PEV - Pokémon Estilo de Vida escrita por Kevin


Capítulo 21
Capítulo 20 – O pior dia


Notas iniciais do capítulo

E vamos para mais um capítulo deste torneio da Colégio de Riley.
Como será que está nossa menina após aquela situação?
Como vai terminar o torneio?



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Pokémon Estilo de Vida
Saga 02 – Fantasmas do Passado
Etapa 05 – Competições Escolares

Existe uma maré nos casos dos homens.
Cuja, levando à inundação, nos encabeça à fortuna.
Mas omitidos, e a viagem das vidas deles está restrita em sombras e misérias.
Em um mar tão cheio estamos agora a flutuar.
E nós devemos pegar a correnteza quando nos for útil,
Ou perder as aventuras antes de nós ”

(Shakespeare)

Capítulo 20 – O pior dia

As pessoas estavam divididas, apesar não haver gritaria, os olhos indicavam que as coisas não iam bem. Alguns corações estavam pensando no que havia acabado de ser dito, sendo a maioria os competidores daquele torneio. Mas, olhos revoltosos e desgostos pareciam ser o que predominava.

Kevin mantinha um sorriso no rosto, enquanto Leila caminhava em sua direção, a passos largos e ligeiros, até chegar junto a ele e fazer um gesto para que ele abaixasse-se um pouco. A diferença de altura deles era gritante. Kevin abaixou-se. A Landsteiner mais nova colocou a mão em volta da boca e murmurou.

– Você luta ou conto para todos que Kevin Kirian Júnior é Kevin Maerd Júnior. -

<><><><> 05:00 AM - 9 horas antes de Leila ameaçar Kevin <><><><>

Sair de seu quarto para ir no banheiro do corredor era a pior coisa daquele alojamento. Nada de pokémon no quarto, nada de visitas ou barulhos após determinado horário e por ai iam as regras. Compreendia todas, mas já havia feito um pedido para tentar um quarto solo com banheiro para o próximo semestre. Mais caro, mas nada parecia ser pior do que acordar e ficar numa fila esperando sua vez.

No geral, domingo era um dia complicado, não importava o horário que despertasse. Se você fosse rápido talvez alcançasse o banheiro vazio de outro andar, mas a galera daquele alojamento gostava de madrugar no domingo. A maioria porque precisava por sua matéria em dia, poucos eram os que acordavam depois de uma noite de gandaia preparando-se para mais um dia de gandaia.

As pessoas ali na fila, com Kevin, eram da gandaia. Não estavam acordando, estavam preparando-se para ir dormir, diferente de Kevin que estava acordando para se organizar para o final do evento. Felizmente, para ele, eram apenas cinco na fila de seu andar, nos outros haviam alguns a mais e com aparência que demorariam muito mais. Universitários não tinham limites nos finais de semana, mesmo mesmo que fosse o final de semana que antecedesse as últimas provas.

De repente um grito. Todos da fila olharam para trás. “ Fantasma! Fantasma!” era o que podia ser escutado. De repente alguém ganhou os corredores assustado, deixando uma mochila cheia de bugigangas cair e espalhar diversos objetos pelo corredor. Kevin arqueou uma sobrancelha ao ver que a pessoa havia saído de seu quarto. Esfregou os olhos temendo que não fosse apenas impressão. Mas, logo viu Gengar sair da porta do qual o rapaz assustado saiu.

Portas e portas foram se abrindo para entender o que estava acontecendo e logo até pessoas de outros andares, zangadas com o barulho matinal, apareciam. O foco estava no rapaz no chão parecia paralisado de medo e no pokémon fantasma que o encarava, com uma expressão desaprovadora. Mas, o foco mudou para um moça baixinha, vestida apenas com um blusão, que ganhou os corredores, saindo do mesmo quarto de onde ele e o pokémon fantasma saíram. Um passo e ela abaixou-se pegando de um objeto retangular no chão.

– Ladrão desgraçado! -

O vociferar de Lúbia fez Kevin suspirar. Passando a mão no rosto ele percebeu que algumas pessoas pareciam reconhecê-la. Mas, felizmente outros começavam a olhar os objetos no chão e identificarem uma caneta, um caderno, um relógio, pente e coisas desse gênero que haviam sumido nos últimos dias, ou mesmo que juravam ser o deles e assim pessoas corriam aos seus quartos para verificar o que havia acontecido.

Era o ladrão do campus, sem dúvida alguma. Lúbia percebeu que o andar era apenas para garotos e entrou correndo para o quarto fechando aporta. O rapaz aproveitou o momento de distração, inclusive de Gengar, e tentou correr.

– Lambida! - Disse Kevin entediado.

Gengar interceptou o ladrão lambendo-o e fazendo-o cair paralisado. Só então Kevin percebeu a merda que havia acabado de fazer. Ninguém sabia que o Gengar era seu até que ele comandou uma interceptação e conseguiu fazer seu pokémon atacar um humano. Suspirou e se enfiou no banheiro, cortando fila, aproveitando a distração.

