A Ordem de Drugstrein escrita por Kamui Black


Capítulo 30
Exame para Mestre - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Será Kayan aprovado no exame prático?



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Capítulo 029

Exame para Mestre (Parte 2)

A sala reservada era maior do que se podia imaginar do lado de fora. As paredes tinham apenas uma janela muito alta e ampla e eram forradas de tapeçarias, cada qual com o brasão de uma das ordens de Wesmeroth. A iluminação era proporcionada por castiçais de velas e não por lâmpadas mágicas.

— Spaak sempre elogiou você, Kayan, vamos ver se ele falava a verdade – Aikos quebrou a tensão que se formava.

Antes de que pedissem qualquer coisa, Kayan expandiu sua aura na intenção de sentir qualquer tipo de armadilha mágica ou algum outro tipo de truque que poderia prejudica-lo. Tudo o que ele sabia era que seria um exame prático, mas não possuía informações mais especificas.

— Kayan Atreius, você é muito esperto expandindo sua aura para analisar o ambiente.

O Atreius deixou uma pontada de surpresa transparecer. Ele estava tentando ser discreto, mas parece que Mayra havia percebido sua aura assim mesmo. Possivelmente os outros granmestres também o houvesse percebido.

— Muito bem, Kayan, queremos que crie uma grande onda de água e a congele em pleno movimento – explicou-lhe Ector Darthone.

— Devo salientar que o quanto melhor fizer, maior a chance de ser aprovado – complementou Mark Okarin.

Afirmando com a cabeça, Kayan começou a conjurar seu feitiço de maneira rápida. A água surgiu em duas grandes torrentes que se dirigiam para os granmestres. O mago, então, cruzou seus braços, mantendo-os estendidos e fez com que as ondas de água se cruzassem na frente dos seis presentes. Logo após isso, ele descruzou os braços rapidamente e os cristais de gelo se formaram e percorreram toda a extensão da água, congelando-a imediatamente.

— Muito bom, Kayan – afirmou Markus Shaterae. – Isso comprova muito de sua capacidade. Demonstre mais alguma coisa desse nível.

Atendendo ao pedido, Kayan conjurou um crisis katris que causou dezenas de explosões nos arcos de gelo que ele havia formado, fazendo com que eles se estilhaçassem. Para que os mesmos não atingissem os granmestres ele conjurou um clayn visgoon e tocou o solo para que um enorme golem de pedra e raízes surgisse atrás dos seis avaliadores, protegendo-os com seus braços.

O Mathen sempre disse que essa era sua especialidade, ele não ficaria nada satisfeito se visse que posso fazer isto tão bem quanto ele, considerou Kayan enquanto manipulava o golem para que viesse em sua direção.

Ele correu até seu constructo e saltou para o joelho, para o braço e para a cabeça logo em seguida. Lá em cima ele utilizou um feitiço aurus magoon para preenche-lo com sua aura e destruí-lo de dentro para fora. Quando ele começou a se despedaçar em pequenas explosões de energia ele saltou para trás.

— Um belo espetáculo, este. Digno de uma trupe de pantomineiros.

Kayan não gostou nem um pouco do comentário de Mikael da ordem de Zeneth, mas sua expressão de insatisfação foi substituído por um sorriso após a declaração de Mayra.

— Não há mais o que dizer. Com certeza você foi aprovado.

Satisfeito consigo mesmo, Kayan saiu da sala e foi até seus amigos, que também já haviam sido aprovados. Thays também não demorou muito para ser chamada e aprovada.

Aguardaram mais algum tempo até que as outras ordens terminassem seus exames e, em seguida, os magos das guildas. A seguir, tiveram mais uma tarde livre para passearem pela cidade.

* * *

A equipe de Spaak havia acabado de chegar de uma missão.

— Estou exausta – queixou-se Sarah enquanto jogava-se em uma poltrona da pequena sala de reunião para onde haviam se dirigido assim que chegaram.

— Não entendo esta reclamação, Sarah. As missões que fazemos são do mesmo grau de quando o Kayan era o líder da equipe.

— Mas o Kayan ajudava a gente – protestou.

— Eu também ajudo – contestou.

— Ajudou desta vez porque achou que não iríamos dar conta do recado. E a gente quase foi morto pela fera de magma.

— Não seja exagerada, Sarah – disse Mathen. – O Spaak acabou com ele no último momento.

