Chegamos no carro e fui até a mala pegar um cobertor amarelo.

Entrei na parte de trás e ele fez o mesmo segurando um cobertor azul.

Olhei para o teto solar, as estrelas ficaram mais brilhantes, o som dos animais ao longe me faziam imaginar se esse momento era só nosso.

–Raku, as luzes das cidades deixam as estrelas menos brilhantes.

Ele voltou seu rosto em minha direção e depois tornou-se a olhar as estrelas.

–Sim, nas montanhas, com tudo escuro, elas devem ficar mais bonitas ainda.

Sorri fraquinho.

–Eu acho que desligaria as luzes por elas.

–Ainda tem medo do escuro?

Fiz que sim com a cabeça.

Ele sorriu de lado e disse.

–Não se preocupe, se sentir medo, eu estarei por perto.

Aquilo fez meu coração disparar, da mesma forma que fazia a dois anos atrás, não... quem sabe, até mais forte.

Encostei minha cabeça em seu ombro e senti ele por o cobertor um pouco mais pra mim.

Ele sempre foi gentil, tão gentil que desperta interesse em outras garotas, tudo bem que quando nos conhecemos brigamos feito dois leões pelo ultimo pedaço de carne.

Sorri e sussurrei.

–Você é muito estranho, Ichijo Raku!

Ele sorriu fraco e adormecemos.

...

–Princesa? Princesa! –Era a voz da Tsugumi, abri os olhos e ela me deu um abraço apertado.

–O que faz aqui? Não...estou... respi-Ela me soltou no chão fora do carro.

Escutei o Raku reclamando da barulheira.

–O Shuu me ligou, disse que você e o Ichijo haviam desaparecido, então peguei o primeiro voo e saltei perto da sua cas e corri até aqui.

–Saltou?

–E Ichijo, o que faz aqui dormindo? Tens de proteger a princesa.

–Saltou?-Perguntei novamente, mas ela me ignorou de novo... Eles começaram a discutir.

–Você sabe como arrumar meu carro?-Perguntou Raku com um brilho no olhar.

–Claro, uma mulher está sempre preparada.

Não faço ideia de onde ela tirou tantas ferramentas, mas tudo deu certo, como eu havia falado, a trilha da direita deu certinho, sorri maliciosamente para ele que bufou.

Shuu, Ruri e Onodera nos abraçaram assim que saímos do carro.

Dei uma olhada na casa de madeira, de dois andares, com uma varanda pequena.O cheiro de churrasco invadiu meus pulmões, Onodera me puxou para perto da churrasqueira e alí perto havia uma piscina.

–Vai ser divertido.-Ela comentou.

...

Já havíamos desfeito as malas, estávamos jogando a bola de um lado para o outro da piscina, quem deixasse cair, falava uma verdade.

Quem deixaria a bola cair primeiro?