Sins of Our Fathers escrita por Catherine


Capítulo 7
Catelyn


Notas iniciais do capítulo

Oláááá, como prometido, cá está o novo capítulo!
E já agora, não estão a gostar ? Algo que reparei foi que o número de leitores aumentou, mas o de comentários diminuiu... Embora não seja algo que me incomode na decisão de escrever, gosto de saber a opinião das pessoas que acompanham, é sempre importante saber se estou a seguir um bom rumo ou não. Espero que gostem!



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Nunca gostara daquele bosque sagrado.

Nascera entre os Tully, em Correrrio, mais ao Sul, nas margens do Ramo Vermelho do Tridente. O bosque sagrado que lá havia era um jardim, luminoso e arejado, onde grandes árvores de pau-brasil espalhavam sombras sarapintadas por córregos que rumorejavam entre as margens, aves cantavam em ninhos escondidos e o ar era perfumado pelo odor de flores.

Os deuses de Winterfell mantinham um tipo diferente de bosque. Era um lugar escuro e primordial, três acres de floresta antiga, intocada ao longo de dez mil anos, enquanto o castelo se levantava a toda sua volta. Cheirava a terra úmida e a decomposição. Ali não crescia o pau-brasil. Aquele era um bosque de obstinadas árvores sentinelas, revestidas de agulhas cinza-esverdeadas, de poderosos carvalhos, de árvores de pau-ferro tão velhas como o próprio reino. Ali, espessos troncos negros enroscavam-se uns aos outros, enquanto ramos retorcidos teciam um denso dossel elevado e raízes deformadas batalhavam sob o solo. Aquele era um lugar de profundo silêncio e sombras meditativas, e os deuses que ali vivam não tinham nomes. Mas ela sabia que encontraria ali o marido. Sempre que ele tirava a vida de um homem, procurava depois o sossego do bosque sagrado.

Catelyn fora ungida com os sete óleos e fora-lhe dado o nome no arco-íris de luz que enchia o septo de Correrrio. Pertencia à Fé, tal como o pai e o avô, e o pai deste antes dele. Seus deuses possuíam nomes, e seus rostos eram-lhe tão familiares como os de seus pais. O serviço religioso era um septão com um turíbulo, o cheiro do incenso, um cristal de sete lados animado com luz, vozes erguidas em canto. Os Tully mantinham um bosque sagrado, como todas as grandes casas, mas era apenas um lugar para passear, ler ou ficar deitado ao sol. A prece pertencia ao septo.

Para ela, Ned tinha construído um pequeno septo onde podia cantar às sete caras de deus, mas o sangue dos Primeiros Homens ainda corria nas veias dos Stark, e seus deuses eram os antigos, os deuses sem nome nem rosto da mata verde que partilhavam com os filhos desaparecidos da floresta.

No centro do bosque, um antigo represeiro reinava pensativo sobre uma pequena lagoa onde as águas eram negras e frias. Ned chamava-lhe a “árvore-coração”. A casca do represeiro era branca como osso e as suas folhas, vermelhas como um milhar de mãos manchadas de sangue. Uma cara tinha sido esculpida no tronco da grande árvore, de traços compridos e melancólicos, com os olhos profundamente escavados, vermelhos de seiva seca e estranhamente vigilantes. Aqueles olhos eram velhos; mais velhos do que a própria Winterfell. Se as lendas falavam a verdade, tinham visto Brandon, o Construtor, assentar a primeira pedra; tinham visto as muralhas de granito do castelo crescer à sua volta. Dizia-se que os filhos da floresta tinham esculpido as caras nas árvores durante os séculos de alvorada, antes da chegada dos Primeiros Homens, vindos do mar estreito.

No Sul, os últimos represeiros tinham sido derrubados ou queimados havia mil anos, exceto na Ilha das Caras, onde os homens verdes mantinham sua vigilância silenciosa e as coisas eram diferentes. Aqui cada castelo possuía seu bosque sagrado, e cada bosque sagrado tinha sua árvore-coração, e cada árvore-coração, seu rosto.

Cat encontrou o marido sob o represeiro, sentado numa pedra coberta de musgo. Tinha Gelo, a espada, pousada sobre as coxas e limpava-lhe a lâmina naquelas águas, negras como a noite. Mil anos de húmus jaziam numa grossa camada no solo do bosque sagrado, engolindo o som dos pés da mulher, mas os olhos vermelhos do represeiro pareciam segui-la enquanto se aproximava.

– Ned – ela chamou, com suavidade. Ele ergueu a cabeça para olhá-la.

– Catelyn – disse. Sua voz era distante e formal – Onde estão as crianças? – ele sempre lhe perguntava aquilo.