A garota bufou e se afundou ainda mais na poltrona quando percebeu que perderia aquela disputa.

— Mas o Kayan não deixaria o seu golem ser destruído e nem eu ser quase devorada.

— E vocês não teriam aprendido nada com esta missão – concluiu o mestre enquanto se sentava em outra poltrona livre.

— Falando no Kayan, será que ele está se saindo bem no exame? – indagou Mathen.

— Só espero que ele não se machuque.

— Está preocupada, Sarah? Mas acho que sua preocupação maior é com ele passando todo esse tempo com a Thays – provocou Mathen.

— Fica quieto!

Apesar de sempre calma, a garota irritou-se com o comentário do amigo, que continuou com sua provocação.

— Você devia ter aceitado namorar com ele quando teve a chance. Agora fica aí com ciúmes da Thays.

— Eu não estou com ciúmes... espera um pouco, ele contou o que aconteceu no casamento do Sakuro pra você? – exaltou-se a garota.

— Contou sim, era pra ser segredo? – provocou novamente.

— Não era segredo, mas também não era pra ser espalhado por aí – corou.

— Ele não saiu espalhando por aí. Só eu sei, e agora o Spaak.

— Não estou ouvindo nada – defendeu-se o mestre enquanto disfarçava escrevendo o relatório da missão.

— Agora eu tenho que ir, porque eu tenho uma namorada e pretendo encontrá-la ainda hoje.

Mathen saiu da sala e deixou para trás um Spaak entretido em seu livro de relatórios e uma Sarah irritada e emburrada. Seguiu pelos corredores e desceu escadas. Passou pelo jardim e dirigiu-se para uma das maiores torres do castelo, onde ficavam os aposentos maiores, destinados à famílias inteiras.

— Pai, mãe, estou de volta.

— Eles não estão em casa, foram até as cozinhas do castelo para comprar comida.

Quem lhe respondeu foi uma garota um pouco mais velha que ele, um pouco mais alta e de cabelos loiros e muito lisos e bem cuidados. Ela abria uma das cinco portas que havia no grande salão hexagonal; um dos quartos dos aposentos.

— Luanne? Pensei que você iria estar em missão esta semana.

— Pedi para sair da equipe. Aquela Josie que substituiu nosso irmão é muito chata. Vou esperar ele voltar do exame para reformar a equipe.

— Espero que você se de melhor com o terceiro membro da equipe.

— Tenho certeza de que me darei bem, pois já sei quem vou querer que o Allef chame.

— É, quem?

— Sur-pre-sa.

— Ah, deixa pra lá, estou com pressa.

Mathen passou pela irmã, que fez um muxoxo pelo pouco caso que o irmão fez do que ela lhe dizia. Ele, rumou para porta central do aposento, que dava para um banheiro com uma latrina e uma grande banheira de cobre.

Depois de ter tomado um banho e se trocado, Mathen subiu mais alguns andares até chegar nos aposentos da família Iker. Assim que chegou, bateu na porta.

— Olá, Mathen, tudo bem? Quer entrar?

Quem lhe atendeu foi uma mulher de cabelos castanhos e trajando um vestido longo até seus pés. Bem diferente do usual, uma vez que o Muscort sempre a via com o uniforme de Drugstrein.

— Olá, senhora Iker, não vou entrar não, mas quero chamar a Ellien para andarmos pelo castelo.

— Então eu vou chama-la. Mas você precisa vir aqui para jantar mais vezes.

— Se está me convidando quer dizer que o prejuízo da última vez não foi tão grande – brincou.

Ela sorriu para ele e foi chamar sua filha.

Ellien estava com um vestido azul que ia até os joelhos e sandálias simples e sem salto. Por cima do vestido, uma jaqueta de couro. Ela foi até o namorado e o abraçou.

— Você fica linda de vestido – disse ele enquanto caminhavam de mãos dadas em direção ao topo da torre.

— Você fica bonito de qualquer jeito, mas o uniforme te dá um charme a mais.

— É bom saber, assim sempre vou vir de uniforme para te ver.

Eles chegaram ao topo da torre. Como aquela era uma das mais altas do castelo, era possível ver muito longe dali. Campos, moinhos, bosques, rios, e até um vislumbre de Bereth podiam ser vistos dali.

