A Ordem de Drugstrein escrita por Kamui Black
Notas iniciais do capítulo
Finalmente chega a tempestade.
Capítulo 037
Antes da Tempestade (Parte 2)
— Nós... temos... que conversar? – Thays perguntou bem devagar, não se sentia nada bem em ver a expressão que Kayan trazia em seu rosto.
— Sim – respondeu para a namorada em um tom de voz seco. – Você recebeu uma mensagem minha através de um mensageiro, não recebeu?
— Recebi ontem, mas...
— Mas você foi até o Viktor do mesmo jeito, não é? – ênfase no nome do rapaz.
— Ah! Então é isso. Não precisa ficar com ciúmes do Viktor, ele...
— Não estou com ciúmes – interrompeu a garota novamente.
— Não está? – perguntou ela, sem entender praticamente nada.
— Não. Eu sei que se você quisesse alguma coisa com ele, vocês já estariam juntos há muito tempo. Não é esse o problema.
— Então qual é, Kayan? Não estou entendendo.
Kayan respirou fundo para manter a calma. Era difícil, mas ele conseguiu isso até aquele momento.
— Você já cumpriu uma missão de busca e apreensão antes e sabe como é isso chato. Depois de dez dias de toda essa chatice eu volto pra casa esperando rever minha namorada e descubro que ela está na guilda do Viktor só pra me fazer ciúmes.
— O que? Você acha que eu fui lá só por isso?
— Não, você realmente valoriza a amizade dele. Não sei o motivo, mas valoriza. A questão é que você não suporta a ideia de sentir ciúmes quando eu estou com a Sarah e eu não sentir o mesmo quando você está com ele.
Thays começou a ficar nervosa. Soltou o ar entre os dentes para demonstrar isso. O pior de tudo é que Kayan estava coberto de razão. Porém, ela não admitiria isso de maneira alguma.
— Você está sendo infantil, Kayan.
— Ah não! Agora você só pode estar brincando – o rapaz sentiu todo seu esforço para manter a calma ser em vão, pois ela estava indo embora naquele exato momento. – Então sou eu que estou sendo infantil aqui? É isso mesmo que você pensa?
— Não! É que...
— É que? – pressionou.
— Certo, talvez você tenha um pouco de razão.
— Um pouco?
— Tudo bem. Você tem toda a razão – como não lhe restou outra saída, admitiu por fim.
— Assim está bem melhor.
— Mas você também não precisa passar tanto tempo com a...
A garota parou de falar quando Kayan espalmou a mão direita em um sinal de pare.
— Não começa com isso de novo. Já conversamos sobre isso.
Thays encarou o namorado e depois desviou seu olhar para o chão, pensativa.
Suspirou.
— Desculpa – falou baixinho. – É que... é que eu te amo Kayan, e tenho medo de que você não sinta o mesmo por mim.
Aquelas três palavras foram um baque para o jovem mago.
Eu te amo.
Esse era o sentimento dela para com ele, mas e o que ele sentia em troca desse amor?
— Thays – falou devagar e baixo. – Eu não sei se estou fazendo a coisa certa com você.
— Como assim?
— É difícil falar, mas é melhor agora do que mais tarde.
O coração da garota deu um salto dentro do peito. Aquelas palavras. Ela esperava pelo pior.
— Quer dizer – continuou. – Eu... eu tentei, Thays, juro que tentei, mas não consigo sentir por você o mesmo que você sente por mim.
— Mas... Kayan...
Dessa vez foi ele quem desviou o olhar.
— É ela, não é? Você... você não conseguiu esquecê-la.
Ela constatou por fim, os olhos já marejados. Tentava não chorar, mas as lágrimas teimavam em correr-lhe pela face.
— Thays – Kayan segurou-a pelos ombros e a encarou direto nos olhos. – Você é uma pessoa maravilhosa. Bonita, simpática, inteligente. Não merece ser magoada deste jeito. Quero que entenda que seria muito mais fácil e muito melhor para mim se eu também te amasse, mas...
— Kayan, seu idiota! – gritou empurrando-o contra uma árvore. – Eu te odeio!
Saiu correndo em meio ao jardim e em direção ao castelo. Não queria que ele a visse chorando.