<><><><> 07:00 AM - 7 horas antes de Leila ameaçar Kevin <><><><>

Os funcionários do colégio começavam a chegar para mais um dia do evento. Algumas pessoas limpavam e outras apenas conferiam se a festa do dia anterior não gerou incidentes pelos corredores. O ginásio de esportes onde estava concentrado o torneio estava limpo e pronto para a continuação, apesar de haver apenas duas pessoas, já que ainda faltavam cerca de uma hora e meio para o inicio.

Mevoj entrou no ginásio de esportes tão logo saudou todos os funcionários e conferiu se algo precisava de sua atenção do lado de fora. A visão foi estranha e ele realmente não conseguiu compreender. Sentado na poltrona da celebridade, em uma postura concentrada e pensativa, Kevin sorria de uma forma muito chamativa. Ele parecia realmente alguém importante sentado ali, daquela forma. Deu um passo em direção a ele, mas acabou desistindo ao perceber que havia mais alguém no ginásio.

No último lugar das arquibancadas estava sentado um depressivo Mordecai. O garoto sequer parecia ter ido para casa, pois estava ainda com suas roupas da festa da noite passada e com olheiras profundas. Mevoj ponderou que seu assistente parecia estar se divertindo na cadeira que Lubia sentava, curtindo um momento de campeão e que seu aluno do segundo ano precisava de ajuda.

Aproximou-se do jovem com algumas listras do cabelo pintadas de azul e teve certeza, ele não voltou para casa durante a madrugada e só não afirmava que ele dormiu ali, no ginásio, porque tinha certeza que os seguranças não teriam permitido. Olhou-o e esticou a mão direita para ele.

Mordecai não havia percebido a chegada dele, apesar dos passos que ecoavam pelo local. Ergueu o olhar e viu o professor de história com a mão estendida, com um sorriso sincero no rosto. Apenas o olhou sem vontade de realizar o cumprimento.

– Não estou te saudando cordialmente. - Disse o professor. - Estou estendendo a mão em agradecimento. -

Mordecai franziu o cenho sem entender muito bem. Viu o professor pegar sua mão e saudá-lo de forma vigorosa, quase o sacudindo.

– Muito obrigado por ajudar minha filha a noite passada! - Disse o professor. - O que você significou muito para ela. Por de ter certeza que também significou muito para mim e sei que significou muito para você. -

A ação da noite passada. Ele se lembrava perfeitamente do momento que acabou de correr de um dos garotos do terceiro ano e descia, escutando as falas de Riley, que talvez pudessem ser gritos, mas talvez a música alta abafasse tudo. Entendeu o que acontecia e pensou em voltar, mas ficou se perguntando até onde Rodolfo iria. Aquele rapaz que se mudou no ano passado para Khubar e era querido com todos, pouco o zoava, mas que alguns diziam passar o rodo em todas que conseguia.

Não acreditava nos boatos, mas não era não. Já havia levado muitos para saber que nada forçado era legal. Lembrava-se que forçou uma menina a beijá-lo uma vez e que não foi como ele esperava e por sinal a surra que veio posteriormente doeu mais que ele esperava. Mas, quem iria surrar Rodolfo por Riley? Maya teria como fazer isso? Alguém além de Maya iria acreditar? Será que Riley, do jeitinho tímido que ela tinha iria ter coragem de contar para alguém?

– Suponho que não tem ideia do que fez ontem, não é? - O professor sentou-se ao lado dele. Enfiou a mão dentro do paletó e tirou uma barra de cereal estendo para ele. - Café da manhã. -

Mordecai não disse nada. Apenas esticou a mão pegando a barrinha, estava cheio de fome. Provavelmente sua aparência indicava que não havia dormido e provavelmente a conclusão que não voltou para casa desde a festa era fácil.

– Minha filha contou tudo o que ocorreu. - Mevoj viu-o devorar o cereal com velocidade. - Sou um pai. Já estava pronto para ir a diretora quando Kevin apareceu e meu contou que presenciou a situação a partir do momento em que você empurrou Riley da escada em diante, pegando todo a a conversa. -

– O que? - Mordecai pareceu aturdido e sua exclamação fez eco, repetindo-se algumas vezes. - Por que ele não fez nada? -

Mevoj riu por alguns instantes. Realmente Mordecai estava longe de entender o que havia acontecido. Via que o rapaz olhava intensamente para o loiro sentado na poltrona da celebridade e procurava compreender tudo aquilo.

