PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 24
Capítulo 23 – Vai ficar tudo bem


Notas iniciais do capítulo

Esse é um dos capítulos que sei que muitos queriam algo parecido... mas, vamos ver se vão gostar!



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 02 – Fantasmas do Passado
Etapa 06 – Laços

"Às vezes somos forçados a driblar a verdade,
transformá-la,
porque somos colocados à frente de coisas que não foram criadas por nós.
E às vezes, as coisas simplesmente chegam até nós."

Capítulo 23 – Vai ficar tudo bem

O dia na faculdade tinha exigido demais de Lívia Landsteiner. A loira que havia saído de casa para o primeiro dia de provas finais se viu em um longo velório para o qual pouco estava preparada. Havia colocado uma blusa rosa bebe de algodão com uma calça jeans de um azul quase desbotado. A sapatilha era da mesma cor de sua blusa e tinha como acessório sua pequena bolsa de costas, que mais parecia uma mochila, totalmente branca, onde levava alguns itens femininos e seu tablet com anotações para o dia. Não queria nenhum brinco, cordão ou anel naquele dia.

Não conhecia o falecido professor, mas a forma cruel com a qual foi morto deixou-a abalada durante todo o dia. Tentou manter-se firme, mas havia dois assassinos próximos todo o momento e aquilo deixava-a em frangalhos. John Carther era um assassino membro de uma antiga organização criminosa chamada de Estilo de Poder. Ele dizia ter recomeçado após sair da cadeia, mas ele não era o problema. Kevin Kirian Júnior, a pessoa com quem ela mais se afeiçoou era também um assassino de humanos e pokémon.

Sua mente brincava com ela, sempre que podia, imaginando se um dos dois era culpado por aquela morte. Se aquela morte era apenas a primeira de muitas e se por ventura ela estaria segura.

Após toda a pressão do dia finalmente ela caminhava para a casa, tentando acalmar-se e tirar tudo aquilo de sua cabeça. Foi então que sentiu algo pressionar seus dois ombros e puxá-la para cima. O chão se distanciava rapidamente de seus pés e a cidade começou a ficar pequena a ponto de conseguir ver o mar em volta da ilha onde a cidade ficava. O grito finalmente saiu quando a pressão nos ombros terminou e ela se viu em queda livre em pleno ar a muitos e muitos metros do chão.

O desespero manifestava-se em gritos, lágrimas e um agitar de corpo desenfreado. Seu emocional já não estava muito bem antes de simplesmente ser erguida a uma altura absurda e simplesmente soltada em pleno ar. Gritar e chorar eram as coisas mais imediatas que ela conseguia fazer, além de sacudir os braços na boba tentativa de não cair. Passou a sentir o vento que ia verticalmente, pela queda, passar a ocorrer horizontalmente. Algo estava embaixo dela, impedindo sua queda.

Abriu os olhos tremendo e tentando conter os gritos. De pé, enfrente a ela, com braços cruzados e um sorriso bobo no rosto havia um rapaz de calça jeans preta, uma blusa social mesclando azul e branco. Loiro, com o cabelo quase que em um arrepiado proposital, ele parecia esperar por algo.

Lívia se encolheu e tentou ir para trás e então teve noção de tudo o que havia acontecido e do que estava acontecendo. Ela estava em cima de uma grande ave de coloração forte, puxada para um beje. Suas penas eram macias, pelo que ela podia sentir com a mão e possuía uma estabilidade incrível, pois não parecia bater as asas, estava apenas planando no ar.

A ave havia pego-a enquanto ela caminhava e a puxado para cima com velocidade, mas era incrível que não sentira a violência do movimento. Ela tateava o ombro e podia ver que nem mesmo arranhado a alça de sua bolsa a ave havia. Saltou-a em pleno ar, provavelmente, para colocá-la em suas costas e assim ela poder ficar frente a frente com o treinador daquela ave.

– O que vai fazer comigo? -

Ela tremeu no lugar, temendo o que aconteceria. Aquele era Kevin Kirian Júnior a quem ela no dia anterior descobriu ser um assassino e passou a temer. Fora forte quando o confrontou pois ele estava muito próximo de sua irmã, Leila. Ela não podia deixar a irmã ao lado de um assassino. Mas, agora sua coragem havia ido embora. Estava acima das nuvens, em meio ao pôr do sol, em cima de uma ave que nunca vira e diante ao que certamente seria seu algoz.

Era provável que ele não quisesse que alguém soubesse quem ele era na verdade e agora ele estaria apagando os poucos rastros sobre ele que existia.

– Pedir desculpas. -

O rapaz disse sorrindo e abaixou-se, ficando apoiado em um joelho enquanto o outro tocava as costas da ave. Lívia pareceu ficar aturdida e então viu que as nuvens começavam a ganhar uma coloração alaranjada devido ao entardecer.

