DUAS SEMANAS DEPOIS...

P.O.V Regina

Depois de duas semanas intermináveis naquele hospital, finalmente eu e as crianças ganhamos alta e poderíamos voltar para casa. Quando fui para a sala de parto pensei que não sairia de lá viva, estava aterrorizada, então tudo ficou preto e eu acordei apenas no quarto, com Emma dormindo em cima de seu próprio braço e com sua mão entrelaçada na minha.

Flashs começaram a passar pela minha cabeça, me lembrei de ter visto Lily, e logo depois acordar aqui no hospital pronta para dar a luz, e claro, das carinhas de Henry e Liv, e a escuridão novamente.

Quando Mulan os trouxe para o quarto, lagrimas escorreram pelos meus olhos e pelos olhos de Emma, eles eram lindos, os olhos mal abriam. Foi complicado amamenta-los, mas com ajuda de Mulan e Emma eu havia conseguido. Aurora também apareceu e por incrível que pareça Mulan era sua esposa.

Henry tinha os cabelos loiros bem claros, já Liv tinha o cabelo mais escuro, bem mais escuro que o do irmão. Os dois eram tão pequenos, pareciam que iriam quebrar a qualquer momento, pareciam dois bonequinhos.

–Regina, acha que consegue ir andando? – Mulan me pediu. – Qualquer coisa posso pedir pra trazerem uma cadeira de rodas para te levar até o carro. – Neguei, eu já estava me sentindo muito melhor, conseguiria fazer as coisas normalmente. –Tudo bem, eu vou acompanhar vocês até o carro.

–Eu irei levar as bolsas. – Emma avisou. – Será que você pode levar um dos bebes Mulan? – eu só podia levantar um de cada vez por enquanto, por conta do peso.

–Claro. – Mulan assentiu e pegou Liv no colo. Henry já estava aconchegado em meus braços, estávamos prontos para ir para casa.

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–Espere no carro, vou descarregar as coisas e venho te ajudar. – Emma falou deixando um beijo na minha bochecha.

Logo que descarregou as bolsas veio me ajudar a descer e pegar os bebes, que estavam nas cadeirinhas postas atrás do carro. Peguei Liv e Emma pegou Henry, trancou o carro e entramos em casa.

–Bem vindos. – Emma falou, se referindo as crianças. – É aqui que vocês irão viver a partir de agora. – Se aproximou de mim, abriu um sorriso e selou nossos lábios. – E isso é o que chamamos de amor. – não pude deixar de sorrir com isso. – Agora vamos conhecer o quarto de vocês.

Quarto dos bebes (mais ou menos assim)

(http://www.bolsademulher.com/sites/www.bolsademulher.com/files/lar/imagecache/completa/quarto-gemeos-2-136523610.jpg )

Deixamos eles deitados, já que por ordem médicas não era bom para eles ficarem no colo direto. Sentei na poltrona que tinha no quarto, e Emma sentou no banquinho logo a minha frente.

–Finalmente em casa. – suspirei e joguei minha cabeça para trás.

–Verdade. – Emma apoiou suas mãos em minha perna e ficou me encarando.

–O que foi? – perguntei não entendendo seu olhar.

–Você está linda. – falou em um sorriso, sorri com sua resposta e neguei com a cabeça.

–Não minta. Eu estou um trapo. Olha estou inchada ainda, com olheiras enormes, tirando que meu cabelo esta todo bagunçado. – falei passando a mão pelo meu rosto.

–É não esta linda mesmo. – retirei suas mãos de minha coxa e cruzei meus braços, sabia que ela estava brincando, então iria brincar também. –Pelo menos seus peitos estão enormes. – mordeu seu lábio, tentando não rir da situação, continuei séria. – Sabe que estou brincando né? – me olhou com aqueles olhos verdes brilhando. Virei à cara para ela, se continuasse me olhando daquele jeito eu iria acabar rindo e estragando meu disfarce. – Mas é verdade que seus peitos estão bem maiores. – deixei que um sorriso se formasse. – Eu sei que você quer rir. – seus dedos vieram para minha boca, tentando formar um sorriso, eu não ia aguentar por muito tempo. – Vamos Regina, sorria. – ela falava e eu juntava forças para não rir, mas era impossível quando se tratava de Emma Swan e suas brincadeiras. Acabei rindo junto com ela.