– Digamos que ele tivesse aparecido na hora em que você empurrou Riley? - Supos Mevoj. - Ele não teria escutado a conversa e para ele você simplesmente teria empurrado Riley e o histórico de zoação proposital contra ela iria recair em cima de você. Não ia importar o que minha filha falasse e o quanto eu acreditaria. Poderia até ser que isso não chegasse até a diretora, mas a situação final seria você sendo caçado por Rodolfo, assim como minha filha ainda seria perturbada por ele. -

– Eu ainda estaria no torneio. - Disse Mordecai ainda tentando entender porque Kevin nada fez desde o inicio. - Sabe quando terei outra chance de estar a duas lutas de um campeão? -

– Ainda estaria no torneio. Ou talvez Kevin achasse que tudo ocorreu por você estar implicando com Rodolfo, assim como implicou com seus adversários anteriores. Ele não conhece Riley, exatamente, e poderia achar que ela estava querendo por panos quentes em tudo e você ganharia advertência.- Mevoj parou alguns instantes. - Você já tinha duas e seria desclassificado. -

– Eu não fiz nada de errado! - Ele falou irritado.

– Você fez o certo! - Mevoj concordou. - Mas, suponhamos que ele tivesse interferido assim que ele acabasse de escutar a história de vocês. Quando acabaram de ponderar o jogo de mentiras. Seria o momento ideal, concorda? - Mevoj viu o rapaz balançar a cabeça. - Naquele momento tudo se resolveria, mas mais tarde Riley e você ainda seriam perseguidos por ele. Seria só isso, né? -

– Sim! - Resmungou Mordecai. - E por que ele não o fez?

– A diretora ia saber e culpar-me por não ter colocado barreiras melhores nos corredores e me despedir. Iria punir vocês três por ficarem dando voltas pelos corredores do colégio a noite. Averiguaria o incidente e por mais que a palavra de Kevin fosse respeitável ele é meu assistente e poderia estar tentando proteger a mim e minha filha, com isso a palavra do presidente do grêmio estudantil, que todos gostam, teria mais peso. Jamais acreditariam que ele tentou agarrar alguém a força e ele ainda poderia simplesmente dizer foi um mal entendido, que Riley estava tentando seduzi-lo e parecia só estar fazendo-se de difícil. - Mevoj parou por alguns instantes. - Essa última parte foi você mesmo que levantou a hipótese pelo que sei. -Mevoj sorriu. - E se a diretora acreditasse nele, você e Riley não teriam problemas só com Rodolfo, mas com toda a escola. -

– Está me dizendo que ele pensou nisso tudo? - Mordecai parecia não acreditar e viu que ele apenas balançou a cabeça confirmando. O jovem olhou novamente o loiro, parado na poltrona da celebridade naquele ar imponente que ele apresentava. - E o que ele pensou em fazer? O que ele esperava? -

– Esperava você apanhar. - Disse o professor chamando a atenção de Mordecai que olhou para ele assustado. - Se você ficasse com ao menos um hematoma ele poderia interferir em uma briga física. Rodolfo seria desclassificado do torneio por agredir um competidor, inclusive um competidor direto e ele ainda seria suspenso do colégio. Você iria direto para as finais com status de herói. Rodolfo ainda poderia ir atrás de vocês dois, mas a escola inteira estaria acompanhando o destituído líder dos estudantes que agrediu um adversário na frente de uma garota sem motivos aparentes. Bastava uma palavra de vocês dois sobre o real motivo para aquela situação para Rodolfo ter sua reputação arruínada. Ele não teria como se fazer de vítima naquela situação. -

– Mas, meu pokémon saiu da pokebola e estragou tudo. - Comentou Mordecai.

– Quando ele foi interferir o pokémon saiu e ficou arisco. - Mevoj suspirou se levantando. - Ele mirou não apenas Rodolfo, mas também mirou Kevin nas escadas. Ele não pode mover-se sem correr o risco de ser atacado. -

– E se ele contasse tudo, depois do flagra, Rodolfo se faria de vitima e a versão dele pareceria apenas querer te proteger, gerando demissão, punições a quem estivesse no corredor e muitos já citados. - Mordecai pareceu compreender o restante sozinho. Ninguém falou a diretora sobre o que havia realmente acontecido pois tudo iria apenas se tornar pior para eles. Era melhor que Mordecai fosse desclassificado e passasse por covarde, sem esquecer que seria perseguido por Rodolfo, assim como Riley, do que tudo isso acontecesse e ainda passassem por mentirosos e o professor perdesse o emprego. - Droga! - Ele cerrou os punhos. - Eu queria tanto enfrentar Lúbia. -

– Há mais. - Disse o professor surpreendendo Mordecai. - Kevin precisou falar com a diretora que viu tudo para te proteger ou nesse momento você estaria preso. -

– Preso? - Um arregalar de olhos. - Por que? -

– Um pokémon não pode atacar um humano. É crime. Se alguém achar que você colocou seu pokémon para atacar o Rodolfo você vai ser preso. Kevin narrou a cena da pokebola e falou que seu pokémon ainda está desobediente e foi isso que causou a confusão. -

O professor levantou-se enquanto Mordecai parecia digerir tudo aquilo. Nem de perto ele imaginava que ajudar Riley naquela hora poderia gerar tantos problemas. O jovem olhava para o loiro na poltrona da celebridade e se perguntava quem era ele. Era um raciocínio rápido demais e uma visão bem completa dos fatores para quem não estava envolvido naquele ambiente escolar.