– Meu nome era para ser Kevin Kirian Maerd Júnior. Mas, minha mãe nunca quis que minha irmã e eu levássemos o nome dela e meu pai pareceu respeitar. Com isso todos me conheciam até o início do ano por Kevin Maerd Júnior, atual campeão da Liga Pokémon de Sinnoh e futuro mestre pokémon. - Ele mantinha um sorriso aberto enquanto falava, um sorriso que Lívia bem conhecia e gostava. - Mas, antes de chegar a ser conhecido desta forma eu passei por coisas que nenhuma pessoa deveria passar. Fui caçado, vi pessoas morrerem sem nenhuma dignidade. Algumas morreram para me salvar e eu sempre dizia que mataria aqueles cretinos que estavam fazendo-nos sofrer. Mas, nunca tive coragem até o dia que mataram meu melhor amigo. Ver alguém ser assassinado covardemente na sua frente muda sua perspectiva. Tempos depois eu estava prisioneiro junto a uma amiga e um homem veio para abusar dela, na minha frente, e depois nos matar. Esse mesmo homem já havia tentado, meses atrás, a mesma coisa com outra amiga. Também na minha frente enquanto estávamos cercados. -

Lívia tremeu em seu próprio lugar encolhendo-se. Estava assustada e tentava encontrar sentido em tudo aquilo. Quase parecia uma confissão o que o Kevin fazia. Acabava acompanhando cada fala, um pouco relutante, e quando aceitava olhar nos olhos dele, sentia como se conseguisse ver a cena que ele relatava. Aquele último trecho parecia estar tão vivo nos olhos dele que ela fechou os olhos instintivamente, mas os abriu mais assustada.

– Foi a primeira vez que matei uma pessoa. - Kevin não precisava detalhar a morte do cara para Lívia ou frisar o motivo. - Nem sei como consegui naquele dia, ele era muito mais forte e habilidoso do que eu, mas era preciso. Depois disso, em meio a tantos problemas, encontrei alguns pokémon que viveram coisas piores que as minhas e haviam sido treinados para matar. Tentei recuperá-los, mas acabou que eles despertaram em minha Meganium, na época, Bayleef, seu lado guerreiro e orgulhoso que queria provar quem era a mais forte e subjugar os demais a sua volta. Então, as pessoas que vinham para nos machucar acabavam machucadas, especialmente os pokémon que acabavam morrendo. -

– Você... - Lívia procurou algumas palavras em sua mente. Mas, ainda temia aquela situação. Mesmo que o sorriso dele a acalmasse, de certa forma.

– Quando tudo teve fim, não havia mais organizações criminosas, eu decidi nunca mais lutar para que meus pokémon não viessem a se tornar assassinos, encontrei a medicina pokémon. Curar em vez de matar. Mas, Kevin Maerd Júnior era o treinador de Elite que todos desejavam enfrentar e inspirava pessoas. Então resolvi usar o nome de solteiro de minha mãe para me ocultar aqui em Arton. - Ele suspirou parecendo ficar um pouco mais triste. - Mas, um amigo bateu em minha porta, pedindo ajuda com um pokémon doente. Ele sabia que eu já possuía algumas habilidades medicinais e dizia que a maioria dos médicos tentavam desacreditá-lo. Fui a Hoeenn para ver esse pokémon, acompanhado de duas amigas. No caminho acabamos nos inscrevendo na liga e no grande festival local por motivos que nem eu mesmo sei explicar. - Ele riu, mesmo com a expressão triste. - Salvei o pokémon, fui a final da liga e empatei com outro treinador me tornando campeão. Duas semanas depois eu estava em todos os jornais do mundo e pessoas que me odiavam surgiram torturando e matando alguns amigos e a pessoa que eu amava. -

Lívia arregalou naquele momento. Ela entendia que aquilo não faziam nem seis meses, que todos os amigos mortos e a perda da pessoa que amava ainda não tinha seis meses. Como ele podia sorrir tudo sendo recente?

– Naquele dia minha irmã também quase morreu. Eles tentaram matá-la depois de eu ter decidido me entregar. Tirei da pokebola meu pokémon mais raivoso e comandei-o contra aqueles que atacavam. Morreram todos queimados. Gritando, gemendo e implorando por suas vidas. - Kevin ainda parecia triste, quase distante e Lívia parecia ainda ver, nos olhos dele, as cenas que ele descrevia. - Então depois disso vim para cá. Me esconder de tudo isso e deixar tudo para trás. - Ele revirou os olhos. - Tecnicamente não sou procurado pela polícia porque todos os que morreram eram pessoas que diziam estar mortas. Ninguém sabia que estavam vivas. Mas, isso não muda o fato de tê-las matado. -

Um silêncio pairou entre eles enquanto os olhos mantinham fixos um nos outros. Lívia as vezes tentava desviar o olhar envergonhada, mas acabava não conseguindo. No final, olhava por alguns instantes para baixo, apenas movimentando o olhar, e acabava voltando a encará-lo. O olhar triste que ele tinha era de machucar o coração e deixar qualquer um preocupado.

