Olhei para cima e vi aviões sendo destruídos e caindo de cima dos aéreo porta aviões, mesmo de longe consegui avistar Steve pulando de um deles enquanto Sam voava para longe de outro indo em direção onde Steve estava caindo e o segurando, levando para outro dos aéreo porta aviões.

Ainda olhando na mesma direção, vi que que Sam estava pronto para saltar, quando alguém o puxou de volta.

Parece que seu soldado está lá, disse a voz feminina cheia de sarcasmo. Continuei olhando para cima, mas já não consegui ver mais ninguém, apenas Sam caindo e abrindo o paraquedas, seu traje estava destruído. Bucky está lá.

–Gordon. –eu disse tentando chama-lo novamente, afinal, não havia outro jeito na qual eu pudesse ir lá em cima.

–É bom você e Jiaying terem uma longa conversa... –ele disse antes de me segurar novamente e me levar exatamente para onde eu estava planejando ir, na parte interna do aéreo porta aviões.

Assim que entramos um homem veio em nossa direção e Gordon não se incomodou em ficar, ele desapareceu no mento em que meus pés tocaram o chão, me deixando sozinha novamente. O homem tentou atirar, mas acertou a parede atrás de mim, sem ter muita ideia do que deveria fazer, corri em direção dele.

Ele tentou me acertar com o punho esquerdo, mas desviei para a minha direita e segurei seu braço antes que ele pudesse tentar novamente. Ele passou a arma para a outra mão e a mirou diretamente para mim, mas antes que ele pudesse atirar vi que outro homem estava vindo pelas minhas costas. Então, com uma força na qual eu nem sabia que tinha, eu passei o braço esquerdo dele por cima do meu ombro esquerdo e com a outra mão apontei a arma o homem que vinha.

Por conta da velocidade da ação, ele atirou no homem que ainda estava se aproximando ao invés de atirar em mim, com isso, eu peguei a arma da mão dele e apontei para ele, mesmo sem ter a mínima intenção de ter de atirar.

Ele tirou outra arma do cinto da calça e apontou para mim, mas antes de atirar, senti meu braço direito arder e ao olhar vi que veias douradas brilhavam em meu braço, mas estava diferente.

Vi a cabeça do homem virar na direção do meu braço, mesmo com uma marcara eu pude sentir que ele também encarava meu braço, então uma sensação estranha invadiu meu braço. Era como se o brilho estava se movendo e eu podia sentir isso, segurei a arma com apenas a mão esquerda e fechei o punho, tentando para isso de algum jeito, mas isso piorou.

Com a mão virada na direção do homem, senti como se meu punho precisasse se abrir para que isso parasse, forcei o punho mas minha mão começou a tremer e contra a minha vontade, minha mão se abriu e fora como se uma onda de luzes douradas houvessem saído delas e atingido o homem na minha frente, fazendo com que ele fosse atingido para longe, quebrando a parede do fim do corredor atrás dele.

Meu olhar incrédulo voltou para minha mão aberta que já não tremia, e as veias do meu braço começassem a perder a cor, voltando ao normal.

Isso é novidade...pensei. Isso definitivamente era algo que eu precisava entender, talvez Jiay... alguma coisa saiba o que é isso, pelo menos eu espero que saiba.

Pude ouvir um barulho alto não muito longe de eu estava, mas por alguns segundos tudo se silenciou. Então munição começou a ser atirada no aéreo porta aviões na qual eu estava.

Foi inevitável ouvir o barulho de explosão e peças se batendo uma nas outras, a nave estava caindo. Corri na direção onde eu havia ouvido um grito, mesmo sem reconhecer eu corri até o som.

Acabei num lugar onde havia um tipo de ponte que levava à um outro lado onde havia vários dispositivos parecidos com o que Steve havia mostrado mais cedo, mas não havia ninguém ali, ouvi o gemido de alguém fazendo força e olhei para baixo e vi eles.

Steve estava levantando um pedaço da nave que havia caído por cima de Bucky, assim que Steve levantou o suficiente, ele saiu de baixo do pedaço da nave e tentou se equilibrar em pé, assim como Steve.