— Thays, me desculpe – lamentou-se baixinho e, a seguir, sentou-se recostado na árvore.
* * *
— Você o quê? – perguntou Mathen exaltado.
Era outro dia, à noite, e Kayan conversava com Mathen na taverna do castelo. Ambos se serviam de uma bela garrafa de hidromel e já estavam ligeiramente alterados.
— É isso mesmo que você ouviu. Eu terminei com a Thays ontem.
— Mas por quê? Vocês pareciam estar tão bem.
— Ela disse que me amava.
Mathen encarou o amigo com um olhar intrigado.
— Essa é a primeira vez na vida que eu ouvi alguém dizer que um relacionamento chegou ao fim porque um deles disse que amava o outro.
Kayan não pode evitar e acabou rindo. Matheus o acompanhou.
— Eu não queria iludir ela ainda mais. Eu nunca ia conseguir amar ela como...
— Como você ama a Sarah?
— É – concordou relutante.
— Eu não entendo vocês dois. Você a ama, ela ama você. Qual é a incógnita dessa equação?
— Sarah Harppon.
Talvez graças ao efeito do álcool, Mathen acabou rindo de novo.
— Voltando à falar da Thays, ela ficou muito chateada?
— Acho que não. Só disse que me odiava e saiu correndo e chorando.
— É, ela ficou muito chateada.
— Mas ela vai superar isso – respondeu depois de tomar mais um grande gole de bebida. – E você, como anda com as garotas? – perguntou rápido para mudar de assunto.
— Estou saindo com a Majori.
— Quem?
— Acho que você não a conhece, ela não estudou conosco, é mais velha, já tem dezessete.
Kayan arregalou os olhos.
— Papa anjo.
— Eu já tenho dezesseis tá, não sou igual a você que só faz aniversário no fim do ano.
— Que seja, mas o que aconteceu com a Elisangela?
— Elizabeth – corrigiu. – Terminamos há alguns dias. Só estávamos saindo, mas ela insistiu que queria namorar, então...
— Tá seguindo os caminhos do Spaak – comentou Kayan.
— Quem dera. Ele estava saindo com a Ana da sala de missões.
— Ficou sabendo disso só agora?
— É, por quê? Faz tempo?
— Ele tem saído com ela desde o início do ano, mas ela também queria namorar, então ele deu um basta.
— Só de falar nele, olha quem ta entrando aí.
Kayan se virou e viu o mestre entrar pela porta. Acenou para que ele viesse sentar-se junto à eles.
— E aí, garotos, novidades?
— Sim, o Kayan terminou com a Thays.
O jovem mago encarou o outro com uma cara de poucos amigos, não queria que ele saísse espalhando por ai.
— Sério? Talvez tenha sido melhor assim, porque o que vem por aí não será fácil.
— Como assim?
— Não é confirmado ainda, se for, vou falar com você e a Sarah daqui há dois dias.
— Mais uma missão demorada?
Spaak acenou a cabeça afirmativamente.
— E esta vai demorar mesmo – completou. – Lamento rapazes, não poderei mais manter a minha companhia.
Kayan e Mathen logo compreenderam ao ver o mestre seguir uma maga com os cabelos loiros até o meio das costas.
— Viu o que eu falei? Tenho que aprender com o Spaak.
Kayan deu um sutil tapa na cabeça do amigo e voltou a beber.
* * *
Os dois dias que se passaram incluíram uma boa dose de curiosidade e ansiedade por parte de Kayan e Sarah. O mago tinha contado para a amiga sobre o que Spaak havia lhe dito naquela noite na taverna. Porém, os dois não conseguiram extrair dele a informação, então só puderam aguardar.
Enquanto esperavam na sala de reunião a chegada do mestre, os dois brincavam de adivinhar o que poderia ser a missão.
— Poderia ser uma caçada a algum grupo de ladinos – supôs a garota.
— Não. Acho que não. Se fosse não seria algo que levaria de doas a três luas; seria de tempo indeterminado.
— É verdade. Vai, sua vez.
— Hum...
— Fala.
— Calma aí, estou pensando – fez uma pose cômica olhando para o teto e fingindo passar a mão direita por uma barba inexistente. Isso fez com que Sarah risse.