De repente o sorriso voltou ao rosto de Kevin que esticou uma mão para Lívia como quem pedisse para segurar a mão dela. A loira ficou acuada, mas ele permaneceu encarando-a durante algum tempo sorrindo, sem nada dizer, como uma estátua. Os olhos dele fitavam-na profundamente e ela chegou a ter a sensação que estava nua diante dele.

Timidamente levou a mão esquerda até a mão estendida dele. Pretendia deixar a mão direita livre, para que ao menos pudesse dar-lhe um tapa, o mais forte que pudesse, se ele tentasse algo. O que talvez não fosse a melhor das ideias, mas era o que se podia fazer.

“Senti algo muito forte vindo de você desde a primeira vez que a vi. Sua companhia me deixa feliz. Sinto por nunca ter falado nada, mas como poderia me envolver com alguém sem que ela escutasse tudo isso? Como poderia deixar você ou qualquer um se aproximar sem temer que um dia, aqueles loucos viessem e fizessem mal a vocês?“

Lívia piscou algumas vezes, sem compreender o que estava acontecendo. Ouvia a voz de Kevin, mas não via os lábios dele se mexer. O sorriso estava ali e aquele olhar profundo estava ali. Sentia como se a alma do rapaz estivesse exposta para ela e curiosamente sentia também que sua alma estava exposta para ele.

Eu... Gostei de você na primeira vez que te vi também... Mas... Lívia ensaiou mentalmente algo a dizer. Sabia que seus olhos provavelmente já estavam dizendo tudo. Mas, aquilo parecia loucura demais para acontecer.

Lívia recolheu a mão assustada. Estaria ele lendo sua mente? Seria ele psíquico?

– O que foi isso? O que... quer que eu diga? - Lívia tremeu em seu lugar quando finalmente sua voz saiu. - Que está tudo bem? Que você não teve culpa de ter matado aquelas pessoas? Que eu não tenho medo de você? -

O sorriso do Kevin ficou mais aberto. Sentou-se nas costas da ave e deu duas batidas em meio as penas e a ave mudou de direção ficando agora com o sol de frente para eles. Ele fechou os olhos e pareceu passar a sentir os últimos raios de sol do dia, como se tudo estivesse bem.

– Kevin! - Lívia exclamou.

– Já esteve em um lugar tão calmo e belo como esse antes? - Perguntou Kevin ainda de olhos fechados.

Lívia encarou-o durante alguns instantes. Ele tinha total confiança no pokémon em que estavam. Estava calmo, mesmo depois daquela conversa e parecia aceitar que ela não tinha o que dizer. No entanto, ela estava completamente confusa. O que era tudo aquilo? O que foi a confissão dele? O que foi aquela voz que vinha na cabeça dela? Nem parecia ser uma voz, apenas uma ideia, um pensamento próprio dela que ela não acreditava ser dela.

– Eu aceito que queira se manter afastada. É um direito seu, principalmente por eu ter tentado fazê-la ficar afastada antes. - Kevin permaneceu sorrindo de olhos fechados até aquele momento, mas abriu os olhos olhando para ela. - Provavelmente a morte do Brock, daquela forma, tem a ver com as pessoas que me atacaram no início do ano. Então, é melhor que fique afastada. Mas, eu queria antes te contar a verdade e ter um momento com você antes de nunca mais poder fazê-lo. -

– Como consegue ficar tão calmo se pessoas estão vindo para te matar? - Lívia pareceu surtar completamente com a situação. - Tipo... Como pode querer ficar aqui em cima comigo enquanto deveria fugir ou se preparar? -

– Para onde eu poderia fugir? -

Lívia pensou na pergunta durante alguns instantes. Os algozes do loiro o seguiram para quase que do outro lado do mundo e pelo que havia entendido, já estavam aqui. Se fugisse eles ficariam aqui e matariam outros. Talvez ele não pudesse fugir realmente.

– Gosto de sua companhia. - Comentou Kevin. - Desde que cheguei aqui não fiz outra coisa que não fosse me proteger e proteger as pessoas. Quase não durmo, atormentado por pesadelos. Saio para correr cedo, para manter-me fisicamente preparado e aos meus pokémon também. Eu só fiz o que tinha que fazer todo esse tempo. Queria poder fazer algo que eu queria ao menos uma vez antes das coisas saírem do controle completamente. -

– Você... - Lívia então percebeu que estava corada. Percebeu que Kevin era o encapuzado, bem como a irmã dizia e agora entendia o motivo dele estar sempre correndo no início da manhã. Entendia porque a sensação que sentia vendo ele correr era tão forte. - Queria... -

Lívia parou de falar desistindo. Não sabia o que dizer. A mente estava tão acelerada pensando em milhares de coisas que não conseguia verbalizar quase nada. Seu coração também parecia querer externar outras milhares de coisas, o que a deixava completamente louca.

