sorriu, amistoso:

– O Percy está?

–Ei, Beckendorf -Percy tropeçou até a porta antes que Annabeth respondesse - Oi,Silena!

Dessa vez que se pronunciou foi a mulher de olhos azuis elétricos. Silena, pelo o que Annabeth notara:

– Então, Percy? – ela sorriu magnificamente,e , no fundo, Annabeth sentiu uma pontada de inveja por tudo naquela mulher ser bonito. – Eles deram muito trabalho?

– Mamãe! – Charlie passou por debaixo das pernas de Percy e se agarrou à morena – Papai! – Sophie repetiu o ato, como um foguete de tão rápida.

–Estava perguntando ao Percy se vocês deram muito trabalho hoje – Silena se agachou e olhou para Charlie – E eu espero que a resposta seja negativa, rapazinho.

– Nós ficamos quietinhos, não é Tio Percy? – Charlie olhou para o rapaz enquanto concertava a gola polo de sua camiseta vermelha.

– Ah, sim. Hoje foi bastante tranqüilo em relação a algumas outras vezes. – ele confirmou.

– Percy, nos desculpe, mais uma vez - Beckendorf pediu –Silena e eu realmente temos que achar uma outra babá.

–Eu sou um bom babá –Percy sorriu –Não querem me despedir, não é?

–Você é ótimo –Silena assegurou –Mas duvido aguentar a Sophie e o Charlie por mais um dia. Aliás, acho que o mérito de hoje nem é inteiramente seu – ela fitou Annabeth que até o momento tinha se mantido parada, apenas observando a cena , e sorriu amigavelmente – Imagino que você seja a Annabeth. Percy me falou de você. Eu sou a Silena.

–Acho que não faz mais sentido eu dizer meu nome – Annabeth falou sem graça para Silena.

– Também devemos desculpas a você, Annabeth. Alias, eu sou o Charles. – o homem a estendeu a mão –E,realmente não queríamos atrapalhar nenhum compromisso de casal seu e do Percy.

– Ah, não – Annabeth sorriu – Está tudo bem.

– Mamãe – Sophie chamou – A Tia Annabeth me ensinou a fazer trança lateral, olha – ela virou a cabeça, exibindo o penteado.

Silena esboçou aquela típica cara de mãe surpresa e orgulhosa dos filhos e sorriu:

– Ah, que lindo, querida! Você agradeceu a Annabeth?

– Obrigada, Tia Annabeth.

– Não tem de quê, Sophie.

– E pai, o Tio Percy me ensinou a passar de fase em um jogo! – Charlie contou, animado.

– Então vamos deixar o Tio Percy descansar por hoje, certo? – Charles pegou o filho no colo, e Annabeth percebeu o quão parecidos eles eram, fora os olhos azuis que obviamente vinham da genética de Silena.

– Os brinquedos, Charles – Silena lembrou –Entre lá dentro e pegue todos.

– Não se preocupe, Silena. Eu mesmo busco – Percy disse prontamente e, minutos depois já tinha voltado com a sacola de brinquedos antes espalhados pelo apartamento.

–Obrigada – Silena agradeceu, equilibrando a enorme sacola em um dos braços e olhando para as crianças – Agora, dêem tchau pro Percy a pra Annabeth.

– Tchau, Tio Percy! – os dois abriram os braços e se inclinaram sobre Percy com um abraço de uma só vez.

– Tchau. – ele sorriu – Voltem outro dia, está bem?

– Arram – Sophie assentiu e transportou o abraço para Annabeth, assim como Charlie – Tchau, Tia Annabeth! Você é muito legal!

– Tem medo de aranhas, mas ainda é legal – Charlie acrescentou, fazendo a loira sorrir.

– Ah, obrigada. - ela sorriu -Vocês também são legais.

– Venham crianças – Silena chamou – O papai já entrou em casa. Vamos logo.

Os menores caminharam animadamente em direção à única outra porta do andar, seguindo Silena, que, antes de fechar a porta acenou mais uma vez e desejou uma boa noite para o casal restante.

Percy deu um suspiro cansado e trancou a porta de seu próprio apartamento, desabando no sofá logo em seguida.

–Agora ficou tudo silencioso e vazio – Annabeth comentou, recostada sobre a sacada com os braços cruzados, olhando para o céu escuro lá de fora.

– Já está sentindo falta das crianças? – Percy indagou, endireitando as costas – Mas elas foram embora não têm nem quinze minutos, Annabeth.

– A Thalia vai rir de mim quando disser que passei o dia como babá de gêmeos e, no fim, ainda senti falta deles depois de terem ido embora.

Percy emitiu um riso sem forças, mas nada mais comentou a respeito.

Annabeth se cansou do céu,e caminhou de volta para a sala, fechando a porta de correr feita inteiramente em vidro para impedir a passagem de vento frio pelo cômodo.

Os dois continuaram em silencio por um curto tempo, até que ela decidiu ir também em direção ao sofá, mas sentando-se de lado no colo de Percy.

