O melhor amigo da noiva. escrita por Adri M


Capítulo 13
O meu melhor amigo.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meu povo, sei que demorei e peço desculpas, bloqueio em todas as fics Olicity, eu mereço né? Mas, enfim. Voltei!!!!!! Espero que gostem do ultimo cap dessa fic, sim, ela também chegou ao fim (como Partners). Mas, vai ter um bônus, mas não vai ter casamento não. Sem delongas, boa leitura chuchus. :*
Musicas
All Of Me - John Legend.
Latch - Kodaline.



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John estacionou o carro na frente do hospital e imediatamente eu pulei para fora do veiculo. Abro a porta traseira do carro, e pego Felicity no meu colo, ela ainda queima em febre.

– Ela vai ficar bem Oliver. – aceno com a cabeça para John, que me lança um olhar de consolo. – Vou ligar para a policia e dizer onde Ray Palmer se encontra. – acrescenta.

– Obrigado John, sem você não sei como conseguiria. – assente.

Entro dentro no hospital enquanto ela resmunga palavras sem nexo. Uma mulher vestindo roupas azuis se apressa e trás uma cadeira de rodas. Coloco Felicity na cadeira, ela encaixa a mão na minha.

O que aconteceu? – pergunta April, nome que vi em seu crachá pendurado no pescoço.

– Ela estava sendo mantida em cárcere privado e o desgraçado estava a maltratando. – disparo, ainda sentindo minhas veias ferverem e uma vontade incontrolável de matar Ray Palmer, ele a machucou, machucou a minha Felicity, algo intocável ele merecia pagar caro por isso. Com sua própria vida.

– Ela vai ter que fazer uma bateria de exames. – diz a enfermeira. – O senhor vai ter que esperar. – olho para Felicity, os olhos dela fixam-se nos meus.

– Oliver... – seus dedos deslizam pelos meus. A enfermeira a leva, entra no corredor de emergências e elas somem.

Começo andar de um lado para o outro, tentando fluir a raiva e o medo que se acumulam em meu peito. Se Ray tivesse terminado o que estava começando quando o empurrei não sei o que seria de mim. Seu eu tivesse me atrasado? Ou qualquer coisa tivesse me impedido de chegar a tempo? E se agora ela estivesse morta? Meu Deus, eu não sei o que seria de mim. Não posso pensar nisso agora, ela é forte e vai ficar bem. Sento em uma cadeira e fito o piso branco, que reflete a luz das lâmpadas presas ao teto.

Olho no relógio do meu pulso e meia hora se passou. Não precisa entrar em pânico, está tudo bem. A enfermeira deixou claro que ia fazer uma bateria de exames, e isso com certeza demora.

– Oliver. – John aperta meu ombro. Olho para cima e ele segura dois copos de café em uma mão. – Trouxe um com leite e pouco açúcar para você. – pego o copo da mão dele e beberico o liquido. John senta-se ao meu lado. – Como ela está? – indaga, depois de alguns minutos de silencio.

– A enfermeira disse que ela vai ter que fazer uma bateria de exames. – respondo, em seguida solto um longo e pesado suspiro.

– Hey, cara. Ela vai ficar bem. – Dig diz o que estou repetindo na minha cabeça todo o momento.

– Obrigado por me ajudar John. Se não fosse você, eu não a encontraria ou chegaria tarde e aquele insano teria matado ela. Se isso tivesse acontecido, eu não sei o que aconteceria comigo. – desabafo tudo com sinceridade. Fecho os meus olhos. Minha cabeça me leva a ter pensamentos horríveis do que poderia acontecer com ela.

– Oliver você chegou a tempo, para de pensar nisso. Felicity vai precisar de você agora mais do que nunca. Você tem que parar de pensar nisso, o que importa é que você a salvou. – diz John. – Sabe que pode contar comigo. – completa.

– Eu sei, amigo. – nos abraçamos por um breve tempo, e somos interrompidos em seguida.

– Senhor. – me viro para frente e vejo April parada com as mãos nos bolsos do jaleco. – Sua mulher sofreu uma fratura na costela, especificamente o tubérculo de uma das costelas verdadeiras. O osso se partiu e o ela deu entrada na sala de cirurgia. Fora isso, ela tem um ferimento profundo nas costas, que não foi tratado da forma correta, e isso causou uma grande inflamação na região, foi a causa da febre alta. Alguns hematomas pelo corpo, mas nada grave. – meus punhos se fecham violentamente. Meus braços tremem, tudo que quero é bater em algo até os músculos dos meus braços cederem e não agüentarem mais. – Esse tipo de cirurgia dura em média duas horas, depois ela vai para o quarto, qualquer novidade eu aviso o senhor. – se retira.