Eu poderia ser preso. Nunca percebi isso. Ajudei uma pessoa e simplesmente poderia ter sido preso? Mordecai pareceu entrar em transe com aquela informação.

– Não é fácil ser herói, não é? - Mevoj sorriu começando a descer das arquibancadas em direção a Kevin.

Era incrível que o rapaz ainda se encontrava na mesma posição. Sorriso estranho no rosto, postura ereta. Ar pensativo. Parecia realmente um campeão. Até se perguntava se ele realmente não fora um antes da universidade, mas era a pergunta que jamais poderia fazer.

– Sentindo-se um campeão ai em cima? - Mevoj brincou ao acabar de se aproximar. Viu que o rapaz apenas virou o rosto para ele por alguns instantes e nada respondeu. - Posso experimentar para ver se me sinto mais poderoso? - Mevoj percebeu que havia algo errado, mesmo com o sorriso ainda no rosto de Kevin.

Kevin levantou-se e viu Mevoj subir a plataforma e sentar-se. Fez uma posse convencida, digna de um rei e fingiu ser o campeão da liga. Kevin apenas o observou sorrindo, sem dizer muita coisa.

– Como está a Riley? - Perguntou Kevin.

– Dormindo. - Disse Mevoj parando seu momento de distração e demonstrando a preocupação. - Chorou do momento que a abracei até as quatro da manhã, em casa, quando cochilou por cinco minutos e acordou com um pesadelo, só para variar. - Ele percebeu que Kevin ficou o olhando com um sorriso ameno, quase solidário. - Ela vai ficar bem. Precisei dar um remédio para ela dormir, mas ficará bem. -

– Não a conheço muito, mas ela parece uma garota sensível. Normal que esse tipo de coisa, apesar da idade, abale-a. - Comentou Kevin vendo Mevoj levantar e oferecendo a poltrona a Kevin.

– Realmente para uma menina de dezesseis anos ela é um pouco sensível ainda. Mas, ela não teve muitas experiencias de vida para fortalecê-la. - Mevoj riu. - Não é como a Maya que precisei fazê-la prometer não vir até a escola hoje para matar Rodolfo como ela queria. -

– Deveria tê-la deixado fazer isso. -Kevin começou a rir e foi seguido por Mevoj. - Talvez assim ninguém se importasse com o fato de que Lubia foi embora. -

Kevin seguiu rindo enquanto o professor havia parado. Demorou um tempo para que Cody compreende-se o que realmente Kevin havia dito e quão problemático aquilo era. As forças faltaram nas pernas e Mevoj quase foi ao chão. Kevin levantou-se agarrando-o e o colocando na poltrona.

– Como? Quando? Por que? - Mevoj olhou desesperado para o loiro.

Kevin ficou calado. Ensaiou umas cinco ou seis vezes a resposta para aquilo após ter criado onze a doze desculpas diferentes. Mas, não conseguia dizer ao homem a sua frente nenhuma das mentiras e certamente não poderia dizer a verdade.

Foram dormir tarde, após terem sido os últimos a saírem da escola, já que Mejov precisou levar a família embora após da situação. Fizeram um voo noturno com Pidgeot conversando sobre algumas coisas antigas até que chegaram ao hotel onde a campeã era esperada por uma dezena de repórteres. O telhado foi tentado como opção, mas não havia como a menina descer nele. O resultado foi eles, a uma da manhã, seguirem para o quarto de Kevin.

Não podia-se levar pessoas de fora após as onze naquele alojamento especifico. Mas, ninguém notou a entrada da menina, já que a maioria ou esta fora ou dormia. Mas, o incidente com o ladrão revelou-a e ela simplesmente após se vestir saiu pela janela, montada em seu Dragonite que desapareceu em poucos segundos, em alta velocidade.

Kevin ligou, algumas vezes, para ela. Mas, o que recebeu foi uma curta mensagem dizendo que “Foi um prazer passar esses 2 dias com você! A manchete dos próximos dias deve ser 'Campeã dorme em quarto de universitário”. Nenhum de nós precisa desta exposição, ainda mais se quer manter sua identidade secreta. Rsrs Se cuida! Beijos, LM”.

– Eu não sei. - Disse Kevin simplesmente. - Mas, estou trabalhando na solução. -

– Solução? - Mevoj levantou-se da poltrona visivelmente preocupado. - Tem? -

– Brock era a celebridade e não Lúbia. Deixamos isso claro para todos, Brock trouxe Lúbia, não a organização. Não me importa que todos achem que era Lúbia que ia lutar no final ou passar um tempo com o vencedor do torneio, é Brock quem deveria fazer isso. - Ele ponderou. - Vamos revelar isso apenas na hora da premiação para evitar uma confusão maior. Espero que quem ganhe tenha postura de campeão. -

– Bem... - Era uma ideia estranha, uma proposta dura de engolir, mas razoável. - Quando Brock chega? -

– Não chega. - Kevin segurou o riso. - Eu ligo, ligo e ligo e só dá a secretaria eletrônica dele. - Kevin discou rapidamente e colocou no viva voz.