Aquele era o local favorito do casal e sempre iam ali para se encontrar. Ele conduziu-a até as ameias da torre e observaram o horizonte por alguns momento. Mathen, então, puxou-a para si e a abraçou para, depois, beijá-la calorosamente. Após o beijo a garota se alinhou no peito do rapaz e permaneceram abraçados.

— É tão bom ficar assim com você, sem brigas – ele comentou.

— Sim, muito bom.

— Ellien eu... eu te amo – disse o rapaz, corando.

— Você tomando a inicia iniciativa de dizer que me ama? – disse surpresa, você sempre responde um eu também te amo.

— Resolvi tomar a iniciativa porque sei o quanto você é importante para mim.

— Own que lindo. Eu também te amo, Mathen.

Ela apertou ainda mais o abraço no namorado e ele beijou-a novamente.

— Aqui é muito bonito, mas está começando a esfriar – disse ela.

— Então vamos para outro lugar.

O casal, então, desceu toda a escadaria daquela torre e rumou para outra, desta vez uma das menores. Ao todo eles caminharam quase uma hora, uma vez que o castelo era muito grande. Por fim, chegaram a um corredor cheio de portas de madeira, onde Mathen escolheu uma delas e abriu a porta.

— As damas primeiro.

— E lá vamos nós de novo namorar na sala de reunião. Tem certeza de que nenhuma equipe irá utilizá-la?

— Sim, minhas fontes são confiáveis – disse enquanto fechava a porta atrás de si.

— E quem são suas fontes?

— O Spaak.

— E o que ele fala quando você pede pra usar a sala?

— Só diz para eu tomar cuidado e não engravidar você.

Ao ouvir a resposta, a garota corou violentamente.

— Como se eu fosse me entregar assim tão fácil. Vai ter que esperar mais um pouco, senhor Muscort.

— Eu espero, mas enquanto isso ainda podemos trocar mais uns beijinhos.

Empolgado, Mathen agarrou a namora e beijou-a enquanto a conduzia para o grande sofá, onde teriam espaço suficiente para namorar.

* * *

Após uma tarde descontraída e uma boa noite de sono, os aspirantes a mestre reuniram-se novamente no salão em que os exames eram conduzidos. A quantidade de magos estava muito menor que a do dia anterior, visto que quase metade havia falhado na última etapa.

— Estava com medo de quando chegasse essa parte. Não sou muito boa em duelos, sou mais do tipo que dá suporte. Se tiver que duelar contra um de vocês estou perdida.

De longe a mais nervosa dali era Anita.

— Acredito que este exame não seja com duelos entre nós.

— Por que acha isso, Allef? – indagou Kayan.

— Porque o objetivo do exame não é um comparativo entre as habilidades de cada um e sim uma analise do que cada mago pode fazer.

— Que pena, tinha esperança de duelar contra você de novo, Kayan – afirmou Thays.

— Vocês já se enfrentaram em um duelo?

— Sim, durante o teste para sermos aceitos em Drugstrein – o Atreius explicou à Anita.

— E quem venceu? – perguntou Allef.

— Kayan, ele foi genial.

— Eu já imaginava. Não que você não seja boa, Thays, mas o Kayan tem uma reputação que o precede.

Enquanto o rapaz esboçava um sorriso encabulado, a Cyren tentava esconder sua irritação pelo comentário de Anita. E isso não foi pelo comentário em si, mas sim pela admiração que ela tinha pelo Atreius.

Como se já não bastasse a Sarah, agora tem essa aí também. Assim a concorrência fica desleal. Além de mais velha essa Anita é muito bonita.

— Você não vem, Thays?

A garota despertou de seus pensamentos quando o amigo chamou-a para se juntar aos outros magos ao redor dos granmestres, que pretendiam explicar a próxima parte do exame.

— Como vocês podem ver, o número de magos aqui presentes diminuiu quase que pela metade – iniciou Aikos. – Aparentemente teremos um número menor de mestres este ano que no ano passado.

Após isso, Mikael começou a explicar a próxima etapa do exame.

— Para aqueles que nunca participaram deste exame antes, explicarei como funcionara a parte dedicada aos duelos. Ao contrario do que alguns podem estar imaginando, os duelos não serão entre vocês.

Ao ouvir aquilo, Allef olhou para Anita com uma de suas sobrancelhas levantada com um ar de "eu não falei?".