— Talvez seja cadastrar todos os centauros de Wesmeroth.
— Seu bobo – deu um tapa leve no ombro de Kayan. – Não foi você mesmo quem disse que devíamos pensar só nas hipóteses possíveis?
— Sim, mas elas acabaram.
— Então acho que só nos resta esperar o Spaak.
— Certo. Vamos fazer alguma outra coisa pra passar o tempo então.
— Tipo o quê?
— Tipo... tenta apagar o fogo!
Kayan estralou o dedo e uma pequena fagulha apareceu, se tornando uma pequenina bola de fogo.
— Fácil.
A maga conjurou um pequeno jato d’água contra ela. Porém, não a atingiu porque Kayan a movimentou para o lado bem a tempo.
— Hei!
O rapaz arqueou a sobrancelha.
— Fácil?
— Espertinho.
Sarah movimentou os braços para lançar um grande jato de água contra a bolinha de fogo. Porém, antes que ela conseguisse executar o feitiço, Kayan segurou-lhe o braço com a sua mão direita. Sarah tentou livrar-se com a mão livre, mas sua força não foi suficiente.
Ela então se concentrou para lançar o feitiço apenas com o movimento do braço livre. Novamente foi impedida pelo mago que a girou e prendeu seu braço livre, fazendo com que ambos se cruzasse na frente do corpo, sendo que Kayan ficou atrás da garota.
— Ela ainda está ali.
— Como você consegue? – perguntou referindo-se a concentração necessária para manter a pequena esfera de fogo acesa e no ar.
— Prática.
Na verdade fora algo que ele tinha aprendido com a Thays, sua ex-namorada, mas preferiu deixar esse detalhe de lado.
— Agora você vai ver.
Ela começou a se mexer, tentando se libertar. Sua perna acabou esbarrando contra a de Kayan e este, na tentativa de se equilibrar, acabou dando um passo para trás. Porém, ali havia um pequeno sofá. Ele acabou se desequilibrando e caindo sobre o sofá que, sob o peso dos dois, acabou tombando.
O casal acabou caindo no chão, Kayan embaixo e Sarah por cima dele. A pequena esfera de fogo se apagou no ato. A garota se virou com o apoio dos dois braços, um de cada lado da cabeça de Kayan. Os dois rostos ficaram muito próximos um do outro e cada qual pôde encarar o outro no olho diretamente. Permaneceram assim durante alguns segundos, desacordados para o mundo ao seu redor, cada um só conseguindo prestar atenção na pessoa que estava logo à sua frente.
— Espero não estar interrompendo nada – disse Spaak ao perceber que o pigarro usado para chamar a atenção de nada adiantou.
— Ah, Spaak, nós... nós... – Sarah levantou-se completamente vermelha.
— Nos estávamos... praticando magia e acabamos escorregando e caindo – completou Kayan, que estava tão vermelho quanto Sarah e levantava o sofá para disfarçar.
— Ah. Certo. Praticando magia. Entendo – pausava em cada palavra intencionalmente.
— Spaak, você vai nos contar agora que missão é essa? – Sarah mudou rapidamente de assunto.
— Sim. Eu tentei evitar isso, mas não teve jeito, todos os mestres de elite insistiram nisso e...
— Espera aí – interrompeu Kayan. – Você que dizer que estava tentando evitar uma missão?
— O problema é que essa não é uma missão qualquer.
— Como assim? – perguntou Sarah.
— Nossa equipe foi convocada para a guerra.
Kayan e Sarah se entreolharam e, a seguir, voltaram a encarar Spaak.
— Guerra? – indagou a garota.
— Sim. Vocês devem saber que há meio ano a guerra estourou pra valer no norte. Novamente os povos bárbaros se revoltaram ao ponto de tentarem invadir nosso território em diversos pontos.
— Mas nós já lutamos contra os eles durante quase duas luas. Por que você queria evitar que voltássemos ao campo de batalha? – perguntou Kayan.
— Naquela vez, vocês lutaram apenas contra goblins, gnolls e alguns orcs. Além disso, não era uma guerra propriamente dita; apenas revoltas isoladas. Vocês são muito jovens para ver o horror de uma guerra de verdade.
