Recomeçando escrita por L L Henrique


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo Um: Que os jogos comecem.

Sentado em uma cadeira em seu escritório, Carlisle Cullen, esperava seu filho, Edward Cullen, chegar. Ele tinha uma proposta para oferecer ao filho mas tinha medo do não. Naquele escritório com seu copo de whisky na mão, ele se arrependia por não ter convivido tempo o suficiente com seu único filho e sabia que nada poderia ser mudado já que estava com seus dias contados por conta do maldito câncer de estômago que lhe assombrava nesses últimos meses.

Enquanto se lamentava pela vida que poderia ter levado se não fosse aquele maldito acidente que ocorrerá há alguns anos na cidade da Luz, Paris, Edward adentrava pelo escritório e se sentava na frente daquele homem que um dia ele considerou como um herói.

"Carlisle?" - Edward chamou, vendo que o homem estava mergulhado entre pensamentos. Se levantando da cadeira e indo em direção ao bar para guardar o copo de uísque perguntou ao filho:

"Uísque com gelo?"

"Acha que precisarei durante a conversa?" - indagou ao pai.

"Depende do ponto de vista. Por mim não, mas como o assunto é delicado para você, opto pelo sim." - respondeu calmamente Carlisle.

"Então aceito." - Edward disse pegando o copo de uísque na mão. - "Agora acho melhor irmos direto ao assunto não? Tenho muito o que fazer e acho que posso dizer o mesmo do senhor."

Carlisle aparentava estar calmo mas na verdade estava nervoso. Não sabia direito como começar o assunto com o filho que não via por quase um ano.

"Lembra-se de Esme Platt Swan?" - perguntou Carlisle.

"Sim, aliás como esquecer não?" - respondeu Edward com o mesmo tom irônico que o pai costumava usar. Ali Carlisle começou a observar melhor o filho e de longe notava as semelhanças, as únicas diferenças era os olhos verdes e o cabelo meio cobre, meio castanho. O filho herdará os olhos verdes esmeraldas e a cor do cabelo da mãe.

"Há alguns meses procurei saber o paradeiro de Isabella, filha de Esme." - Carlisle prosseguiu calmamente.

"E para que exatamente?"

Carlisle suspirou parecendo querer tomar fôlego e achar uma maneira de contar ao filho de uma forma convincente.

"Depois de tudo que aconteceu tentei manter contato com Bella, embora meu esforço foi inútil. Ela não quer me ver e realmente entendo seu lado, aliás quem irá querer ver aquele que julga ser o assassino da própria mãe? Portanto a lembrança dela vem me incomodando todos esses anos."

Carlisle esperava que o filho conseguisse assimilar tudo e lhe ajudar. Embora fosse pedir de mais.

Edward olhava para o pai tentando parecer indiferente mas a verdade é que as recordações que esse assunto trazia não era nada boas e sim cruéis. Recordações que ele tentará a todo custo esconder. Naquela época começara a sair com Carlisle, que, do nada se deu conta da existência do filho. Os constantes passeios e as conversas compartilhadas fizeram nascer uma grande ligação entre o pai e o filho que infelizmente foi desfeita pela chegada de uma mulher.

Esme Platt Swan que era casada na época abandonará filha e marido para se casar com o magnata Carlisle Cullen. Porém quando enfim se casaram e foram para a lua de mel em Paris, onde ambos estavam bêbados, Carlisle não conseguindo controlar o carro acabou por bater na traseira de outro carro. Esse acidente custou a vida de Esme Platt e lhe rendeu uma feia cicatriz que pegava do seu olho direito até a sua boca.

Amargurado demais o velho magnata resolveu mergulhar no trabalho se esquecendo da humanidade e consequentemente de seu filho. Quando percebeu que perderá a amizade com seu filho, Edward já era um homem e da ligação entre os dois já não sobrará nada.

"Isabella está passando por dificuldades". - Carlisle continuou, interrompendo a linha de pensamentos do filho. - "Aqui está o dossiê, que o detetive que contratei me forneceu. Gostaria que verificasse a situação".

"Pra quê?" - Edward perguntou com seu tom de voz arrogante.

