O Coração Quer O Que Ele Quer escrita por MissAnnie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Cá aqui. A internet da Mica continua meio ruinzinha (meio porque eu sou legal viu, porque tá bem ruim mesmo). Mas vi que ela conseguiu responder os reviews de vocês (que by the way ainda estão fracos, mas vou postar mesmo assim porque não é justo com quem comenta sempre).

Enfim, falo mais nas notas finais!


Só um PS que vai ser irrelevante para todos vocês mas é super relevante pra mim e como sou eu que estou fazendo as notas vou falar e acabou. Originalmente esse capítulo 16 tinha sido dedicado inteiramente a mim porque eu tinha feito a primeira recomendação da fic. Como sou linda! HAHAHAHAHAHA brinks. A Mica tinha escrito assim ó:

"Tudo bem com você? Eu tô óoooootima! Feliz da vida! Chorosa! Tudo e mais um pouco! hahahahaha

Recebi minha 1ª recomendação!!! E foi da Kerow, ou Cá. Muuuuuuito obrigada, mica! E obrigada a todos que comentam, favoritam e acompanham!

Enfim, esse capítulo eu quero dedicar a Cá. Espero que ela e todos vocês gostem!"




Pronto! Era isso. Até as notas finais (dessa vez é sério).



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“Talvez estejamos perdendo toda a razão nas nossas brigas tolas. Talvez desta vez parecerá correto. Quero te falar sobre o dia em que nos conhecemos e como eu me sinto quando você me abraça forte. Oh, e como você mudou minha vida.”

Nothing But A Song – Tiago Iorc

“Call it magic, call it true. I call it magic when I'm with you...” Cantarolava enquanto saía do banho. Enrolei-me numa toalha, secando o cabelo com outra. Estava saindo do banheiro quando assustei com a presença de Bianca. “O que você tá fazendo aqui?”

“Só vim buscar uma blusa que a Beth colocou nas suas coisas por engano. Pode continuar com a cantoria, finge que eu nem tô aqui, irmãzinha.” Disse abrindo meu guarda-roupa e rindo.

“Bi, qual é a de vocês? E não me olha com essa cara de desentendida. Vocês querem me juntar com o Pedro? É isso?”

“Olha que é você quem está dizendo isso, K. E a propósito, ninguém tá fazendo nada de mais. Fica tranquila.” Sabia que ela não diria mais nada, resolvi não insistir no assunto.

“Tá bom, Bi. Mas aqui, você podia me ajudar com a maquiagem?” Ela olhara-me assustada. “Eu vou sair com o Zé, vou mais arrumadinha, sabe como é...” Sorri amarelo.

“Com o Zé? Você jura que vai se arrumar pra ele?” Não era bem para ele que eu estava arrumando-me.

“Ele é meu namorado, irmã.”

“Que seja então, K. Espero que saiba o que está fazendo. Agora senta aqui, deixa eu dar um jeito nisso ai.” Disse rindo, enquanto eu sentava numa cadeira da penteadeira.

E como num passe de mágica, em pouco tempo eu estava pronta. Bianca sempre acertava na maquiagem, nada muito pesado, e na roupa que ela insistira para escolher. Agradeci enquanto ela ia para o seu quarto, deixando-me sozinha no meu. Visualizei a mensagem de Zé e, pela primeira vez, não pude conter minha felicidade ao receber uma mensagem sua.

Oi, amor. Pra você ver como eu sou legal, vou te dar uma dica de onde estou te esperando. Aguarde as próximas mensagens! (18:12)

Estou na Lapa, vem voando! (18:13)

Mas vem devagar, ein! (18:14)

Por que apressar? Se nem sabe onde chegar... (18:15)

Ficou fácil agora! Vem logo, tô com 4 ingressos aqui. Beijos! (18:16)

Lapa, voando? Só pode ser o Circo Voador. Por que apressar? Isso é de uma música. Ingressos? Não podia ser. Saí de casa o mais rápido que consegui, despedindo-me apenas com beijos voadores. Entrei no carro e antes que ansiedade me consumisse, cheguei no local. Antes de encontrar Zé, aproveitei para mandar uma mensagem para Pedro, que deveria estar esperando pela informação.

Eu

Circo Voador, estamos na entrada esperando vocês. Beijos. (18:45)

Mensagem enviada com sucesso! Precisava encontrar Zé, o que não demorou muito. Não contive minha felicidade.