“Oi! Você ligou para Brock, um sedutor médico com muitas outras habilidades. No momento, não posso atendê-lo. Mas, se for uma mulher perdidamente apaixonada precisando de atenção, não se acanhe em deixar seu recadinho do coração.”

<><><><> 11:00 AM - 3 horas antes de Leila ameaçar Kevin <><><><>

– O terceiro pokémon de Rodolfo não pode mais continuar. A vitória é de Leila! -

Nunca foi tão difícil para Kevin ver o final de uma batalha, ainda mais tendo que anunciá-la. Ele esperava que a luta demorasse mais, mas mesmo como juiz não podia fazer nada, ainda mais que para isso teria que favorecer a Rodolfo.

Após sinalizar com a bandeira ele ainda olhou, discretamente para a poltrona em que a celebridade deveria estar, totalmente vazia e olhou para o senhor Mevoj que estava a utilizar o telefone celular a procura de Brock.

As pessoas haviam sentido, inicialmente, a falta de Lubia, mas com todo a movimentação das batalhas finais aquilo acabou se tornando apenas um mero detalhe. O atraso era aceitável e talvez, para aqueles que a viram fechar a escola junto ao juiz amador, era totalmente esperado.

E enquanto os aplausos ocorriam pela vitória de Leila, que agradecia pelos aplausos enquanto vibrava pela vitória Kevin sentia que logo aqueles aplausos se tornariam vaias e gritos enfurecidos. Estava visível que a menina esperava pelo prêmio. Vencer seus companheiros de escola não pareceu, de longe, ser difícil e visivelmente segurou-se em dois ou três momentos. Ela queria guardar algo para o duelo contra a celebridade. Duelo esse que infelizmente não aconteceria.

Kevin viu Rodolfo sair da arena após parabenizar sua adversária. Agora que tudo havia acabado, ele podia fazer o mesmo. Seguiu até ela e esticou a mão para ela. Ela realmente lembrava Lívia Landsteiner. A altura baixa, os olhos azuis, o rosto rosado, os cabelos lisos. Mas, o estilo de ambas era visivelmente diferente, enquanto alguns poderiam chamar Lívia de patricinha, as roupas mais formais somada ao óculos de grau, mas de armação ray ban, davam-lhe um ar nerd realmente. Mas, ainda assim tão bela quanto a irmã.

– Fez um incrível torneio! - Disse Kevin sorrindo para ela.

– Organizou um incrível torneio! -

Ela sorriu de para o loiro e pela primeira vez entendeu o que a irmã e Maya queriam dizer sobre como ele passava uma sensação diferente. Ele olhava dentro dos olhos da pessoa enquanto falava e seu sorriso chamava a atenção para seus lábios fazendo a pessoa se perder entre olhar para os olhos ou para os lábios sorridente.

– Como ainda é cedo acredito que possamos finalizar tudo antes do prazo. -

Kevin ao dizer aquilo desfez o cumprimento de mão direita e segurou o braço esquerdo dela erguendo-o, até onde a altura dela permitia, fazendo a plateia estourar em um grito eufórico.

Mas, Leila quase não escutou os gritos, perdendo-se em pensamentos. A batalha havia sido mais complicada do que ela imaginou ou do que as pessoas em volta perceberam. Talvez o tempo curto para descanso de uma luta para outra tenha feito seus pokémon sentirem a pressão, bem como ela mesma. Mas, o que ela podia fazer se das duas lutas da semifinais uma não ocorreu devido a desclassificação de Mordecai. Sua luta com Marcela foi em ritmo acelerado e com isso a final que aconteceria quase na hora do almoço foi antecipada.

Foi um erro ter aceito isso. Dos meus seis pokémon tive que usar cinco. Só tenho um realmente descansado para batalhar contra a campeã. Como eu queria poder fazê-la usar vários pokémon só pelo prazer de vê-los. Leila ofegava também demonstrando cansaço. O que me incomoda é o fato de Lubia não estar presente e o professor Mevoj estar claramente preocupado com algo. Eu diria que há um problema. Mas, o Kevin está indicando que vai acelerar o final do torneio. Claro que isso era previsível. Manter a campeã aqui por três dias seria improvável. Preciso de mais tempo.

– Não podemos encerrar agora. - Murmurou Leila para Kevin.

Kevin manteve a mão dela erguida em meio aos aplausos e começou a desfilar com ela, para que cada parte da arquibancada pudesse ver mais de perto a vencedora do torneio. Ele parecia querer ganhar tempo e processar aquela informação.

