Despertar escrita por Melaine_, Cassia Cardoso


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Aí está a parte 2 do Baile de Inverno! :3
Espero que seja mágico para vocês lerem como foi mágico para nós escrevermos *-*



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O Baile de inverno acontecia sem nenhum imprevisto, todos os campeões estavam sentados em uma grande mesa redonda junto aos jurados do torneio e professores. Após comerem, Krum e Hermione sairam da mesa e foram ao encontro dos amigos.

– Você está linda, Hermione! - disse Desiré.

– Obrigada! Vocês também estão lindas. Estou muito feliz por ve-la no baile Freya.

– Cerveja amanteigada! - pediu Kayo.

Passaram os segundos e nada aconteceu.

– Cerveja amanteigada!! - repetiu ele mais alto.

Krum riu.

– O que você está fazendo? - perguntou Desiré.

– Está no cardápio, então eu quero!

– Sinto te dizer que apenas mais tarde ela será servida. - disse Krum.

– Medida de Dumbledore, que achou que mais tarde não haveria alunos do terceiro ano. - disse Hermione rindo.

– Tudo bem, eu posso espe...

Kayo foi cortado por um barulho de microfone sendo testado.

– O show vai começar!! - disse Aimée se levantando e puxando Kayo.

O barulho do microfone se repetiu algumas vezes, os outros instrumentos foram testados aumentando a euforia da platéia que ja se acumulava em frente ao palco que permanecia vazio. Os sons eram ouvidos, mas não havia nenhuma movimentação aparente, era como se houvesse uma capa de invisibilidade gigantesca ocultando os músicos. Um silencio se instalou no salão no momento em que a voz do vocalista ecoou “Vocês estão prontos para detonar???” Houve uma explosão de vozes alvoroçadas gritando em resposta e com um grande estrondo que imitava um trovão, as luzes do salão foram apagadas, o palco se iluminou e todos os integrantes da banda The Weird Sisters apareceram e começaram com o show. O caos se instalou.

Freya se levantou animada e puxou Ivan.

– Vamos? - perguntou ela a Desiré.

– Acho que eu e o Juan vamos preferir um lugar mais calmo. - respondeu ela.

– Danadona. - cochichou Freya no ouvido da amiga e saiu correndo com Ivan para o meio da multidão.

Desiré e Juan se afastaram do outro casal e foram em direção ao coreto que estava instalado nos jardins. Conforme se aproximavam do local a garota pode ouvir uma musica instrumental magnífica, que a fez lembrar de cenas de algum dos filmes troxas de romance que ela tanto gostava.

Quando chegaram ao coreto Juan estendeu a mão à ela como quem convida a uma nova dança, sinal rapidamente respondido pela garota que já estava subindo na pista esperando que ali acontecesse o tão sonhado beijo.

Os dois deslizaram pela pista durante vários minutos, mentalmente ela começou a pensar que aquilo seria uma cena de beijo bem clichê, mas mesmo assim seria perfeita. Depois de algumas músicas o garoto começou a dançar mais próximo e a cada movimento ou frase eles se aproximavam ainda mais.

Juan aproximou-se do rosto da garota e aos poucos foi chegando mais perto de seus lábios, com um movimento carinhoso ele encostava sua bochecha na dela para dançarem com o rosto colado, a garota sabia que o beijo aconteceria a qualquer momento. Ela se pegou quase que gritando mentalmente.

–É agora, é agora…

Ele que já estava com o rosto colado ao dela se afastou um pouco, olhou para ela com carinho e deu um grande sorriso que a garota esperava ter retribuído uma vez que nesse momento ela já não sabia se seu cérebro estava respondendo ou não.

Juan começou a se aproximar lentamente, era inevitável, o beijo aconteceria a qualquer instante e ele estava bem perto agora, seu nariz quase encontrando o dela e...

N A DA

Isso mesmo caro leitor, um grande e belo, NADA.

Espera... volta a fita... era a cena perfeita!

Baile de inverto, ela toda linda e ele também, o coreto e a musica romântica para não acontecer nada? Como faz? Sim, é revoltante mas tem uma explicação plausível…

Desiré depois de alguns instantes de espera percebeu que seu príncipe devia ter virado sapo e abriu os olhos, a garota estava pateticamente fazendo biquinho em direção ao garoto que permanecia paralisado em sua frente.

Ela se preparava para sair dali naquele instante mas percebeu que quando tentou se soltar do garoto ele não se moveu, e como ela estava decidida a ir embora deu um empurrão nele e estranhamente após um movimento estranho, Juan caiu no chão como uma estatua. Ele estava petrificado.