– Aquele desgraçado, eu tenho vontade de voltar naquela casa e terminar o que comecei. – murmuro. – Eu quase o matei! – exclamo.

– Mas, não matou. Parou quando Felicity pediu para você não fazer. Ela não ia gostar de acordar de uma cirurgia e descobrir que o namorado matou um homem. E por mais que eu ache que Ray deva morrer, não é isso que ela quer para você Oliver.

– A policia o prendeu? – pergunto.

– O delegado disse que vai me manter informado. – assinto.

– E se ele fugir?

– Ele não vai. Você viu o estado em que você o deixou caído naquele chão. Acho que ele está em coma agora. – tenta amenizar o clima. – Eu nunca vi você com tanta raiva Oliver. Na verdade, apenas uma vez, quando aqueles dois rapazes forçaram a barra com Felicity na boate e eu tive que interferir e tirar você de cima do menino que gritava como uma menina. – solto uma gargalhada lembrando-se desse dia. Felicity ficou três dias sem falar comigo, por que eu quase matei um dos rapazes.

– Você está certo John. – jogo minha cabeça para trás e respiro fundo. Aos poucos a raiva do meu corpo se esvai e eu consigo ficar mais calmo.

– Você não vai avisar a sua família? – questiona John. – A mãe da Felicity?

– Sim. Donna e Nyssa estavam muito preocupadas, incluindo a minha família que devem estar se perguntando onde eu estou. Vou ligar para Thea. – levanto e me afasto. Tiro o celular do bolso e digito o numero de Thea. Não demora muito e ela atende.

“Oliver, onde você está? Você a encontrou? Você está bem? E Felicity? Por favor, diga alguma coisa boa.” – fala rapidamente com a voz carregada de preocupação.

– Eu estou bem Thea. Estou no hospital memorial de Starling. Felicity está comigo. – respondo calmamente, escutando sua respiração aos poucos se tornar mais leve.

“Vou avisar os outros e em poucos minutos estou ai” – a ligação fica muda.

Guardo o celular no bolso e ando a passos largos até onde Diggle esta, ele estava falando no celular, esperei pacientemente ele terminar a ligação e me aproximei mais.

– Era o delegado? – pergunto e ele assente. – Prenderam o Ray?

– Sim, Ray foi pego, mas a mulher conseguiu escapar. Porem, o delegado já colocou policiais ao encalço dela. Logo ela vai estar no lugar que merece. – jogo minha cabeça para trás e passo minhas mãos pelos cabelos, soltando um suspiro de alivio.

[...]

As horas passaram de vagar como lesmas. Felicity ainda esta na sala de cirurgia e a única coisa que eu desejo mais que tudo e vê-la, ver que ela esta bem. E dizer o quanto a amo. Levanto pela 10° vez e começo andar de um lado para outro. Dig teve que voltar para casa, Lyla tinha ligado pedindo para que ele cuidasse de Sara, ela ia ter que resolver alguns problemas com a a.r.g.u.s.

– Ollie. – giro sobre meus calcanhares e Thea está parada na porta da sala de espera. Não está sozinha, minha mãe, Donna e Nyssa estão com ela.

– Oi. – o som sai tão baixo que parece que apenas mexi meus lábios. Thea corre até mim e se joga nos meus braços, a abraço forte.

– Ela vai ficar bem. Você sabe disso, não é? – faço que sim com a cabeça.

– Como minha filha está? – Donna anda a passos largos até mim. Está com medo e muito preocupada. Nyssa se aproxima, seus olhos enigmáticos cravam nos meus, posso ver o medo que ela tenta ocultar através dos seus olhos escuros.

– Como ela está? – perguntou finalmente. Afastei-me de Thea e olhei para as quatro que prestavam atenção em mim.

– Oliver, fala logo! – dispara minha mãe, que até então estava calada.

– Ela está na sala de cirurgia. – falo calmamente. Analiso cada rosto feminino na minha frente. Nyssa parece uma assassina com sede de vingança. O medo de Donna apenas aumentou. – Mas, não é nada grave. – amenizo o clima. – Ela quebrou uma costela, e está passando por uma cirurgia. Logo vai estar em um quarto e poderá receber visitas. – acrescento. A expressão de Donna suaviza, ela suspira, deixando todo o medo esvair de si.

