Doce Fruto de um Passado Amargo escrita por XxLininhaxX


Capítulo 14
POV Camus


Notas iniciais do capítulo

Yoooo ^^/

Olha eu de novo XD!! Peço desculpas pra Sarinha, mas ainda não será hj q vou postar dois caps XD!! Amanhã talvez eu consiga, mas hj tá osso XD!!
Eu vou tentar postar mais dois caps até domingo, prometo...

Bom, nem vou comentar mto, pq eu tô morrendo de sono aqui XD!!
Boa leitura pra vcs e deixem os comentários, please...
Vcs sabem q eu demoro pra responder, mas respondo XD
Agradeço aos q tem comentado até agora e peço para quem tem acompanhado essa fic e non comentou ainda, comente... Eu gostaria mto de saber a opinião de todos, se tiver sugestão, melhor ainda XD!! Críticas tbm são bem vindas XD

=**

^^v



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Eu saí do quarto um pouco aborrecido. Eu sentia que se aquele momento terminasse, tudo voltaria a ser como no dia anterior ou como fora de manhã. Estar naquele quarto com meu filho em meus braços foi como um sonho. Eu nem conseguia acreditar que realmente tinha acontecido. Mas alguma coisa me dizia que um momento como aquele não viria tão cedo de novo. Só esperava que eu estivesse errado, porque tinha sido uma das melhores experiências da minha vida. Foi como se eu não precisasse de mais nada para ser feliz. Já fazia algum tempo que eu pensava que não tinha como ser mais feliz do que eu já estava sendo. Tornara-me bem sucedido em minha carreira, ganhava muito bem, tinha uma vida muito confortável e, o melhor de tudo, tinha alguém do meu lado que era louco por mim e vice versa. Não tinha como ficar melhor. Mas o que eu tinha sentido ao ter meu filho, sangue do meu sangue, em meus braços foi um sentimento que eu nem sabia que sentia falta. Foi como descobrir que ainda existia um buraco vazio em minha vida e só depois de conhecer Hyoga é que ele fora preenchido. Eu estava descobrindo algo novo dentro de mim mesmo. Justo eu que pensara não ter mais nada sobre mim que eu não conhecesse. E eu queria descobrir mais sobre aquele novo Camus. Era até cômico. Eu não tinha mais idade para aquelas coisas. Não que eu fosse velho, mas não era mais um adolescente passando por uma fase de formação de identidade própria. De qualquer forma, eu sabia que ainda tinha muita coisa para descobrir.

Desci as escadas para saber quem estava ali. Com certeza era coisa do Milo. Só esperava que não fosse nada demais. Entrei na sala e me surpreendi.

— Camus!

— Saga? – fazia tempos que não o via. – Que surpresa você por aqui!

— Pois é. Você e o Milo não vão até a Grécia nos visitar, então tenho que dar meus jeitos. – disse Saga, vindo até mim para me cumprimentar.

— É mesmo. Nem parece que o Milo é dono de uma empresa lá. – disse Aiolos, marido de Saga.

— É que eu tenho plena confiança nos dois diretores que deixei lá, não é Kanon? – disse meu marido levantando uma taça de vinho para brindar.

— É isso aí, mano. – Kanon brindou e os dois viraram o vinho de uma vez.

— Está acontecendo algo que eu não estou sabendo? – perguntei atônito.

— Estamos comemorando um crescimento de mais de 30% em nosso faturamento! É uma vitória em um período de crise como o que a Grécia está passando. – disse Kanon.

— Daqui a pouco o resto do pessoal deve chegar. – disse Milo, servindo mais vinho para ele e Kanon.

Eu estava entendendo direito? Eles estavam comemorando na minha casa e chegariam mais pessoas? Não que eu fosse do tipo chato. Ok! Eu era sim do tipo chato que detestava aquele tipo de coisa e Milo sabia disso. Ainda mais na minha casa! E não tinha momento pior para isso acontecer. Eu estava com um filho recém-chegado no quarto, chorando a perda da mãe e necessitando de consolo. Além da senhora de idade, que já estava debilitada o suficiente para aguentar aquele tanto de marmanjo bêbado e falando um tanto de asneira. Não tinha a menor condição de aquela palhaçada acontecer em minha casa! Eu tinha que conseguir falar com Milo em particular, pois também não ia mandar todo mundo embora. Não queria que me interpretassem mal. Eu estava feliz por meu marido e seus amigos com aquela notícia, mas só não queria que eles fizessem aquela farra, ali, justo naquele dia. Além do que, não havia nada preparado para receber tantas pessoas lá em casa. Tudo bem que eles se viravam com pizza, mas Milo sabia que eu detestava qualquer coisa sem planejamento prévio. Principalmente quando envolvia os amigos de Milo, que deixavam a bagunça para eu limpar. Por que meu marido não me ajudava? Pelo simples fato de que ele ficava tão bêbado nessas ocasiões que, além de ter que arrumar tudo, eu ainda tinha que cuidar dele. Mas dessa vez não seria dessa forma.