Desiré começou a olhar ao redor procurando o engraçadinho que havia acabado com seu momento ‘romeu e julieta’ e não foi nada difícil de encontrar o culpado, ou melhor, a culpada.

Lá estava Anne rindo com suas amigas escondida entre os arbustos que rodeavam o castelo. Ela parecia divertir-se com a cena com sua varinha ainda apontando em direção ao garoto. Agora que havia sido descoberta Anne abaixou sua varinha e andou em direção ao castelo, antes que Desiré pudesse tomar qualquer atitude ela foi surpreendida por Juan que recobrara a consciência e agora estava olhando para ela completamente atordoado.

– O que aconteceu? – Juan perguntou levantando-se.

– Uma brincadeira de mau gosto, mas isso não vai ficar assim. – Disse Desiré começando a andar em direção aos jardins e deixando para traz sua cena perfeita de primeiro beijo.

– Hey, espera... Aonde você pensa que está indo? – Gritou Juan.

Sem responder Desiré saiu, ela estava agora quase correndo em direção ao castelo, a raiva tinha dominado-a e ela passara de princesa indefesa à bruxa malvada em menos de 5 minutos. Juan estava correndo para acompanhá-la e depois de alguns instantes andava nervosamente ao seu lado falando alguma coisa que se fazia inaudível para a garota, tudo o que ela queria era se vingar de Anne.

Quando chegaram ao salão principal tudo parecia uma grande baderna, o show estava a todo vapor, mas Desiré não ligou e saiu empurrando todos a sua frente, ela estava enfurecida em meio aquela multidão que pulava e dançava animadamente. A garota teve seu braço segurado e foi forçada a parar e olhar quem era o ser que a estava impedindo de prosseguir seu plano de assassinato.

– Hey, ‘não estou muito Rock’n’roll hoje’ heim? Eu sabia que você não resistiria ao show! – Disse Kayo todo animado dando uma piscadela para a garota ato de que certamente se arrependeu depois de receber o olhar fulminante de Desiré.

– Onde está aquela vaca? – Desiré gritava olhando para Aimée que estava olhando-a com medo.

Aimeé apenas apontou em direção ao palco no qual estavam várias garotas veelas fazendo sua performance anteriormente ensaiada no navio.

Desiré sentiu como se toda raiva do mundo estivesse dentro de si e algo começou a crescer dentro dela, ela nunca havia sentido nada parecido, mas estava se apoderando dela de uma maneira que estava deixando-a assustada. Como se tivesse sido puxada para fora da realidade ela já não estava mais no salão principal lotado, tudo tinha se tornado um grande borrão ela só podia ver nitidamente Anne sorrindo em sua direção e isso foi a gota d’água.

O que aconteceu a seguir foi inexplicável para todos. O teto enfeitiçado do salão principal que anteriormente estava reproduzindo uma noite estrelada começou a se enevoar, as velas que estavam todas acesas em um sopro forte apagaram e a única luz existente foi a do palco onde a banda agora estava paralisada olhando para o teto. O sopro que havia apagado as velas agora estava se tornando mais forte e estranhamente se concentrando no centro do salão onde Desiré estava em pé sendo tomada por toda aquela força e encarando Anne que já não sorria mais.

– Desiré? Olhe pra mim! O que está acontecendo? – Juan estava agarrando o braço da garota e tentava sacudi-la com enorme força, porém ela permanecia imóvel apenas tendo seus cabelos e vestido sacudidos pela ventania que tomava conta do salão.

As toalhas estavam voando e a estátua de gelo perto da mesa dos professores balançava perigosamente, Severo Snape gritava feitiços para o teto e apontava sua varinha nervosamente tentando controlar aquela confusão enquanto o zelador Filch saiu correndo para buscar Dumbledore que já havia se retirado do baile.

A ventania atingiu em cheio o palco principal fazendo com que todos se segurassem, porém Anne não teve tanta sorte, uma forte rajada fez com que a loira magricela fosse erguida no ar e empurrada para a mesa de comes e bebes colocada ao lado do palco para proveito posterior da banda.

Todos estavam atônitos, Anne agora chorava e soltava gritinhos afetados com as mãos nos cabelos cobertos por glacê rosa. Um forte estrondo chamou a atenção de todos para a porta de entrada, era Dumbledore que havia chegado para mais uma vez salvar o dia. Ele apontou sua varinha para o teto e tudo estava acabado.

Assim que o feitiço atingiu o teto um enorme trovão ecoou pelo salão e isso tirou Desiré de seu transe, a garota sentiu-se fraca, sem forças em suas pernas, ainda bem que Juan continuava segurando-a, isso a impediu de cair.