– Eu vou matar aquele desgraçado! – exclama Nyssa, os olhos sedentos e vermelhos de raiva. – E soda caustica vai ser a arma do crime. Quero ver o lindo corpinho de Ray Palmer derreter. – completou, fazendo as outras a fitarem impressionadas.

– Eu vou fazer isso Nyssa, uma mãe vale por muitos torturadores. – comenta Donna. O medo que ela sentia deu lugar para a raiva.

– Hey! – exclamo. Elas olham para mim e se calam. – Vamos manter a calma. Eu queria ter matado aquele maníaco, mas Felicity não deixou. Ele está preso agora e eu vou fazer de tudo para que ele continue atrás das grades.

– A família dele é rica, Oliver. – diz Donna Smoak.

– Era. – dispara Nyssa. Os olhares caem sobre ela dessa vez. – Eles faliram. Não vai demorar muito para a noticia chegar na imprensa local e depois se espalhar pelo mundo. Imagino a noticia. – gesticula com as mãos. – “Indústrias Palmer em como: descer ladeira abaixo em seis meses” – conclui divertida.

– Oliver. – giro meu corpo e April está parada atrás de mim com uma prancheta nas mãos. Ela esboça um pequeno sorriso. – Ela já está no quarto e pode receber visitas. – Olha sobre meus ombros. – Mas, apenas da família. – incluiu.

– Sou a mãe dela. – disse Donna.

– Irmã mais velha. – disparou Nyssa.

– Cunhada. – foi à vez de Thea.

– A sogra dela. – olho para as quatro com sorrisos cúmplices nos lábios.

– Tudo bem, mas, por favor, não façam tanto barulho. Ela está sedada, vai acordar só amanhã. – explica April. – venham comigo.

Passamos por dois extensos corredores. Thea segura na minha mãe e minha mãe está do outro lado. A enfermeira para em uma porta, escrita “quarto 72” coloca o indicador sobre os lábios e em seguida abre a porta.

– Sejam rápidos. É permitido que uma pessoa passe a noite no quarto. – assentimos. – Daqui a pouco venho ver se está tudo okay. – assentimos outra vez, ela sorri e sai do quarto, fechado a porta com cuidado para não fazer barulho.

Felicity dorme tranquilamente. Posso ver que ela está bem, mas os hematomas ao redor do seu pescoço me fazem sentir uma vontade incontrolável e bater em Palmer outra vez. Donna acaricia o rosto da filha com uma mão e com a outra segura a mão delicada de Felicity. Nyssa abraça Donna e afaga as costas da mulher, enquanto ela chora. Thea e minha mãe estão do outro lado da cama, minha irmã está abraçada na minha mãe. Espero que todas estejam mais calmas e aliviadas e me aproximo delas.

– Vou ficar aqui essa noite. – falo.

– Eu posso ficar Oliver. Sou a mãe dela. Você pode ir para sua casa e descansar, já fez muito hoje.

– Quero estar aqui quando ela acordar. E você também merece descansar. Não me importo de passar a noite aqui. – insisto.

– Você gosta muito da minha filha, não é capetinha? – lembro do apelido que ela me chamava quando era criança.

– Eu amo sua filha. – ela alarga um sorriso nos lábios.

– Tudo bem, eu desisto. Você venceu. Mas, vai ter que me ligar assim que ela acordar. – faço que sim com a cabeça.

– Eu prometo. – acrescento.

Depois de exatamente 15 minutos, April irrompeu o quarto e disse que o horário de visita tinha acabado. Donna beijou a testa da filha e saiu a contra gosto, quase atacou April, a garota era muito mandona e Donna não gosta de ser mandada, agora sei de quem Felicity herdou esse gênio. Disse para April que ia passar a noite no quarto e mais tarde ela trouxe uma manta, para eu me cobrir durante a noite. Sai do quarto mais tarde e comprei um café na cantina do hospital.

Entrei no quarto e arrastei a poltrona para o mais próximo da cama. Peguei a mão de Felicity e levei a minha boca, depositei alguns beijos em sua mão. Encaixei meus dedos nos dela. A cafeína não fez efeito por muito tempo, e o cansaço acabou tomando grandes proporções e eu acabei por adormecer.

[...]

FELICITY.