— Preocupado com o resultado de toda essa alegria deles? – Saga me tirou de meus devaneios.

— Mais do que você imagina. – falei resignado.

— Entendo bem o que quer dizer. Meu irmão sempre foi um desajuizado. E quando estão Milo, Aiolia e ele, tudo fica ainda pior. – Saga riu da própria fala.

— É até difícil de acreditar que você e Kanon são irmãos. Se não fossem gêmeos, eu duvidaria. – rimos juntos.

— Talvez seja por isso que nossa parceria dá tão certo.

— Mas você não seguiu essa hipótese para um relacionamento amoroso.

— Verdade. – ele riu, olhando para o marido. – Não sei se aguentaria alguém tão oposto a mim em um relacionamento. O Kanon eu aguento porque somos irmãos.

— E como vão as coisas?

— O de sempre. Trabalhando muito. Pelo menos Seiya parou de aprontar tanto quanto antes. – agora ele olhava para o filho, que estava sentado ao lado de Aiolos. – E você? Milo não te convenceu a adotar um filho até hoje?

— Bem, na verdade não foi necessário. – não era exatamente nesse assunto que eu gostaria de entrar, mas eles saberiam uma hora ou outra.

— Como assim?

— Descobri que tenho um filho biológico.

— Como? – ele me olhava espantado.

— Longa história. Mas, resumindo, minha ex-mulher me abandonou grávida e eu não sabia disso. Descobri ontem.

— Espera um pouco, Camus. É muita informação de uma vez para minha cabeça. Vai ter que me explicar isso direito.

Suspirei. Não era hora de explicar nada. Tudo bem, Saga tornara-se muito meu amigo depois que o conheci há alguns anos atrás, mas eu precisava falar com Milo antes que mais gente chegasse. E se eu contasse para Saga naquele momento, teria que contar para todos e ele iam querer conhecer Hyoga, que definitivamente não estava em condições de conversar com ninguém.

— Saga, eu sei que essa é uma surpresa.

— E como!

— Acredite, foi um choque e tanto para mim também. Acontece que agora não é o melhor momento para lhe explicar tudo. Vocês estão em clima de festa e não é uma história muito feliz. – usei aquilo como desculpa para não ter que explicar nada por enquanto.

— Entendo. Pela sua cara, parece que não chegamos em uma hora muito apropriada. – ele disse, me surpreendendo. Devo ter feito uma expressão assustada, já que ele deu uma risada logo em seguida. – Camus, apesar de não nos conhecermos a tanto tempo como você e Shaka, nos tornamos bom amigos. Talvez por termos personalidades parecidas, eu sei dizer quando você não está muito animado, digamos assim.

— Sinto muito. Não queria estragar a comemoração de vocês. Fico feliz pelo que aconteceu, mas as coisas estão um pouco complicadas.

— Você quer que eu te ajude a tirar todos eles daqui?

Nem tive tempo de responder e a campainha tocou novamente. Mais pessoas.

— Não sei se conseguiremos. – falei, já desanimado.

Milo foi atender. Era Shaka e Mu junto com nossos afilhados. E eu sabia que Aiolia ainda devia chegar. Seria muito complicado tirá-los dali naquele clima. Com os garotos ali, eles não poderiam ir para um pub e, definitivamente, não iriam para um restaurante. Mesmo que só os arruaceiros saíssem para comemorar, eu ainda não poderia simplesmente expulsar nossos amigos. Eu tinha que conversar com Milo e encontrar uma solução, antes que as coisas começassem a ficar mais “animadas”.

— Que isso, Kanon? Já matou a garrafa? Vai com calma porque não tem quarto pra você dormir aqui em casa não. – Milo começou a rir, juntamente com Kanon.

— Pare de reclamar e vá buscar outra garrafa logo.

Milo saiu do recinto. Aquela era minha chance.

— Com licença, Saga. Preciso falar com Milo.