– Desiré? – Chamou Juan preocupado segurando a garota.

– Eu acho que preciso de um pouco de ar – Disse Desiré recobrando suas forças.

– Vamos... – Juan não a soltou nem um segundo e foi abrindo caminho por entre os alunos até chegarem nas escadas que levavam ao jardim.

Enquanto desciam as escadas puderam ouvir ao longe que o show havia recomeçado o que significava que nada de grave devia ter acontecido, Desiré agradecia por isso já que estava sentindo como se sua raiva tivesse gerado tudo aquilo, mas... isso era impossível.

Juan ficou muito calado até que eles chegaram ás margens do lago e se sentaram.

– Agora você sente aqui. – Disse o garoto para ela.

– Você está calado, o que aconteceu? – Perguntou Desiré temendo que ele a achasse alguma aberração e que tivesse percebido que talvez ela tivesse gerado toda aquela confusão.

– Você nunca me contou que era descendente de veelas. – Disse Juan surpreendendo a garota.

– Como você soube disso? – Perguntou Desiré.

– Minha mãe era veela, foi expulsa do colégio e banida da sociedade bruxa quando decidiu se casar com meu pai. Dizem que aquele foi o pior inverno de todos, o colégio demorou meses para reconstruir a sala da direção que foi estranhamente destruída por um tufão no dia em que minha mãe foi expulsa.

– Você realmente acha que eu fiz aquilo? – Perguntou a garota.

– Sim – Respondeu Juan.

– Você me acha uma aberração ou algo do gênero? –Perguntou a garota.

– Fala sério? Você fala assim porque nunca viu minha mãe de TPM, nossas paredes e tetos tiveram que ser reforçados pra conter a fúria daquela mulher.

Isso fez ambos rirem, Desiré estava feliz mesmo que sua noite não tivesse sido como ela desejava.

– Ah, eu tenho mais uma coisa pra te dizer, isso talvez acabe com meu encanto para você – Disse o garoto fazendo biquinho.

– O que? – Perguntou a menina.

– Sou imune a qualquer um de seus poderes. Por tanto nem tente me seduzir, você nunca conseguiria com seus poderes.

A garota estava rindo desconcentrada se lembrando da primeira vez que o vira e da sua tamanha frustração quando não teve seus olhares enfeitiçados correspondidos.

– O que foi? – Perguntou Juan.

– Sabe, eu já tentei isso uma vez com você e realmente não obtive sucesso em minha tentativa. – Disse a garota com a cabeça baixa olhando para o lago.

Juan deu um sorriso fofo, levantou o rosto da garota com sua mão e disse aproximando-se de seu rosto.

– Como se você precisasse de algum dos seus poderes para isso, não se preocupe já sou seu desde a primeira vez que te vi. – E depois de dizer isso beijou seus lábios de forma doce e amorosa.

Freya estava sentada em uma cadeira nos jardins, olhando os casais que passavam de mãos dadas pelo jardim todo iluminado e pode ver que Ivan a olhava com admiração. Conversando sobre as diferenças de Durmstrang e Hogwarts, Ivan perguntou tomando alguma iniciativa:

– Você não gostaria de andar um pouco?

– Eu adoraria. - respondeu empolgada.

Eles se levantaram e foram acompanhando as luzes que guiavam um caminho todo florido e romântico. Ivan parou Freya em um canto onde havia uma escultura de gelo perfeita e mais a frente perto do lago um banco todo enfeitado com flores. Aquele decoração toda fora do castelo era muito romântica, e Freya pensou que os professores seriam muito burros se não soubessem no que aquele clima romântico resultaria.

Os vários casais passeando pelo gramado era a prova viva disso. As vezes alguns professores passavam pelo gramado observando alguns casais mais animados que tentavam, sem sucesso, se esconder entre as arvores.

Ivan tomou uma das suas mãos nas suas e a acariciou.

– Você está absolutamente linda, Freya!

– Obrigada. - disse ela envergonhada.

– Quero dizer, você é linda sempre, mas…

– Você também está lindo! - disse a garota rindo.

Ivan se aproximou de Freya e pegou seu rosto com a outra mão.

– Acho que se estivéssemos em Durmstrang, não teríamos um momento como esse. - disse se aproximando mais dela.

– Foi pura sorte! - disse ela, que estava em conflito com seus sentimentos sabendo o que já estava por vir.

– Sorte é eu estar aqui com você. - disse ele com os olhos fixados nos da garota que ficou ruborizada.