Foi quando ela sentiu algo estranho, abriu os olhos e viu que ele a olhava novamente, de forma intensa, e esticava a mão para ela da mesma forma.

Naquela hora que toquei a mão dele, quando ele estava com esse olhar penetrante, me sentia exposta. Pude escutar a voz dele, ou algo parecido. Eu via e sentia o que ele queria me falar. Será que ele quer fazer isso de novo para que eu mostre a ele o que ele quer me falar? Como será que ele... Lívia tentava entender o que Kevin estava fazendo enquanto ia levando sua mão para a dele, sem perceber.

A ave sacudiu-se, como se evitasse algo. Kevin levantou-se e olhou em volta. O planar havia parado e agora asas eram batidas para que ficassem no mesmo lugar. Lívia agarrou-se a algumas penas, voltando ao total desespero da situação. Então a dupla pode ver uma corrente de ar luminosa subir e logo depois algumas faíscas.

– Uma batalha? -

Lívia questionou. Mas, Kevin continuou observando as nuvens. Eles não podiam ver o chão, além da distância as nuvens impediam, mas a ave ficará bem agitada.

– Adeus! - Disse Kevin sem olhar para Lívia.

Ele pegou em seu bolso seu telefone e começou a mexer, segurando uma pokebola. A esfera desapareceu e em seu lugar outra surgiu.

Adeus? Isso tudo foi uma... Então esse momento que ele queria comigo é porque ele vai atrás daquelas pessoas que ele diz estarem matando os amigos del.... Eu nunca mais vou vê-lo? Enquanto Kevin realizava uma troca de pokémon a menina pareceu compreender o que Kevin estava tentando fazer ali em cima.

Uma despedida. De todas as coisas que passaram pela cabeça de Lívia despedida nunca fora uma delas. Kevin explicar quem ele era e o que ele estava vivendo para simplesmente se despedir e nunca mais vê-la não fazia sentido. Por tudo que ele falou era como se ele estivesse se preparando para matar mais pessoas para proteger as pessoas que ele havia conhecido em Arton, mas quando ele disse Adeus o coração de Lívia apertou-se de uma forma que ela pode compreender que ele ia para uma luta da qual não pretendia voltar.

– Kevin! - Ela gritou levantando-se e agarrando-o em uma abraço desengonçado. - G... G... -

A diferença de altura entre os dois já era grande. O gaguejar junto a tremedeira da menina não facilitavam para que o que ela tentava dizer fosse escutado. Kevin inclinou-se sobre ela. Abraçando-a fortemente. Pidgeot instintivamente tentou apenas planar para que os dois não caíssem ao ficarem de pé em suas costas.

– Gosto de sua companhia... - Lívia disse próximo ao ouvido dele enquanto apertava-o em seu abraço. - … Não... Não... Droga! - Ela tentou dizer, mas as palavras continuavam a não querer sair o que a deixou ainda mais nervosa.

– Tudo bem! - Kevin afagou as costas dela. - Assim que eu for, vai ficar bem. -

– Não vai! - Ela disse apertando-o no abraço.

Lívia tentou mais uma vez dizer algo, mas não conseguiu. Percebendo que não conseguiria dizer o que queria, por talvez não se decidir por conseguir dizer o que queria, fez a única coisa que sabia que não precisava de palavras. Moveu a cabeça da orelha dele para os lábios e o beijou.

“Fujo de você por causa de meu pai. Quando eu era mais nova voltei de casa com um pokémon e meu pai me castigou por isso, ele não aceita que suas filhas sejam treinadoras. Fiquei estudando em casa até os 13 anos de idade, quando saí de casa sem permissão para encontrar umas pessoas numa lanchonete junto com um professor de línguas. Mas, era tudo armação dele para para abusar de mim. Meu pai me viu na lanchonete quando passou e chegou na hora que eu estava dominada. Matou o rapaz e me mandou para um colégio interno, dizendo que a culpa era minha. Minha tia ficou com pena de mim, após algum tempo e me trouxe para Khubar para morar com ela e fazer o ensino médio como uma pessoa normal. No ano passado minha irmã convenceu meus pais que eu havia aprendido a lição e que merecia uma nova chance. Por isso não me envolvo com ninguém e não quero ninguém perto da minha irmã. Não quero nada aconteça com ela, comigo ou mesmo com quem se aproximar de mim. Não quero que nada aconteça com você porque pois é a primeira pessoa a quem eu realmente me interessei. A primeira pessoa que cada ação me inspira. Eu gosto muito de você!”

Um segundo. Um minuto. Uma hora. Nenhum dos dois saberiam dizer quanto tempo passou entre o início do beijo e o momento em que ele terminou com Lívia e Kevin ainda abraçados, abrindo os olhos lentamente. Encarando-se e ela sabendo que ele sabia tudo o que ela estava tentando falar.

