–Sargento Barnes. -o homem chamou a atenção dele enquanto ainda tentava acordar, ele era pequeno, usava óculos redondos e soava diferente. Bucky logo o reconheceu, e ao tentar levantar seu braço esquerdo, notou que não fora seu braço que aparecerá em seu ponto de visão.

Um braço de metal estava no lugar do verdadeiro, ele conseguia lembrar vagamente de alguém o tirando da neve depois de cair do trem, a imagem de sangue na neve branca também invadiu sua mente.

Era impossível sentir tato com o braço, mas ele conseguia mexer ele com perfeição, de algum modo ele conseguia sentir a força que poderia fazer com ele, sem muito pensar, ele levantou o braço e o colocou no pescoço de um dos homens em sua volta.

Mas logo sua visão voltou a se ofuscar e ele apagou novamente.

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Sua mente estava clara agora. Infelizmente, agora ele conseguía lembrar do que havia acontecido. Ele havia se tornado um experimento da Hydra, como quando fora sequestrado pelo exército nazista. Mas agora, não havia mais um Capitão para ir salvá lo das mãos de Dr. Zola.

E vagamente, ele conseguia sentir que essa mesma situação em que se encontrava, já se repetira algumas vezes.

–Precisamos de uma resposta. -disse o homem à sua frente. Ele era loiro e parecia à beira de seus 20 anos, Pierce, foi como o chamaram.

Bucky poderia correr, poderia usar o braço que a própria Hydra havia colocado, contra eles. Haviam oito homens na sala, Pierce, quatro homens preparados para atacar com a arma apontada para Bucky, mas ele não se atrevia a se mexer. Pois os três homens restantes estavam apontando a arma para Emma. Sua Emma.

Ela estava deitada em cima de uma mesa que parecia de longe ser confortável, ela nem sequer parecia viva, estava branca. E mesmo sem podendo tocá-la, ele podia sentir que ela estava gelada.

– Você tem duas opções, Sargento. -Pierce voltou a falar. -Você pode sair dessa sala, matar cada agente da Hydra que precisar para sair dessa instalação e ser livre, mas ela morrerá.

Bucky continuou sério, sem dizer uma palavra ou mover um músculo.

–A segunda opção, você fica, segue nossas ordens e ela continua viva.

–Como vou saber que estão falando a verdade? -Bucky falou pela primeira vez desde que entrou naquela sala.

–Já passamos por isso Barnes. -ele disse como se essa fosse apenas uma conversa casual. -Ambos sabemos que a Hydra sempre cumpre suas promessas, e eu sou um homem de palavra.

Bucky sabia qual seria o preço para manter ela segura, ser o fantasma da Hydra, o assassino na qual ninguém nunca encontrava ou via duas vezes, e esquecer quem ele mesmo era enquanto às matava. Mas Emma estava ali, e ele faria qualquer coisa por ela.

Bucky não teve coragem de falar, então apenas concordou com a cabeça.

–Podem começar. -ordenou Pierce, feliz com a resposta do Soldado.

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E última coisa na qual ele conseguia se lembrar, era o reflexo de seu rosto congelando, enquanto mergulhava na escuridão, sem ao menos saber o próprio nome.