– Por que? -

A pergunta de Kevin era simples e objetiva. Leila poderia dar qualquer resposta a ele. Estava cansada, com fome ou qualquer outro tipo de desculpa. A verdade é que a irmã ficara de chegar as quatorze horas e não queria enfrentar a campeã sem que a irmã presencia-se. Além disso a irmã precisava ver com seus próprios olhos Kevin como ele era, a oportunidade era única.

– A programação é para as duas horas. - Murmurou ela. - Imagino que se fizermos o encerramento agora as vendas serão afetadas e aqueles que iriam vir para o encerramento podem se zangar. -

Evitar que o número de pessoas aumente, nesse momento, era o primordial. Esse era o plano. Mas, realmente o acordo com os vendedores era que teríamos vendas no almoço de domingo. Irão chiar se tudo terminar antes e as pessoas forem embora antes do almoço. Kevin segurou um suspiro de derrota. Olhou a vencedora que parecia olhá-lo esperando por algo. Ele deu uma risada.

– Você quer que alguém veia te ver depois do almoço, né? - Kevin viu que ela confirmou sem graça, com a cabeça. - Bem... - Kevin sorriu. - Não podemos decepcionar as pessoas, não é? -

Naquele momento Leila teve certeza de duas coisas. A primeira era porque Maya e Lívia gostavam de Kevin, era difícil não gostar de alguém que parecia feliz o tempo todo. A outra coisa que percebeu era que algo estava errado e eles queriam acelerar o término.

<><><> 13:30 AM - 30 minutos antes de Leila ameaçar Kevin <><><>

– O que? - Leila parecia estarrecida com o que escutava no seu celular. - A cerimônia de encerramento começa as 14:00. Em trinta minutos. -

Leila havia ido para o portão da escola, onde podia conversar sem que ninguém ficasse escutando-a. A maioria das pessoas já havia chegado e com isso se uma ou outra pessoa passasse ela poderia conter um pouco as palavras para que ela se afastasse. Era, naquele momento, o único local com privacidade para aquele tipo de telefonema.

“Maninha, eu vou chegar! Convenci o grupo a virar a noite nos trabalhos e no momento estou em um navio a quase uma hora de distancia de Khubar. Chegarei as 14:30 e pegarei um táxi do porto para a escola, deve levar, uns vinte minutos, no máximo.”

Lívia fala apressada e confiante. No entanto, ela tentava esconder que estava cansada e não aguentava nem ficar em pé, sem precisar se apoiar em algo. O trabalho voluntario que foram fazer foi extremamente cansativo. Conseguir que todos trabalhassem durante a madrugada para que fossem embora mais cedo foi árduo e ela podia ver o preço, todos dormiam, após uma rápida e parca refeição já embarcados.

“Acha que cinquenta minutos de atraso é muito?”

A pergunta era sincera e mostrava o quanto a Landsteiner mais velha estava preocupada. Por isso Leila não poderia responder a pergunta. Cinquenta minutos de combate com a campeã seria mais do que ela já fez com qualquer um em suas piores lutas. Poderia tentar enrolar o começo ou pedir que toda a cerimônia de encerramento acontecesse primeiro, deixando o embate para o final, mas ainda assim duvidava que conseguiria retardar tanto o final de tudo.

“Seu silêncio diz muito. Sinto muito, farei o meu melhor. Mas, se não chegar a tempo, faça o seu!”

Leila desligou sem dizer nada. Era estranho que não tivesse a irmã com ela naquele momento, parte de tudo aquilo era por causa dela. Era importante para as duas.

– Ele está preocupado demais. - Comentou para si mesma, Leila, ao ver o professor Mevoj andando de um lado para o outro, um pouco distante do prédio da escola.

Era nítido, para qualquer um que observasse Cody Mevoj, que havia algum problema. O professor de história era totalmente transparente ao que estava sentindo e para algumas pessoas mais observadoras, para o que estava pensando também. Andava de um lado para o outro

O celular sequer chegou a tocar. Ia realizar uma outra ligação e quando estava para apertar o botão de repetir ligações, na tela touch, uma ligação entrou e acabou aceitando-a de imediato.

– Estou salvo! - Mevoj exclamou atendendo a ligação. - Precisamos de você aqui no final do torneio. -

“Como eu tenho certeza que não quer que eu deixe Riley sozinha e sabe que ela não vai ao colégio, acredito que esteja mais desesperado que sua voz demonstra.”

Mevoj parou congelando e afastou o celular, por alguns instantes, para identificar que quem ligava era Maya.

“Quem eu preciso matar?”

Mevoj podia sentir o sorriso da menina pelo telefone.

– Ninguém querida. - Ele disse acalmando-se. - Aconteceu alguma coisa? Por que está ligando? -

“Você é péssimo mentindo!”

Ocorreu uma pausa. Parecia que Maya estava tentando decidir entre falar algo ou não.