No final, ela queria contar sua história para ele. Queria que ele entendesse o porque ela também nunca dera sinal de gostar dele. Nunca tivera a coragem de confrontá-lo quanto as suas estranhas ações.

– Vai ficar tudo bem! - Kevin a apertou no abraço e logo depois soltou dando um passo para longe dela. - Pidgeot levará você para casa. Basta dizer a região da ilha que ele já que conhece toda Khubar. -

Após dizer isso ele pareceu cair da ave. Ela se assustou e foi para a beirada, enquanto Pidgeot começava a ir para área onde havia retirado a menina das ruas, que deveria ser próximo da casa onde deveria deixá-la.

Enquanto isso Kevin descia de cabeça na direção das faíscas e dos ventos luminosos que ele sabia, era o Vento Cortante. Seu sorriso foi desfazendo-se aos poucos e um olhar frio foi tomando conta de sua face. A pokebola que ele ainda segurava brilhou e uma ave metálica surgiu acompanhando sua trajetória.

– A próxima batalha não tem relação com você. Quando você decidiu vir comigo era para vingar sua família capturada e exterminada pelos mesmos que mataram meu amigo e tentavam me matar. -

Kevin em queda livre encarou o pokémon metálico que grasnou para ele e se aproximou dele permitindo que ele pegasse em seu pescoço. Era um dos pokémon que Kevin não havia capturado e sim conquistado a confiança em meio a raiva que o pokémon sentia, ao compreendê-lo. A cada nova batalha que fariam Kevin fazia questão de explicar ao pokémon qual era a situação para que ele decidisse se queria ajudá-lo ou não. Aquela Skarmory era só fúria, mas confiava que Kevin era um humano pelo qual ele poderia arriscar suas penas.

A dupla rumou para o local em velocidade e a cada instante que se aproximava via o quanto as coisas estavam fora de controles. Caída com a perna sangrando estava Riley. Maya estava sendo segurada pela garganta por um rapaz de cabelos pretos e topete enquanto Cody Mevoj tentava comandar um Magnamite contra um Scyther que já estava com a luta ganha e agora mirava a cabeça do professor ao invés do adversário pokémon.

– Defesa de Ferro, Agilidade e Fúria dos Pássaros! -

A defesa de ferro era para aumentar a defesa, a agilidade era para que o próximo movimento fosse executado mais rápido e o ataque era para causar muita confusão com a chegada. Tudo resultou em muita poeira levantada.

– Pai! -

Foi um berro desesperado. Como poderia ser diferente para uma garota de 16 anos, ferida, vendo seu pai na mira de um pokémon que pretendia matá-lo, não gritar após um impacto vir sabe-se lá de onde encobrir a visão de todos. Riley toda confusa tossiu diversas vezes tentando entender o que havia realmente acontecido.

Viu uma sombra começa a caminhar em sua direção em meio a poeira, enquanto escutava o praguejar de alguém e percebia que era a voz de seu algoz. Seu coração quis aliviar-se naquele momento, mas sua mente não deixou. Seu pai não tinha a habilidade para criar toda aquela confusão então, quem caminhava na direção dela não poderia ser seu pai.

Tentou ir para trás, mas a perna machucada não deixou. Havia um corte nela, que não havia de ser nada sério, apesar de ter sido feita pelo golpe cortante de Scyther. O Golpe fora apenas um aviso e fora apenas um arranhão que sangrara bastante, apenas para desencorajar a menina a fugir. Tinha feito um efeito grande pois por boa parte da luta que seu pai travou para derrotar o atacante, ela ficou estática. Só voltou a si quando Maya foi agarrada e ameaçada, mas agora estava novamente no estado de paralisia diante ao medo que a silhueta estava lhe dando.

Cabelos loiros, olhos intensos e um meio sorriso. Riley finalmente podia ver quem caminhava em sua direção e tremeu começando a respirar de forma ofegante, mesmo em meio a poeira que ainda estava de pé. Era quase como o seu sonho. A diferença é que ela normalmente era a carregada e nunca havia conseguido identificar que Kevin era a pessoa que a salvava.

– Não lute... Não... -

Maya gaguejava nos braços de Kevin. Ele podia ver os o pescoço com marcas vermelhas, como se o rapaz tivesse tentado enforcá-la com as mãos por muito mais tempo que ele havia visto. Realmente do alto e com a velocidade em que descia, não podia diferenciar bem se ela estava sendo segurada ou enforcada.

– Vai ficar tudo bem! -

Kevin disse quando se aproximou del Riley abaixando Maya e colocando-a junto a ela. Enquanto a morena parecia tentar não se desesperar por causa da semelhança com o sonho a loira havia apagado.

Kevin sabia que tirando Riley que estava distante, todos sentiriam o impacto do golpe, inclusive ele próprio, uma vez que estava montado em Skarmory. Mas, atacou mesmo assim. Não seria fatal para ninguém, independente das condições que se encontravam. Qualquer coisa diferente disso teria mantido Maya como refém ou Mejov como alvo de um golpe letal.

