Laços de Guerra - 4ª Temporada escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 8
Capítulo 8 - Clube dos cicatrizados e faixas estão na moda.




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30 de Março de 1998.

22h20min.

— Bella, não é melhor fazer isto durante a manhã? — sugeriu Narcisa, apreensiva.

— Muito pelo contrário — bradou Bellatrix — Eles jamais esperariam que eu fosse começar com isso agora.

— Ele é reconhecido como um dos membros do Potterwatch — informou um dos Death Eaters.

— Mais motivos ainda! — disse Bellatrix, virando-se — Traga-o!

— Não está fazendo isso pelo Lorde das Trevas — disse Narcisa, segurando o ombro dela — Está fazendo por vingança pessoal.

— Eu não desobedeço ordens — disse Bellatrix, se soltando — Eu vou encontrar Potter!

— Vamos, Draco, é melhor você ir dormir — disse Narcisa, virando-se para o filho — É melhor não se acostumar a dormir tarde. Logo voltará a Hogwarts.

Draco não protestou, seguiu a mãe para fora da sala de estar.

— Traga o ruivinho — disse Bellatrix para um dos Death Eaters.

***

Todos os prisioneiros foram acordados bruscamente de seus sonhos ao ouvirem a sacudida brusca das grades. Quando o Death Eater garantiu que todos estavam acordados, virou a chave na fechadura e entrou com a varinha erguida.

Ele não disse nada, apenas aproximou-se de um grupo e puxou o garoto pela camisa.

— Não! — gritou Sarah, tentando se levantar.

O Death Eater seguiu o caminho levando o garoto e Sarah tentou detê-lo.

— Crucio — disse outro que estava na porta guardando as costas deste.

Sarah tropeçou no chão gritando de dor. Fred debateu-se e gritou, mas o homem segurou-o com mais força, levando-o para fora da masmorra.

— Já chega! — disse Lucius, descendo as escadas, ao perceber que os gritos não paravam e o menino já tinha chegado ao seu destino.

O Death Eater que torturava Sarah cancelou o feitiço e fechou a porta rapidamente, indo na frente de Lucius, que olhou para trás mais uma vez antes de subir as escadas.

Amber e Oliver, ainda atordoados por causa do sono, aproximaram-se rapidamente de Sarah, puxando-a de volta para o canto.

— Enlouqueceu? — sussurrou Amber.

— Eles vão torturá-lo — disse Sarah, desesperada — Precisamos fazer alguma coisa.

Os gritos começaram logo depois.

— Deve ter algum feitiço que quebre a proteção daqui — disse Sarah, levantando-se e andando de um lado para o outro, apoiando-se nas paredes.

Sem o sol, não saía luz do pequeno buraco na parede, o que deixava a masmorra na completa escuridão.

— Você pode fazer magia sem varinha! Por que não faz alguma coisa? — perguntou Sarah, virando-se para ela desesperada.

— Ela foi torturada, esqueceu? — defendeu-a Oliver — Ainda está fraca.

— Isso foi há mais de 10 horas atrás — retrucou Sarah, voltando a andar.

Amber colocou a mão no braço de Oliver para que ele não respondesse.

22h30min.

Os gritos pararam e Sarah levantou o rosto, cheio de lágrimas, para olhar para o teto.

— O que será que aconteceu? — sussurrou, aflita.

Permaneceram na dúvida por uns minutos, até que ouviram diversos passos descendo as escadas.

— Silêncio — disse um Death Eater, calando alguns murmúrios.

Novamente foi ouvido o som da chave girando na fechadura e das grades de metal sendo empurradas. Mas não foi uma pessoa quem foi empurrada para dentro, foram três.

— Hermione! — gritou um dos outros dois, sacudindo as grades.

— Fred! — gritou Sarah, assim que os Death Eaters saíram, correndo para abraçá-lo.

— Ei, calma! Eu estou bem! — disse Fred, tentando acalmá-la, embora tivesse um pouco de dificuldade para ficar de pé.

— Evidentemente — ironizou Oliver, levantando-se para ajudá-lo.

— Sarah? Wood? — perguntou outra voz masculina.

— Harry! — gritou Amber, abraçando-o guiada pela voz.

— Ah não, eu não queria que vocês fossem pegos! — lamentou-se Luna, aproximando-se.

— Luna? — perguntou Harry.

Ouviu-se um clique e uma luz instalou-se no ar. Rony estava segurando o Deluminator em uma das mãos, olhando em volta.

