Anjo De Cristal escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 4
Um Olhar Com Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Estou muito animada com tanta gente gostando da história, muito animada mesmo! Vocês não sabem o quanto.
Olha, vocês estão nutrindo um ódio pela Fabiana que eu já estou ficando com pena dela kkkkk´s.
Vou deixar de tanto bláh bláh bláh e permitir vocês lerem u.u
Aviso: Dois novos personagens aparecerão neste capitulo.



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POV Maria

Eu estava sozinha no quarto quando de repente entrou uma mulher desconhecida no meu quarto, logo ela viu que havia entrado no quarto errado. Ela me parecia familiar, ou será que estava a confundindo com alguém?

—Me desculpe. Eu estou procurando o quarto onde minha cunhada está e acabei confundindo. —A mulher fala envergonhada.

—Tudo bem. Como ela se chama? Talvez eu possa ajudar. —Me ofereço.

—Maite Santisteban. —Ela fala e eu sorrio.

—No próximo corredor. —Falo.

—Você é amiga dela?—A mulher pergunta curiosa.

—Quase isso. —Falo. —Muito prazer, sou Maria San Román. —Falo e ela parece ficar surpresa.

—O prazer é todo meu. Sou Fabiana Santisteban. —Fala sorridente. —Preciso ir. Irei conhecer o meu sobrinho. —Ela fala contente e sai do quarto. Logo a porta se abre e eu percebo que é uma enfermeira.

—A senhora Maite Santisteban mandou este bilhete. Já que nenhuma das duas podem se ver. —A enfermeira fala e me entrega o bilhete.

“Espero que esteja se recuperando muito bem, Maria. Pelo o que eu acho sairemos quase no mesmo dia deste hospital. Assim terá como conhecer o meu filho. Aguardo noticias suas. —Maite Santisteban”

—Se importa de levar um para ela como resposta?—Pergunto envergonhada animada ao mesmo tempo por estar me tornando amiga de Maite.

—Claro que sim. —Fala enquanto eu escrevo rapidamente o bilhete.

—Como se chama?—Pergunto sorrindo.

—Juliana. —Fala envergonhada.

—Juliana, me desculpe se eu e Maite estamos nos comportando como duas crianças...

—Não se preocupe. Está sendo divertido até para mim. —Juliana fala sorrindo. Eu lhe entrego o papel e ela rapidamente o guarda. —Preciso conferir a sua pressão arterial, senhora. —Fala e me deixa sem entender.

POV Maite

Eu estava tomando café quando Fabiana entrou de surpresa no meu quarto. Assim que ela entrou no meu quarto vários pensamentos sobre Fabiana e Lorenzo.

—Vim te ver e ver meu sobrinho. —Fala com um pequeno presente embalado em um papel de presente cintilante e com um laço verde.

—Ele vem daqui a alguns minutos para cá. —Falo tentando me sentir confortável.

—Eu ainda não vi meu irmão e nem a minha sobrinha... —Fala abrindo as cortinas do meu quarto. —Aqui precisa de um pouco mais de luz.

—Lorenzo só vivi no berçário e Letícia só vem depois do trabalho. —Falo e ela me escuta com atenção.

—Eu sem querer entrei no quarto de uma mulher chamada Maria, ela te conhece não é?

—Conheci Maria nesta última semana. Ela está grávida e teve complicações com a gravidez... —Falo e Fabiana retira a bandeja de café para que eu fique mais a vontade. —Obrigada.

—Nossa. Mas o bebê corre algum risco?—Ela pergunta se sentando perto de mim.

—Pelo o que dizem está tudo bem com ambos. —Falo. —E você? Porque nunca quis ser mãe?

—Não encontrei um homem que se saísse bem como um pai para os meus filhos. Então decidi não ter. —Fabiana fala vagamente. —E também acho que não iria me sair bem como mãe. —Fala séria mais depois sorri. Logo eu vejo a enfermeira que mandou meu bilhete para Maria entrar. —Bom, vou ao berçário ver se meu irmão está por lá. —Fala se levantando da poltrona e se despede. Logo fica somente eu e a enfermeira no quarto.

—Lhe trouxe isto. —Fala me mostrando um bilhete e eu rapidamente o leio.

"Eu e meu filho estamos bem. Muito em breve nos encontraremos. Tenho muita vontade de conhecer Leandro. Acabei conhecendo sua cunhada, a Fabiana”.

—Não terá resposta por enquanto. —Falo.

POV Estevão

O médico que estava cuidando de Maria me chamou para conversarmos sobre a gravidez de dela. Parece que algo de muito grave o preocupava.

—A sua esposa está correndo um risco. —Ele fala. —Me parece que na hora do parto teremos complicações. —Fala me deixando apavorado. —Eu temo que nessa hora tenhamos que escolher entre sua esposa e seu filho.

—Não me fale isso...

—Estevão, existe uma maneira... Uma solução muito dura para salvar Maria, mas teremos que sacrificar o bebê. —Fala e eu fico indignado. —Nesses casos o aborto não é um crime... —Ele tenta me explicar mais eu me revolto.

—Não é um crime? Como não é?!—Pergunto incrédulo. —Rubens, você me viu a beira da morte, sabe o quanto eu e Maria sofremos. Como quer que agora eu fale para ela que a única "solução” é ela praticar um aborto?