–Você me conhece... –pude ouvir Steve dizer.

–Não conheço! –Bucky gritou e empurrou Steve com a força que conseguiu, ainda tentando se levantar. Steve se ergueu novamente e ambos respiravam ofegantes, eles pareciam cansados de lutar.

–Bucky... me conhece a sua vida toda. –Steve disse com calma, mas Bucky pareceu se irritar e o jogou longe com o braço de metal que agora substituía seu braço esquerdo, mas isso não fez com que Steve parasse de se levantar.

–Seu nome... –ele disse com dificuldade ainda respirando ofegante. – É James... Buchanan... Barnes...

–Cala a boca! –Bucky gritou novamente dando outro soco em Steve, mas isso fez com que ambos parecessem ainda mais cansados. Ambos conseguiram se levantar e com a respiração pesada, Steve continuou:

–Não vou lutar com você. –ele disse, soltando seu escudo e deixando que ele caísse pelo vidro quebrado do chão onde pisava, o escudo caíra nas águas que estavam debaixo do aéreo porta aviões. Bucky gritou e partiu para cima de Steve e socou a cara dele enquanto gritava.

–Você é minha missão! VOCÊ. É MINHA. MISSÃO! –ele disse á cada soco que dava, gritei pelo seu nome, mas ele não pareceu ouvir. Respirando ainda mais ofegante ele parou com os socos mas a mão estava pronta para mais um, ele encarou o rosto de Steve, que disse alguma coisa na qual eu não pude ouvir.

–Bucky! –eu gritei, mas era como se eu estivesse chamando por outra pessoa. Ele continuou olhando para o rosto machucado de Steve, mas não o acertou mais nenhuma vez. Olhei para cima ao ouvir um barulho e vi que outro pedaço da nave estava prestes à cair por cima deles.

–Não! –eu gritei ao ver que o pedaço havia caído quebrando tudo pelo seu caminho e levando o que estava junto, Bucky se segurou com o braço esquerdo, mas Steve caiu.

Foi como se tudo tivesse ficado em câmera lenta. Steve caindo na água, com a expressão cansada, cansado de lutar contra seu melhor amigo, isso era demais até mesmo para ele aguentar. Ele caiu como se não se importasse se morreria ali, mas isso não podia acontecer, eu não posso perde-los, de novo não. Steve atingiu à agua e pedaços do avião afundaram junto dele.

Quando olhei de volta para Bucky, vi que ele olhava para baixo e não fazia esforço para se levantar e sair dali, mesmo com Steve já na água ele encarava o que estava abaixo de si.

–Bucky! –gritei, mas ele ainda não olhou para mim. –Bucky, precisamos sair daqui!

Gritei de novo e de novo, agindo como se ele ainda soubesse quem ele mesmo era e rezando para que ele realmente se lembrasse, rezando para que eu não estivesse errada.

–JAMES! –gritei já sem paciência e ele olhou para mim. Meu coração congelou ao olhar nos olhos dele, foi como se em uma fração de segundos ele estava ali novamente, os olhos cheios de esperança deles olharam para os meus, mas logo esse olhar desapareceu. Em seu lugar, a confusão encheu os olhos dele.

–James... temos que sair daqui! –eu gritei novamente, mas ele parecia pensar, como se estivesse questionando o porque de ter atendido pelo nome na qual eu o chamei, questionando sobre quem ele mesmo era.

Ele olhou para mim novamente, eu não disse uma palavra e muito menos ele. Ele apenas me olhou, cheio de dor no olhar, o mesmo olhar que ele usava quando estava prestes á fazer algo na qual teria de pedir desculpas mais tarde. Depois disso, ele olhou para baixo e se soltou, caindo no mar quase que no mesmo ponto onde Steve havia caído.

–NÃO! –gritei novamente e senti lágrimas rolarem pelas minhas bochechas. Por favor não morram, por favor não morram, de novo não..., pensei, eu não posso perde-los, não aqui, não agora. Por favor, não estejam mortos...

Ainda pensando isso, outra explosão aconteceu, dessa vez perto de mim. Mas antes que eu pudesse cair, Gordon apareceu e me tirou dali.