Lost Stars escrita por filha de Afrodite


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente!
Nem sei o que eu estou fazendo aqui, mas ok.
Vocês são tããão lindos! Quero agradecer à todos os comentários anteriores:
XX, Anônima, Thalia Salvatore, LauraCK , Luluca, Lua Stoll , Maia, arielfl15, Isaah, Laís Silva, J Lannister, Veve Percabeth , Cassie Jackson , Amy, Ana Beatriz, vitorhmc e logadra forever.
Gente, eu estava sem criatividade pra esse cap. também, daí eu pedi ajuda pra minha amiga Laís, só que não deu muito certo, porque se dependesse dela, nesse cap. o Percy e a Annabeth já iam ter filhos... então eu to ate agora refletindo da razão pela qual eu estou postando essa droga de cap. que não é fofo, não é meloso, não é nada.
Boa leitura...



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"The bed's getting cold and you're not here

The future that we hold is so unclear

But I'm not alive until you call

And I'll bet the odd's against it all

[...]

But the heart wants what it wants"

– Annabeeeeth... Você não pode me deixar! - Percy implorou envolvendo os braços em torno da cintura de Annabeth.

– Percy! Me solte...! - a garota insistiu enquanto tentava se desvencilhar dos braços do rapaz que a abraçava por trás.

– Não. - ele continuou a negar, ainda ajoelhado na cama - Não e não.

– Eu tenho aula e você tem que trabalhar. - lembrou ela

– Posso desmarcar todos os meus pacientes de hoje por você... - ele sussurrou depositando um beijo entre o ombro e o pescoço de Annabeth.

– Percy...

– Não posso ficar sem você.

Ela ficou quieta por um instante e tudo o que se podia ouvir no cômodo era o som da respiração de ambos.

– Annabeth - Percy chamou - O que foi?

– Digamos que você vai ter que suportar ficar sem mim durante alguns... dias.

Ele, hesitante, a soltou.

– O que isso quer dizer?

Annabeth se virou para que pudesse encará-lo nos olhos.

– Eu estava tentando achar uma forma de te dizer isso, mas... - ela colocou uma mecha de cabelo por trás da orelha, pensando no que dizer - No próximo final de semana eu vou embarcar pra San Francisco.

– Está me dizendo que...

– Eu vou visitar meus pais. - ela concluiu.

– Assim... de repente?

– Não é tão de repente assim, minha mãe já vinha me falando que estava com saudade, como meu pai também, então chegamos à conclusão de que eu devia ir pra Califórnia.

– Entendo - o rapaz murmurou - Esses dias... vão ser exatamente quantos?

– Quinze.

– Quinze?!

– É, Percy.

– Não vai ser nada legal passar quinze dias longe de você - ele ponderou - Mas eu não posso fazer nada pra impedir, então... - a frase ficou pelo ar, incompleta.

– Você poderia ir comigo - Annabeth comentou - San Francisco é uma boa cidade pra se conhecer.

Percy sorriu tristemente diante da proposta.

– Eu adoraria. Iria pra qualquer lugar com você - ele confessou - Mas tem a clínica, eu não posso sair do nada.

A loira mordeu o lábio inferior, parecia decepcionada e ao mesmo tempo conformada.

– Eu imaginei que você diria isso.

– Eu sinto muito. Gostaria mesmo de te acompanhar.

– Tudo bem, Percy.

Na verdade, não está nada bem. Não vamos nos ver por quinze longos dias.

– Pense que você me tem aqui e agora. - ela deu um levíssimo sorriso - Isso não é bom?

Ali, com a luz que atravessava a cortina persina iluminando fracamente o rosto delicado e rosado , os fios de tom caramelado despontando para todas as direções, e os olhos extremamente escuros, Percy ficou embevecido e ligeiramente embriagado por Annabeth.

– Aqui e agora - ele repetiu cravando os olhos nos dela - É tudo o que importa.

(...)

A sala de Percy estava silenciosa e quieta quando três batidas o despertaram de suas anotações.

– Entre - respondeu ele sem tirar os olhos da caderneta.

– Estou atrapalhando? Posso voltar depois. - Nico fechou a porta atrás de si.

– Tudo bem, só estou anotando uns pontos desse livro pra análise - Percy indicou um dos livros que estava em cima da mesa. - O que aconteceu?

– Eu que vim até aqui te perguntar o que aconteceu.

– O que aconteceu com o quê? -Percy levantou os olhos para o amigo que se sentava na poltrona diante de sua mesa.

– Com você e a Annabeth - esclareceu o outro - Thalia me disse que ela dormiu com você. Essa informação confere?

– Confere. E bem, aconteceu o de sempre, ou seja, nada. Estaca zero.

– Quando eu acho que a relação vai evoluir, vocês dois retrocedem.