Ivan se aproximou mais e colocou suas duas mãos no rosto dela, enquanto Freya fechava seus olhos. Então ele a beijou na testa. Freya sentiu algo gelado tocar sua testa e achou que poderia ser o nariz de Ivan, já que estava realmente frio lá fora, mas esse ' gelo' começou a passar pelo meio de seus olhos indo em direção à ponta do seu nariz, e cortando totalmente o clima.

Ela o afastou e abriu os olhos de repente e pode ver que o 'gelo' que sentia era só uma gota do que estava saindo do nariz de Ivan. Era como se ele estivesse completamente gripado, expectorando meleca pelo nariz. Tentando ser mais sensata que enojada, Freya disse alto fazendo-o abrir os olhos:

– AI MEU DEUS, IVAN! Porque não me disse que estava gripado?

– Eu, o que? - disse Ivan vendo Freya limpar seu nariz e logo percebeu da onde havia surgido aquilo.

– Porque não me disse? Sabe que minha mãe é médica, eu sei os feitiços quanto a isso! - disse ela preocupada indo em direção a ele que dava passos para trás.

– Ivan, espera! - gritou Freya, mas era tarde demais porque depois de Ivan a olhar profundamente em seus olhos ele saiu correndo pelo jardim em direção ao navio.

Tentando alcança-lo, Freya saiu correndo já com um feitiço em mente que faria aquilo parar, mas Ivan era realmente muito rápido e já havia desaparecido de vista. Ele era sempre era o melhor no aquecimento das aulas de luta, e também correr de salto e rápido era querer demais.

Desistindo ela parou de correr, saiu da trilha iluminada e foi para beira do lago onde perto havia um banco em baixo de uma árvore toda decorada com minusculas luzes em suas folhas e algumas delas pendiam em direção ao banco. Ao se aproximar do Lago Negro ouviu um risada que julgava conhecer, e ao se virar viu Draco escorado na árvore sorrindo.

– Então, cadê o seu par?

– Ele... ele teve uns problemas…

– Ah é? Qual é o nome dele mesmo? Ivan-meleca? - disse Draco rindo e indo em direção a garota perto do lago.

– Ah.. você... - disse Freya sentindo a raiva crescer.

– Sorte é eu estar aqui com você. - disse Draco repetindo o que Ivan havia dito, mas fazendo caras e bocas, debochando.

Freya mal conseguia falar de tanta raiva, e mesmo achando que acontecera o melhor já que o que sentia por Ivan era apenas amizade, não podia acreditar que Draco havia feito aquilo.

– O que foi? Eu sei que você quer me agradecer... - disse Draco sorrindo maliciosamente.

– Te agradecer? - repetiu ela indo em direção a ele - Porque eu teria algum motivo para te agradecer?

– Francamente, eu te livrei de um cara muito brega.

– Ah.. Na verdade eu tenho um motivo maior para te agradecer. - disse Freya olhando Draco nos olhos.

– E o que é? - disse ele sem pensar.

– VOCÊ ESTRAGOU A MINHA NOITE! - gritou ela fazendo-o recuar. - Estragou completamente a noite que eu esperava que fosse perfeita.

Com Draco sem palavras ela continuou.

– Você não me convida e ainda não quer que eu me divirta com outra pessoa. Eu não entendo a sua linha de raciocínio.

– Como assim? O que quer dizer?

– Hoje no navio você falou como se não se importasse comigo, mas agora parece com ciúmes.

– Ciúmes? - disse Draco com dificuldade.

– Não vejo outro motivo para a sua ceninha.

– Eu.. eu não…

– Sabe, eu estou farta das suas trocas de opiniões. Já disse que não tenho o direito de te fazer pensar diferente…

– Mas eu …

– MAS VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME MAGOAR ME FAZENDO PENSAR QUE VOCÊ TALVEZ POSSA GOSTAR DE MIM! - gritou Freya empurrando Draco e indo se sentar no banco.

Draco fico paralizado.

– Cada vez que penso nisso, cresce em mim um sentimento que nunca tive por ninguém. Mas quando você me mostra o contrário, esse sentimento não some. - disse Freya abaixando a cabeça e sentindo uma lágrima cair. - Então por favor Draco, vá embora!

Draco se aproximou dela e colocou sua mão sobre seus cabelos ruivos.

– Será que não posso ficar sozinha? É te pedir demais?! - disse Freya se levantando.

Antes que a garota pudesse passar da árvore, Draco a pegou pelo braço e a trazendo para perto dele a olhou nos olhos e a beijou apaixonadamente, mostrando todo o sentimento e carinho que sempre tentou esconder dela. Draco a olhou apaixonadamente e pode ver seu semblante triste.

