A rainha perdida escrita por Amanda


Capítulo 14
A morte de Henrier




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Amanda-

Dessa vez eu ia conseguir, estava determinada!
– Lúcia, esta é a hora, chame os jornalistas, pois vou parar na primeira folha! se bem que não existem jornais em Nárnia...- me posicionei, respirei fundo e olhei para o alvo. - é agora - disse para mim mesma. Me preparei para soltar a flecha.
– O que estão fazendo? - Dei um pulo, lancei a flecha pra cima e o arco caiu em cima de mim. Bati com a mão na testa.
– O que parece que estamos fazendo, Ed? - Lúcia riu. - Poxa, esse momento era pra ser histórico.
– Veja pelo lado bom, ela consegiu lançar pelo menos uma.
Me virei e vi o rei Edmundo nos encarando com um sorriso no rosto.
– Como pode saber se só consegui uma vez? - Levantei as sobrancelhas.
– Eu estava vendo vocês da biblioteca. Não podia perder isso, tive que vir até aqui assistir pessoalmente.
– Ótimo - murmurei. Mais um para ver o desastre que eu era.
– Vamos tentar mais uma vez? - Lúcia perguntou.
– Claro, porque não? - Disse meio insegura e cansada.
Peguei o arco e me posicionei. Olhei para meu lado esquerdo com o canto dos olhos sem sair da posição e Edmundo e Lúcia me encaravam. Ela parecia esperançosa quanto a mim, mas ele carregava um sorriso no canto da boca como se estivesse esperando que eu fracassasse.
Senti minhas bochechas queimarem por vergonha de falhar mais uma vez. Determinei para mim mesma que iria conseguir acertar o alvo, nem que fosse na parte branca.
Me concentrei, segurei com firmeza, respirei fundo, e, assim que soltei, fechei os olhos.
Fiquei parada na mesma posição por alguns segundos e então escutei um riso. Abri um dos olhos não vi a flecha em lugar nenhum.
– Ué...o que? - Olhei para os dois.
– A flecha caiu no meio da floresta. - Disse Lúcia.
– Não acredito...- Eu disse.
– Podemos tentar de novo, uma hora você consegue...- Ela disse apreensiva.
Levantei os braços e dei um pulo
– Uhul! Consegui finalmente! E foi longe!!
Ambos ficaram um pouco surpreendidos com a minha comemoração, afinal minha mira tinha sido horrenda.
– Vamos de novo? - Ela perguntou.
– Claro!
– Vou lá dentro pegar mais flechas, me de a sua aljava por favor.
Tirei o objeto do meu ombro e entreguei para ela.
Assim que ela seguiu para dentro eu comecei a andar em direção a floresta.
– Ei! Onde pensa que vai? - Edmundo colocou a mão em meu ombro me fazendo parar.
– Vou pegar a flecha que caiu na floresta. Era da Rainha Susana, Lúcia vai ficar chateada se eu a perder assim. - Disse e continuei andando.
– É perigoso pra você ir lá sozinha.
– Está de manhã ainda.- Ele estava certo. Eu estava com medo de entrar sozinha no meio daquilo, mas me manti firme e não disse nada a respeito.
– Eu vou com você. - Ele disse.
– Não precisa.-Precisava sim. Pensei em falar para ele ir sozinho, mas não seria educado e eu não queria esperar a rainha lúcia sozinha.
– Não vou deixar você sair assim sozinha.
Não quis discutir, apenas continuei andando. Quando passamos pelas primeiras árvores me pronunciei.
– Edmundo. Rei Edmundo. - me corrigi.
– Sim? E, eu já disse antes, mas pode me chamar só de Edmundo, não me importo. - Ele mantinha o olhar para frente.
– Você tem problemas?
Ele parou e me olhou surpreso com a pergunta nada objetiva ou discreta.
– O que você quer dizer com isso? - Ele cruzou os braços, ofendido.
– Me desculpe, acho que não formulei direito a pergunta.
– Você tem problemas com o humor?
– Ainda não entendi o que quis dizer- Ele me olhava concentrado .
