O Coração Quer O Que Ele Quer escrita por MissAnnie


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Aqui é a Cá (a.k.a Kerow aqui no Nyah ou 'mica' da Annie). Vou ajudar a mica a repostar a fic. Vou postar dois capítulos hoje porque estou boazinha ein! Mas quero um monte de comentários pra deixar a Annie feliz, senão faço greve de postagem! Brincadeirinha (ou não, mas aí vai de vocês pagarem pra ver né.. hahaha). Vou parar de falar porque geralmente eu falo mais que a mulher do Yakult!

Vejo vocês nas notas finais (sempre quis falar isso, mas nunca escrevi uma história, então não podia. Agora posso :D). Beijos!



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“Vamos ver se eu entendi, K” Sol dizia calmamente, sentada na cadeira da minha escrivaninha, enquanto virava-se para mim, em minha cama. “Você fugiu da aula de anatomia e esbarrou em um gato. Não sabe nem o nome dele e euzinha tenho que te ajudar?” Terminou e ficou me fitando.

“Ah, qual é, Sol? Você é minha amiga e nem vai ser tão difícil...” Solange era, e ainda é, minha melhor amiga desde que me entendo por gente. Sua mãe, Beth, trabalha aqui em casa e Sol sempre ficava aqui com ela. Brincávamos juntas, brigávamos bastante também, mas a vida tem dessas coisas e hoje ela é a minha conselheira e amiga. “Você adora cantar, não é?” Ela fez que sim, então prossegui com o plano. “Então, é muito simples. Sábado às 18 horas vocês vai lá no auditório da reitoria, ele vai estar com a banda fazendo um tipo de audição para escolher a vocalista. Você canta. Eles vão amar, aposto, e vão te escolher.” Bajulação básica sempre funcionava com ela, que agora estava com os olhos brilhando “Depois você sabe o que fazer, certo?” Dei uma piscada e ela entendeu.

“É isso mesmo, Brasil? Preparem-se, porque a Solzinha tá chegando pra lacraaaaaar tudo nessa audição!” Ela fazia poses, como se alguém estivesse a fotografando e eu só fiz rir daquilo. “E depois que eu ficar famosa, pode deixar que eu vou falar no Jô que foi você que me fez chegar até lá...” Ela era inacreditável.

“Acorda, Solange!” Eu tentava dizer em meio a risadas “É só uma bandinha de faculdade, vamos com calma. E não precisa de Jô Soares, eu só quero que você consiga o nome daquele garoto...” Suspirei e terminei “Lembra de como ele é, não é? Pouco mais de um metro e oitenta, cabelo não tão longo nem tão curto, moreno, tem os olhos mais castanhos que eu já vi na vida, e a boca...que boca.” Estava me exaltando e Sol percebeu.

“Karina Duarte, eu já entendi, me poupe dos detalhes sórdidos!” Ela gargalhava e com razão, eu estava sendo ridícula. “Agora me ajuda a escolher uma roupa para o dia da audição. Será que eu vou mais diva ou mais roqueirazinha? Ai que dúvida! Olha essa saia aqui...” Lá vamos nós... Enquanto ela falava mais algumas coisas sobre opções de roupas, eu deitei e me perdi em pensamentos.

********************

Os dias seguiram-se longos e sem nada relativamente interessante. Até que, finalmente, sábado chegou. Eu estava mais ansiosa que Sol, eu sei que ela vai cantar e tentar entrar pra banda mesmo sem saber se é uma boa, mas eu estava ansiosa por um motivo especial: um “certo” motivo moreno, alto e que – suspirei – não sei o nome. Mas hoje isso mudaria graças a ajuda de minha amiga. Vamos matar dois coelhos com uma cajadada só, é assim que os mais velhos falam? Ela ama cantar e um pouco de fama não vai lhe fazer mal, e eu estava curiosa para saber o nome do rapaz. Então, resolveremos dois problemas de uma vez só.

A tarde já ia se findando, então iniciei o meu longo processo de 5 minutos para me aprontar. Uma calça branca, uma blusinha de mangas com detalhes no busto, uma sapatilha evoilà, estou pronta!

Eu sabia que Solange iria demorar um pouco, então marquei com ela na porta do auditório, para não ter erro. E para minha surpresa, em menos de 10 minutos lá estava minha amiga, visivelmente nervosa, mas com toda disposição para mostrar o seu talento e me ajudar.

“K, me deseje sorte!” Dizia ela, que tinha os dedos indicador e médio cruzados e um olhar que suplicava o meu apoio.

“Vai dar tudo certo, Sol! Eu acredito em você! Arrasa lá, gata!” Dei uma piscadela para ela, demos as mãos, respiramos fundo e adentramos o auditório.

O ambiente era de descontração, no palco estavam alguns rapazes que eu acredito serem da banda, uma garota na bateria – ela tinha alguns dreads no cabelo – e havia outro rapaz, mas esse cantava. Onde estaria o cara que eu estava procurando? Ele disse que estaria aqui. Dei uma olhada pelo local, na tentativa de encontrar aqueles olhos castanhos lindos, mas foi em vão. Sol já estava quase acabando com as suas unhas, então foi que um moço mais velho veio ao nosso encontro.