—Também corre o risco dela e do seu filho morrerem juntos, Estevão. —Fala. —Maria esta em uma idade muito avançada. Toda gravidez é um risco, mas o dela é bem maior.

—Eu não sei o que fazer pensar e falar. Não consigo... —Falo tentando não chorar com tanto desespero.

POV Fabiana

Eu entrei fui até o berçário encontrar o meu irmão e o avistei com o filho em seus braços. Aproximei-me sem ele se dar conta e tampei seus olhos com as minhas mãos.

—Letícia?—Pergunta e eu me arrepio só de imaginar o porquê ele pensou que fosse a minha... Sobrinha.

—Quem me dera ser jovem como ela. —Falo e retiro as minhas mãos. Assim que ele se dá conta de que sou eu sorri.

—Fabiana!—Fala e sorri. —Queria te dar um abraço, mas como pode ver... —Fala e sorri olhando para o filho.

—Posso segura-lo?—Pergunto com uma falsa simpatia.

—Claro que pode. —Lorenzo fala me deixando carregar o meu sobrinho nos braços. —Ele é perfeito. —Falo. Idiota, se eu não ganhasse dinheiro contigo eu te jogaria no chão agora.

—Eu também achei. —Lorenzo fala sorridente. —Pretende ficar muito tempo?

—Tempo suficiente para ficar com a minha família. —"Tempo suficiente para me preparar para tudo e levar este pirralho”. —Eu estava com tantas saudades, meu irmão. —Falo com total falsidade.

POV Maria

Eu me sentei na poltrona verde esmeralda com a ajuda de Estrella. Ela chegou totalmente preocupada e agora estávamos conversando.

—Seu neto já aceitou a idéia de ter um tio mais novo que ele. —Estrella fala sobre o filho que esperava. —Em breve serei mãe.

—E terá que ser uma boa mãe. —Falo e ela sorri.

—Terá que mimar Estevão até meu filho nascer, mãe. Porque depois que ele nascer ele terá que ter muita atenção. —Estrella fala com humor e sorrio absurdamente alegre. Estevão era o nome do meu primeiro neto, filho de Heitor e Vivian.

—Não sei se darei conta de dois netos e mais um filho. —Falo ainda sorrindo. —Já me imaginou correndo atrás deles?—Pergunto e ela não se agüenta de tanto rir.

—Isso vai ser muito engraçado. —Estrella fala sorridente.

—O que é que será engraçado?—Heitor pergunta entrando no quarto com Estevão nos braços. —Filho, lá está a sua avó sentada com a sua tia. —Heitor fala e eu peço para carregar Estevão no colo.

—Meu amor... —Falo beijando o meu neto em sua bochecha.

POV Estevão

Terminei minha conversa com Rubens e sai pelo hospital totalmente transtornado. Fui até o quarto onde Maite estava, precisava pedir o seu conselho. Assim que entrei percebi que ela estava um pouco impaciente, como se esperasse algo.

—Tudo bem?—Pergunto e ela sorri como se quisesse esconder sua impaciência.

—Estou vivendo como posso. —Fala distante e me deixa um pouco curioso. —O que veio fazer aqui?

—Eu vim te pedir um conselho. É sobre Maria e o bebê... —Começo a falar sobre tudo o que estava acontecendo e sobre tudo o que o médico falou sobre a gravidez de Maria.

POV Ana Rita

Eu estava ansiosa, sem poder me conter na realidade. Andava de um lado para o outro com a esperança de que Francisco tivesse notícias sobre a criança que Rodrigo e Fabiana nos dariam. O nosso filho...

—Eu nunca pude gerar um filho. Talvez com esta adoção eu me sinta um pouco melhor sem o peso de não poder gerar um filho. —Falo colocando as minhas mãos em minha barriga. —Nunca irei saber como é ter um filho. —Falo para mim mesma.

—Ana?—Escuto Francisco me chamar e o vejo na entrada da sala. —Tenho noticias. —Me fala e eu não me aguento com tanta ansiedade. —Nosso filho nasceu. —Fala e eu não acredito. —E eles me disseram que possivelmente encontraram a menina que queremos.

—Mas como será? Se o menino nasceu agora... Com quanto tempo a genitora dessa possível menina esta grávida?—Pergunto confusa.

—Cerca de três meses. —Fala. —Mas o menino foi dado. Pelo o que eles falaram a mãe não tinha condições alguma de cuidar dele. —Fala a mesma historia que Fabiana e Rodrigo falaram. —Ele chegará aqui depois de essa possível menina nascer.

—Não sei... —Falo desconfiada. —Eles só terão mais ou menos seis meses de diferença. —Falo.

—Iremos registrá-los com datas diferentes, daremos um jeito para que nossos filhos não sofram com o passado. —Francisco fala. —Fabiana e Rodrigo são dois anjos. Tirar crianças de situações perigosas para dar á elas um futuro melhor...

Eu não queria assustar o meu marido, mas algo gritava em minha mente como se quisesse me alertar sobre esta bondade tão grande de Fabiana e Rodrigo. Principalmente Fabiana... O seu olhar me transmitia medo e escuridão, algo de ruim nela.

—É... —Falo tentando disfarçar as minhas desconfianças.


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Notas finais do capítulo

Reviews?!



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