– O engraçado é que todos os dias pessoas e mais pessoas entram nessa sala buscando as teorias psicológicas que eu tanto conheço pra que eu possa, de alguma forma, conseguir aplicá-las em cada caso, mas na minha própria vida, o meu próprio problema, eu não consigo dar um jeito de solucionar e colocar em prática . - Percy reclamou num tom infeliz.

– Os psicólogos e os psiquiatras também tem seus problemas. Não é isso o que dizem?

– Teoricamente falando, eu sei qual o meu problema - contou Percy - A dúvida.

– Que ironicamente é o principio da psicologia. - Nico completou com um sorriso.

– Exatamente. Daí, para se conquistar uma pessoa é necessário surpreendê-la, dizer o que nunca disse, pronunciar palavras nunca antes proferidas, só que a dúvida, a maldita da dúvida, me deixa incapaz de fazer isso pra Annabeth.

Nico emitiu um fraco riso diante da explicação do amigo.

– É sério, você ri como se não fosse nada. A linha entre amar e ser amado não é tão tênue quanto parece. Se a Annabeth ao menos me desse um indício dos seus sentimentos... só que ela é boa em guardar as coisas. E eu simplesmente não consigo decifrar o que ela sente.

– Então a sua dúvida é sobre o que ela sente. - Nico arriscou.

– É claro que é! Eu não posso arriscar me declarar e estragar essa relação de amizade que nos dois temos. Prefiro tê-la como amiga do que não ter de forma alguma, porque, quem garante que se eu falar "Eu sou apaixonado por você, Annabeth", ela vai me tratar da mesma forma? Ela pode muito bem nunca mais querer me ver.

– Então, eu vou te lembrar de outro principio psíquico - disse Nico - "Toda escolha implica uma consequência".

– É, eu sei disso.

– Cara, você tem que tentar. Percy, você não pode viver com um "e se..." até o fim dos seus dias.

– O único culpado dessa situação toda, sou eu mesmo.

– Por se apaixonar? - Nico arriscou.

– Por ter insistido nessa amizade desde inicio ao invés de algo mais. Todo mundo sabe como é difícil essa transição de amizade para namoro... eu fui um idiota.

– Foi mesmo.

– Obrigado pelo apoio.

– A Thalia não se cansa de me dizer que, apesar de toda a sua lerdeza, ela torce pra você e a Annabeth ficarem juntos.

– E por que ela não me ajuda? Tipo, eu agradeceria bastante se ela conversasse com a Annabeth, descobrisse alguma coisa e me contasse.

– Eu vou falar com ela.

– Então, talvez assim quando a Annabeth voltar de San Francisco, enfim eu consiga expor tudo o que estou sentindo.

– A Annabeth vai pra ... San Francisco?

– Vai e eu já estou mal só por pensar que daqui há alguns dias nós dois sequer estaremos no mesmo continente.

Nico arqueou as sobrancelhas:

– Ela vai visitar os pais?

Percy assentiu e depois acrescentou:

– Ela me convidou para ir também.

– Espere - Nico se recostou no assento - Ela te chamou pra ir à San Francisco e você... recusou?

– Eu não recusei - disse Percy - Eu falei que adoraria ir, só que tem a clínica. Eu não posso deixar os meus pacientes sem mais nem menos, você sabe disso Nico.

–Mas quem sabe não há uma forma de... - o rapaz foi interrompido por um som vindo da porta, pela qual logo depois foi aberta uma fresta:

– Desculpe interromper, Dr. Jackson - pediu a secretária - Mas a próxima paciente já está aguardando sua chamada.

– Claro, avise que ela pode entrar daqui há cinco minutos, eu já estou finalizando aqui.

A moça assentiu e se retirou.

– Acho que essa é minha deixa - Nico se levantou - Devem estar esperando por mim também no andar de cima.

–Nos vemos depois - Percy assegurou - Pra terminarmos essa conversa.

– Ok - o outro abriu a porta e se despediu do amigo por ora.

Percy se endireitou e deu uma olhada no relógio de parede, pelo horário que marcava ele sorriu e pensou que, naquele exato momento, Annabeth devia estar saindo da Universidade.

Então revirou os olhos e cobriu o rosto com as duas mãos, se xingando mentalmente por se lembrar dela a todo momento devido coisas estúpidas e simples como um horário.

(...)

– Annabeth! Até que enfim resolveu aparecer! - Thalia exclamou levantando os olhos da tela do celular pra olhar a amiga que chegara.

– Não perturba, Thalia - Annabeth pediu enquanto soltava a mochila num canto qualquer.

– Eu já estava achando que você ia morar com o Percy.

– Não perturba, Thalia - a loira repetiu.

– Eu não estou perturbando, você que saí e vai morar com o Percy e sou eu que perturbo?

–É uma boa ideia, sabe - Annabeth comentou - Pelo menos o Percy é mais agradável.

– Está me chamando de desagradável?

– Não me referi à ninguém em especifico.

– Você está muito exaltada. - Thalia observou.

– Eu não. Você que está chata.

– Eu vou ligar pra sua mãe e pedir para que ela te reeduque em San Francisco.