– Sei que não me ligaria se o negócio não fosse realmente sério. Provavelmente ligaria até para um estranho antes de me ligar, então fale o que está acontecendo. - Disse Mevoj.

“Riley acordou. Tomou um banho demorado a ponto que tive medo que ela tivesse se afogado no chuveiro. Agora está fazendo as malas.”

Mevoj desligou o celular sem falar nada. Nem deixou Maya terminar. Aquilo estava sendo o pior dia dos últimos anos. Com sorte o dia logo terminaria, mas antes teria que lidar com mais aquele tipo de situação. Foi em direção a seu carro e então viu Leila próximo ao portão. Levou a mão ao bolso do paletó e sentiu um envelope nele. Ele tinha coisas a fazer antes de ir até sua filha. Coisas que ele não sabia como resolver.

Caminhou para dentro da escola, passando pelo ginásio onde ignorava multidão barulhenta. Ganhou a pequena sala de equipamentos de esporte onde Kevin estava conferindo as medalhas e os troféus. Ficou parado a porta por alguns segundos observando o loiro assistente que organizara quase tudo sozinho.

– Brock chegou? -

Kevin o viu na porta menos agitado do que o vira das últimas vezes o que devia significar que o cenário havia mudado. Mas, Kevin não podia entender que era uma mudança para pior e que na verdade fazia Mevoj não ligar mais para o que aconteceria com o evento.

– Não. - Mevoj caminhou e colocou a mão no ombro de Kevin. - Sinto muito. - Mevoj colocou um envelope nas mãos de Kevin. - São as cortesias daquele restaurante para o vencedor jantar com a celebridade. -

– Você sabe que seu emprego está em jogo, né? - Kevin mantinha o sorriso, mesmo quando tudo parecia complicado.

Mevoj tirou a mão do ombro do rapaz e balançou a cabeça fechando os olhos tentando não transparecer o desespero. O que dizer a seu assistente? Que confiaria seu emprego a ele, porque não tinha como confiar a filha. E como dizer que Kevin era seu assistente se todo o evento foi orquestrado pelo loiro? Não era justo com o garoto deixá-lo naquela situação.

– Dois anos atrás eu fugi com as meninas com minha filha e minha sobrinha. Elas estavam vivendo em um ambiente que ninguém deveria crescer. Já rodamos metade do mundo até que viemos nos esconder em Khubar. Ninguém na cidade se importa realmente de onde você veio ou quem você é. A maioria é universitários de várias partes do mundo e estão interessados em curtir a vida e estudar e não em saber quem é você e de onde você veio. Além disso, existe a rota de fuga perfeita com um porto internacional e um aeroclube. - Mevoj encarou Kevin por alguns instantes, coisa que não havia feito naquele dia. - Não posso te pedir que entenda tudo isso. Mas, eu preciso ir até a minha filha agora! -

Mevoj permaneceu olhando aqueles olhos sorridentes, sem saber se ele estava entendendo-o. De fato, não faria diferença a resposta de Kevin, iria de qualquer forma. Mas, não podia simplesmente ir sem dar uma explicação para o garoto. Ele havia feito muito, não podia pedir mais.

– Vai. - Kevin comentou suspirando. - Terminarei esse evento da melhor forma que eu puder, com o que eu tiver em mãos. -

Mevoj assentiu com a cabeça e correu para fora da sala, esbarrando na diretora e sequer pedindo desculpas. A mulher parecia irritada com a situação. Olhou para Kevin e caminhou para o lado dele.

– Aonde ele vai com aquela cara de quem está morrendo? - Questionou de forma autoritária. - Ele vai ter que me provar estar doente se pensa em abandonar o final do evento nas suas mãos. -

– Bem... - Kevin olhou para o chão, um tanto preocupado. - Está pisando no vômito dele. -

A mulher saltou para o lado, horrorizada. Não era vômito de verdade, era uma vitamina que escapuliu das mãos de Kevin anteriormente e ele não teve tempo de limpar, apenas de retirar o copo do lugar.

– Ele não está muito bem e pediu para que eu a pedisse a honra de fazer o discurso final e entregasse as premiações pessoalmente. - Kevin sorriu para a diretora. - A senhora irá fazer o papel que seria da celebridade no final do torneio. -

– Como assim? - A diretora olhou para Kevin de uma forma torta. - Onde está a campeã? - O grito da diretora certamente foi escutado do ginásio. Kevin deu um passo para trás, mas acabou sendo detido pela mesa a meio passo. - Que merda está acontecendo? -

<><><> 14:00 AM - Leila ameaça Kevin <><><>

Quase quinhentas pessoas olhando o centro da arena no qual os participantes estavam perfilados e esperando o discurso da diretora acabar. Discurso esse que estava entre a calamidade total e a glória. Era difícil saber se ela estava realmente parabenizando ou criticando o evento. Se estava aplaudindo o desempenho dos competidores ou fazendo pouco caso.