"Porque vai atrás dela em meu nome, fazê-la com que aceite a ajuda e trazê-la até mim."

"O quê?" - Perguntou Edward crente que aquela era uma brincadeira de seu pai. - "Tenho minha vida aqui. Não posso me desfazer de tudo por um mero capricho seu."

"Edward" - o magnata escolhia suas palavras com cuidado - "Não será tão difícil se ausentar por alguns dias."

Edward percebendo que o pai falava sério, perguntou tomado pela raiva:

"E por que não vai vê-la o senhor mesmo? Pelo que eu saiba isso é assunto seu."

Carlisle percebendo que iria ser difícil convencer o filho voltou a falar.

"Sim, é assunto meu, mas a moça se recusa falar comigo e a aceitar minha ajuda. Recebi um telefonema dela onde ela dizia um alto e sonoro não e explicava que o meu cheque de cinquenta mil dólares havia se tornado pedaços e que já estava há caminho do dono novamente. Dias depois recebi isso." - disse estendo o envelope com os pedaços do cheque para o filho.

Se inclinando para atrás Edward soltava um sonora gargalhada. E logo em seguida comentou:

"Seria interessante conhecer alguém que o dinheiro dos Cullen não compra, porém estou quase conseguindo fechar contrato com Eleazer Denali, após meses de espera. Não posso viajar nesse momento e também há várias coisas pendentes."

"Tais como Tanya Denali? Creio que não está apaixonado por ela. O relacionamento de vocês é um jogo de interesse. Você interessado nos contatos do pai dela e ela no seu dinheiro. Embora tenha na conta bancária quase a mesma quantia, mas ela ganharia status também. E outra, basta um telefonema meu para que o seu negócio com Eleazer dê ou não certo. Somos amigos de longa data."

Indignado com a postura do pai Edward se levantou em um pulo.

"Você não presta! Seria capaz de interferir assim na minha vida? Já não basta tudo que fez para mim?"

"Não gostaria de apelar, mas já que não há outra forma."

Carlisle assistia Edward se levantar e ir embora, mas ele não poderia partir dessa vida sem que deixasse Isabella nas mãos de Edward. Mas vendo que ameaças não tinha o menor efeito sobre o filho decidiu lhe contar a verdade.

"Filho, não vá! Por favor."

Com um controle sobrenatural, Edward encarou o pai novamente

"Esqueça o que disse. Sou um velho cheio de defeitos, mas cumpra o último desejo de seu velho. Vá ver Isabella."

"Por quê?" - Edward exigiu a resposta.

"Tenho câncer. O doutor me deu no máximo um ano de vida e não poderei partir sem ver Isabella Black encaminhada na vida."

Antes de encarar Carlisle e totalmente confuso, tomado pela curiosidade Edward perguntou:

"Black?"

"Ela é viúva e cuida do filho do falecido marido, e está passando dificuldades. Está tudo no dossiê que mencionei."

"Por que simplesmente não me disse que estava morrendo? Sou seu filho não seu inimigo, não precisa de todas essas manipulações. Que tipo de monstro acha que sou?"

Carlisle logo se arrependeu de todo o jogo que havia montado e virou-se de costas para o filho pensando em tudo que tinha feito durante a vida e se arrependia por ter perdido tempo e não ter corrido atrás do filho. Talvez nada disso seria preciso, talvez.

"Você não vale nada" - Edward acusou -, "mas é meu pai. Dê-me o dossiê e assim que puder irei atrás da filha de Esme Platt. Porém não acredito que a garota mude de ideia."

Entregou o dossiê para o filho que o fitando pela última vez encaminhou-se para fora do escritório.

Depois da porta ser fechada com força pelo filho Carlisle abriu a gaveta e observando a pequena foto amarelada pelo tempo murmurou.

"Esme Platt, foi difícil, mas que os jogos comecem."

Inclinou-se na cadeira soltando uma gargalhada cheia de amargura e vitória, pois talvez tudo o que ele e Esme desejou, seja enfim cumprido.


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Notas finais do capítulo

Hmmmm, será o que Carlisle planeja? Até o próximo, pessoal!



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