POV Stefan.

Recebi uma mensagem do Damon que estava indo. Como estávamos na parte de trás da pista ele não deve ter nos visto. Nina era um amor de garota e bonita também.- Eles nos deixaram.

— Pois é, recebi uma mensagem da Jay também.- Ela guardou o celular.

— Será que aconteceu alguma coisa?- Perguntei.

— Sim, Jay falou que ouve uma confusão com o Nate. Vou ter que falar com ele, ele não me ouve muito, mas segunda vou tentar.- Ela suspirou.

— Ele tem que ter cuidado, Damon é meio explosivo quanto a isso.- Disse.

— Ele não vai machuca-lo, não é?- Ela perguntou apreensiva.

— Pela Jay não. O problema é que não sabemos até onde ele vai aguentar.- Disse.

— Não quero estar perto quando isso acontecer. Nate não tem culpa, ele é um bom garoto, só está confuso.- Ela disse.

— Ele não vai mata-lo. Até eu impediria isso.- Disse.

Ela respirou aliviada.- E eu que pensava que iria me acostumar fácil com isso.- Olhei para Stefan.- Não me entenda mal, por favor, queria que todos fossem como você.

— Como eu de que forma?- Perguntei.

— Você é um cara legal. Não o conheço a nem quatro horas e já gostei de você. Acho que podemos ser bons amigos.- Ela disse sorrindo.

— Obrigado.- Sorri. Desde de que Elena tinha morrido a única mulher com quem tive mais contato foi Caroline. As outras foram apenas para sexo ou alimento.- Você também é muito legal. Temos muito em comum

— Obrigada. Damon disse que você vai ir para nossa escola. Começa segunda?- Ela perguntou.

— Sim.- Disse.

— Você vai adorar o colégio, mas deve ser diferente já que você já deve ter se formado milhares de vezes.- Ela disse rindo.

— Não tanto. Só vou as vezes, devo estar próximo a 50.- Disse.

— Nossa, eu já estou cansada de ensino médio, imagina você.- Ela disse.

— É bom para se sentir um pouco normal.- Disse.

— Mas você é normal. Como disse, é uma cara incrível.- Ela disse.

Se ela soubesse de tudo ficaria longe.- Normal não sou, mas tento. E não sou incrível; longe disso.

— Você não é normal? Estou vendo um homem com duas pernas, dois braços e não um E.T.- Ela disse sorrindo.

Ri.- Ok, você é engraçada também. Parece minha amiga Caroline.

Ela sorri.- Obrigada, vou querer conhece-la também.

— Quem sabe? Ela tá na Espanha, mas não deve demorar a aparecer.- Disse.

Ela olhou para o meu pescoço.- É lindo.

Travei. Era a aliança da Elena, carrego ela desde que ela não precisou usar mais. Ainda era doloroso pensar nela.- É.

— Desculpe.- Ela se afastou.- Não queria me intrometer na sua vida assim.

— Não tem do que se desculpar. Está tudo bem.- Disse.

— O que quer que tenha acontecido deve doer ainda. Não queria mexer na ferida. Então tenho sim que me desculpar.- Ela disse.

— É uma boa lembrança, os melhores anos da minha vida.- Disse.

Ela sorri.- Você a ama ainda. Isso é lindo.

— Eu sempre vou ama-la. Foi muito importante para mim os anos que passei casado com ela. Mas como era diferente de mim, teve um fim. Hoje é uma pessoa especial.

— Pelo menos você tem uma lembrança boa dela.- Ela disse.

— Sim. Mas e você; tem ou teve alguém especial?- Perguntei.

— Não, não tenho e não tive sorte nesse departamento.- Ela disse.

— Quem quer que tenha sido, foi um idiota.- Disse.

— Todos dizem isso, mas acho que a idiota fui eu.- Ela disse.

— O pouco que te conheci, sei que não.- Disse.

— Mas na verdade foi, não devia ter confiado nele...- Ela balança a cabeça.- Deixa para lá.

— Tem razão. Desculpe, eu que me excedi entrando na sua vida. Vai querer beber mais?- Perguntei.

— Você já percebeu que estamos pedindo desculpa demais? Melhor pararmos com isso, porque quando tivermos que nos desculpar, não terá mais desculpas.- Ela pega a cerveja que estava bebendo.

— Concordo.- Disse.

Ela sorri.- Ótimo.

— Vamos voltar a dançar?- Perguntei.

— Ótima ideia.- Ela me puxa para a pista.