Os gritos de Hermione foram ouvidos junto com os de Bellatrix.

— Hermione! — gritou Rony, desesperado.

Ele andou de um lado para o outro, procurando uma porta. Quando não conseguiu, ficou parado tentando aparatar.

— Não há como sair, Rony — disse Luna — A prisão é completamente a prova de fugas. Nós já tentamos de tudo.

— Eu até falei o nome de You-Know-Who para ver se as proteções se quebravam — disse Dean, aproximando-se da luz.

Hermione gritou mais uma vez. Harry e Rony voltaram a rodear a cela, em busca de alguma saída. Amber começou a chorar, sendo abraçada por Oliver.

— Nos ajude! Nós estamos no porão da Mansão Malfoy! Nos salve! — gritou Harry, do nada.

— Pronto. Enlouqueceu — murmurou Sarah, sem humor.

— Você não estava muito sã mais cedo — disse Fred.

Bellatrix continuava gritando, perguntando apavorada sobre a espada de Gryffindor e o cofre de Gringotts. Hermione disse que a espada era falsa e Lucius indicou que eles comprovassem com o duende.

— Griphook, você deve contar que a espada é falsa. Eles não podem saber que ela é a real. Griphook, por favor... — implorou Harry.

Eles ouviram passos descendo as escadas e Rony apertou novamente o Deluminator, fazendo eles voltaram para a escuridão.

— Em pé — disse a voz de Draco, descendo as escadas — Fiquem contra a parede. Não tentem nada ou mato vocês!

Eles obedeceram, a porta foi aberta e Draco pegou Griphook pelo braço, saindo logo depois. Ouviu-se um barulho, Rony apertou novamente o Deluminator, revelando Dobby que tinha aparatado no meio deles.

Rony soltou uma exclamação surpresa e Harry o calou a tempo. Eles ficaram em silêncio apreensivos, mas só se ouviu os passos de Draco se afastando com Griphook.

— Harry Potter — guinchou Dobby, o mais silenciosamente possível — Dobby veio resgatar você.

— Mas como você...? — começou Harry, a pergunta que todos se faziam.

Os gritos de Hermione o interromperam, fazendo-o se focar no problema atual.

— Você pode desaparatar dessa cela? E você pode levar humanos com você? — perguntou, Dobby concordou com as duas perguntas — Certo. Dobby, eu quero que você pegue Luna, Dean, Ollivander...

— Harry, somos muitos — interrompeu Oliver.

— Primeiros eles, depois Oliver, Amber, Sarah e Fred — continuou Harry — E leve-os para... Para...

— Shell Cottage, nos arredores de Tinworth — disse Rony — Casa de Bill e Fleur.

— Depois, volte aqui — disse Harry — Pode fazer isso?

— Claro Harry Potter — sussurrou Dobby, indo para perto de Ollivander e pegando a sua mão.

— Harry, nós queremos ajudar! — sussurrou Luna.

— Não podemos te deixar aqui! — disse Dean.

— Vão, os dois! Nós veremos vocês na casa de Bill e Fleur — pediu Harry.

Dean e Luna não se moveram. Harry ficou em silêncio olhando para o chão até que os gritos de Hermione pareceram ter o acordado.

— Vão! Vão! Vamos seguir vocês, mas agora vão! — ordenou Harry.

— Quando o senhor quiser — disse Luna para Dobby, colocando a mão no ombro dele.

— Senhor? Eu gosto dela! — disse Dobby para Harry, lisonjeado.

Dean também se agarrou a Dobby e eles sumiram.

— O que foi isso? — eles ouviram Lucius gritar — Vocês ouviram isso? O que foi esse barulho na cela?

Amber olhou para Oliver, receosa. A tensão era palpável nos prisioneiros restantes.

— Draco... Não! Chame Wormtail! Faça-o ir checar!

— Nós teremos que tentar atacá-lo — sussurrou Harry — Deixe as luzes ligadas...

Harry e Rony ficaram cada um em um lado da parede da cela.

— Afastem-se — disse Wormtail, do outro lado — Fiquem longe da porta. Estou entrando.

Apesar de não precisar entrar para ver que a cela estava vazia, ele entrou e ficou observando o ambiente iluminado, pousando os seus olhos em Amber, Sarah, Fred e Oliver. Antes que pudesse torturar alguém em troca de respostas, Harry e Rony pularam em cima dele. Dobby aparatou nesse momento, enquanto eles lutavam furiosamente no chão.

