Dezessete de abril de 1980 - 19:30

Narrador:

“Era uma noite de muita tempestade. Trovões ecoavam pelo céu, gotas de água caiam sem parar e molhavam aqueles que nas ruas dormiam, tudo estava tão tenebroso que nem os grilos se atreviam a cantar. As ruas das pequenas cidades estavam incrivelmente silenciosas a não ser pelos fortes barulhos de trovões.

Em uma simples casinha localizada em algum vilarejo trouxa, um bebê se punha a chorar, não de frio ou fome, mas sim de medo.

Este pequeno ser não era igual as outros, não quero dizer em aparência, pois afinal, era uma menina incrívelmente linda, estou falando que ela não era exatamente humana, ela era uma mistura de duas raças que ninguém naquele vilarejo imaginava existir, ela era uma bruxa, sim, uma bruxa, filha de dois feiticeiros muitos nobres e respeitados no mundo bruxo, e metade veela, um ser feminino capaz de enfeitiçar os demais com a sua beleza.

Depois de muito choro, uma mulher ruiva entrou no quarto e começou a balançar de leve o berço da pequenina que imediatamente se calou, então a mulher soltou um sorriso para filha e saiu do quarto a deixando só.

No andar de baixo a mulher entra na cozinha e começa a preparar o jantar, der repente ouve um estrondo e conclui que a porta fora arrombada. A mulher se desespera, afinal, sabia que ele viria, mas não imaginava que fosse tão cedo, sai correndo em direção a sala mais quando chega não há ninguém ali, então ela se tocou mais é claro que ele estaria no quarto de sua filha, é lógico, ele queria se vingar e que vingança seria melhor que tirar a filha dos dois traidores?

A mulher corre desesperadamente em direção ao quarto, quase caindo ao subir às escadas.

—Se afaste dela Tom.- exclama Elizabeth erguendo a varinha pronta para atacar.

—Quanta petulância! Acha mesmo que uma garotinha como você pode competir com um bruxo de nível elevado como eu?- A risada fria ecoa assustadoramente pela casa, fazendo os pelos de sua nuca se eriçarem.

—É o que iremos ver agora, Expelliarmus!- Afirma Elizabeth lançando-lhe o feitiço.

Com um aceno de varinha o homem bloqueia o feitiço e conjura o Avada Kedavra enquanto a mulher se defende com um Protego,o homem desarma a moça com outro feitiço e a derruba no chão estendendo os braços para que uma longa cobra saísse das suas mangas, a cobra ataca a mulher inúmeras vezes enquanto seu sangue jorra pelo carpete.

O homem se aproxima calmamente do berço da criança ali presente, na fração de segundos em que levanta a varinha ele  analisa a menina peculiarmente, faz manejos complicados e de certa forma delicados com a sua varinha enquanto murmura palavras em outra língua, o quarto vai ficando com uma tonalidade arroxeada e cada vez mais escuro, e  por fim, cai em total penumbra.

No pulso da menina vão se formando marcas cada vez maiores, e por fim só lhe resta uma, um círculo com pequenos desenhos, de um vermelho vivo e que se assemelha à sangue.

"Με το φως του φεγγαριού κολύμβησης το βράδυ, τελικά δηλώνουν, τη θέλησή τους ότι δεν έχετε, τώρα ανήκει σε μένα, Εκάτη των λύκων που ανήκουν, κατάρα και τη σωτηρία τους.¹" sussurra o homem, se afastando da menina que agora chorava copiosamente.

§ §

Horas depois:

Um homem adentra a porta quebrada da casa assustado  perguntando-se o que acontecera ali, a casa estava silenciosa e em um clima horripilante, ele adentra todos os cômodos procurando por alguém, enfim chega no quarto da filha, e se assusta com a cena, Elizabeth desfalecida no chão coberto de sangue, e Sophie dormindo em seu berço.

Caminhou até a filha logo notando uma pequena cicatriz em sua mão, examinou cuidadosamente não conseguindo distinguir o que era,  pegou a menina no colo levando-a embora mais antes de partir se abaixou e beijou os lábios da sua amada sussurrando um ultimo eu te amo.

Após um longo período de tempo, o homem adentra a porta de sua casa sem a menina, onde sua mulher esperava-lhe aborrecida.

'' Onde esteve, Lucius?’’

§ §

Sim, Sophie Hope Lestrange era filha de Lucius Malfoy...