– Quem é você? -

A voz surgiu e a poeira de repente desapareceu. O Scyther usava suas asas para afastar a poeira levantada e apesar de ter sido acertado em cheio ainda estava em perfeitas condições de uma forte batalha.

Kevin encarou o rapaz de cabelos pretos e topete. Ele não usava camisa, apenas um colete aberto deixando amostra seus músculos trabalhados e uma barba por fazer.

– Sua batalha agora é comigo! - Disse Kevin.

O rapaz do outro lado pareceu confuso por alguns instantes e então deu um sorriso debochado junto a um arquear de ombros como quem mostrava que faria a vontade do loiro. Olhou para as meninas, uma paralisada de medo e outra desmaiada, e soube elas não fugiriam até a batalha terminar e então olhou para a direita do loiro e viu que Mevoj recolhia o pokémon elétrico e cambaleava para junto das filhas.

– Pela afronta, levarei sua cabeça numa bandeja de prata, como troféu. - Disse o rapaz.

– Imagino então que estou de frente para o algoz de Brock! - Kevin fechou os punhos encarando-o friamente. - Vou te mandar vivo de volta para o Fantasma líder unicamente para falar que eu é que estou chegando! -

– Kevin... -

O loiro escutou o balbuciar enfraquecido de Mevoj. Ele já havia se juntado as filhas e estava a poucos passos atrás dele. Não ousou olhar para trás, apenas confirmou que Fúria do Deserto, a ave metálica que o apoiava, estava apostos entre ele e a família.

– Sinto muito por isso Senhor Mevoj. - Disse Kevin sem tirar os olhos do rapaz e seu pokémon inseto de lâminas. - Eu só soube que eles me encontraram hoje pela manhã e não imaginei que viriam atrás de vocês desta forma, mesmo sabendo onde eu estava. -

– Onde você estava? - O rapaz pareceu confuso. - Você nem sabe no que está interferindo? - O rapaz riu e parou de repente. - Espere... Kevin? Agora reconheço-o. Kevin Maerd Júnior? - Ele começou a gargalhar desenfreadamente.

– Eu te peço, vá embora. Ele é uma das pessoas que está caçando a mim e minha família. Não tem nada com você. - Disse Mevoj a Kevin e então olhou para o rapaz que o atacava. - Ele não sabe de nada, Razor! Nós nos entregamos se você o poupá-lo! -

Razor continuava em suas gargalhas e pouco parecia ter escutado o que Mevoj havia dito, com alguma dificuldade. Então, de repente ele parou encarando sério ao grupo de quatro pessoas e a ave metálica.

– Você está de sacanagem? Kevin Maerd Júnior empatou com o desgraçado do Barreira. Se eu derrotá-lo posso ter certeza que venço meu primo líder sem medo. - Razor riu. - Ainda mais que ele interferiu em assuntos dos Países Livres. Não posso deixá-lo partir. -

Kevin ficou calado percebendo o que havia acontecido. Um equívoco sem precedentes. Aquela não era uma tentativa de captura da família Mevoj para torturá-los e atrair o alvo principal, o Maerd, para um confronto. Era uma tentativa de captura de fugitivos. Significava que Khubar possuía dois grupos em caça e dois alvos. Aquela cidade universitária seria palco de duas guerras.

Não bastava os problemas que ele já possuía, agora tinha que interferir nos problemas dos outros. Poderia tentar conversar para resolver aquilo sem lutar. Mas, admitia que ver Maya e Riley naquela situação o perturbava. Não conseguiria simplesmente dar as costas, mesmo que soubesse da verdade antes de atacar. Não tinha saída. Não dava para driblar a verdade.

Kevin suspirou e recolheu sua ave metálica. A situação era completamente diferente da esperada. Fúria do Deserto o defenderia, lutaria por sua vida. Mas, não podia garantir que ele lutaria pela vida dos Mevoj. Não havia tempo de dialogar com a ave. Lançaria um pokémon tão letal quanto a ave e que não se importaria com o motivo da batalha. A pokebola rapidamente foi escolhida e lançada e o pokémon elétrico surgiu no campo.

Luxray era realmente ameaçador ao cair da noite. Seus olhos eram frios e assassinos e encarou o Scyther como um inimigo a ser abatido desde o primeiro instante. Seu adversário não se intimidou e parecia disposto a cortar seu adversário ao meio, mesmo que seu treinador não ordenasse.