Acordei e pisquei algumas vezes até meus olhos se acostumarem com a claridade. As imagens do que passei naquele cativeiro que Ray me levou, os olhos sombrios dele. Seus ataques de fúria. Suas mãos apertando o meu pescoço. Fechei os olhos e bloqueei as lembranças ruins. Algo quente segurava minha mão, virei minha cabeça e Oliver estava sentado ao lado da cama em que meu corpo estava inerte. Estava com a cabeça tombada no pequeno espaço disponível do colchão.

Desvencilhei minha mão da dele e coloquei sobre sua nuca, seus cabelos curtos rasparam na palma da minha mão. As pontas dos meus dedos desceram até sua bochecha acariciei a região e ele franziu o nariz. Um sorriso apaixonado desenhou-se em meus lábios. Aos poucos ele abriu os olhos, quando notou que eu estava acordada, levantou-se bruscamente.

– Você está bem? – pergunta atônito.

– Eu estou dopada Oliver. Os remédios ainda estão fazendo efeito. Então, eu estou bem. – conclui.

– Você me deu um susto. – se aproximou e acariciou meu antebraço com a ponta dos dedos. – Eu pensei que ia perdê-la. – seus dedos sobem até a minha bochecha, ele acaricia com o polegar.

– Mas, não perdeu. Eu estou bem. Obrigada por me salvar. – falo.

– Então...Estamos quites agora. – dispara, uma gargalhada foge dos meus lábios.

– Agora estamos. Sua divida está paga. – ficamos um tempo em silencio, meu olhos fixos nos dele e os dele nos meus. – Desculpa não estar no aeroporto, eu tinha planos. Ia levar você para a minha cama. – mordo meu lábio. – É o efeito dos remédios. – acrescento o fazendo gargalhar.

– Como conseguiria viver sem você Felicity?

– Com certeza você estaria morto, pelas mãos do Jack, quando ainda tinha 10 anos de idade. – respondo divertida.

– Eu te amo. – sinto várias explosões internas com a declaração de Oliver, nunca pensei em escutar isso da boca dele e agora não sei se consigo conviver sem escutar isso.

– Eu faria sexo com você agora, mas estamos em um hospital. – Oliver ergue uma das sobrancelhas, cubro minha cabeça com a coberta. – É o efeito dos remédios. – espio o rosto dele e ele está sorrindo. Abaixo as cobertas mesmo sentindo minhas bochechas queimarem. – Sabe que o sentimento é mútuo. – incluo. Oliver curva o corpo, parando com a boca próxima a minha.

– Eu sei. – diz, antes de tomar meus lábios para os dele. Seguro sua nuca e puxo, aprofundando o beijo, sua língua explora cada parte da minha boca com carinho e paixão. Oliver gruda a testa na minha, nossos lábios continuam encostados, sinto sua respiração e escuto seu coração bater na mesma velocidade que o meu. – Senti falta disso.

– Eu também. – aperto nossos lábios e dessa vez o beijo é mais ávido.

– Bom dia. – empurro Oliver e uma mulher está parada atrás de nós. – Vejo que você esta se recuperando bem. – minhas bochechas só faltam pegar fogo com o comentário irônico dela. – Como se sente Felicity?

– Estou bem, apenas sinto uma dorzinha chata nas costas. – respondo. – Quero saber quanto tempo vou ficar aqui.

– Dois dias no máximo. Ou pode ser que amanhã mesmo o medico lhe de alta, vai depender da sua costela. – olho para Oliver.

– Você estava com uma costela quebrada. – as sobrancelhas de Oliver se juntam no centro da testa, seus lábios formam uma fina linha dura. Ele está furioso. – Aquele desgraçado fez isso com você. – murmura.

– Eu estou bem Oliver. – amenizo sorrindo de canto. – Onde está Ray? – indago.

– Preso. John mandou a policia para o endereço depois que nós chegamos no hospital. – Oliver e John? Eles voltaram a ser amigos? Eles brigaram e acabaram se afastando no passado e agora são amigos novamente?

– John? Como assim John? O John Diggle? – questiono.

– Pedi a ajuda dele. Sabe que ele tem uma boa fonte de informações. – responde. – Eu estava desesperado e não sabia mais a quem recorrer. Eu sabia que John não ia negar ajuda. – explica.

– Já estava na hora Oliver. Vocês pareciam irmãos. – comento.