– primeiro você grita na minha cara mandando eu correr, depois é arrogante, depois é extremamente compreensivo e calmo, depois ri da minha cara. Não entendo, quando cheguei aqui você parecia estressado e inpaciente, e agora parece calmo e...sei lá, não entendo.- Virei pra frente e continuei a andar, ele me acompanhou.
– Eu não tinha reparado nisso...mas agora que disse, pode parecer mas eu não tenho problemas, eu acho. - Ele soltou uma fraca risada ao terminar a frase. - A flecha caiu por ali.
Começamos a procurar.
– Edmundo, como é essa coisa de ser Rei? - Eu disse enquanto olhava atrás de uma árvore.
– Ah é difícil as vezes, principalmente quando coisas esqueleticas super fortes invadem o castelo - Ele brincou. - Mas é bom também sabe...- Ele continuou falando, mas depois dai eu só conseguia prestar atenção no barulho que aumentava cada vez mais.
– Está ouvindo isso? - Ele parou de falar e levantou a cabeça.
– O que?
– Está se aproximando.
Ele ficou em silencio para prestar atenção.
– Parece um cavalo. - Ele concluiu. - Venha vamos embora. - Ele me puxou pela mão.
– Mas e a flecha da Susana?
– Podemos procurar depois.
Mas era tarde demais. Quando passamos por dois arbustos um centauro enorme estava parado nos encarando.
Edmundo soltou o ar aliviado.
– Henrier, não nos assuste assim. - Ele disse, mas o centauro parecia não escutar, sua expressão era de raiva.
Percebi que seus olhos estavam com um tom meio roxo...violeta.
Ele veio se aproximando.
– Henrier?
– Edmundo, corre. - Eu disse e o puxei para trás.
Cada um correu para um lado, mas Henrier veio atrás de mim, eu sabia que nunca correria mais que um centauro. Ele estava quase me alcançando quando descidi me render e caí no chão. Mas ele parou e gemeu de dor. Edmundo tinha o atingido. Olhei para eles e vi uma flecha cravada em uma das pernas do centauro. "Que ironico ele achar a flecha logo agora" pensei.
Henrier rugiu de ódio e partiu para cima de Edmundo.
Fiquei desorientada por alguns segundos, sem saber como agir, mesmo desarmada e sem proteção alguma eu não podia simplesmente deixar ele pra trás e então uma única coisa veio a minha cabeça. Aquela barreira violeta.
"É loucura" repeti isso umas cinquenta vezes na minha mente enquanto andava até onde eles estavam.
– Ei! feioso! Olha pra cá!! - gritei."que jeito mais idiota de chamar alguem que quer te matar" pensei.
– Você não quer ele mesmo! Solte-o! - Ele largou o Rei no chão e veio atrás de mim. Edmundo ficou sem reação, surpreso com minha atitude, ele ficou me encarando caido por alguns segundos, depois levantou e tentou correr, mas Henrier já estava quase em cima de mim.
Estendi as mãos na frente do rosto e torci com toda as minhas forças para que funcionace. Apertei os olhos e me preparei para que ele acabasse comigo, mas felizmente funcionou, não como eu esperava, mas funcionou.
Abri meus olhos e me deparei com pedaços de centauro espalhados pelo chão. Olhei assustada para Edmundo e ele me olhava ainda mais assustado e surpreso.
– Como...Você...O que...Suas mãos...- Ele ficou aterrorizado.
– Eu...eu posso explicar.


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Notas finais do capítulo

Como prometido! Espero que tenham gostado!! Comentem aí o que estão achando e o que acham que pode melhorar :) se quiserem, comentem qualquer coisa haha amo ler os comentários de vocês, eles me deixam muito feliz ^^
Acho que agora vou postar com um pouquinho mais de frequencia, pq minhas provas finalmente acabaram!! É isso! Até mais :)



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