– Não faça isso. - A voz de Riley surgiu em meio a um choro. - Você está se condenando! Não tem que se meter nisso! Peça desculpa pela interferência e vá embora porque ele só vai parar com você morto! Eu não quero que ninguém morra por minha causa! -

– As vezes somos forçados a driblar a verdade, porque as coisas simplesmente chegam até nós. - Disse Kevin encarando Razor. - Não posso simplesmente dar as costas a vocês sabendo que esse cara estava pronto para matá-los. Vai ficar tudo bem Riley. -

– Então Kevin Maerd Júnior realmente gosta de bancar o herói! - Razor sorriu abertamente com aquela situação. - Será um prazer levar seu corpo para Barreira. -

Queria poder dizer que não sou herói. Mas, a situação realmente é engraçada. Pensando melhor agora, eu fui precipitado em atacar daquele jeito. Mas, quando vi Riley e Maya naquela situação só pensei em salvá-las. Só queria deixá-las seguras. Kevin escutou a voz de Riley novamente.

– Você não entende! - Gritou Riley. - Mesmo que o derrote ele vai voltar junto com muitos outros! Ele é de uma família real! -

Kevin franziu o cenho e ameaçou olhar para Riley para procurar entender aquilo. Mas, Scyther avançou, sem o comando de Razor.

– Proteção! -

Um comando rápido da parte de Kevin e o inseto verde colidiu contra a redoma esverdeada que surgiu ao redor do pokémon de Kevin, protegendo da investida desenfreada. A batalha havia começado.

– Raio do Trovão! -

Foi uma tentativa fraca, já que o pokémon inseto era muito mais veloz e voltou para sua posição inicial. Olhou para seu treinador e eles alinharam-se para o combate.

Geralmente Raios do Trovão são versões mais fortes do famoso Choque do Trovão. Mas, esse foi realmente como uma versão elétrica de um movimento de Raio de Gelo ou Raio de Sol. Era como um pilar de luz. Esse pokémon tem um poder assustador. Como é que Barreira pode defender-se de uma coisa dessas? Razor escondeu bem a surpresa que teve ao presenciar o poder do pokémon de Kevin.

A velocidade daquele pokémon é enorme. Ele estava a menos de dois metros de Luxray e mesmo assim desviou do ataque sem dificuldades. Acho que ele pode chegar a ser três vezes mais rápido que Luxray que não é nada lento. Preciso pressioná-lo a desistir ou Luxray vai querer matá-lo na primeira oportunidade. Kevin sabia que a luta havia se tornado de vida ou morte, mas não pretendia matar nem o pokémon nem mesmo o treinador. Mas, não significava que seu pokémon fosse compartilhar de seu pensamento. O único jeito de eu manter o controle da situação por completo é deixando Luxray sentir o que precisa. Que pretendo falar para que ele mate seu adversário na hora certa.

Kevin fechou os olhos e exalou ar pelas narinas como quem se acalmava. A noite caia e eles lutariam em um ambiente de penumbra, principalmente porque as nuvens encobriam o céu. O local era uma espécie de campina aberta, de um lado da ilha onde ficava o litoral que naquela época do ano, sequer era usado por alguém. Sim a família Mevoj foi interceptada na rota de fuga dela.

– K... -

Mevoj foi dizer algo, mas viu que a filha abraçada a Maya, desmaiada, simplesmente agarrou-se a ele assustada. Ele sentia exatamente o que a filha estava sentido, medo. Havia um instinto assassino no ar que estava sendo possível notar por todos ali. Pai e filha não tinham certeza, mas acreditavam que aquilo vinha de Luxray e Kevin.

Que pressão é essa? Parece que ele decidiu me matar e todas as intenções dele são a de fazer isso. O Pokémon dele já tinha olhos assassinos antes, mas agora o olhar de Kevin assumiu a mesma coisa. Razor sentiu que algo mudou em relação a Kevin e por um instante pensou em recuar, mas não parecia que haveria oportunidade para isso.

– Agilidade, Time Duplo e Ataque Cortante. -

– Isso nunca vai funcionar comigo! Escuridão da noite! - Gritou Kevin.

O ataque dos três movimentos combinados seria letal. O movimento combinado de Agilidade e Time duplo criaria clones quase reais. O original tomaria o lugar do clone com grande velocidade e seria como se todos fossem reais, com a diferença de poucos instantes. Ao usar um ataque a diferença de tempo de um para o outro seria tão pequena que todos os ataques seriam reais. O ataque cortante já era perigoso dependendo do usuário, quando usado por um Scyther treinado como o de Razor era letal. O ataque poderia simplesmente partir o pokémon no meio se ele não estivesse atento em desviar ou defender-se devidamente. Ser atacado por todos os lados significava impossibilidade de fuga.

A possibilidade de defesa existia e Kevin havia mostrado-a bem. Usar Proteção era básico, mas muito eficiente. A esfera o protegeria por todos os lados. Mas, Kevin não estava interessado em se defender somente. A velocidade de Scyther era grande o suficiente para fazer três movimentos antes que Luxray fizesse um. Iria se defender, mas quando a esfera de proteção desaparecesse outros três ataques poderiam ser encaixados.