– Oliver tenho que trocar os curativos da sua namorada. Pode se retirar? – Oliver assente e em seguida sai do quarto. A enfermeira meu ajuda a virar de lado na cama, a costela fraturada dói quando me mecho. Ela trocou o curativo do corte que eu tinha nas costas e me ajeitou na cama novamente.

À tarde minha mãe veio me visitar. Ela estava com os olhos inchados e quando me viu acordada começou a pular e correu até mim. Encheu minha bochecha de beijos. Mais tarde foi a vez de Nyssa e Sara, as duas finalmente estavam juntas. Thea e Moira foram as ultimas a me visitar, disseram que Robert não pode ir por que estava em uma viajem de negócios.

E assim os dois dias passaram como uma tartaruga. Oliver passava mais tempo no hospital do que em casa, na verdade acho que ele nem vai para casa, ele está organizando tudo para a agência que vai abrir em Starling, está a todo o vapor. Porem, posso ver o quanto ele está cansado.

E hoje eu recebi minha alta. Vesti a roupa que Nyssa havia trazido para mim. Ela me ajudou a sair do hospital. Oliver estava arrumando algumas coisas no escritório e pediu para que Nyssa viesse no lugar dele. Embarquei no banco do passageiro e Nyssa no do motorista.

Ela já estava dirigindo há um tempo quando notei que o rumo não era o da minha casa e sim da mansão Queen.

– Por que estamos indo para a casa dos Queen’s? – Nyssa olhou para mim e apenas sorriu. – Não custa nada você me responder. – insisto.

– Okay. – ela para o carro, desengata o cinto e vira-se para mim. – Que se dane! – exclama. – Já vou lhe dizendo que eu não tenho nada haver com isso. Foi sua mãe e Oliver. Eles conversaram e chegaram à conclusão de que você devia ficar na mansão. Já que está machucada e lá tem muitas pessoas para te ajudar, eu só topei por causa disso. – olho para frente indignada, fico calada e Nyssa volta a dirigir, estaciona na entrada da mansão.

– Eles tomaram decisões pelas minhas costas. – disparo. – Sem o meu consentimento?

Abro a porta do carro e pulo para fora dele. Subo a passarela da entrada e a porta já esta aberta. Entro na mansão e Thea esta falando com Moira, logo elas notam-me e ambas alargam um sorriso no rosto.

– Felicity como você está? – indaga Moira.

– Eu estou melhor. – respondo. – Onde está o seu filho?

– Ele está no quarto. – é Thea que responde. Dou um leve aceno com a cabeça e me dirijo até a escada, subo os degraus em uma velocidade lenta, por causa das minhas costas. Chego ao quarto de Oliver e a porta está aberta. Olho ao redor e não o vejo.

– Uou! – exclamo quando o vejo sair do banheiro com apenas uma toalha enrolada no quadril. Ele sorri travesso. Aproxima-se de mim e beija meus lábios, seguro os ombros dele ainda úmidos e o puxo para mais perto, sentindo seu corpo colado no meu. – Não! – me afasto instantaneamente e ele me fita surpreso. – Eu devia estar furiosa com você, não quase tirando as roupas. – ergo a mão. – 1...2...3. – termino de contar mentalmente.

– Posso saber o porquê de você estar furiosa comigo? – questiona.

– Sim. Assim que você vestir uma roupa. – saio pisando duro do quarto dele e fecho a porta. Espero por alguns minutos até ele abrir a porta, o fito da cabeça aos pés e agora acho que posso conversar com ele sem ceder.

– O que aconteceu Felicity? – ele senta-se na cama.

– Você lembra a minha resposta quando Thea falou que eu poderia vir para cá quando recebesse alta?

– Sim. Você disse NÃO. – cruzo meus braços. – Qual o problema Felicity? – dou uma risada sarcástica.

– Você e minha mãe poderiam ter falado comigo. – ele segura minhas duas mãos, seus olhos brilham e ele está parecendo o gato do Shrek. Eu sei que eu vou ceder.

– Aceita ficar aqui Felicity? Se não aceitar eu lhe levo para a sua casa. – tento ignorar seu olhar, mas falho drasticamente.

– É impossível dizer não para você Oliver. – ralho. Deito na cama. – Eu aceito. – murmuro. Ele deita ao meu lado, afunda a cabeça na volta do meu pescoço, sua mão segura minha cintura.