– Arya e Sansa estão na cozinha, discutindo certamente – ela estendeu o manto sobre o chão da floresta e sentou-se junto à lagoa, de costas voltadas para o represeiro. Podia sentir os olhos a observá-la, mas fez o melhor que pôde para ignorá-los – Robb e Jon desapareceram pouco depois de voltarem. Rickon está a tentar superar o medo de Cão Felpudo – sorriu – Bran está a atirar paus ao lobo, vi-o quando caminhava para aqui.

– Rickon tem medo?

– Um pouco, só tem três anos – ele franziu a testa.

– Tem que aprender a enfrentar os medos. Não terá três anos para sempre. E o inverno está para chegar.

– Sim – concordou Catelyn. As palavras provocaram-lhe um arrepio, como sempre. As palavras Stark. Todas as casas nobres tinham as suas palavras. Lemas de família, pedras de toque, espécies de orações, que alardeavam honra e glória, prometiam lealdade e verdade, juravam fé e coragem. Todas, menos a dos Stark. O inverno está para chegar, diziam as palavras Stark. Refletiu sobre como aqueles nortenhos eram um povo estranho, já não era a primeira vez que o fazia.

– O homem morreu bem, posso lhe assegurar – disse Ned. Tinha na mão um bocado de couro oleado com o qual fazia percorrer com leveza a espada enquanto falava, polindo o metal até soltar um brilho escuro – Fiquei contente por causa de Bran. Teria ficado orgulhosa dele.

– Estou sempre orgulhosa de Bran – respondeu Catelyn, observando a espada enquanto ele a esfregava. Conseguia ver as ondulações profundas do aço, onde o metal fora dobrado sobre si próprio cem vezes durante a forja. Catelyn não sentia qualquer amor por espadas, mas não podia negar que Gelo possuía sua beleza. Tinha sido forjada em Valíria antes da destruição ter caído sobre a antiga cidade franca, quando os ferreiros trabalhavam os seus metais tanto com feitiços como com martelos. Tinha já quatrocentos anos, e era tão aguçada como no dia em que fora forjada. O nome que ostentava era ainda mais antigo, um legado da era dos heróis, quando os Stark eram reis no Norte.

– Foi o quarto este ano – disse Ned sombriamente – O pobre homem estava meio louco. Algo lhe incutiu um medo tão profundo que as minhas palavras não o alcançaram – suspirou – Ben escreveu-me dizendo que a força da Patrulha da Noite já não tem mil homens. Não são só deserções. Tem também perdido homens nas patrulhas.

– São os selvagens? – perguntou.

– Quem mais poderia ser? – Ned ergueu Gelo e observou o aço frio ao longo de todo o comprimento – E só vai piorar. Rhaegar está certo em marchar Para-Lá-Da-Muralha, mas Mance Rayder não é nada que devamos temer.

– Há coisas mais escuras Para-Lá-Da-Muralha – ela olhou de relance a árvore-coração às suas costas, a casca clara e os olhos vermelhos, observando, escutando, pensando seus longos e lentos pensamentos.

O sorriso de Ned era gentil.

– Ouve em demasia das histórias da Velha Ama, Cat. Os Outros estão tão mortos como os filhos da floresta, desaparecidos há oito mil anos. Meistre Luwin diria que nunca sequer chegaram a estar vivos. Nenhum homem vivo alguma vez viu um.

– Até alguns dias atrás, nenhum homem vivo tinha visto um lobo gigante – recordou.

– Já devia saber que não se pode discutir com uma Tully – disse com um sorriso triste e devolveu Gelo à sua bainha. O som de um uivo ecoou pelo bosque. Era longo e doloroso. Cat sentiu o coração disparar dentro do peito e uma sensação de mau presságio apoderou-se do seu corpo. Levantou-se tropeçando em seus próprios pés e na barra do vestido enquanto corria na direção do barulho. Ned seguiu-a, confuso e aos gritos, chamando por ela. Bran estava caído no chão do pátio quando o viu. O corpo torcido numa posição anormal. O lobo sentado ao seu lado uivava. Ouviu gritos. Talvez fossem dela, não sabia, uma vez que o mundo escureceu de imediato.

Os oito dias seguintes consistiram num tormento e sentiu-se incapaz de se mover do quarto de Bran. Dilacerava-lhe o coração vê-lo, quebrado e morrendo, tão pálido e sem vida. Estava cansada e a sua cabeça doía constantemente. Por vezes, gritava com os criados e com qualquer um que a importunasse, inclusive expulsara Ned ao terceiro dia. Suplicara-lhe que adiassem a partida, que tudo tinha mudado e que não poderia abandonar o filho naquele estado. Ele respondera-lhe que não tinha escolha e ela gritara com ele, expulsando-o da sua vista. Os rumores sobre a filha bastarda que tinha em Dorne começaram pouco depois.

Pegou na mão flácida do filho, deslizando seus dedos entre os dele. Estava tão frágil e magro, não lhe restava força nenhuma na mão, mas ainda podia sentir o calor da vida na sua pele. Não se podia mover.

