My Little Girl escrita por Anieper


Capítulo 5
Capítulo 5




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Daryl estava sentado em um tronco de árvore vendo Rick dá extrusões de tiro para Carol e Beth. De todos ali, elas eram as que tinham mais problemas como as armas. Nem mesmo Sofia e Carl tinham problemas com isso. Eles atiravam bem. O caçador abafou uma risada ao ver a loira segurar a arma do modo errado. Sem dúvida, Beth era a que tinha mais dificuldade com as armas. Ela não gostava e tinha medo de machucar alguém sem querer, mas como Rick tinha explicado para ela, ali todos deviam saber se defender. Daryl escutou o som de passos atrás dele, mas não precisou se virar para saber quem era. Conhecia aqueles passos. Nos últimos dois meses aprendeu a reconhece-lo. Sofia parou ao lado dele e olhou para as duas mulheres na sua frente.

– A mamãe está melhor com a arma, não é, pai? – ela perguntou olhando para ele.

Desde que ela começou a chamar ele assim, ela não tinha mudado de ideia. Sempre que o via ou falava com ele, era assim que o chamava. Ela acreditava tanto nisso, que ás vezes quando tinha pesadelos em que estava perdida na floresta ia até ele. Daryl iria se lembra para sempre a primeira vez que ela foi timidamente até ele e perguntou se podia deitar ao lado dele por que tinha tido um pesadelo e estava com medo. Daryl sabia que Rick e Glenn que estavam de guarda naquela noite olhavam para eles. Suspirando o caipira foi um pouco mais para o lado e deu espaço para ela se deitar. Sofia esperou um pouco e quando pensou que ele estava dormindo se aproximou mais dele. Quando ela dormiu, Rick disse que Daryl era um bom pai. Depois desse dia ele soube. Mesmo que não fosse de sangue, ele era pai daquela garotinha, e mataria qualquer um que pudesse pensar em fazer mal a ela.

– Sim. – ele respondeu por fim. – Não podemos falar a mesma coisa sobre Beth.

– Ela ainda tem medo de machucar alguém. – Sofia disse sorrindo. – Por que o senhor está aqui sozinho?

– Estou pensando e vendo se nenhum walker aparece. – ele disse finalmente olhando para ela. – Mas a pergunta certa é, o que você está fazendo aqui fora?

– Lori está lá dentro tendo um ataque novamente por que Carl estar armado, e eu queria ficar um pouco com você. – ela respondeu dando os ombros.

Daryl nada disse apenas olhou para frente. Lori agora tinha uns ataque super protetores com Carl, era um saco de se ver. Ela sempre falava a mesma coisa. Mas nem o filho ou o marido davam atenção para ela.

– Pai?

– Hum...

– O senhor gosta de mim? Sabe, sei que te chamo de pai, mas você nunca me chamou de filha. Sei que meio que te obriguei a me aceita. Mas eu tenho essa curiosidade. Você gosta de mim ou deixa eu te chamar de pai apenas por que se sente responsável por te me salvado? Se foi isso eu vou entender. Vou parar de te chamar de pai. E não vou te incomodar quando estou tendo pesadelos.

Daryl olhou para ela e suspirou. Sofia olhava para ele com aqueles olhinhos curiosos e ansiosos. Esperando uma resposta e ela queria uma resposta positiva.

– Sofia, quero que me escute por que só vou falar isso uma vez. – ele se ajoelhou para ficar na mesma altura que ela. – Você é minha filha. Acho que mesmo sem querer, eu te veria assim. Eu te salvei, mas nunca te deixaria se aproximar tanto se não te visse como tal. Eu não sou assim. Eu vou deixar você ir até onde eu acha de deve, sim?

– Tudo bem. – ela disse sorrindo. Sofia mordeu o lábio inferior e abraçou o pescoço dele. – Eu te amo pai.

Daryl ficou tenso por um segundo. Sofia ficou com medo de ter ido longe demais, mas ele a abraçou de volta.

– Eu também te amo, pirralha. – ele disse a apertando contra si. – Mas agora já para dentro. Tenho que ficar de vigia.

Sofia o apertou uma última vez contra si e correu para a casa onde estavam ficando. Daryl ficou ali o resto da tarde. Rick ainda deu algumas instruções para as duas mulheres antes de dá a aula por encerrada. Elas entraram enquanto ele foi para o lado do caçador.

– Eu te vi com Sofia. – o xerife falou. – Você faz bem para ela.

– Ela é uma boa garota. – ele disse arrumando a besta nas costa.

– E você a ama. – Rick disse e riu quando Daryl quase quebra o pescoço por ter olhado para ele muito rápido. – Eu vejo o mesmo brilho no seus olhos que veia no meu toda vez que me olhava no espelho depois de ter visto Carl ou apenas em pensar nele. Quando encontramos algum espelho hoje, ainda vejo. Para você ela é a sua filha e você a ama.

Daryl ficou um tempo em silêncio. Ele tinha tido trabalho para se convencer disso, para aceitar isso. Para admiti para Sofia, tinha sido difícil, e agora Rick falava isso para ele, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Isso não me faz um marica? – ele perguntou por fim.

– Não, Daryl. Isso te faz humano. – ele respondeu sorrindo. – O que você fez por aquela menina, não é qualquer um que pode dizer que faria. Você acreditou até o último segundo. Mesmo quase tendo morrido, foi atrás dela e a achou. Isso faz de você pura e simplesmente, pai.

Daryl olhou para longe. Eles podiam escutar o som dos bichos ao longe, mas nenhum perto o bastante para eles terem que fugir.

– Nunca tive um bom exemplo na vida. Meus pais eram bêbados. Meu irmão usava e vendi drogas. O que tenho a oferecer aquela garota?

– Segurança, amor. Isso foi tudo o que restou. – Rick suspirou. – Temos que encontra um lugar para ficamos. Temos duas crianças e uma mulher gravida. Em pouco tempo teremos também um bebê. Isso sem falar que Beth ainda não sabe segurar uma arma.

– Ela é bom com revolve. – Daryl disse. – Não sabe usar uma armas maior. Você viu como ela segura a espingarda? Acho que ela confunde a arma com uma vassoura.

– Você está certo. – ele disse rindo.

– Oi, rapazes. – Carol disse se aproximando deles com dois pratos. – Eu trouxe comida.

– Obrigado. – Rick disse pegando o prato dele.

– Valeu. – Daryl disse colocando um punhado generoso na boca.

Carol parou ao lado deles e ficou ali. Notando que ela queria falar com Daryl, Rick se afastou um pouco, mas sua curiosidade foi um pouco maior, e ele ficou de uma distância que dava para escutar o que eles falavam.

– Sofia, me falou que você disse que a amava. – Carol começou.

Daryl parou de mastigar por um segundo, antes de volta para o que estava fazendo.

– Como eu te disse naquele dia em que estávamos pegando água. A vejo como minha filha. – ele deu os ombros, mas estava um pouco corado.

– Eu estou feliz que ela tenha você. – ela disse sorrindo para ele. – Nunca a vi se abri tanto com alguém. Ela fala muito de você quando não estão juntos. Fala como você explica como ela e Carl podem reconhecer pistas, presta atenção aos sons a sua volta, essas coisas.

– Eu não faço muito. Apenas cuido dela e do garoto quando vocês precisam. Eu estava ensinando eles antes. Tenho que ensinar agora.

– Mesmo assim, obrigada. – Carol se aproximou dele e o beijou na bochecha. – Você foi a melhor coisa que já aconteceu na vida dela.

Carol se afastou deixando um Daryl muito corado para atrás.


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