– Sabia que você ia aceitar. – sussurra no meu ouvido. Viro-me para ele e aninho minha cabeça em seu peito. Fecho meus olhos, Oliver afaga minhas costas e beija meu ombro. Acabo dormindo, sentindo seu carinho e o calor do seu corpo.

[...]

Mais tarde acordo, Oliver ainda esta dormindo. Sua mão agarra minha cintura, me desvencilho do seu corpo e levanto sem fazer barulho. Olho as horas no relógio dependurado na parede do quarto, quase 00:00 hrs. Coloco o casaco dele que estava em cima do sofá e saio do quarto, desço as escadas e entro na cozinha. Abro a geladeira.

– Pensei que tinha parado com a mania de assaltar a geladeira. – dou um pulo e giro bruscamente. Robert está parado atrás de mim.

– Sr Queen. – disparo, ele se diverte com a situação. – Minha barriga estava roncando. – completo.

– Tudo bem Felicity. – diz. – Você lembra aquele dia que te liguei? – assinto. – Passou pela sua cabeça a proposta que eu fosse lhe fazer aquela noite?

– Não. – respondo.

– Quero que você assuma a presidência da Queen. – diz sem pestanejar e eu engulo em seco.

– Você pode repetir? Mais de vagar dessa vez?

– Ó claro. Quero. Que. Você. Assuma. A. Presidência. Da. Queen. – diz pausadamente.

– Já sei, hoje é 1° de abril. – um riso nervoso escapa da minha garganta. Olho para ele que está sério. – Você está falando sério? – questiono.

– Sim... Felicity eu dei uma olhada no seu currículo, ele é impecável. E não consigo pensar em ninguém melhor que você. Thea está querendo fazer faculdade de teatro e Oliver vai montar sua própria empresa. Eu quero curtir o final da minha vida ao lado de Moira. Não pense que é por causa do seu relacionamento com meu filho, eu estava pensando nisso antes. – argumenta. – Então você aceita? – pondero, não estou apta a dirigir uma empresa tão conceituada como a Queen.

– Eu posso pensar?

– Sim, claro. Sei que esse pedido deve ter lhe assustado. Eu entendo. Mas, por favor, pense com carinho e leve o tempo necessário. – ele pega a pasta que tinha colocado em cima da mesa e sai da cozinha.

Fecho a porta da geladeira sem apetite. Isso tem que ser avaliado com cuidado. A Queen Consolidated é uma empresa enorme, prestigiada. Robert sempre a administrou bem. Mas, escolher eu para colocar no seu lugar? Por quê?

– Hey! – Olho para a porta e Oliver está parado encostado no batente com os braços cruzados. – O que foi?

– Seu pai me fez uma proposta. Quer que eu seja a sucessora dele. – falo, ainda embasbacada. Vejo a expressão tranqüila de Oliver. – Você já sabia?

– Sim. – aproxima-se. – Ele falou comigo sobre isso quando voltamos do sitio. Eu achei uma ótima idéia. Você é boa em tudo que faz, tenho certeza que vai ser uma boa presidente para a Queen.

– Você acha que devo aceitar? – indago.

– Sinceramente? – assinto. – Eu não acho, tenho certeza. Agora vamos subir que você tem que trocar o curativo.

Subimos até o quarto de Oliver. Sento no centro da cama e ele pega o kit de primeiros socorros que April tinha lhe dado. Senta-se atrás de mim. Tira a jaqueta que eu uso e em seguida a camisa. Segura meus cabelos com delicadeza e joga sobre meu ombro, afastando do ferimento. Fecho meus olhos sentindo seus toques, meu corpo inteiro arrepia-se. Depois dele trocar o curativo, beija meus ombros e meu pescoço. Uma onda elétrica passa pelas minhas veias.

Viro-me para ele e nossos olhos se encontram. Seguro sua nuca e puxo seus lábios para os meus. Beijamos-nos com paixão e avidez. Tiro sua camisa com pressa. Ele se afasta e fita meus olhos.

– E seu eu machucar você? – indaga preocupado.

– Você nunca vai me machucar Oliver. – envolvo seu pescoço com meus braços e deslizo meu corpo para baixo do dele. Ele sela nossos lábios em um beijo urgente e demorado. Quando nos separamos estamos ofegantes, nossos corpos exalam calor. Roço meus lábios nos dele. – Preciso de você. – sussurro. – Do homem que eu amo...

Por que tudo em mim

Ama tudo em você

Ama suas curvas e todos os seus limites

Todas as suas imperfeições

Dê tudo de você para mim

Eu te darei meu tudo

Você é o meu fim e meu começo.