— Já passamos por muita coisa antes, Spaak, você sabe disso, vamos passar por esta também – retrucou Kayan.
— Sim, passaremos juntos. Vou explicar-lhes agora como faremos. Temos dois dias para nos prepararmos. Isto é, nos despedirmos dos que nos são caros, pois ficaremos três luas nos campos de batalha, a não ser que a guerra se encerre antes.
— Três meses? – espantou-se Sarah.
— Sim – respondeu-lhe Spaak antes de prosseguir. – Daqui a dois dias seguiremos até a região de Tubbler acompanhados de mais cinco equipes lideradas por mestres. Iremos de carruagem numa viagem que levará pelo menos seis dias.
— Tubbler é próximo a fronteira com os anões, não é? – perguntou Sarah.
— Exatamente. Lutaremos junto dos anões e alguns magos de Kaz Barak e Kaz Elenak. Além de nós, outras equipes serão enviadas para o norte onde receberão reforços da Ordem de Shaterae e de Zeneth. No noroeste os elfos têm lutado lado a lado com magos da Ordem de Zeneth e Darthone.
— Parece que a maior parte está concentrada na região nordeste aonde iremos – constatou Kayan. – A guerra está mais crítica nesse ponto?
— Está muito pior, parece que os orcs tem tido uma espécie de organização anormal nessa região. Além disso, eles e os taurinos têm conseguido uma interação muito grande.
— Dois dias? Kayan, vamos reunir o pessoal todo para uma espécie de festa de despedida e boa sorte?
— Boa ideia Sarah.
— Estive pensando... a Thays não vai ficar muito feliz com essa notícia, nem você deve estar também.
— Na verdade, nós terminamos o nosso namoro há três dias.
Embora Sarah sentisse que devia ser solidária com os dois, da mesma maneira que foi com Mathen e Ellien, também se sentia, de certo modo, feliz pela notícia. Era fato que ela nunca gostou de ver Kayan junto de Thays.
— Como assim, terminaram?
— Só terminamos.
Spaak, vendo que aquilo poderia se tornar uma conversa um tanto quanto particular, decidiu sair de fininho enquanto os dois conversavam.
— Mas por quê? Quem terminou?
— Eu terminei porque achei que não era certo ficar iludindo ela daquele jeito. Eu não a amava do jeito que deveria para dar certo.
— Entendo. Mas você falou com ela com jeito, não? Não magoou ela, magoou?
— Acho que não. Ela apenas gritou que me odiava e saiu correndo e chorando.
— Kayan!
— Eu tentei ser o mais gentil possível, mas nenhum rompimento acontece sem que alguém saia um pouco magoado. Além do mais, vocês duas nem se dão bem.
— Eu sei que não. Mas mesmo assim eu não sou insensível para saber que alguém está sofrendo e não sentir nada.
Kayan a encarou com uma expressão de dúvida.
— Insensível! – ela gritou antes de sair da sala.
— Bem que o Mathen diz: garotas, vai entender – Kayan falou para si mesmo.
* * *
Na última noite antes da partida dos magos para a guerra contra os bárbaros, a taverna de Drugstrein bateu recorde de público. Não apenas a equipe de Spaak resolveu fazer uma despedida, como quase todas as equipes.
Para animar a noite, o dona da taverna contratou uma banda, que era formada por magos da própria ordem.
— Sempre quis aprender a tocar um instrumento – Kayan comentou com Sarah enquanto observava os músicos tocando piano, harpa, percussão e violino.
— Então por que nunca tentou? – perguntou a garota antes de tomar um gole de vinho.
— Não tenho talento para isso. O que tenho de habilidade com magia me falta com música.
— Eis uma coisa que você não sabe fazer direito. Estava começando a achar que você sabia fazer de tudo.
Ele riu do comentário da garota.
— É que eu sou bom em mostrar aquilo em que sou bom e melhor ainda em esconder no que sou ruim.
Desta vez foi Sarah quem deu risada.
— Kayan – ela o chamou assim que voltou a ficar séria. – Vai falar com ela.
— Mas será que ela vai querer me ouvir?