“Cara, não me fala que é o show de quem eu tô pensando.”

“Eu sei que você é louca no John, mas por enquanto não tenho dinheiro pra te levar. Eu posso te levar é num show do cara que é considerado o John brasileiro.” Meus olhos brilhavam e ele sorrira.

“Zé! John é John, mas obrigada! De verdade!” Nesse momento eu esqueci de tudo, apenas agradeci-o com todo meu coração, dando-lhe um abraço demorado.

“Atrapalhamos?” Afastamo-nos ao ouvir a voz de Pedro, viramos e vimos a Vicky à tira colo.

“Não, fera. Tudo bem com vocês?” Zé fora gentil, cumprimentando ambos.

“Tudo certo. E o que temos pra hoje?”

“Fala pra ele, amor.” Pedro olhara-me.

“Tiago Iooooooooooooorc!” Eu estava parecendo a Agnes quando vê um unicórnio. “Vamos, gente! O show vai começar!”

Todos riram de mim, claro. Mas eu não estava ligando, a felicidade que estava em mim era desmedida. Eu estava me sentindo bem e isso é que importa. Entramos no show, estava lotado, então resolvemos ficar próximo a uma das saídas, mas não diminuindo nossa visão do palco.

Zé abraçara-me por trás, recostando sua cabeça em meu ombro. Eu brigaria se fosse há algumas horas, agora eu só estava ansiosa para que o show começasse. Pedro fizera o mesmo que Zé, abraçando Vicky, mas aquilo incomodou-me.

Tocava uma música instrumental até o momento em que as luzes foram diminuindo. No palco, apenas uma luz iluminava o centro, pelo chão havia alguns instrumentos e o pedestal com o microfone. Da coxia, começaram a lançar no palco aquelas fumaças, dando um aspecto lindo.

As luzes diminuíram um pouco mais, e naquele momento a gritaria tomou conta do Circo Voador. Era ele, Tiago. Ele caminhou até o centro do palco.

“Boa noite, Rio de Janeiro! Meu nome é Tiago Iorc e essa é minha turnê Voz e Violão. Espero que gostem.”

Pegou seu violão e antes do primeiro acorde eu já estava gritando, pela primeira frase eu reconheci a música.

“Pra começar
Cada coisa em seu lugar
E nada como um dia após o outro.

Por que apressar?
Se nem sabe onde chegar
Correr em vão se o caminho é longo.

Quem se soltar, da vida vai gostar
E a vida vai gostar de volta em dobro.

E se tropeçar
Do chão não vai passar
Quem sete vezes cai, levanta oito.

Quem julga saber
E esquece de aprender
Coitado de quem se interessa pouco.

E quando chorar
Tristeza pra lavar
Num ombro cai metade do sufoco.

O novo virá
Pra re-harmonizar
A terra, o ar, água e o fogo.

E sem se queixar
As peças vão voltar
Pra mesma caixa no final do jogo.

Pode esperar
O tempo nos dirá
Que nada como um dia após o outro.

O tempo dirá
O tempo é que dirá
E nada como um dia após o outro.”

Olhei para Zé e ele sorrira. Eu estava realmente agradecida por aquilo. E antes que pudesse dizer algo, Tiago resolveu interagir com o público, tomando minha atenção.

“Aumenta a luz aí, pra eu ver a galera.” Rapidamente fizeram o que ele havia pedido. “Nossa, hoje tá cheio de casal aqui.” Rira com isso. “Gente, vocês podem dar sugestão de músicas, tá?” Logo as pessoas estavam gritando músicas para ele. “Mas isso não quer dizer que eu vá tocar.” Todos caíram na gargalhada. “Mas vamos continuar... Essa música é para os casais aqui presentes. Magic, do Coldplay.” E mais uma vez foi um alvoroço. Olhei para Pedro, que parecia ter se assustado com a escolha da música, assim como eu.

Meu corpo estava tensionado, Zé percebera minha mudança e perguntou o que havia acontecido, mas tratei de desconversar. Durante toda a música eu sentia o olhar de Pedro em mim, ele lembrava o ocorrido no elevador, e por algumas vezes, peguei-me suspirando no decorrer da música.

Terminada a canção, novamente o cantor interagiu com o público.