— Tudo bem. Qualquer coisa me avise e encontraremos uma solução.

— Obrigado.

Saí atrás de meu marido. Ele entrou em nossa mini adega. Eu detestava quando ele pegava meus vinhos premiados e bebia como se fosse vodka barata. Mas não era hora de pensar nisso também. Já ia entrar, quando meu marido já saía com outra garrafa. Quase trombamos um no outro.

— Camye! Desculpe. Não vi você chegando. – ele disse.

— Será que podemos conversar? – falei seriamente, entrando na adega e fechando a porta atrás de mim.

— Olha, amor, eu sei que você não gosta que eu beba seus vinhos, mas...

— Não é isso, mon ange. – o interrompi.

— Não? Então o que foi? É sobre as visitas? Foi surpresa para mim também. Eu juro que não...

— Também não é isso.

— Camus, você está começando a me assustar.

— Mon ange, me escuta. Eu entendo que vocês estão muito felizes com o que aconteceu e eu também fico muito feliz por vocês. Mas vocês vão ter que maneirar dessa vez.

— Por causa de Hyoga e Valéria, não é? Podemos enturmá-los, agora que fazem parte da família.

— A questão não é essa, Milo. Hyoga não está em condições de se enturmar hoje.

— Por quê? O que houve?

— Amanhã fazem dez anos da morte de Natássia e ele está extremamente sensível. Não para de chorar. E pelas olheiras dele, provavelmente também não dormiu bem à noite. Eu sei que esse é um momento importante para vocês e não quero estragar isso. Mas peço que compreenda minhas razões. Você sabe que mesmo não gostando da farra que vocês arrumam, nunca fui de te impedir. Só peço que dessa vez tentem se conter um pouco mais ou vão festejar em algum outro lugar.

Milo colocou a garrafa de volta no lugar e já ia saindo apressado da adega. Segurei seu braço, me perguntando o que raios ele ia fazer.

— Aonde vai? O que pretende fazer?

— Eu preciso ver Hyoga! Eu não sabia disso! Eu sabia que ele não estava muito legal, mas não tinha ideia de que poderia ser algo assim. Não podemos deixá-lo sozinho em um momento como esse!

Ver Milo preocupado com meu filho daquela forma me deixou emocionado. Abracei meu marido com muito carinho. Ele demorou um pouco para retribuir, já que eu o fizera de repente.

— Não sabe como fico feliz de vê-lo se preocupando com Hyoga. – o soltei, apenas para olhar em seus olhos. – Obrigado, mon ange. Obrigado por aceitar meu filho.

— Nosso filho. – ele disse sorrindo e eu também sorri. – Agora, vamos. Precisamos ficar ao lado de Hyoga.

— Milo, não podemos deixar as visitas sozinhas na sala.

— Ah! Eu vou enxotar o Kanon daqui e vai ficar tudo bem.

— Milo! Não é tão simples assim. Shaka e Mu acabaram de chegar e, pelo que Saga me disse, ainda tem mais gente. Também não podemos ser indelicados com eles.

— Mas o que podemos fazer então?

— Primeiro, pare de beber desse jeito. Vou tentar conversar com Hyoga. Vocês ficam aqui por um tempo e mais tarde saem para comemorar em outro lugar e eu fico para cuidar de Hyoga.

— Mas você acha que Hyoga vai querer ficar conosco?

— Eu falo com ele que pode ficar no quarto, se preferir.

— Mas será uma boa ideia deixá-lo sozinho?

— Ele não parece que quer companhia.

— Ah Camye! Você é muito ingênuo. Ele pode não querer, mas não quer dizer que ele não precise.

— O que sugere então? Acho que colocá-lo no meio de nossos amigos seria atenção demais.

— Podemos deixar os garotos com ele no quarto. Bom que eles se conhecem melhor. Ele parecia bastante confortável com Ikki hoje de manhã. – aquela fala me deixou preocupado. Ikki não era exatamente o que eu chamaria de bom exemplo, ainda mais com Hyoga naquele estado.

— Não sei, mon ange.

— Vai por mim, amor. Vai ser bom pra ele.

Eu não estava muito seguro sobre aquela ideia, mas era uma solução, pelo menos até que eles saíssem. Ouvimos a campainha tocando novamente. Eu não tinha tempo para ficar indeciso. Aquilo teria que servir, por hora. Só esperava que tudo terminasse bem, pois eu definitivamente não estava com um bom pressentimento.

Continua...


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