Mesmo quando perco estou ganhando.

Por que te dou tudo de mim

E você me dá tudo de você

Quantas vezes tenho que te dizer

Que mesmo quando você está chorando, você continua linda.

O mundo está te massacrando

Estou por perto a todo o momento.

Você é minha ruína, você é minha musa.

Minha pior distração, meu ritmo e tristeza.

Não consigo parar de cantar.

Está tocando uma musica em minha cabeça para você.

Oliver esta deitado com a cabeça na minha barriga, aliso seus cabelos, ele distribui beijos na minha outra mão. De repente se senta na cama e olha fixamente para mim.

– O que foi? – indago.

– Nada. Vem comigo. – ele levanta-se e puxa minha mão.

– Nós vamos sair do quarto nus? – questiono olhando para ele e para mim.

Ele veste uma bermuda e me alcança a sua camisa. Coloco a camisa dele e visto minha calcinha. Também pego a jaqueta dele e coloco. Oliver mexe em algo no guarda roupa, coloca uma jaqueta de moletom e pega na minha mão.

– Lembra quando queríamos ver as estrelas? – pergunta.

– Claro. Nós íamos para a torre. Eu amo aquele lugar. – entramos na torre, sinto o vento gelado soprar na minha pele. Encolho-me toda e fico parada atrás de Oliver. Olho para cima e vejo o céu acinzentado cheio de estrelas.

– Fica ai que eu já volto. – Oliver sai praticamente correndo e logo volta, me entrega um papel e uma caneta. – Você lembra o nome de todas as constelações ainda? – assinto. – Eu vou dizer 10 delas e você vai anotar no papel as iniciais. Okay?

– Você decorou as constelações? – ele sorri.

– 10 delas sim.

– Esta bem, eu anoto as iniciais. – coloco o papel sobre a superfície da parede solida. – começa! – exclamo.

– Centauros. Ara. Serpes. Apus. Cetus. Orion. Musca. Indus. Grus. Octans... Agora você vê quais palavras formou. – olho para o papel.

– Que brincadeira é... – Oliver se ajoelha na minha frente e tira uma caixinha do bolso da jaqueta. - ...Essa?

– Então...Você aceita? – abre a caixa e dentro dela tem um anel com uma pedra vermelha cravada no meio.

Você anima meu coração quando o resto de mim está triste

Você me encanta mesmo quando não está por perto

Se há limites, eu tento derrubá-los

Estou trancando, querida, agora sei o que achei

Sinto que estamos perto o bastante

Eu quero trancar o seu amor

Acho que estamos perto o bastante

Posso me trancar com seu amor, baby?

Agora tenho meu próprio espaço

Eu não me desprenderei de você

Te algemei em meus braços

Estou me trancando em você

Estou capturado, você me prendeu em seu toque

Me sinto cativado, me aperte forte em seu abraço

Como você faz isso, você me faz perder todo o fôlego

O que você me deu, para fazer meu coração pular do peito

Meu coração bate tão rápido, parece uma bomba relógio pronta para explodir, mas, vai ser uma ótima explosão. Só tem uma palavra pronta para sair da minha boca e eu tenho certeza que é ela mesmo que eu vou dizer. Seco as lagrimas que caíram dos meus olhos. Engulo o choro e respiro fundo.

– SIM! – exclamo. Oliver levanta-se, pega minha mão e coloca o anel no meu dedo, beija minha mão. Segura minha cintura e avança os lábios de encontro aos meus. Seguro a gola da sua jaqueta e o puxo. Abro minha boca dando passagem para a sua língua. Oliver segura meu queixo e ergue meu rosto para cima, me beija com amor, retribuo o beijo com a mesma intensidade.

Sei que quando disse “sim” para Ray foi um erro. Um enorme erro. Mas, com Oliver é diferente, eu tenho certeza que quero ficar com ele, ter uma vida ao lado dele. Afinal, ele é o meu melhor amigo.

THE END.O


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Notas finais do capítulo

Comenteeeeem!!!! Digam se gostaram, eu mereço comentários né? Eu sei que sim. HAUSHAUHS. Espero que tenham gostado, acho que amanhã mesmo já posto o bônus, por que já esta pronto e o de Partners também está pronto e acho que posto amanhã, depois vou curtir a depressão de finalizar duas fics no mesmo dia :/ Bjoooos.