Além disso, Kevin havia entendido o desespero de Riley perfeitamente. Era uma batalha de vida ou morte e naquele caso, não podia lutar como se fosse um treinador de Elite, tinha que lutar como ele lutava contra os fantasmas, contra as organizações criminosas e outros. Precisava lutar com os instintos assassinos que a luta requiria.

Um treinador de Elite se defenderia. Um coordenador se defenderia ou mesmo arriscaria desviar de forma brilhante. Mas, alguém que luta para própria vida sabe que cada segundo que deixa a batalhar se desenrolar não é um minuto a mais de vida e sim um minuto mais próximo da morte.

Scyther multiplicou-se e fez com que duas de suas imagens atacassem com o golpe cortante, mas as outras foram todas acertadas pelo Ataque Escuridão da noite. Uma espécia de ondas noturnas que estava bem ampliada em poder por já estar escuro. Para Kevin era lógico que o jeito seria atacar todas as cópias de uma vez para abater o verdadeiro. Que lançasse um, dois ou até três golpes cortantes, seu pokémon desviaria facilmente das primeiras sem precisar se esforçar enquanto realizava o movimento solicitado.

– Pulsação das Sombras! -

– O que? -

Razor ficou sem reação diante do ataque seguinte. Sabia que Kevin era um bom treinador, mas sempre o vira tentando incapacitar o adversário. Após um ataque como aquele, onde seu Scyther estava desnorteado devido ao ataque um Onda do Trovão seria o movimento mais provável deixando o adversário paralisado e assim garantindo o fim da luta. Outra pessoa talvez aproveitasse para usar um ataque efetivo como o Raio de Trovão, já mostrado devastador. Mas, Kevin usou um segundo golpe que se aproveitasse do ambiente para aumentar a força e que Scyther não teria condições de se defender, pois a escuridão estava em todos os lugares e assim a pulsão viria de qualquer lugar.

Instinto assassino! Ele sabe que meu pokémon poderia esquivar dos outros ataques por causa da velocidade e pretende bater nele a distância para que ele fique desorientado. Uma presa desorientada e levando fortes pancadas sem ter certeza de onde vem fica acuada e perde parte de seu espírito de luta. Ele realmente pretende nos matar? Horas... Eu vim aqui para matar e não para ser morto! Razor cerrou os punhos diante a possibilidade de tudo aquilo que Kevin fazia não ser um blefe.

– Posicione-se para a sessão de golpes cortantes, a começar pelo Golpe Cortante de Terra. - Disse Razor.

– Proteção! -

Kevin gritou e segundos depois sentiram a terra tremer. Em meio a penumbra Scyther se movimentou rápido e quase invisível. Até mesmo Luxray só percebeu que estava para ser atacado de frente, por uma laminar que vinha partindo o chão de terra, em dois, quando Kevin gritou.

A proteção foi feita com sucesso. Mas todos perceberam os vários pedaços de terra que voaram junto ao corte. Além disso, se o golpe tivesse passado pela proteção, seguiria caminho para Kevin e a família Mevoj, fazendo-os alvo daquele ataque.

– Golpe Cortante de Ar e mantenha-o! -

De forma instintiva o LuxRay projetou-se para frente e fixou posição mantendo uma distancia maior de Kevin e a família Mejov. Começou a ser retalhado pelo ataque. A cada novo corte seu corpo parecia tremer, os ventos cortantes eram realmente impiedosos. Qualquer um diria que o pokémon se precipitou ou foi maluco, mas foi um instinto de proteger a seu treinador e as pessoas atrás de si. Se ele tivesse ficado onde estava, ou esperado pelo comando de Kevin, todos seriam acertados. De forma que defendendo-se mais a frente, criava um funil no vento que ia se alargando.

– Luxray... - Balbuciou Kevin surpreso com o pokémon.

Aquele pokémon era sempre letal em tudo que fazia. Era preciso ele próprio tomar cuidado para não ficar na direção de um de seus ataques e agora que Kevin emanava aquela aula assassina era para o pokémon estar quase fora de controle, mas atento aos comandos por acreditar que ele e Kevin estavam em sintonia.

“Vai ficar tudo bem!”

Kevin arregalou os olhos. Sentia seu pokémon ali, conectado a ele. Quando atendeu aos apelos de morte do pokémon o pokémon entendeu que era um apelo de vida para aquelas pessoas que Kevin tentava defender. Havia uma conexão de mão dupla ali. O pokémon estava tentando defender o que o treinador acreditava, mesmo sem pedir.

– Eu consigo te sentir Luxray! Acabe com eles com o ataque que desenvolvemos! -

Um urro animalesco foi escutado de Luxray que brilhou emanando eletricidade por todo o corpo, enquanto todos podiam ver o pokémon a sangrar e sua pata direita ser o ponto e maior concentração de eletricidade.

– Garras do Trovão! -


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Notas finais do capítulo

Inesperado?
Exagerado?
Quem gostou é só dizer!



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