— Vamos — ele sussurrou nervoso, pegando a mão de Amber e Sarah.

Oliver e Fred apoiaram-se nos ombros dele e logo veio a sensação familiar de serem espremidos por um tubo. O cheiro de mar foi o que Amber sentiu antes de cair na areia e gritar de dor ao sentir o seu braço arder. Oliver correu para perto dela, para tirá-la de perto do mar cheio de sal.

— Está doendo — sussurrou Amber, a mão direita segurando o antebraço contrário.

— Calma, foi o sal da água — murmurou Oliver, ajudando-a a caminhar.

— Está começando a ficar repetitivo — disse Sarah de algum lado perto deles — Sempre que aparatamos, aparatamos na água.

— Pelo menos foi na praia — disse Fred, olhando para longe — E não em alto mar.

Amber olhou para trás e viu o mar se recolhendo em mais uma onda.

— Quem está aí? — eles ouviram uma mulher gritar.

— Aqui! — gritou Sarah, agitando o braço e pulando na areia.

Fleur correu na direção deles vinda de alguns metros a frente, onde dava para ver a sua casa, em um trecho de grama.

Serrá que alguém me pode explicarr o que está acontecende? — perguntou Fleur, irritada, enquanto os guiava para a casa.

— Fomos capturados pelos Death Eaters — disse Sarah,

Oui — disse Fleur, impaciente — O elfo disse algo assim, mas non explicou dirreite.

Ela abriu a porta ajudando Amber a se sentar no sofá, já que ela parecia fragilizada. Fred sentou-se do lado dela, exausto. Tinha sido um dia naquela masmorra, mas um daí interminável.

— Fleur? — eles ouviram a voz de Bill do topo das escadas.

Ici! — disse Fleur, aumentando só um pouco a voz — Sabe onde deixei a minha caixa de prrimeires socorros?

— Acho que está na cozinha. Por quê? — perguntou Bill.

Fleur levantou-se para buscar a caixa e Bill desceu até a sala.

— Fred! — exclamou aliviado e dando um abraço rápido no irmão — Não sabe o quanto mamãe esteve preocupada. Ouvimos o Potterwatch e vocês não estavam. George e Angelina substituíram vocês e disseram que tinham sido sequestrados.

— Audrey deve ter avisado depois que saímos — disse Fred, dando de ombros.

— Nós temos que voltar. Deixamos todas as nossas coisas lá — disse Sarah, tirando a varinha da calça — Sorte que dormi com a varinha.

— Não deixamos não — sussurrou Amber, tirando a bolsa do sapato.

— Como...? — disse Sarah, surpresa.

— Acordei com o bombarda que lançaram na porta — explicou Amber — Peguei a bolsa e tive tempo de colocar um sapato e pegar um casaco, antes que invadissem o quarto.

— E o casaco ficou — completou Oliver.

— Poderia ter avisado — disse Sarah, com raiva — Tem ideia da preocupação que tive? Poderia ter encontrado algo útil para curar o seu braço.

— Qual o prroblema com o seu brraço? — perguntou Fleur, colocando a caixa na mesa de centro e levantando uma sobrancelha para Amber.

— Caí em cima — mentiu Amber, escondendo-o.

Ambrrose Lily Potterr — disse Fleur, puxando o braço dela — Non minta parra… Ai, meu Deus! O que foi isso?

— Tem como sumir com isso? — perguntou Sarah.

Non. O ferrimente vai fecharr, mas vai ficarr cicatrriz — disse Fleur, abrindo a caixa e puxando uma poção e um pano de dentro.

— Ou seja, vai ficar marcada a palavra — disse Sarah, olhando para a cicatriz.

Ouviu-se o som de aparatação novamente e Bill apressou-se para o lado de fora.

— O que podemos fazerr agorra é limparr o ferrimente parra que non infeccione — disse Fleur, passando o pano no braço de Amber que reclamou da dor.

Depois, passou um pouco de Essência de Ditamno e por fim enrolou o antebraço dela com uma faixa branca. Assim não entraria em contato com o ambiente enquanto cicatrizava.

A porta da casa abriu bruscamente e Rony apareceu carregando Hermione com Bill atrás, carregando Griphook. Fred levantou-se bruscamente, ajudando Rony a colocar Hermione no espaço livre do sofá e Fleur adiantou-se para ajudá-la.