— Os duelos serão entre vocês e um de nós.

— O que!? – foi a exclamação ouvida no salão.

Anita estava ainda mais nervosa e Kayan olhou para Thays com um sorriso no rosto, que foi retribuído pela amiga. Ambos haviam gostado muito daquela novidade.

— Acalmem-se – disse Mayra. – Não será necessário nos derrotarem. Pegaremos bem leve com vocês. Apenas demonstrem como duelam e o que sabem fazer. Vocês serão avaliados tanto por quem estiver duelando quanto pelos demais granmestres que estiverem assistindo.

— A escolha dos adversários será através de um sorteio – explicou Mark Okarin. – É claro que um granmestre não poderá duelar contra um aspirante de sua própria ordem.

A primeira a escolher alguém foi Mayra. Ela caminhou até uma caixa de madeira exibindo toda a sua graciosidade e, de lá, retirou um nome:

— Anita Sttiken.

— Justo eu? – protestou a garota em um tom baixo apenas para que os amigos ouvissem.

— Acho que você deu sorte. Ela parece ser bem simpática, acho que será a que pegará mais leve – Allef tentou acalmar a garota, sem sucesso.

Relutante, Anita caminhou até a arena que havia logo atrás dos granmestres. Ela subiu sobre a rocha e aguardou até que Mayra acompanhasse seu gesto no lado oposto.

A Sttiken achou melhor tomar a iniciativa e conjurou quatro potentes jatos de água contra a granmestre, que apenas agitou seu sobretudo e desapareceu logo antes de ser atingida pelo feitiço da adversária.

Ilusão não! Ilusão não!, pensava a garota, freneticamente, enquanto expandia sua aura na tentativa de localizar sua oponente. Ela já podia ter acabado comigo se quisesse. Está me dando tempo.

A garota não teve muito tempo mais para pensar, pois um raio elétrico vinha de sua direita, lançando seus perigosos tentáculos contra o solo de pedra e avançando furiosamente contra a maga.

Foi apenas pelo mais puro reflexo que Anita conseguiu conjurar um aurus pinn no último momento. O escudo de energia suportou o impacto por muito pouco, mas a garota não utilizou aura em seus pés para se manter em pé e foi arremessada para trás.

Ali permaneceu por mais de um segundo até perceber que Mayra havia se lançado no ar com o auxilio de uma rajada de vento e estava por cima dela conjurando um novo tangrea.

A garota conseguiu rolar para o lado antes de ser atingida, mas quando se levantou percebeu que a granmestre já estava à sua frente.

Anita tentou a primeira investida que em que conseguiu pensar: hyado. Um rajada de gelo foi conjurada contra Mayra que apenas afastou o feitiço com a mão envolta em aura. No instante seguinte ela já estava cara a cara com Anita, a mão direita estendia e pronta para um tangrea.

Tudo o que Anita fez foi fechar os olhos e aguardar o pior, mas o feitiço não foi completado. Ao invés disso, sentiu a mão de Mayra em seu ombro.

— Sinto muito pequena, mas não posso aprova-la. Você ficou muito perdida neste duelo e nem a minha esfera eu cheguei a utilizar.

Com exceção de Markus, os outros granmestres também reprovaram a garota, que voltou para junto de seus amigos cabisbaixa.

— Relaxe, Anita, poucos passam na primeira vez que prestam o exame – consolou-a Kayan.

— E sempre teremos o ano que vem para tentarmos de novo – completou Allef.

Anita apenas se animou realmente quando viu os dois próximos magos também serem reprovados e percebeu que não era a única. A maioria dos presentes começou a ficar pessimista, achando que todos seriam reprovados. Foi Karion quem mudou isto, pois ele quase conseguiu atingir o granmestre Markus e só caiu depois de um segundo feitiço, resistindo valentemente contra um poderoso crisis.

Após varias outras reprovas e alguns aprovados, Mikael Kolluvan III dirigiu-se mais uma vez para a caixa de madeira e sorteou seu oponente:

— Kayan Atreius.

Sorrindo e com um olhar de encorajamento dirigido por Thays, o mago negro subiu na arena de pedra.

A maioria dos granmestres deixava que os magos tomassem a iniciativa no duelo, mas com o da Ordem de Zeneth foi diferente e Kayan deparou-se com uma poderosa lâmina de vento que vinha em sua direção com grande velocidade.