Ele não se importou, afinal, esguia e magra como era, ele mal sentia o peso de Annabeth sobre si.

–Preciso ir embora – ela anunciou embora tivesse se aninhado contra o peito dele.

– Não vá. – ele envolveu a cintura dela com um dos braços, enquanto a mão disponível passava uma mecha loira que caía sobre os olhos de Annabeth para trás de sua orelha.

– Não posso ficar aqui, Percy.

– Há um mês você não dorme comigo – ele franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior – Estou me sentindo rejeitado.

– Me dê um bom motivo para não te rejeitar hoje. – ela beijou a bochecha dele.

– Dormir comigo já é um ótimo motivo, Annabeth. –Percy sorriu, os olhos verdes cheios de divertimento.

– Desculpe. – ela afastou o rosto do peito dele, fitando-o debaixo com a cabeça erguida – Você não me convenceu.

– Já entendi onde você está querendo chegar com esse seu joguinho, Srta. Chase – o rapaz sorriu sem mostrar os dentes perfeitos –Sei exatamente do que você gosta.

– Então do que eu gosto?

– Disso aqui – ele desceu os lábios até a mandíbula dela e depositou um beijo suave por ali.

– E do que mais? – Annabeth sussurrou, apertando os ombros dele com força.

– Não vou demonstrar mais – Percy afastou os lábios da pele dela. – Você disse que eu não tinha te convencido... pois então deixe para outro dia. Quando eu te convencer.

Annabeth fez um muxoxo de decepção, mas então se inclinou sobre o moreno, roçando o nariz sobre maxilar marcado do mesmo, sentindo a barba mal aparada da região a pinicar, e, não se importando com mais nada, mordeu delicadamente.

Percy fechou os olhos momentaneamente e então afastou Annabeth de cima de si.

– Pode parar, Annabeth – ele reclamou, indignado –Como você quer que eu te convença de alguma coisa se fica dominando a situação? Não, não. Não gostei disso.

– Mas, Percy...

– Não tem nada de “Mas, Percy...” – crispou os lábios – Você irá ficar quietinha enquanto eu convenço-a.

E, antes que ela sequer protestasse de novo, ele já havia dado um jeito de se posicionar por cima dela sobre o sofá, um joelho de cada lado do quadril da garota, os lábios já dominando o pescoço alvo.

– Está convencida? – ele murmurou com a boca rente ao ouvido de Annabeth.

– Não – ela conseguiu negar com dificuldade na respiração.

– Uhum – o rapaz pressionou a cintura dela, dessa vez, beijando seu colo coberto pela blusa de seda –Estou te convencendo agora, uh?

– Nah... Ah...não – ela suspirou sofregamente.

Por fim, Percy colou seus lábios sobre os de Annabeth, e,talvez fosse a imaginação dele, mas ele poderia jurar que havia ouvido-a gemer, e como se tivesse a fim de tirar a duvida dele, ela gemeu novamente, com muito mais clareza.

Percy se afastou e deixou um sorriso sacana se formar por seus lábios:

– Acredito eu que, com enorme êxito, acabo de convencê-la a ficar.

Annabeth apenas fechou os olhos.

– Viu só como eu tenho disposição para conseguir o que eu quero, Annabeth? – ele continuou com o sorriso nada inocente no rosto.

– Espero que você também detenha de outro tipo de disposição pelo resto da noite –o olhar negro dela se cruzou com o verde musgo dele. – Porque acabo de ter grandes e ótimas idéias.

– Então, nesse caso – Percy comprimiu os lábios e, determinado, afastou mais alguns fios de cabelo da testa de Annabeth – Sugiro que comecemos agora mesmo a pôr em pratica essas suas idéias.


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Notas finais do capítulo

OI DE NOVO, LITTLES!
Esse capítulo não foi meloso porque o anterior foi demais, então eu moderei. Ou pelo menos, tentei moderar.
Também achei que faltava uma coisa infantil na historia para não deixar tudo chato e adulto demais. Mas fiquem tranquilos, próximo capítulo tem coisinhas meio adultas a serem discutidas huehue
AHHHHH! Eu só queria dizer que, se algum leitor, lindo, divo, que gosta de mim (esquece, risca isso) enfim, se alguem quiser ler alguma coisa escrita pela minha pessoa, leia minha one, comente e favorite, divulgue pros amigos, recomende, ou sei lá. Eu agradecerei muuuuuito! O link é este aqui: https://fanfiction.com.br/historia/640224/Far_Away/
Por favor, ajudem a Tha e leiam/comentem/favoritem a one.
Agora, sobre Lost Stars:
COMENTE TAMBÉM!
FAVORITE TAMBÉM!
RECOMENDE TAMBÉM!
É isso, e, tá meio tarde agora, mas... comentem antes de irem dormir, eu também irei revirar a noite respondendo comentarios, então tá tudo certo.
Bye Bye, Littles Kids!
Eu amo vocês.
Não se esqueçam da one;
e não se esqueçam de comentarem o que acharam deste capitulo, okay?
Kisses!



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