– … Sinto por não poderem ter a celebridade de vocês no final do evento. Mas, não desanimem e vamos as premiações. -

Kevin piscou algumas vezes um pouco perplexo. A diretora simplesmente avisou que ela não estava aqui e tocou o barco? Sem nem uma explicação ou qualquer outra coisa do gênero?

Kevin começou a entregar as medalhas em enquanto a ficha parecia cair para os competidores e a plateia. Estava na décima quinta medalha, sendo que Maya não estaria ali para receber a sua, bem com Mordecai que fora desclassificado, quando um dos competidores pareceu finalmente compreender tudo e perguntou onde estava Lúbia. A pergunta foi se espalhando e todos perguntavam o que havia acontecido.

Quando Kevin finalmente terminara e todos deram três passos atrás deixando Leila em evidencia, para receber o troféu o caos já começava a reinar. Onde estava a Celebridade para batalhar contra Lúbia? Estaria com medo? A campeã não cumpriria com seus deveres?

– Antes de entregar o troféu de vencedor, assim começando a falar diretamente com ela, acredito que todos queiram entender essa situação da celebridade não estar presente. - Kevin começou a falar em seu headfone fazendo um sinal para a diretora que precisava de seu microfone sem fim, e de mão. Pegou-o, apenas para desligá-lo e assim evitar a microfonia. - A celebridade convidada era, e ainda é, Brock. Ex-líder de ginásio, criador renomado e médico pokémon de Elite dos Quatro. Uma pessoa que sabia, adolescentes não iriam se interessar em palestras ou demonstrações de como cuidar de seus pokémon, iriam se agradar muito mais com batalhas e alguém de ação do que com alguém que a tempos já não cruza polebolas. -

As pessoas pareceram escutá-lo diminuindo a agitação e burburos iniciais.

– Tivemos por dois dias o prazer de ter a atualmente campeã da liga de Arton em nosso meio, comendo, rindo, tirando fotos, dando dicas e até elogiando-os. Infelizmente, imprevistos aconteceram e ela teve que nos deixar muito antes do previsto. Mas, deixou-os uma mensagem. -

Não havia mensagem alguma de Lúbia. Kevin iria dizer algo em nome dela e depois pediria para ela confirmar tudo.

– Seja você, qualquer tipo de ser vivo, humano ou pokémon, estamos em constante evolução e por isso nunca paramos de aprender. Esse final de semana foi de aprendizado para todos, inclusive para mim, campeã e de liga. Por nosso próprio esforço, por nossas próprias vontades e convicções. - Kevin fez uma pausa. - Mas, chega o momento em que, muitas vezes, precisamos de uma mão guia com o melhor das intenções. -

Kevin caminhou até Leila e estendeu-lhe o troféu. Ela pegou-o olhando para o loiro um pouco incerta e perdida em pensamentos. Estavam todos perdidos em pensamentos quando o próprio Kevin puxou as palmas e girou rapidamente Leia para ficar de frente para as arquibancadas.

Aplausos e mais aplausos que começaram e terminaram da mesma forma, de repente. As falas de Kevin não eram tão impactantes, mas a uma das frases ecoava pela cabeça das pessoas que tentavam entender aquilo.

Chega o momento em que, muitas vezes, precisamos de uma mão guia com o melhor das intenções. Aquilo mexia com as pessoas daquela escola, de uma forma inesperada. Independente de qualquer filosofia por dentro daquela frase, pessoas que tentavam se dar bem em cima das outras, zoando ou explorando, eram levadas a pensar que alguém poderia ajudar por simplesmente querer ajudar.

Foram bons instantes enquanto os competidores percebiam que tudo havia acabado e iam saindo da arena. Não haveria a luta de exibição final. De repente uma reclamação foi feita “queria mais uma luta”. Logo, as reclamações podiam ser escutadas.

– Kevin! -

Kevin seguia a diretora para sair dali, mas escutou seu nome ser chamado. Olhou em volta e percebeu Leila encarando-o. Olhos intensos e decididos, como se ele fosse a solução para tudo.

As pessoas estavam divididas, apesar não haver gritaria, os olhos indicavam que as coisas não iam bem. Alguns corações estavam pensando no que havia acabado de ser dito, sendo a maioria os competidores daquele torneio. Mas, olhos revoltosos e desgostos pareciam ser o que predominava.

Kevin mantinha um sorriso no rosto, enquanto Leila caminhava em sua direção, a passos largos e ligeiros, até chegar junto a ele e fazer um gesto para que ele abaixasse-se um pouco. A diferença de altura deles era gritante. Kevin abaixou-se. A Landsteiner mais nova colocou a mão em volta da boca e murmurou.

– Você luta ou conto para todos que Kevin Kirian Júnior é Kevin Maerd Júnior. -


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo.
Pela contagem de comentários, Logo teremos 100 e mais um personagem será antigo revelado. Provavelmente não no próximo, mas no seguinte!

Quem será? ^^



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