Annabeth riu:

– Eu já sou educada.

– Por falar em San Francisco, será que a dona Annabeth contou pro amiguinho Percy que está indo pra lá?

– Contei.

– Ele deu um ataque do tipo "Oh, Annabeth! Não me deixe!" ?

– Não.

– E o que ele disse, então?

– Que não ia ser muito legal ficar quinze dias sem me ver.

– Que romântico! Deixe-me adivinhar o resto, daí ele também disse "Não posso viver sem você".

– Na verdade, ele disse "Não posso ficar sem você". - corrigiu Annabeth

– É meloso da mesma forma, Annabeth.

– Não é meloso.

– Escuta - disse Thalia - Por que você não chamou ele pra conhecer San Francisco?

– Quem disse que eu não fiz isso?

– Meu Deus! Você está tomando atitude! Essa é a minha garota! - Thalia exclamou com orgulho.

– Só que, apesar de dizer que adoraria ir, ele não poderia deixar o trabalho. O que, de certa forma, eu já imaginava que ele fosse responder.

– Que droga... já estava até imaginando vocês e ...

– Eu não quero nem saber o que você estava imaginando, Thalia - Annabeth fez questão de interromper a amiga antes que a mesma disse uma idiotice.

– Mas, Annabeth...!

– Eu vou pro meu quarto.

– Você nem ouviu minha ideias! Elas são ótimas!

– Ãrram, deixa pra depois - a loira se dirigiu ao quarto, deixando a amiga na sala reclamando sozinha coisas como "Annabeth você é chata" ou "Nem me deixa falar".

(...)

Insônia.

Annabeth estava tendo insônia em plena uma segunda-feira. Geralmente, o sono lhe vinha com bastante facilidade, mas, embora estivesse cansada, não conseguia adormecer.

Pelo o que ela sabia, a insônia podia ser resposta de uma crise ansiosa, o que parecia ser o caso dela.

Mudava o lado na cama, colocava e tirava os fones de ouvido, encarava o teto, fechava os olhos, e nada de conseguir dormir.

Definitivamente, a noite anterior tinha sido muito mais agradável.

Quer dizer, ficar sozinha na cama não era tão atrativo quanto ficar na cama com Percy e seu calor reconfortante a envolvendo.

Coisas, pensava Annabeth, coisas que faziam tremenda de uma falta a ela em momentos como esse.

Eram coisas banais e discretas como quando o olhar dela e de Percy se cruzavam, e assim, do nada um simples gesto nascia e em volta tudo mudava.

Seu corpo a deixava confusa e ela já não conseguia mais se controlar. Era tão involuntário, tão... parte dela.

Essas coisas faziam seu mundo girar, girar e girar, mas sempre em torno de um único alguém.

Alguém de quem ela já conhecia os sorrisos, já lia os olhares.

Disfarçar já estava ficando difícil, cada vez que ela tentava fugir se aproximava mais e mais. Era como um imã, que mesmo contra sua vontade, levava seus pensamentos de encontro a imagem de Percy.

Certo ou errado queria tê-lo, tentava aparentar, ocultar, mas... de repente tudo em si tinha vida própria.

Isso só podia ser amor.

O olhar dela passava do celular pro teto, tentando entrar numa especie de conclusão.

Queria ligar para ele, apenas pra que sua voz meio rouca e brincalhona preenchesse seus sentidos meio entorpecidos pela vontade.

Quando o celular tocou em suas mãos, Annabeth se assustou e se não estivesse tão acordada, não acreditaria no nome que aparecera no identificador de chamadas, aquilo era quase impossível, já devia passar das onze e meia da noite... Percy definitivamente não devia estar acordado.

– Percy? - ela atendeu a ligação.

– Por favor, não diga que eu te acordei. - ele pediu na outra linha.

– Não. Não me acordou.

– Estou me sentindo menos culpado... tecnicamente eu não deveria ligar pra alguém a essa hora da noite mas... não consigo parar de pensar em você e então num momento de puro impulso pensei "Ela pode estar acordada".

– Estou com insônia. - ela contou.

– Então vamos conversar até que a srta. consiga adormecer pra sonhar comigo.

– Por que eu deveria sonhar com você?

– Porque os sonhos são a busca pela realização de um desejo oculto. - respondeu ele - Ou será que, diferentemente de mim, você não queria que estivéssemos juntos nesse exato momento?


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Notas finais do capítulo

Não gostei dessa droga de capítulo.
Não acho que mereço comentários, mas eu vou pedir mesmo assim. u.u
Acompanhem, favoritem e comentem!
Acho que essa semana vai dar pra postar durante a semana, eu já pensei no próximo capítulo (ÊÊÊH)
Boa noite Littles Kids!
Mas antes de dormir podem comentar, ta? huehue
AMO VOCÊS! ME AMEM TAMBÉM, TÁ LEGAL?!
Beeeeijos de brigadeiro pra todo mundo!