Quando Arthur Dayne cruzara a porta no dia anterior, sentira-se enfurecida e traída. Os criados pouco ou nada haviam feito para afastar os boatos dos seus ouvidos após a discussão com o senhor seu esposo. Ned, seu honesto e justo marido, tivera uma bastarda e escondera-lhe a verdade durante anos. Cat sentiu o gosto amargo da ira e do medo em sua boca. Rhaegar Targaryen tinha-a legitimado uma vez e caso ele acedesse a dar-lhe o nome de Ned, que garantia teria de que o rei não passaria por cima do direito do seu primogénito em herdar Winterfell? E quantos mais bastardos Ned teria por aí? Evitou pensar mais no assunto. A cabeça doía-lhe.

Cat não o ouviu entrar, mas ali estava ele, na soleira da porta, olhando-a. Percebeu que ele viera de fora: tinha as bochechas vermelhas do frio e os cabelos desgrenhados pelo vento. Robb fechou a porta atrás dele e virou-se para ela.

– Mãe, que está a fazer?

Catelyn sempre achara que Robb se parecia com ela; tal como Bran, Rickon e Sansa, possuía as cores dos Tully, os cabelos ruivos e os olhos azuis. Mas agora, pela primeira vez, via algo de Eddard Stark no seu rosto, algo tão resistente e duro como o Norte.

– Que estou a fazer? – respondeu num eco, confusa – Como pode perguntar isso? O que imagina que estou a fazer? Estou a cuidar do seu irmão, de Bran.

– É esse o nome que dá a isto? Não saiu do quarto desde que Bran se aleijou.

– Não posso deixa-lo, nem por um momento, quando qualquer um pode ser o último. Tenho de estar com ele, se... se... – os seus olhos arderam.

A voz de Robb suavizou-se.

– Ele não vai morrer mãe. Meistre Luwin diz que o maior perigo já passou.

– E se Meistre Luwin se enganar? E se Bran precisar de mim e eu não estiver aqui?

– Rickon precisa da senhora – disse Robb – Só tem três anos, não compreende o que se está a passar, segue-me para todo o lado, agarra-se à minha perna e chora. Sansa recusa-se a falar com alguém, passa os dias trancada no quarto, depois do Pai recusar que fosse com a rainha para o Sul. A única que deixa entrar é Arya, que desaparece o resto do tempo todo. Todos nós precisamos da senhora – mordeu o lábio inferior, como fazia quando era pequeno e a sua voz saiu quebrada de emoção. Cat quis levantar-se e abraça-lo, mas Bran ainda segurava a sua mão. E ele precisava mais dos seus cuidados.

Fora da torre, um lobo uivou. Catelyn estremeceu, só por um segundo.

– É o de Bran – Robb abriu a janela e deixou entrar o ar da noite no abafado quarto da torre. Os uivos ficaram mais fortes. Era um som frio e solitário, cheio de melancolia e desespero. Em outro ponto, em Winterfell, um segundo lobo começou a uivar em corpo com o primeiro. Depois um terceiro, mais perto, seguido de outros três – Cão Felpudo, Vento Cinzento, Lady, Nymeria e Fantasma – disse Robb enquanto as vozes dos lobos se erguiam e caíam em conjunto – É possível identifica-los se ouvirmos com atenção.

Catelyn tremia. Era a dor, o frio, os uivos dos lobos gigantes. Noite após noite, os uivos e o vento frio continuavam, e o seu rapaz jazia ali, quebrado. O mais doce dos seus filhos, o gentil, o Bran que gostava de rir, de escalar, de sonhos de cavalaria, tudo agora desaparecido, nunca mais o ouviria rir.

Soluçando, libertou sua mão da dele e cobriu os ouvidos contra aqueles terríveis uivos.

– Faça-os parar! – gritou – Não aguento mais, faça-os parar, faça-os parar, mate-os todos se for preciso, mas faça-os parar!

Não se lembrava de ter caído ao chão, mas era no chão que estava e Ser Gerold, que entrara rapidamente no quarto, erguia-a, segurando-a com braços fortes. Ajudou-a a caminhar até sua estreita cama no canto do quarto – Descanse senhora, sei que não tem dormido desde a queda do rapaz.

– Feche os olhos mãe – disse Robb, em voz branda – Não tenha medo, eles nunca lhe fariam mal.

– Não posso – chorou – Que os deuses me perdoem Robb, mas não posso, e se ele morre enquanto durmo, e se ele morre, e se ele morre... – os lobos ainda uivavam. Ela gritou e voltou a tapar os ouvidos – Ah deuses, fechem a janela!

– Os cães estão todos a ladrar – comentou Ser Gerold, movendo-se na direção da janela. Robb prendeu a respiração.