“Ceis tão gostando, galera?” Todos gritavam que sim. “Que bom. Então, hoje eu tô muito bonzinho. Vou abrir espaço pra alguém dedicar uma música.” Vários gritos pediam John Mayer entre outros. “Mas gente, tem que ser uma música minha, ok?” Tiago sumira na coxia, fora fazer algo que eu desconheço.

Estávamos aguardando quando demos conta da ausência de Pedro. Minutos antes, Vicky disse que iria lá fora ligar para alguém, talvez ele tivesse ido buscá-la. Voltamos nosso olhar para o palco, Tiago voltava dos bastidores.

“Voltei, galera. Confesso que muitas pessoas vieram até aqui pedir uma música, mas só uma tocou meu coração. E é por isso que vou cantar a que ele escolheu. Ele não quis revelar sua identidade, mas dedica essa música à uma certa ixquentadinha.” Todos riam do seu sotaque forçado, mas logo estavam ovacionando, quando a música dera início. E eu? Eu estava paralisada com o que ele acabara de dizer. Resolvi prestar atenção na letra da música.

“Tuck you in to sleep, cuddling your feet
Give you what you need
Just so you know
Ready now to start kissing every part of you
Just so you know.

I'm giving something true
Giving something to hold on.

You taught me how to see the very best in me, who I aim to be
Just so you know
So perfect as you are I'll never be too far from you
Just so you know.

I'm giving something true
I'm giving something true
I'm giving something.

Familiar like the back of my hand
You got it all good
I know you like the back of my hand
I'm all over you.

Familiar like the back of my hand
You got it all good
I know you like the back of my hand
I'm all over you.

I'm giving something true
Giving something true
Giving something, do hold on.”

Meus olhos estavam marejados, eu tentava reprimir algumas fungadas, mas Zé percebera.

“O que foi, K? Não tá gostando?”

“Tô sim, Zé. Eu tô só emocionada mesmo.” Sorri, ganhando um abraço dele.

O show continuara, Tiago estava impecável no palco. Já no final, ele sumira novamente na coxia, mas a pedidos do público, ela voltara para cantar a última música: My Girl. Pronto, eu estava no céu. Cantamos em coro, enquanto ele tocava o violão. Ao final, ele pediu para que chegássemos próximo ao palco, para que ele pudesse tirar uma foto para sua rede social. Dado por encerrado o show, agradeci Zé pelo “presente” e fomos procurar o casal sumido.

Com certa dificuldade caminhamos até a saída do local, e em meio a multidão eu consegui encontrar Ele, eu o encontraria em qualquer lugar. Ele, como aquele sorriso que irradiava luz por todo lugar que passava, e que era totalmente contagiante, pois logo era eu quem sorria. Ele estava encostado em um poste, com os braços cruzados e Vicky estava ao seu lado mexendo em seu celular. Fomos ao encontro do casal.

“E aí, casal? Curtiram o show?” Pedro jogara um olhar insinuante para mim.

“Foi excelente, não é mesmo, amor?” Zé virou-se para mim.

“É-é, foi sim. O Tiago é incrível!”

“E quem será que conseguiu dedicar a música lá? Curti demais.” Vicky disse ainda mexendo no smartphone.

Eu e Pedro nos encaramos, nós sabíamos quem era a tal pessoa, mas fizemo-nos de curiosos também. E rapidamente o assunto mudara, agora estávamos decidindo para onde iríamos. Zé dera ideia de irmos até uma pizzaria ali mesmo na Lapa e todos aceitaram prontamente. Fomos caminhando até a mais próxima e em pouco mais de dez minutos já havíamos chegado.

“Vocês vão querer fazer o pedido agora?” O garçom aproximara-se da nossa mesa, portando um bloco de notas e uma caneta. Decidimos que sim, e ele começaria a anotar. “Vão querer o que?”

“Eu quero de aliche.” Disse recebendo olhares assustados. “O que, gente? Eu gosto.”

“Eu gosto de frango com catupiry, podia ser meio a meio, que tal?” Vicky dera sua opinião e tive que concordar com ela.

“E para beber?” O garçom perguntara.

“Pode ser um refri?” Todos fizemos que sim. O garçom anotara e saíra com o pedido.

Pela primeira vez nós quatro parecíamos casais civilizados e amigos. Conversávamos sobre tudo e mais um pouco, até o meu celular resolver tocar.