Amber percebeu que o braço dela também estava todo cortado, mas tinha a sorte de só dizer mudblood.

— Onde está Harry? Por que ele está demorando tanto? — perguntou Amber para Rony.

— Eu não sei, vim correndo com Hermione — disse Rony.

Sarah se levantou e olhou pela janela.

— Dobby! — exclamou, saindo da casa rapidamente.

Sarrah, esperra! — gritou Fleur, sem desviar os olhos do ferimento de Hermione.

Amber levantou-se e foi atrás de Sarah. De longe, ela pôde ver os cabelos negros e esvoaçantes da melhor amiga correndo até a praia, onde Harry estava ajoelhado com a cabeça baixa, segurando Dobby em seus braços. Sarah ajoelhou-se do lado de Harry, olhando para Dobby sem saber o que dizer.

Luna saiu da casa e foi até eles, seguida por Amber. A loira ajoelhou-se e pôs os seus dedos sobre cada uma das pálpebras do elfo, deslizando-as.

— Pronto — disse Luna — Agora ele poderia estar dormindo.

Harry chorou um pouco mais forte depois dela dizer isso. Oliver aproximou-se por trás de Amber e colocou um cobertor por cima dos ombros dela.

— Eu quero fazer isso apropriadamente — disse Harry e todos entenderam que ele se referia ao enterro — Não por magia. Você tem uma pá?

Bill foi buscar uma pá e entregou a Harry, indicando um lugar para ele cavar. Harry tirou o casaco, enrolou Dobby como se fosse um cobertor e entregou a Luna que segurou o embrulho enquanto ele começou a cavar.

Rony ajudou Hermione a ficar de pé, enquanto eles observavam Harry cavar. Depois de cinco minutos, Dean, Oliver e Fred foram ajudá-lo para cavar o buraco mais rápido e demonstrar sua gratidão a Dobby. Harry não protestou.

Assim que o buraco ficou fundo o bastante, eles jogaram as pás do lado de fora. Luna aproximou-se com Dobby em seus braços. Rony sentou-se na borda da cova e tirou seus sapatos e meias, colocando-os nos pés de Dobby. Dean fez um chapéu de lã e deu a Harry, que o ajeitou na cabeça de Dobby, cobrindo levemente os seus olhos e depositou-o no fundo da túmulo.

— Eu acho que a gente deveria dizer alguma coisa — sugeriu Luna quando Harry subiu, ficando ao lado dela — Eu falo primeiro, posso?

Ninguém respondeu, então ela virou-se para Dobby no fundo do buraco.

— Muito obrigada, Dobby, por me resgatar daquela cela. É tão injusto que você teve que morrer enquanto foi tão bom e corajoso. Eu vou sempre lembrar o que você fez por nós. Espero que você esteja feliz agora.

Ela olhou para Rony, fazendo-o limpar a garganta e acrescentar:

— É... Obrigado, Dobby.

— Obrigado — murmurou Dean.

— Adeus, Dobby — disse Harry, com a voz embargada.

— Se cuida, cara — sussurrou Fred, enquanto passava a mão pelas costas de Sarah.

Bill fez um floreio com a varinha e a terra que tinha sido escavada para fora, pousou em cima do buraco, fechando-o com perfeição.

— Vocês se importam se eu ficar aqui mais um momento? — perguntou Harry, com a voz rouca.

— Vamos, Mione — murmurou Rony no ouvido dela — Você precisa dormir.

Ela concordou com a cabeça. Eles deram um tapinha de apoio quando passaram por Harry, antes de voltar para dentro.

— É melhor que Ollivander fique sozinho — disse Bill discutindo com Fleur a organização dos quartos — E Griphook não vai gostar de dividir quarto com ninguém.

— Ele non tem que gostarr de nada — reclamou Fleur — Non son muitos quarrtos e temos nove hóspedes.

— Só nos dê uma barraca — disse Amber — Podemos dormir do lado de fora.

— Nada disso! — retrucou Fleur — Ninguém vai dorrmirr do lado de forra!

— A sala não é tão grande assim — observou Sarah — Somos nove pessoas.

Non é necessário — interviu Fleur — Tem mais dois quarrtos.

— Quatro meninas e cinco meninos — contou Sarah.

— Um quarrto parra os meninos, outrro parra as meninas — resolveu Fleur — Mas ainda somos muitos.

— Temos que avisar a mamãe — disse Fred — Eles vão querer se vingar dessa fuga.