–Shhh, as crianças. – tampei nossas bocas assim que me dei conta que agora não vivíamos sozinhas. Ela se levantou e estendeu a mão para mim.

–Vem, precisamos de um banho. – a olhei com receio, estava com medo de deixar as crianças ali sozinhas, vai que a doida da Lily resolvesse aparecer.

Sim Lily ainda estava na cidade, Emma foi tirar conclusões com ela, contra minha vontade, de acordo com o que Emma havia contado ela estava a passeio, depois de mais de um ano veio conhecer Liam e iria ficar até o final do mês, Killian estava em alerta com ela, mas mesmo assim eu tinha medo que ela aparecesse e fizesse alguma loucura.

–Mas, as crianças... – me interrompeu antes que eu pudesse concluir alguma coisa.

–São só alguns minutinhos, nada vai acontecer, olha como elas estão dormindo profundamente, afinal só sabem fazer isso. As janelas estão fechadas, assim como as portas, e a baba-eletronica já esta ligada, qualquer coisa a gente corre pra cá. Mas eu te garanto que eles vão ficar bem por alguns rápidos minutinhos. – Nessa hora eu já estava de pé e Emma me abraçava por trás, acabei me rendendo e fui tomar banho com ela.

Foi um banho tranquilo, sem malicia alguma, nos lavamos e trocamos alguns carinhos, sabíamos que só poderíamos ter relações sexuais daqui um tempo, e para nós estava tudo bem, saberíamos esperar.

Assim que saímos, nos secamos e nos trocamos, fomos ver como estavam os gêmeos e continuavam dormindo, assim como havíamos deixado eles. Como já era final de tarde Emma falou que iria preparar algo para nós comermos, decidi que ficaria ali no quarto com os pequenos. Me lembrei de Lana, estava morrendo de saudades da minha cachorrinha, mas por enquanto ela iria continuar com Dona Elena, até as coisas se ajeitarem aqui em casa.

Ouvi que Liv começou a dar alguns resmungos, olhei no relógio e já estava na hora de amamenta-los, já conseguia fazer isso sozinha, então nem chamei Emma. Peguei minha pequena no colo, tirei meu seio e logo ela encontrou sua fonte de alimento, no começo doía quando ela chupava, mas eu já havia acostumado, agora era uma sensação gostosa.

Assim que terminei de amamenta-la, continuei com ela em meu colo, ela precisava arrotar, sabia que a qualquer momento Henry iria acordar e o mesmo processo iria se repetir com ele. Liv não demorou a arrotar, e logo caiu no sono de novo, a deixei no berço, fiquei a admirando por alguns minutos, ela parecia uma princesa, sua boca e seu nariz lembravam os meus, ela era mais gordinha que Henry, digna de uma boneca.

Assim que Henry acordou repeti o mesmo processo, ele era lindo também, seus cabelos era loiros bem claros, seu nariz lembrava o meu, já a boca devia ter herdado do doador, era fina e bem desenhada, um príncipe. Percebi que alguém estava me assistindo, deixei Henry em seu berço e me virei para ter a certeza de que era Emma que estava na porta.

Ela tinha os olhos verdes cheio de lagrimas e sorria que nem uma boba. Fui até a ela e nos abraçamos, ela deixou beijos por toda minha face.

–Céus, eu estou tão feliz. – limpei algumas lagrimas que rolavam pelo seu rosto. – Achei que iria perder você pra sempre. – a interrompi com um casto beijo nos lábios.

–Eu estou aqui não estou? Aliás, nós estamos aqui. – falei e encostei nossas testas. – E sempre vai ser assim. – selei nossos lábios mais uma vez, e ficamos um tempo no quarto, observando os dois dormindo.