O mago não hesitou e conjurou uma barreira de rocha logo a sua frente. O feitiço do granmestre foi completamente anulado, mas Mikael não ficou parado e apressou-se em dar a volta na muralha conjurada por seu oponente.

Kayan, por sua vez, tinha um ardil em sua mente e, ao tocar a parede de rocha a sua frente, imbuiu-a com sua própria aura até satura-la e fraturá-la em milhares de pequenas rochas, espalhando muita poeira pelo ambiente.

Graças a esse truque, o mago conseguiu um tempo de reação maior que o do granmestre e conjurou o mais potente crisis katris que conseguiu. Uma explosão de fogo inundou a arena, causando grandes destruição por toda ele a assustando grande parte dos magos que estavam ali assistindo. Porém, assim que as chamas se extinguiram, Kayan percebeu que Mikael permanecia intacto graças a uma barreira de energia que ele havia conjurado no formato de uma redoma ao seu redor.

Uma variação do aurus pinn? Preciso aprender a fazer isso. Kayan raciocinava enquanto se movimentava rapidamente em um semicírculo ao redor do adversário.

O granmestre não perdeu tempo e desfez sua barreira para partir para uma ofensiva. Uma poderosa descarga elétrica foi dirigida contra Kayan em forma de raio. A ideia inicial do rapaz era se esquivar, mas ele sabia que era muito difícil de se evitar feitiços do tipo elétrico, então conjurou uma barreira para se defender.

O raio chocou-se contra a defesa de Kayan, que por pouco não cedeu perante a enorme pressão do feitiço adversário. Uma desconfortável corrente elétrica percorreu o corpo do jovem, que quase foi ao chão naquele momento. Por sorte do rapaz, o granmestre havia subestimado suas capacidades e encerrado o feitiço antes de encerrar o duelo. Kayan não perdeu aquela oportunidade e avançou contra seu opontente utilizando uma potente e sólida rajada da mais pura energia.

Mikael Kolluvan, entretanto, tinha muito poder e experiência e, com um gesto de desdém, apenas ergueu sua mão e conjurou um escudo de energia para se defender. O que ele não esperava é que Kayan avançasse rapidamente pelo seu flanco e conjurasse uma massiva lâmina de fogo contra ele.

A distância que Kayan venceu em tão pouco tempo conferiu-lhe a vantagem de um feitiço com poucas chances de defesa, forçando Mikael a se esquivar. Com o auxilio de sua aura, um mago experiente e poderoso pode se tornar muito ágil e o granmestre se esquivou com êxito, uma pequena parcela do feitiço, entretanto, conseguiu atingir seu braço esquerdo, causando um pequeno corte em seu membro.

A partir daquele momento a face do granmestre se alterou da expressão desinteressada de antes para uma que demonstrava raiva. Kayan achou aquilo muito estranho, principalmente quando o Kolluvan conjurou um tangrea muito mais poderoso que o último que ele havia lançado contra o jovem mago.

Surpreso, Kayan elevou a aura ao redor de seu corpo e colocou todos os seus esforços em uma barreira de energia. O impacto do feitiço, porém, foi grande demais para o mago, que teve sua barreira destruída e seu corpo arremessado para trás com grande força.

Com grande dificuldade, Kayan levantou-se e constatou que tinha várias escoriações e algumas queimaduras causadas pela eletricidade. Ainda estava em condições de lutar, apesar de bem ferido. Ele, então, olhou para o granmestre que o enfrentava e constatou que Mikael não estava mais aplicando um exame e sim lutando na intenção de feri-lo ou então até mesmo matá-lo. A prova disso foi que o granmestre conjurou um feitiço ainda mais poderoso que o anterior. Era uma rajada elétrica que subiu até dois ou três metros de altura e se dirigia contra o Atreius na diagonal. Não havia chance de esquiva, nem tão pouco de defesa. Pela primeira vez em sua vida, Kayan sentia-se totalmente indefeso e desamparado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do casal Mathen e Ellien? Eles têm futuro juntos?
E esse Mikael parece ser casca grossa, hein? Acham que ele está mesmo duelando a sério? Se sim, como acham que Kayan vai se livrar dessa? Será o fim de nosso protagonista no próximo capítulo? Não deixem de expor suas teorias e opiniões aqui embaixo.



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