— Acho que sim. Thays pode ser meio chata às vezes, mas ela é sensata. Deve ter entendido que você fez o que você achou ser melhor pra você e pra ela também.
— Certo, vou aceitar seu conselho.
Kayan esvaziou seu copo e, então, seguiu até a mesa onde Thays estava sentada junto a Ellien, cujo pai também sairia para a guerra com sua própria equipe.
— Oi Ellien, senhor e senhora Iker – cumprimentou ao se aproximar. – Thays, será que nós podemos conversar um minuto a sós?
A garota fez uma careta, mas acabou concordando. O casal saiu pela porta que dava para o jardim e lá conversariam.
— Vocês dois já estão juntos?
— Do que você está falando?
— De você e a Sarah. Não foi por isso que você terminou comigo?
— Não, Thays, e você sabe que não foi por isso – respondeu sério. – Você ainda está muito chateada comigo?
— Não estou exatamente chateada, mas eu realmente gosto muito de você, Kayan. Queria... queria que desse certo.
— Mas não deu, e eu acho que nós terminamos antes que um de nós saísse realmente ferido.
— Que eu saísse, você quer dizer, não é? – perguntou enquanto enrolava uma mecha do cabelo azul no dedo indicador direito.
Kayan concordou com a cabeça e voltou a falar.
— Thays, eu quero que você saiba que, embora eu não te ame como você gostaria que eu amasse, ainda sinto por você uma grande amizade. Realmente quero que você seja feliz, e vou sentir sua falta enquanto estiver longe.
Ela sabia que ele dizia a verdade e sabia que também sentiria sua falta enquanto ele estivesse longe.
— Tome cuidado lá e vê se volta inteiro pra gente, tá? E... e cuida direito daquela chata da Sarah porque você sabe que ela é a mais vulnerável entre vocês três.
Kayan sorriu ao saber que, assim como Sarah se preocupava com Thays, esta se preocupava com a mesma.
— Vocês duas são meio parecidas se olharmos de um certo ângulo, sabia?
— Credo, sai pra lá – a garota disse, já com um humor um pouco melhor. – Foi bom que você tenha vindo conversar comigo antes de partir.
Após essas palavras ela se virou para voltar para dentro da festa, mas Kayan a segurou pela mão. Ele a puxou para si e a abraçou com força e ternura. Thays deixou que as lágrimas lhe lavassem o rosto, porém ela não estava mais triste, apenas emocionada. Após esse momento, ambos voltaram para dentro da taverna, onde Kayan se despediria de seus amigos.
* * *
Uma viagem monótona se seguiu nos seis dias posteriores a festa. Kayan constatou que havia alguns magos e mestres conhecidos partindo para a guerra. Dentre eles estava a equipe liderada por Karion Wigg, que ia acompanhado de seus irmãos.
Kayan agradeceu pelo fato de cada carruagem apenas comportar duas equipes e a de Karion ter ido em uma diferente da dele.
Ficou, também, feliz por ter pessoa conhecidas em sua carruagem. A mestra Aghata Willis liderava a equipe onde estava outro rosto conhecido: Anita Sttiken, que havia trocado de equipe assim que acabou o exame para mestre há duas luas. O terceiro membro da equipe era uma maga de cabelos encaracolados e pretos que atendia pelo nome de Nathie.
A monótona viagem foi interrompida ao som de uma explosão e logo constataram que já estavam em um campo de batalha, antes mesmo que o esperado. Taurinos guerreiros e shamans atacavam as três carruagens. A que estava na dianteira jazia em chamas sem sinal algum dos magos que a compunham. As demais pararam e, antes mesmo de terem tempo para pensar, todos já estavam envolvidos em uma batalha por suas vidas.
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E acabou o relacionamento de Kayan e Thays. Pra quem era a favor dos dois juntos, sinto muito, mas acho que isto já era esperado, não?
E a gora a porra ficou séria com essa guerra. A parte mais pesada da história até agora vai começar, e a minha favorita até agora também, espero que gostem do que irão ler.
A propósito, o número de favoritos na história aumentou drasticamente, o que me deixou bem feliz. Mas quero seus comentários, preciso saber o que estão achando da história. Comentem, plis!!!
Até o próximo!