“Alô? Sol é você? O sinal aqui tá muito ruim. Oi? Falar com o Pedro?” Disse levantando-me da mesa. “Pedro, a Sol quer falar com você, tem como você vir aqui?”

“Já volto, galera.”

Caminhamos até a saída da pizzaria, mas como atrapalharíamos o fluxo de pessoas, direcionamo-nos até o estacionamento.

“Oi Sol, acho que agora já dá pra falar, vou passar pra ele.” Entreguei-lhe o celular.

“Fala, Sol. Qual o problema da vez?” Ele pausou, encarando-me confuso. Disparei a rir, “Alô? Ela desligou, Karina?” Devolveu-me o telefone. “Do que você tá rindo?”

“Ai, Pedro. A Globo podia me contratar como atriz.” Disse em meio a risadas.

“Do que você tá falando, K? Liga pra Sol aí, o que ela queria?” Ele olhava-me confuso, mas logo estava surpreso. “Karina, o que você fez?”

“Você acha mesmo que a Sol ligou? Eu coloquei uma música pra tocar como se fosse o toque.” Expliquei o plano e ele parecia absorver tudo. “Eu precisava agradecer a música do show, e lá dentro eu não poderia agradecer do meu jeito.” Olhei-o com uma cara travessa.

“E de que jeito você quer agradecer?” Ele retribuíra o olhar, aproximando-se de mim.

“Desse aqui.”

E eu não pensei em mais nada. Quando menos percebemos já estávamos aprofundados em um beijo repleto de desejo, e por que não, de carinho. Ao mesmo tempo que era voraz, era também acalentador. Nossos movimentos eram precisos, como numa dança, ele guiava-me e eu deixava-me levar no seu ritmo.

Mas diferente das outras vezes, não paramos para pegar fôlego, não por não precisarmos, e sim porque não queríamos. Quanto mais nos entregávamos, mais queríamos nos entregar. O problema era que começamos a demorar um pouco mais do que o normal, logo perceberiam nossa demora. Fora dolorosa, mas por fim nos separamos.

“O que foi isso, Esquentadinha?” Pedro tinha os lábios vermelhos, dizia tentando pegar fôlego.

“Um muito obrigada, ué.” Também tentava pegar fôlego.

“Você é louca, Karina.”

“Escondido é bem melhor, perigoso é divertido.” Nós dois rimos.

Fizemos um pouco de hora no estacionamento, para nos recompor. Em alguns minutos estávamos voltando para a mesa onde estavam Vicky e Zé, e sentamos em nossos respectivos lugares.

“E ai, o que a Sol queria?” Zé perguntara encarando Pedro, que trocou um olhar rápido comigo.

“Ela quis saber se o show de amanhã tá de pé, ela sempre fica ansiosa, sabe? Pergunta de hora em hora se ninguém cancelou.” Ele se saiu bem, confesso.

“Se era só isso, demoraram por quê, Pedro?” Agora era Vicky que colocava-o contra a parede.

Para nossa sorte a pizza chegara e Pedro fora impedido de dar mais alguma explicação. Zé servia-me, enquanto Pedro servia Vicky. Enquanto comíamos, senti alguém cutucando-me por baixo da mesa, e soube perfeitamente quem era. Olhei-o disfarçadamente e ri quando ele num tom inaudível disse.

“Você é louca.” Pedro soltou uma risada que logo fora abafada por um gole no refrigerante.

Sim, eu era louca. Mas ele deveria saber que era por ele.


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Notas finais do capítulo

Nhóis, que capítulo mais delicinha! Tenho que fazer outro PS. Essa pegação escondida do Pê com a K eu que pedi pra Mica fazer e ela toda linda atendeu meu pedido. Hihi
Tinha que ser né gente? Pelo amor, ficar só aguentando VV e ZB ninguém merece. Os nossos babies tem que ter um momento deles de muito amor também.
Gostaram do apeguinho? E das músicas? A Mica ama o Tiago. E essas partes do show, dele falando e tal, ela tirou de um show dele que ela foi :)

Mas vemk, quem viu o Rafa hoje explando no Insta o namoro SantoVitti? Não que a gente não saiba né, mas que é delícia demais ver eles se entregando, isso é. Pelo menos pra mim. Só podia ter sido uma foto dele beijando a Bellinha e não o Cadu né. HAHAHAHA. Mas tá bom, melhor que nada.

Beijos gente!



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