“Fala, meninas. Vieram fazer o teste para vocalista? Ó só estamos precisando de uma ein, decidam quem vai primeiro...” Ele sorria, gentil. “Meu nome é Nando. Nando Rocha, prazer. Sou o mestre dessa galera ai e estamos procurando um vocalista pra banda.” Ele nos cumprimentou e ficou nos encorajando a subir no palco. Eu estava prestes a explicar a ele que eu só estava acompanhando minha amiga quando escuto uma voz de longe.

“Karina!” Não pode ser. É isso mesmo que eu to escutando? Virei-me para ver quem era e tive uma bela surpresa. Era ele, com aquele cabelo bagunçado e aqueles olhos hipnotizantes. Mas espera, como ele sabia o meu nome? Olhei-o com receio e assustada.

“O jaleco.” Ele disse prontamente, assim que percebeu o meu olhar de questionamento. O que o jaleco tinha a ver? “Quando eu recolhi as suas coisas. O jaleco tem o seu nome bordado. Karina Duarte, acertei?” Ele sorria da minha expressão e fui ficando mais calma e acabei rindo da situação.

“Isso, Karina.” E antes que eu pudesse continuar, ele me interrompeu.

“É Pedro” Minha confusão voltou, observando isso ele continuou. “O meu nome, poxa. Graças ao meu poder supremo de leitura de pensamentos, sei que você veio aqui só para saber isso.” Ele deu um sorriso malicioso e eu corei. “Não precisa ficar envergonhada, gatinha. Esse é só um dos meus truques para ganhar as novinhas.” Ele ria da minha cara, aposto.

“Olha, cara. Preciso pontuar algumas coisas aqui...” pausei, e ele fez com que eu prosseguisse. “Primeiro: eu não vim até aqui para saber o seu nome – menti – mas mesmo assim, obrigada. Segundo: você disse que precisava de uma vocalista e eu trouxe minha amiga – apontei para Sol, que estava sentada em uma das cadeiras do auditório, na espera por sua vez – para cantar. E terceiro: – eu não tinha um terceiro – fim”. Terminei e o encarei.

“Cara, eu tava brincando...” ele ria do que eu acabara de falar, quão estúpida eu sou? “Mas obrigada por trazer sua amiga, a nossa vocalista teve que se mudar e precisamos de uma nova urgente. Temos alguns shows para fazer na cidade, sabe como é né... vida de universitário não é fácil, ou comemos ou tiramos xerox...” eu entendia isso, dei uma gargalhada concordando “Mas agora preciso ir.” ele terminou e me olhou diferente “K? Posso te chamar assim?”

“Não, não pode. Eu nem te conheço direito.” Tentei ser o mais indiferente possível e ele me olhou assustada, mas logo seu olhar mudou.

“Imaginei que não poderia, então vou te chamar de Esquentadinha. Agora preciso ir pro palco, o povo clama pela minha volta. Falou, Esquentadinha!” Disse já se virando, caminhando para o palco e dando um tchauzinho para mim, que fiquei um tempo digerindo o que acabara de acontecer. Mas minha atenção foi para o palco, onde Solange começara a cantar e encantar a todos. Ela merecia ser a vocalista, não por ser minha amiga, mas sim porque ela tem talento. Olhei em volta e vi que todos a olhavam fascinados com sua voz. A música estava quase terminando, e as pessoas começaram a acompanha-la num coro que deixaria muita diva com as bases estremecidas.

“Don't lose who you are in the blur of the stars

(Não perca quem você é no borrão das estrelas)

Seeing is deceiving, dreaming is believing

(Ver é enganar, sonhar é acreditar)

It's okay not to be okay

(Tudo bem não estar bem)

Sometimes, it's hard to follow your heart

(Às vezes, é difícil de seguir seu coração)

Tears don't mean you're losing

(Lágrimas não significam que você está perdendo)

Everybody's bruising

(Qualquer um se machuca)

There's nothing wrong with who you are...”

(Não há nada errado com quem você é)

Who You Are – Jessie J

Sol terminou a música e quando abriu os olhos viu um grupo de pessoas que a aplaudiam de pé, inclusive eu. E não demorou muito para que todos gritassem o seu nome, deixando a garota emocionada. ‘Arrasou’, ‘linda’ e ‘canta muito’ foram expressões que pude escutar em meio aos gritos e palmas. Foi então que olhei para uma pessoa no palco em especial. Ele estava com sua guitarra e me olhava como quem agradece do fundo do coração, e eu entendi. Sorri em resposta e seus olhinhos se fecharam num lindo e contagiante sorriso.


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Notas finais do capítulo

Finalmente a K descobriu o nome do Pê :) Não é delícia demais reler essa história? Pra mim é, então encararei todas as respostas como um sim. Já sabem, quero muitos comentários. Estou indo postar o próximo capítulo. Vejo vocês lá nas notas iniciais (tá gente, vou parar com isso, prometo). Beijos, Cá :*



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