– O que há? - perguntou.

– Você não vai sair correndo, me chamando de mestiça e coisas dos gênero?

– Porque está falando isso?

– Bom - disse a garota se soltando dos braços do amado - Esse beijo significou muito para mim, e se for para você desistir de tudo isso que desista agora!

Draco pegou as mãos de Freya e disse a olhando nos olhos:

– Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você. Alias, eu nunca pensei que sentiria isso! - disse Draco pegando o rosto da garota com suas mãos. - Você significa muito para mim!

Draco a beijou novamente e disse:

– Não vou desistir de nada. - disse dando seu melhor sorriso.

– É bom mesmo! - disse ela o abraçando.

– Bom... que tal eu lhe ensinar alguns passos de dança? - perguntou ele se gabando e colocando Freya em posição para valsar.

– Por favor né? É mais fácil eu te ensinar a dançar. - disse ela rindo.

– Pena que a música está baixa.

– Eu não ligo.

Eles dançaram por alguns minutos e de repente Freya ficou estática, sua mente saiu daquele momento perfeito e se deslocou para o salão onde estava tendo o show. Lá ela pode ver um grande vendaval se formando e viu Desiré em meio a isso, com uma feição diferente. Ela estava provocando aquilo. Freya ficou arrepiada.

– Freya? - perguntou Draco.

Sem querer realmente olha-lo e contar a verdade, ela encostou seu rosto em seu ombro e apenas disse:

– Está frio aqui fora, não acha?

– Quer entrar? - perguntou Draco preocupado.

– Não, quero ficar aqui com você.

– Eu ficarei com você lá também. - sorriu ele.

– Eu sei, mas lá,quando a Pansy nos ver, sei lá o que ela vai..

– Ela não pode falar, nem fazer nada. Eu já havia dito a ela tudo o que sentia quando vim para o jardim…

– Sim, mas eu não quero me estressar com ela. - disse Freya sentindo o carinho de Draco em seu rosto.

– Você está congelando... Vamos entrar logo…

– Não, agora não! Ainda tenho que te ensinar a dançar. - finalizou ela sorrindo.

– Você é muito teimosa. - disse Draco tirando seu palitó e colocando em Freya. - Vamos ver os seus dotes artísticos e depois vamos entrar.

Freya repousou o rosto novamente no ombro dele e dançou três músicas, e depois Draco a pegou pela mão e foram fazendo o caminho de volta ao castelo pelo caminho todo iluminado.

O percurso parecia pequeno e na metade do caminho Draco pegou os braços de Freya e os envolveu nele para andarem abraçados. Enquanto visualizavam os jardins em silêncio, Desiré e Juan estava sentados também abraçados, olhando o mais novo casal se aproximar. Juan se levantou e puxou Desiré, perguntando:

– Oras, cadê o Ivan?

Desiré deu uma leve cotovelada em seu Don Juan e gritou:

– Freya!

Ao se aproximarem, Freya quis logo perguntar o que havia acontecido mas não sabia como perguntar sem ter que, naquele momento, contar tudo a Draco.

– Você perdeu a Anne pagando o maior mico. - disse Desiré em meio aos risos.

Freya ainda não sabia o porque de Desiré ter dado o troco em Anne e nem se fora ela mesmo que provocou tudo aquilo, mas mesmo assim os dois casais entraram e viram que o show já havia acabado. Agora havia algumas pessoas dançando e o resto estava espalhado pelas mesas do salão aproveitado o final do baile.

As garotas viram Kayo, Aimeé, Krum sentados em uma mesa perto do palco e ao passarem por uma mesa, ouviram um menina de cabeça abaixada chorando alto. Desiré parou e olhou a garota que levantou a cabeça mostrando um rosto vermelho e cheio de lágrimas e disse :

– Mais uma por favor!

E após isso abaixou a cabeça de novo e começou a chorar.

Os garotos chegaram a mesa dos amigos rindo e eles ao verem Freya de mão dada com Draco e não com Ivan, ficaram surpresos.

– Vocês chegaram tarde. Já vão nos mandar dormir. - disse Kayo apontando para alguns professores e monitores que falavam com os alunos.

– E como foi o show? - perguntou ao irmão.

– Foi demais! Você deveria ter ficado!

Desiré revirou os olhos e viu um monitor se aproximar deles anunciando o final do baile. Vendo os casais se despedirem Desiré deu um beijo em seu Don Juan e foi para porta principal com seus amigos vendo Freya se despedir de Draco, também, com um beijo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O baile de vocês também teriam um final feliz como o deles?
Felizes com o novo casal?



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