— Você é ótima.- Disse.

Ela sorri.- Dezoito anos de prática.

Me juntei mais a ela, estávamos quase colados.- Então é uma excelente prática.

— Você também dança muito bem.- Ela disse.

— Muitos séculos de prática.- Disse.

— Por isso você dança melhor que eu. Eu devo ter começado com 14 anos? Não me lembro. Memória fraca.- Ela disse rindo.

Como estava muito perto percebia como ela era muito bonita. O cara que a magoou deve ser um babaca.- Imagine a minha.

— A sua deve ser muito boa já que você é especial. Em todos os sentidos da palavra.- Ela sorri.

— Você vai me deixar sem jeito. Não sou tão especial assim Nina.- Disse.

Ela sorri.- Claro que é.

— Você também é especial. E muito bonita.- Disse.

— Bonita?- Ela sorri.- Você precisa de óculos ou lentes. Sou uma garota comum.

— Agora é você que não está percebendo o que é.- Disse.

Ela ri.- Acho que nunca percebemos o que somos. Mas não me acho bonita, sério.

— Ainda vai encontrar alguém que te faça mudar de ideia.- Disse.

— Acho que já encontrei.- Ela disse.

— Ele será um cara de muita sorte.- Sorri para ela.

— Cara? Acho que não. Estava falando de minha mãe.- Ela ri.

— Ela não conta, sempre acham.- Disse.

—Isso é verdade, mas não quero me envolver com ninguém agora.- Ela disse.

— Você é jovem, com certeza vai se apaixonar de novo.- Disse.

— Eu duvido. O ditado diz; sorte no jogo e azar no amor. E eu tenho muita sorte em jogos, tá ai a explicação.- Ela sorri.

A musica acabou e fomos sentar numas poltronas - Não pense assim, por pior que tenha sido ainda tem muito tempo e muita coisa para acontecer.

— É sério Stefan, meu coração fechou.- Ela olha para mim.- Vou ir pra casa, estou cansada e tenho que falar com Paul ainda.

— Se quiser te levo.- Disse.

Ela sorri.- Seria ótimo.

— Mas me permitiria falar só mais uma coisa?- Perguntei.

— Claro, fale.- Ela disse.

— Não posso te dar exemplo maior que meu irmão. Pior que ele ficou durante séculos, nunca vi, mas hoje está feliz de um jeito que não imaginava vê-lo. Então se até ele que foi destroçado de maneira que você não imagina conseguiu, você pode também.- Disse.

Ela sorri fraco.- Fico feliz pelo seu irmão, mas ele é diferente, humanos não esquecem, guardam magoas, sentem ódio, eles guardam o que fizeram á eles. Jay me contou que vocês tem um "botão" que dá pra desligar o que quiserem, infelizmente nós humanos e, principalmente mulheres, não perdoamos ou esquecemos tão fácil. Queria que fosse diferente, mas infelizmente não é.

— Esquecer, guardar mágoas, sentir ódio e guardar o que já foi feito, mesmo desligando nada disso some. Um dia conto nossa historia e você pode tirar melhor sua conclusão.- Disse.

— Não estou dizendo que vocês não sofreram. Quem sou eu para dizer isso? Todo mundo sofre, nenhum sofrimento é pior do que outro. Perto de outras pessoas que sofrem de câncer, derrame, enfarto e um monte de coisas que tem por ai. O que é meu mero desapontamento? Nada. Não preciso conhecer sua história para saber o quanto você sofreu. Eu vejo nos seus olhos isso e sinto muito mesmo. Agora você tem uma amiga.- Ela sorri.

— Bom, você tem razão. Me perdoe por ter dado um de psicólogo para cima de você. É que estou com acostumado a ter que fazer isso que foi meio automático. E você também tem um amigo.- Disse.

— Tudo bem.- Ela sorri.- Vamos?

— Claro.- Saímos da boate e fomos para a casa, não demorando a chegar na casa dela.

— Obrigada. Quer entrar e tomar alguma coisa?- Ela perguntou.

— Não obrigado. Eu já vou.- Disse.

— Ok.- Ela deu um beijo no meu rosto.- Boa noite.- E entrou na casa.

— Boa noite.- E fui para casa. Havia prometido a Elena que não me prenderia a lembrança dela, mas durante todo esse tempo não consegui cumprir, mas hoje foi diferente, por um instante pensei que podia... Não, eu só me empolguei. Ela será apenas uma amiga Stefan.