Happy's Month escrita por Maya


Capítulo 3
Dia 3 - O Amor é Bom


Notas iniciais do capítulo

Música 3 - Every Breath You Take - The Police



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Ouço meu celular tocando, mas estou no almoço agora e minha mãe odeia quando mecho no celular durante as refeições, então praticamente devoro a comida, peço licença, lavo meu prato e pego o aparelho. Curiosidade, teu nome é Austin.

Na tela surge uma mensagem de um amigo de infância meu, Peter. Nos conhecemos no jardim de infância e desde então somos melhores amigos. Mas Peter se mudou alguns meses atrás, e desde então só nos comunicamos por mensagens. Mas essa mensagem é totalmente diferente de todas as outras. É a mensagem que eu tanto aguardei.

“Estamos de volta, cara!”

“Vamo te esperar no parque, blz? Bora curtir!”

Sinto dizer isso, mas minha maior alegria agora não é porque Peter voltou pra cidade. O negócio é que Peter tem uma irmã que é um ano mais nova que ele, Lindsey, e eu sou totalmente fissurado nela. E Peter falou no plural, então ela vai estar lá também, o que é maravilhoso.

Comecei a me apaixonar por Lindsey no começo do ano passado, tantos meses antes de eles se mudarem. Eu não conseguia parar de pensar nela. Então passei a falar mais com ela, a observar mais suas manias, seus gestos, seu modo de falar, seu jeito de andar, seu jeito de agir, tudo. Admito: é bizarro. Quando confessei isso para Peter, ele disse “Cara, você tá parecendo mais um perseguidor do que um cara apaixonado”. Ele tinha razão.

Levei um choque quando os Chevalier se mudaram para outra cidade, mas com o tempo consegui tirar Lindsey da cabeça. Só que agora ela está de volta e eu sou bem mais confiante do que era antes. As coisas mudaram.

– Mãe, pai, eu vou sair – avisei a eles.

– Mas você acabou de almoçar. Onde você vai? – Meu pai me perguntou.

– Peter voltou pra cidade. Ele e Lindsey marcaram de me encontrar no parque.

Vejo um sorriso brilhar no rosto da minha mãe. Não pela Lindsey. Ela sempre achou Peter um ótimo garoto e uma ótima companhia, e ficou definitivamente mais sentida por sua partida do que eu.

– Tudo bem, Austin. Mas avise se for demorar muito. Deixe o celular ligado e não ignore nossas ligações...

– Ok, mãe, tô sabendo.

Me viro e vou para o banheiro, ajeito o cabelo e as roupas e vou pro quarto pegar meu violão. Desculpe Peter, mas minha principal motivação é sua irmã.

Quando abro a porta, ouço Calvin cantarolar o nome de Lindsey, mas apenas o ignoro e corro pro parque.

Cheguei. Peter e Lindsey estão sentados em um dos bancos do parque, olhando ao redor como se fosse a primeira vez deles ali em anos, e então eu aceno. Peter se levanta imediatamente para trocar um high five comigo e dá uns tapinhas no meu ombro. Depois vem sua irmã e ela me abraça. Jesus, meu rosto está queimando tanto que acho que vai derreter!

Ela se afasta para perguntar como eu estou e eu vou gaguejando as respostas enquanto a observo. De novo. Lindsey continua como sempre, o mesmo sorriso, o mesmo jeito doce de falar, a mesma risada, a mesma meiguice de sempre, e ela continua dando aquele sorriso forçado quando Peter faz uma piada que ela não entende ou não acha graça, e ela ainda coloca as mãos nos bolsos do short, depois as tira e fica as balançando e batendo uma palma na outra de vez em quando, e ela olha pra mim quando percebo que estou a observando do mesmo jeito quando percebia isso antes.

– O que foi? – Ela me pergunta. – Austin? Você está bem?

– Melhor impossível – respondo um pouco depressa demais. – Você continua linda como sempre, Lindsey.

Ela sorri e Peter propõe um passei pelo parque e depois um lanche. Aceito. Não importa se ele vai ficar o tempo todo com a gente. Estou feliz e com Lindsey, então ele pode fazer o que quiser.

Digo e repito: o amor é bom.


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