— Já fizemos isso assim que fomos alertados do sequestro de vocês — acalmou-o Bill — Eles foram para a casa da tia Muriel. Está com o feitiço Fidelius assim como aqui.

— Quando Ollivander se recuperrarr poderriamos o mandarr parra lá — sugeriu Fleur — E de prreferrência Griphook também.

— Vou entrar em contato e ver o que consigo — murmurou Bill.

— Tem que ver isso com Harry — disse Amber — Ele provavelmente vai querer conversar com eles.

— Eu vou tentarr arrumarr o quarrto parra vocês — disse Fleur, saindo da sala apressada.

Amber acabou dormindo no sofá e Oliver, que tinha perdido o sono, ficou observando-a enquanto dormia.

Assim que Harry terminou o seu banho foi falar com Griphook com Rony e Hermione atrás dele. Luna e Dean também estavam cansados, então dormiram cada um em um quarto (os quartos tinham duas camas cada, por isso Fleur estava preocupada).

Enquanto isso, o sol nascia completamente no horizonte.

13h00min.

— Quem pode ter nos denunciado? — perguntou Sarah.

Eles estavam sentados na praia deixando o mar molhar os seus pés enquanto observavam o horizonte.

— Talvez fomos descuidados — disse Fred, dando de ombros.

— Ou estavam seguindo vocês — completou Amber — A questão é que deveríamos ter ficado no porão como eu disse desde o começo. Por minha culpa, agora eles vão ter que entrar na clandestinidade.

— Tá todo mundo entrando na clandestinidade — retrucou Sarah.

— Não foi sua culpa — disse Oliver — Era só... Questão de tempo.

— Questão de tempo por quê? Vocês são sangues-puros, com altos cargos no Ministério — disse Amber.

— Amber, cala a boca — interrompeu Sarah.

A ruiva lhe olhou ofendida e bateu a mão em uma onda que passou um pouco mais acima, fazendo a água espirrar em Sarah.

— Questão de tempo porque nós namoramos — observou Oliver.

— Estranho — disse Sarah, fuzilando Amber com o olhar — O normal seria que os repórteres caíssem em cima do namoro de vocês dois, mas nunca falaram nada da Amber.

— E duvido que seja por falta de comentário — acrescentou Fred.

Amber deu de ombros, sem dar importância.

— Tem uma ideia do que eles vão fazer agora? — perguntou Sarah, olhando para Harry que estava perto do penhasco.

— Se eu dissesse que eles planejam invadir Gringotts, vocês acreditariam? — sussurrou Amber.

— Não duvido de mais nada — disse Fred — Já invadiram o Ministério.

— Por isso eles precisam de Griphook — disse Oliver.

— Um duende saberia como burlar algumas proteções — disse Sarah — Faz sentido.

Ela suspirou, olhando para as ondas que iam e vinham para a areia, pensando em como adoraria dar um mergulho.

— Ei! Quem disse que precisa de roupa de banho para entrar? — perguntou Fred, como se adivinhasse seus pensamentos.

— A sociedade — retrucou Sarah.

Fred deu um sorriso maroto para Amber e Oliver, antes de levantar e levantar Sarah por cima do seu ombro.

— Frederick! Ponha-me no chão! — gritou Sarah, se debatendo.

— Aqui não tem chão, querida — retrucou Fred, enquanto andava para mais dentro do mar.

Amber negou com a cabeça, sorrindo enternecida.

— Como está o seu braço? — perguntou Oliver.

— Vou sobreviver — disse Amber, olhando para a faixa branca enrolada no braço que já tinha virado quase um acessório.

Rustie pousou na rocha do lado de Amber que logo fez carinho na cabecinha dela.

Amber não criticava Fleur por morar ali, mesmo sendo afastado do resto da população. O som das ondas batendo no rochedo era reconfortante, o cheiro de água salgada e a brisa suave acalmavam o espírito. Sarah gargalhou com as cócegas que Fred fazia nela.

Sabelle enviou uma simples nota por Halo para que eles não se preocupassem. A notícia da fuga da Mansão Malfoy parecia ter se alastrado com rapidez.

Eles estão conosco. Não se culpem!

A última frase evidentemente foi uma indireta para Amber, mas conseguiu acalmar aos quatro. Não completamente, já que a guerra era uma incerteza.

Rustie agitou as suas asas e levantou vôo, sobrevoando o mar, sentindo essa liberdade que não tinha há tanto tempo.


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