– Fogo – murmurou o jovem. Fogo, pensou ela, e em seguida, Bran.

– Ajudem-me – disse, com urgência na voz, sentando-se – Ajudem-me com Bran – Ser Gerold saiu do quarto em passos largos, gritando para o restante dos guardas e ouvi-os descer juntos as escadas. Robb não pareceu ouvi-la.

– A torre da biblioteca está a arder – disse ele.

Catelyn podia ver agora a tremeluzente luz avermelhada pela janela aberta. Recostou-se aliviada. Bran estava a salvo. A biblioteca ficava para lá do muro exterior do castelo, não havia maneira do fogo chegar até ali.

– Graças aos deuses – sussurrou.

Robb olhou-a como se tivesse enlouquecido e Cat lembrou-se de que o rei passava maior parte do seu tempo entre os livros – Mãe fique aqui, volto assim que o fogo estiver extinto – depois correu.

Lá fora ouviam-se berros de “Fogo!” no pátio, gritos, passos em corrida, os relinchos de cavalos assustados e o frenético ladrar dos cães do castelo. Enquanto escutava aquela cacofonia, percebeu que os uivos tinham desaparecido. Os lobos gigantes tinham-se silenciado. Catelyn rezou uma silenciosa prece de agradecimento às sete caras de deus quando se encaminhou para a janela. Do lado de lá do muro do castelo, longas línguas de fogo jorravam das janelas da biblioteca. Viu a fumaça erguer-se para o céu e pensou com tristeza em todos os livros que os Stark tinham reunido ao longo dos séculos. Então, fechou as janelas. Quando se vou de costas para ela, o homem estava no quarto consigo.

– Não devia estar aqui – ele murmurou amargamente – Não devia estar ninguém aqui.

Era um homem pequeno e sujo que fedia a cavalos. Cat conhecia todos os que trabalhavam nas cavalariças e aquele não era nenhum deles. Trazia na mão um punhal. Olhou para a faca e depois para Bran.

– Não – disse. A palavra ficou-lhe presa na garganta, um mero sussurro. Ele deve tê-la ouvido.

– É misericórdia – disse – Ele já tá morto.

– Não – repetiu, agora mais alto depois de ter encontrado a voz. Girou de volta à janela, a fim de gritar por ajuda, mas o homem moveu-se mais depressa do que ela teria acreditado ser possível. Uma mão fechou-se sobre sua boca e atirou-lhe a cabeça para trás, a outra trouxe o punhal até sua traqueia. O fedor que o homem exalava era opressivo. Catelyn torceu a cabeça para o lado e mordeu-lhe a palma com força. o homem grunhiu de dor e ela fez mais força. De repente, ele largou-a. O sabor a sangue enchia-lhe a boca. Gritou e ele agarrou-lhe o cabelo, empurrando-a para longe. Caiu e ele saltou sobre ela, com a mão direita ainda segurando o punhal com força.

– Não devia estar aqui – repetiu estupidamente.

Catelyn viu a sombra deslizar pela porta aberta atrás dele. Houve um ruído surdo e baixo, menos que um rosnado, o menor murmúrio de ameaça, mas ele deve tê-lo ouvido porque começou a virar-se no preciso instante em que o lobo saltou. Caíram juntos, meio estatelados, sobre Cat, que continuava estendida onde tomabara. O lobo tinha-o preso pelas maxilas e o guincho do homem durou menos de um segundo antes que o animal atirasse a cabeça para trás, arrancando-lhe metade da garganta.

O sangue dele foi como chuva quente quando se espalhou no rosto de Catelyn.

O lobo olhava-a, com maxilas vermelhas e úmidas e olhos brilhantes, dourados, no quarto escuro. Cat percebeu que era o lobo de Bran. Claro que era – Obrigada – sussurrou, com a voz tênue e aguda. Ergueu a mão, estremecendo. O lobo aproximou-se, farejou-lhe os dedos e pôs-se a lamber o sangue com uma língua úmida e áspera. Depois de limpar todo o sangue de sua mão, ele virou-se em silêncio e saltou para a cama de Bran, deitando-se a seu lado. Catelyn desatou a rir histericamente.

Foi assim que os encontraram, quando Ned, Robb e Jon entraram num rompante no quarto com metade dos guardas. Quando o riso finalmente lhe morreu na garganta, enrolaram-na em cobertores quentes e levaram-na de volta para a Grande Torre, para seus aposentos. A Velha Ama despiu-a, ajudou-a a entrar no banho quente, e lavou o sangue com um pano suave. O meistre apareceu mais tarde para a ver e deu-lhe algum leite de papoula para ajudá-la a dormir.

Ned apareceu no quarto pouco depois, sentou-se a seu lado em silêncio, deu-lhe um beijo na testa e acariciou os seus cabelos. Cat, finalmente, fechou os olhos.


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